• Category Archives Estado Novo
  • Sabujice e Traição

    Sabujice e Traição
    Sabujice e Traição «€17.00»

    Neves Anacleto – Sabujice e Traição – Edição de Autor / Tipografia Garret – Lourenço Marques – Moçambique –  1974. Desc. 38 pág / 21 cm x 16,5 cm / Br.

    António Neves Anacleto (1897-1990), advogado, natural de S. Bartolomeu de Messines (Silves) publicou na sua obra A Longa Luta: preso, algemado e deportado, ed. do autor, s.d., com prefácio de António Almeida Santos algumas notas interessantes de memórias sobre a actividade oposicionista em Portugal e em Moçambique. O prefaciador menciona os vinte anos de amizade que o uniam a Neves Anacleto, ambos viveram em Moçambique, e, juntos se envolveram em campanhas de oposição ao governo da ditadura, quando fizeram parte da comissão, que naquela antiga colónia portuguesa, apoiou o General Humberto Delgado à presidência da República. Francisco Louça, do Bloco de Esquerda, é seu neto.


  • História da História de Portugal Sécs. XIX-XX

    História da História de Portugal Sécs. XIX-XX
    História da História de Portugal Sécs. XIX-XX «€50.00»

    Luís Reis Torgal, José Amado Mendes & Fernando Catroga – História da História de Portugal Sécs. XIX-XX – Circulo de Leitores – Lisboa – 1996. Desc. 719 pág / 27 cm x 20 cm / E. Ilust.


  • A Guerra de África 1961-1974-19611974

    A Guerra de África 1961-1974
    A Guerra de África 1961-1974 «€60.00»

    José Freire Antunes – A Guerra de África 1961-1974 – Circulo de Leitores – Lisboa – 1995. Desc. 1069 pág/ 27 cm x 20 cm / E. Ilust.  [Completo em 2 Vols.]


  • Fotobiografias Século XX

  • Eleições Presidenciais (Subsídios Para a História das Candidaturas Norton de Matos (1949) – Quintão Meireles (1952) e Humberto Delgado (1558)-1558

    Eleições Presidenciais
    Eleições Presidenciais «€15.00»

    Eleições Presidenciais (Subsídios Para a História das Candidaturas Norton de Matos (1949) – Quintão Meireles (1952) e Humberto Delgado (1558) – Compasso do Tempo – Edições Delfos – Lisboa – 197… Desc. 426 pág / 20,5 cm x 15 cm / Br. Ilust.


  • Pátria Morena

    Patria Morena
    Pátria Morena «€30.00»

    Hipólito Raposo – Pátria Morena – Livraria Civilização – Porto – 1937. Desc. 335 pág /19 cm x 12 cm / E. Pele

     

     

     

    Hipólito Raposo, estudante em CoimbraJosé Hipólito Vaz Raposo (São Vicente da Beira, 13 de Fevereiro de 1885 — Lisboa, 26 de Agosto de 1953), mais conhecido por Hipólito Raposo, foi um advogado, escritor, historiador e político monárquico, que se notabilizou como um dos mais destacados dirigentes do Integralismo Lusitano. Nascido numa antiga vila em plena Serra da Gardunha, filho de João Hipólito Vaz Raposo e de Maria Adelaide Gama, no natal em 1902 foi estudar para o Seminário da Guarda, que abandonou pouco depois para se matricular no Liceu de Castelo Branco, onde conclui o ensino secundário. Matriculou-se de seguida no curso de Direito na Universidade de Coimbra, que concluiu no ano de 1911. Assim como frequentou aulas de grego (1907-1908), na Faculdade de Teologia, que lhe foi muito útil futuramente para o ofício de mestre de teatro e estética teatral. Com interesse na escrita, ainda estudante liceal já colaborava com os semanários da província e quando estudante em Coimbra contribuiu com crónicas semanais para o Diário de Notícias. Ainda estudante publicou os volumes Coimbra Doutora (1910) e Boa Gente (1911), colectâneas de contos da Beira Baixa. Ainda durante a sua estadia universitária de Coimbra fizera parte do Centro Académico de Democracia Cristã. Terminado o curso, enveredou pelo ensino, iniciou em 1912 o seu percurso profissional como professor no Conservatório Nacional de Lisboa e no Liceu Passos Manuel, também de Lisboa, cidade onde se fixou. Em 1914 foi um dos fundadores do movimento político-cultural auto-intitulado Integralismo Lusitano , em colaboração com António Sardinha, Luís de Almeida Braga, José Pequito Rebelo e Alberto Monsaraz, um grupo de monárquicos que incluía alguns antigos colegas do curso de Direito da Universidade de Coimbra. No mesmo ano foi um dos fundadores da revista Nação Portuguesa, órgão do movimento integralista. Também teve colaboração nas revistas O occidente (1877-1915), Serões (1901-1911), Contemporânea [1915]-1926), Atlântida (1915-1920), Anais das bibliotecas, arquivo e museus municipais (1931-1936) e na Revista municipal (1939-1973). Foi director do periódico A Monarquia, à frente do qual teve um papel relevante no Pronunciamento Monárquico de Monsanto, ocorrido em 1919, em consequência do qual foi preso e demitido de todos os cargos públicos que ocupava e julgado e condenado no Tribunal Militar de Santa Clara, em 1920, a uma pena de prisão no Forte de São Julião da Barra. A demissão valeu-lhe a perda dos cargos de chefe de repartição e de professor da Escola de Arte de Representar de Lisboa que então exercia. Cumprida a pena de prisão, partiu para Angola (1922-1923), onde exerceu advocacia em Luanda, onde ao tempo Norton de Matos era Alto Comissário da República, com quem conviveu. De regresso a Portugal, continuou a exercer a profissão de advogado e afirmou-se como líder destacado e ideólogo do Integralismo Lusitano, publicando em 1925 o ensaio Dois nacionalismos, defendendo a existência de uma distinta matriz doutrinária no Integralismo Lusitano e no nacionalismo francês da Action française. No ano de 1924 casou em Lisboa com Valentina Pequito Rebelo, irmã de José Pequito Rebelo. Do seu casamento teve: João Hipólito, António Hipólito, Teresa Maria, Isabel Maria, Francisco Hipólito e José Hipólito. Em 1926 foi reintegrado no cargo de professor do Conservatório Nacional de Lisboa. Durante os governos da Ditadura Nacional destacou-se como um dos principais ideólogos do Integralismo Lusitano, com particular destaque para a conferência que intitulou A Reconquista das Liberdades, pronunciada em Lisboa no ao 1930 e editada sob a forma de opúsculo, onde sintetizou o programa político do integralismo, desfazendo a miragem do messianismo sSalazaristaque então emergia. Coerente com a sua oposição ao Salazarismo, em 1930 recusou colaborar com a União Nacional, defendendo que essa devia ser a posição dos monárquicos, e opôs-se à institucionalização do regime do Estado Novo. Em 1940 publicou a obra Amar e Servir, na qual denuncia de forma violenta a Salazarquia, um duro ataque a António de Oliveira Salazar que lhe valeu ser de novo demitido de todos os cargos públicos que ocupava e a imediata deportação para os Açores. Aproveitou o seu exílio involuntário nos Açores para escrever uma das melhores obras de literatura de viagens sobre o arquipélago, Descobrindo Ilhas Descobertas, originariamente publicado no jornal A Ilha, de 1940 a 1941, sendo depois em livro em 1942.Foi novamente reintegrado em 1951. Coerente com as suas convicções, em 1950 foi um dos subscritores do manifesto Portugal restaurado pela Monarquia, uma tentativa de reactualização doutrinária do movimento integralista. Hipólito Raposo faleceu 26 de Agosto do ano de 1953. Foi sócio do Instituto de Coimbra e da Associação dos Arqueólogos Portugueses.


  • Souza Cruz – Juizos Sobre a Sua Vida e a Sua Obra

    Souza Cruz - Juizos Sobre a Sua Vida e a Sua Obra
    Souza Cruz – Juizos Sobre a Sua Vida e a Sua Obra «€60.00»

    Souza Cruz – Juizos Sobre a Sua Vida e a Sua Obra – « Homenagens Que Lhe Foram Prestadas em 1 de Setembro de 1944 no Brasil e em Portugal » – Julgado por Homens de Letras – Herculano Rebordão – Da Vida e da Obra de Albino Souza Cruz / Tasso da Silveira – O Homem do Sonho / Jaime Cortesão – História de Uma História / Afrânio Peixoto – Souza Cruz / Lemos de Brito – Um Homem, Uma Obra, Um Destino – Souza Cruz no Coração de Portugueses – As Festas – Mensagens e Discursos – Repercussão das Festas em Portugal – Edições Dois Mundos – Livros de Portugal, Ldª / Livros do Brasil, Ldª – Rio de Janeiro/ Lisboa. 1945. Desc. 183 pág + 10 Foto Gravuras / 24 cm x 17 cm / Br. Ilust.

    Albino Sousa Cruz (Santa Eulália da Palmeira, Santo Tirso, 1869 — Rio de Janeiro, 1966 (97 anos)) foi um emigrante português que se constituiu em industrial no Brasil, onde fundou a companhia Souza Cruz. Emigrou em 15 de Novembro de 1885 para o Brasil, aportando no Rio de Janeiro. Nesta cidade trabalhou por dezoito anos na Fábrica de Fumos Veado, de propriedade do também emigrante português Conde de Agrolongo. Mais tarde essa fábrica seria absorvida pela sua própria indústria. Aos 33 anos de idade, com um sólido conhecimento no ramo e algumas economias, instalou-se num pequeno prédio do centro da cidade e começou a produzir cigarros enrolados em papel, uma novidade que em pouco tempo se espalhou pela sociedade. Em poucos anos passou da produção artesanal à industrial, com tamanho sucesso que, em 1962, quando se retirou da presidência, era dono da maior indústria de fumos da América Latina, a maior contribuinte de impostos no país. Faleceu em 1966, aos 97 anos, de câncer de cólon. A Empresa «Souza Cruz» é uma produtora de cigarros brasileira, actual subsidiária da British American Tobacco no Brasil. Foi fundada por Albino Sousa Cruz em Abril de 1903 no Rio de Janeiro, dando origem a um dos cinco maiores grupos empresariais do Brasil que detêm a liderança no mercado nacional há mais de 50 anos. Em 1917 a então Brazilian Tobacco Corporation, pertencente à British American Tobacco (BAT), comprou a Souza Cruz de seu dono original, passando a geri-la com o nome de “Companhia Brasileira de Fumos em Folha”, entre os anos de 1920 e 1955, quando mudou o nome fantasia para Souza Cruz. Em 1918 instalou seu primeiro escritório em Santa Cruz do Sul, hoje conhecida como Capital Nacional do Fumo. Nessa época ali introduziu o fumo da classe “Virgínia”, firmando uma parceria entre os agrónomos da empresa e os pequenos agricultores da zona rural do município. As marcas de seus cigarros são vendidas em mais 180 países do mundo. A empresa conta com mais de sete mil funcionários e chega a empregar doze mil pessoas no período de compra e beneficiamento de fumo. Possui duas fábricas no país (Cachoeirinha, no Rio Grande do Sul e Uberlândia, em Minas Gerais), e quatro usinas de processamento (Santa Cruz do Sul, Blumenau, Rio Negro e Patos).


  • História de Portugal Contemporânea


  • O Pensamento de Salazar


  • Mais Quatro Meses da Minha Candidatura a Presidência da República

    Mais Quatro Meses da Minha Candidatura a Presidência da República
    Mais Quatro Meses da Minha Candidatura a Presidência da República «€20.00»

    General Norton de Mattos – Mais Quatro Meses da Minha Candidatura a Presidência da República – Edição de Autor – Porto – 1949. Desc. 173 pág / 20 cm x 13,5 cm / Br.

    José Maria Mendes Ribeiro Norton de Matos (Ponte de Lima, Ponte de Lima, Rua do Pinheiro, 23 de Março de 1867 — Ponte de Lima, na sua casa de família, 2 ou 3 de Janeiro de 1955) foi um general e político português. Era filho de Tomás Mendes Norton, comerciante e Cônsul da Grã Bretanha e Irlanda em Viana do Castelo (afilhado de baptismo de Rodrigo da Fonseca Magalhães) e de Emília de Matos Prego e Sousa, neto paterno de José Mendes Ribeiro, da burguesia de Viana do Castelo, e materno de Manuel José de Matos Prego e Sousa, Doutor em Direito, da fidalguia de Ponte de Lima (Casa do Bárrio). Depois de frequentar o colégio em Braga foi, em 1880, para a Escola Académica, em Lisboa. Quatro anos depois iniciou o seu curso na Faculdade de Matemática em Coimbra. Fez o curso da Escola do Exército e, em 1898, partiu para a Índia Portuguesa, onde organizou os cadastros das terras. Começou aí a sua carreira na administração colonial, como director dos Serviços de Agrimensura. Acabada a sua comissão, viajou por Macau e pela China em missão diplomática. O seu regresso a Portugal coincidiu com a proclamação da República portuguesa. Dispondo-se a servir o novo regime, Norton de Matos foi chefe do estado-maior da 5.ª divisão militar. A 17 de Maio de 1912 é iniciado Maçon na Loja Pátria e Liberdade, N.º 332, de Lisboa (Rito Escocês Antigo e Aceite), sob os auspícios do Grande Oriente Lusitano Unido, com o nome simbólico de Danton. Nesse mesmo ano tomou posse como governador-geral de Angola. A sua actuação na colónia revelou-se extremamente importante, na medida em que impulsionou fortemente o seu desenvolvimento, protegendo-a, de certa forma, da ameaça contínua que pairava sobre o domínio colonial português, por parte de potências como a Inglaterra, a Alemanha e a França. Fundou a cidade do Huambo. A 27 de Janeiro de 1913 é elevado ao Grau 2 (Companheiro) e a 18 de Abril de 1914 é elevado ao Grau 3 (Mestre). Em Outubro desse ano dá-se a cisão da Maçonaria Portuguesa: a Loja Pátria e Liberdade, N.º 332 desliga-se da obediência do Grande Oriente Lusitano Foi demitido do cargo em 1915, como consequência da nova situação política que se vivia em Portugal durante a Primeira Guerra Mundial. Foi depois chamado, de novo, ao Governo, ocupando o cargo de ministro das Colónias, embora por pouco tempo. A 12 de Maio de 1916 reentra na obediência do Grande Oriente Lusitano Unido, filiando-se na Loja Acácia, de Lisboa (Rito Francês), e a 19 de Setembro de 1916 é elevado ao Grau 4 (Eleito) do Rito Francês. Em 1917, um novo golpe revolucionário obrigou-o a exilar-se em Londres, por divergências com o novo governo. A 16 de Fevereiro de 1918 é elevado ao Grau 5 (Escocês) do Rito Francês e a 31 de Outubro de 1918 é elevado ao Grau 6 (Cavaleiro do Oriente ou da Espada) do Rito Francês. Regressou à pátria e foi delegado de Portugal à Conferência da Paz, em 1919. Mais tarde, foi promovido a general por distinção e nomeado Alto Comissário da República em Angola. Na Primavera de 1919, foi delegado português à Conferência da Paz. A 31 de Outubro de 1919 é elevado ao Grau 7 e último (Príncipe Rosa Cruz) do Rito Francês. Em Junho de 1924, exerceu as funções de embaixador de Portugal em Londres, cargo de que foi afastado aquando da instauração da Ditadura Militar. A 6 de Novembro de 1928 a Loja Acácia, de que é membro, propõe, pela primeira vez, a sua candidatura ao cargo de Grão-Mestre Adjunto do Grande Oriente Lusitano Unido. A 7 de Dezembro de 1928 morre Sebastião de Magalhães Lima, 10.º Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano Unido, e a 31 de Outubro de 1929 morre António José de Almeida, 12.º Grão-Mestre eleito do Grande Oriente Lusitano Unido. Foi, a 31 de Dezembro de 1929, eleito 14.º Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano Unido para os anos de 1930 e 1931, cargo que ocupou entre 1930 e 1935. A 30 de Abril de 1930 toma posse do cargo de Grão-Mestre, dirigindo uma mensagem aos Maçons Portugueses. A 17 de Setembro parte para Antuérpia, a fim de participar na Semana Portuguesa e na Convenção Maçónica Internacional. De 25 a 30 de Setembro toma parte na Convenção da Association Maçonnique Internationale (A.M.I.), reunida em Bruxelas. Em Dezembro, devido ao período decrescente em que decorrem os trabalhos maçónicos em Portugal, é decidido suspendê-los nas lojas de Lisboa, convidando estas à imediata triangulação. Em Março de 1931 dirige uma importante mensagem à Grande Dieta e em Dezembro é reeleito Grão-Mestre. A 5 de Julho de 1932 Salazar ascende a Presidente do Conselho. A 31 de Janeiro de 1935 protesta, junto do Presidente da Assembleia Nacional, José Alberto dos Reis, contra o projecto de lei que proíbe as associações secretas. A 14 de Maio é emitida uma Resolução do Conselho de Ministros exonerando e / ou passando à reforma uma série de funcionários que oferecem poucas garantias de fidelidade ao regime, entre os quais Norton de Matos. A 21 de Maio dá-se a Publicação da Lei N.º 1.091 que proíbe as associações secretas. Norton de Matos demite-se do cargo de Grão-Mestre, para que pudesse ser eleito alguém desconhecido do Governo. Em 1948, participou nas eleições presidenciais de 1949, reivindicando a liberdade de propaganda e uma melhor fiscalização dos votos. O regime de Salazarrecusou-se a satisfazer estas exigências. Obteve vastos apoios populares e apoio de membros da oposição. Devido à falta de liberdade no acto eleitoral, e prevendo fraudes eleitorais, ele acabou por desistir depois de participar em comícios e outras manifestações de massas.


  • Nos Mares do Fim do Mundo (Doze Meses com os Pescadores Bacalhoeiros Portugueses por Bancos da Terra Nova e da Gronelândia)

    Nos Mares do Fim do Mundo
    Nos Mares do Fim do Mundo  «€50.00»

    Bernardo Santareno – Nos Mares do Fim do Mundo (Doze Meses com os Pescadores Bacalhoeiros Portugueses por Bancos da Terra Nova e da Gronelândia) – Edições Ática – Lisboa – 1957. Desc. 243 pág / 21 cm x 15 cm / E. Ilust. «1.ª Edição»

    Obs: Nos Mares do Fim do Mundo foi, em grande parte, escrito a bordo do arrastão «David Melgueiro», na primeira cam­panha de 1957, a primeira também em que eu servi na frota bacalhoeira portuguesa, como médico. Mas depois desta, tomei parte numa segunda, em 1958, agora a bordo do «Senhora do Mar» e do navio-hospital «Gil Eannes», em que assisti sobretudo aos barcos de pesca à linha: Assim pude de facto conhecer, por vezes intimamente, todos os aspectos da vida dos pescadores bacalhoeiros portugueses, em mares da Terra Nova e da Gronelândia.


  • Missão em Portugal

    Missão em Portugal
    Missão em Portugal «€25.00»

    Álvaro Lins – Missão em Portugal – Centro do Livro Brasileiro – Lisboa – 1974. Desc. 534 pág / 21 cm x 14,5 cm / Br.

     

     

    Álvaro de Barros Lins (Caruaru, 14 de Dezembro  de 1912 — Rio de Janeiro, 4 de Junho de 1970) foi um advogado, jornalista,professor e crítico literário brasileiro, membro da Academia Brasileira de Letras. Foi casado com Heloísa Ramos Lins, com quem teve dois filhos. Filho de Pedro Alexandrino Lins e de Francisca de Barros Lins, Álvaro Lins fez o curso primário em sua cidade natal, mudando-se para cursar o secundário no Colégio Salesiano e no Ginásio Padre Félix, ambos no Recife. Ali ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Recife em 1931, bacharelando-se em 1935. Aos 20 anos, como representante do Directório de Estudantes, produziu seu primeiro trabalho cultural, chamado A universidade como escola de homens públicos. No período de 1932 a 1940, foi também professor de Geografia Geral e de História da Civilização em várias escolas da cidade. Em Outubro de 1934, convidado pelo então interventor e, mais tarde, governador de Pernambuco, Carlos de Lima Cavalcanti, assumiu o cargo de Secretário do Governo Estadual. Fez parte, em 1936, da chapa do Partido Social Democrático (PSD) de Pernambuco, para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados. Contudo, o golpe que instaurou o Estado Novo interrompeu as eleições e Álvaro Lins deixou a Secretaria do Estado em Novembro de 1937 e esqueceu seus planos políticos. Firmou-se, a partir daí, no jornalismo, exercendo-o no Diário da Manhã de Pernambuco, no período de 1937 a 1940, onde foi redactor e director. Transferindo-se para o Rio de Janeiro, iniciou a fazer crítica literária, género que lhe deu fama nacional. Ali, foi jornalista do Diário de Notícias, Diários Associados, entre 1939 e 1940, e redactor-chefe do Correio da Manhã, de 1940 a 1956. Em 1952, partiu para Portugal para leccionar a disciplina Estudos Brasileiros na Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Lisboa. Regressando ao Brasil em Agosto de 1954, por causa da crise desencadeada pelo suicídio de Getúlio Vargas, reassumiu o jornalismo e a cátedra de Literatura Brasileira no Colégio Pedro II.Em 5 de Abril de 1955, aos 42 anos, foi eleito por unanimidade para se tornar o quarto ocupante da cadeira 17 da Academia Brasileira de Letras, vaga após a morte de Edgar Roquette-Pinto, sendo recebido pelo académico João Neves da Fontoura em 7 de Julho de 1956. Como jornalista, participou activamente da luta para garantir a posse de Juscelino Kubitschek na presidência da República, em 1956. Nesta época, trabalhando ainda no Correio da Manhã, deixou de lado a crítica literária para assumir a direcção política do jornal. Convidado por Juscelino, chefiou a Casa Civil do presidente entre Janeiro e Novembro de 1956, saindo do cargo para se tornar embaixador do Brasil em Portugal. Ainda nesse ano, recebeu a maior condecoração brasileira: a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito. Em 1957, recebeu a maior condecoração portuguesa, a Grã-Cruz da Ordem de Cristo, e conduzido a se tornar membro da Academia das Ciências de Lisboa. Algum tempo após a chegada de Álvaro Lins a Lisboa, o presidente de Portugal Francisco Higino Craveiro Lopes realizou uma visita ao Brasil, estabelecendo os termos dos actos de regulamentação do Tratado de Amizade e Consulta entre Brasil e Portugal. Considerando o acordo “lesivo aos interesses do Brasil”, sua posição entrou em choque contra a ditadura Salazarista e a defesa do colonialismo por ela. O impasse se tornou insustentável no início de 1959, na ocasião da aceitação do asilo político por parte do Itamaraty do líder oposicionista português, general Humberto Delgado, ato que não foi reconhecido pelo governo de Portugal, um “flagrante desacato”, nas palavras de Álvaro Lins, ao próprio Juscelino Kubitschek. Com a sensação de ter sido abandonado pelo seu presidente, sem poder contar com ele “para desagravá-lo e desafrontar a representação do Brasil em Lisboa”, o embaixador Álvaro Lins protestou ainda mais veementemente quando Juscelino aceitou o convite de uma comissão portuguesa que desembarcou no Brasil para participar dos festejos henriquinos na condição de co-anfitrião e co-chefe de Estado português, e solicitou que Portugal concedesse asilo ao refugiado ditador Fulgêncio Batista, deposto na revolução cubana de 1959. Algum tempo depois, enviou uma carta rompendo política e pessoalmente com o presidente Juscelino Kunbtschek, acusando-o de “cumplicidade com as ditaduras, de maneira particular com a de Portugal, a do Paraguai e a da República Dominicana” e repudiando seu “compromisso com a ditadura salazarista”. Em Outubro de 1959, Álvaro Lins foi desonerado da embaixada de Portugal, devolvendo antes de deixar o posto em Lisboa a comenda da Grã-Cruz da Ordem de Cristo que havia recebido três anos antes.Álvaro Lins foi o presidente da 1ª Conferência Inter-americana da Anistia para os Exilados e Presos Políticos da Espanha e de Portugal, sediada na Faculdade de Direito de São Paulo, em 1960, e director do Suplemento Literário do Diário de Notícias entre Março de 1961 e junho de 1964. Em 1962, chefiou a delegação brasileira ao Congresso Mundial da Paz, ocorrido em Moscou. Aposentando-se do jornal em 1964, Álvaro Lins dedicou seus últimos anos a escrever livros.


  • O General Humberto Delgado Dirige-se ao Sr. Presidente da Republica «Folheto»

    General Humberto Delgado - O General Humberto Delgado Dirige-se ao Sr. Presidente da Republica - _ Editado pela Comissão Distrital de Faro dos Serviços de Candidatura do General Humberto Delgado- Faro – 1958. Desc. 7 pág. / «€20.00»
    O General Humberto Delgado Dirige-se ao Sr. Presidente da Republica «€20.00»

    General Humberto Delgado – O General Humberto Delgado Dirige-se ao Sr. Presidente da Republica – Editado pela Comissão Distrital de Faro dos Serviços de Candidatura do General Humberto Delgado- Faro – 1958. Desc. 7 pág. / 22 cm x 15 cm / Br.

    Humberto da Silva Delgado (Torres Novas, Brogueira, 15 de Maio de 1906 — Villanueva del Fresno, 13 de Fevereiro de 1965 ) foi um militar português da Força Aérea que corporizou o principal movimento de tentativa de derrube da ditadura Salazarista através de eleições, tendo contudo sido derrotado nas urnas, num processo eleitoral fraudulento que deu a vitória ao candidato do regime ditatorial vigente, Américo Tomás. Humberto da Silva Delgado nasceu a de 15 de Maio de 1906 em São Simão da Brogueira, concelho de Torres Novas, distrito de Santarém. Frequentou o Colégio Militar, onde recebeu o número 156, cujo curso concluiu em 1922. Em 1925 entrou na Escola Prática de Artilharia, de Vendas Novas. Participou no movimento militar de 28 de Maio de 1926, que derrubou a República Parlamentar e implantou a Ditadura Militar que, poucos anos mais tarde, em 1933, iria dar lugar ao Estado Novo liderado por Salazar. Durante muitos anos apoiou as posições oficiais do regime Salazarista, particularmente o seu anti-comunismo. Representou Portugal nos acordos secretos com o Governo Inglês sobre a instalação das Bases Aliadas nos Açores durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1944 foi nomeado Director do Secretariado da Aeronáutica Civil. Entre 1947 e 1950 representou Portugal na Organização da Aviação Civil Internacional, sediada em Montreal, Canadá. Foi Procurador à Câmara Corporativa (V Legislatura)2 entre 1951 e 1952. Em 1952 foi nomeado adido militar na Embaixada de Portugal em Washington e membro do comité dos Representantes Militares da NATO. Promovido a general na sequência da realização do curso de altos comandos, onde obteve a classificação máxima, passa a Chefe da Missão Militar junto da NATO. Regressado a Portugal foi nomeado Director-Geral da Aeronáutica Civil.Os cinco anos que viveu nos Estados Unidos modificam a sua forma de encarar a política portuguesa. Convidado por opositores ao regime de Salazar para se candidatar à Presidência da República, em 1958, contra o candidato do regime, Américo Tomás, aceita, reunindo em torno de si toda a oposição ao Estado Novo. Numa conferência de imprensa da campanha eleitoral, realizada em 10 de Maio de 1958 no café Chave de Ouro, em Lisboa, quando lhe foi perguntado por um jornalista que postura tomaria em relação ao Presidente do Conselho Oliveira Salazar, respondeu com a frase “Obviamente, demito-o!”. Esta frase incendiou os espíritos das pessoas oprimidas pelo regime Salazarista que o apoiaram e o aclamaram durante a campanha com particular destaque para a entusiástica recepção popular na Praça Carlos Alberto no Porto a 14 de Maio de 1958. Devido à coragem que manifestou ao longo da campanha perante a repressão policial foi cognominado «General sem Medo». O resultado eleitoral não lhe foi favorável graças à gigantesca fraude eleitoral montada pelo regime. Em 1959, na sequência da derrota eleitoral, vítima de represálias por parte do regime Salazarista e alvo de ameaças por parte da polícia política, pede asilo político na Embaixada do Brasil, seguindo depois para o exílio neste país. Convencido de que o regime não poderia ser derrubado por meios pacíficos promove a realização de um golpe de estado militar, que vem a ser concretizado em 1962 e que visava tomar o quartel de Beja e outras posições estratégicas importantes de Portugal. O golpe, porém, fracassou. Pensando vir reunir-se com opositores ao regime do Estado Novo, Humberto Delgado dirigiu-se à fronteira espanhola em Villanueva del Fresno, em 13 de Fevereiro de 1965. Ao seu encontro vai um grupo de agentes da PIDE, liderados por Rosa Casaco. O agente Casemiro Monteiro assassina-o, bem como à sua secretária. A Assembleia da República Portuguesa decidiu, a 19 de Julho de 1988, que fosse feita a transladação dos restos mortais de Humberto Delgado, do Cemitério dos Prazeres para o Panteão Nacional da Igreja de Santa Engrácia, em Lisboa. A cerimónia aconteceu a 5 de Outubro de 1990, dia que se assinalava os oitenta anos da Implantação da República Portuguesa. Nesta mesma altura, o General foi elevado, a título póstumo, a Marechal da Força Aérea