• Category Archives História de Portugal
  • Cadernos Vianenses

    Cadernos Vianenses (€20.00)

    Cadernos Vianenses (Notícia do Passado e do Presente da Região de Viana do Castelo) Tomo VI – Dr.Francisco Cyne de Castro – Bento Maciel Parente (Uma Anotação ao Portugal Antigo e Moderno) / Felipe Fernandes – Elogio dos Famosos Estucadores de Viana / Severino Costa – Alberto de Sousa Machado / Adelino Tito de Morais – Notas Históricas Sobre Ponte de Lima /  Afonso do Paço – Evocando Um Vianense Notável /  Maria Emília Sena de Vasconcelos – Pequena Nota Sobre o Advento do Automóvel em Viana / Maria Augusta Eça D’Alpuim – Transferência da Paróquia de Nossa Senhora de Monserrate /  Dr.António de Matos Reis – O Museu de Viana do Castelo /  Dr. José Crespo – Arte. Etnografia. História. memórias de Tempos Vividos pelourinhos. Cruzeiros. Forcas. / Dr. João Baptista Gonçalves da Silva – Arquétipos da Vivência Minhota (Análise psicológica dos Ditados Populares) / Matias de Barros – Ponte Lima – Vila Histórica, Vila Bela do Alto Minhoto /  Maria Vaz Pereira – O Batalhão de Caçadores 9 (Breve Resenha) /  Dr.jaime Cepa Machado – Documentação… Quinta e Torre da Silva – Valença / Francisco José Carneiro Fernandes – Capelas de Viana /  Tiago Augusto de Almeida – Cinco Médicos de Viana Que Foram Notáveis Fora de Viana / Amadeu Costa – Coisas da Nossa Ribeira – O Senhor dos Passos da Matriz – Lendas e Não Só… /  Dr. A. de Almeida Fernandes – toponímia Vianense  – Edição do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal – Viana do Castelo – !981.Desc.(348)Pág.Br.Ilust


  • Guia de História Dos Descobrimentos e Expansão Portuguesa

    Guia de História Dos Descobrimentos e Expansão Portuguesa(€15.00)

    Alfredo Pinheiro Marques – Guia de História Dos Descobrimentos e Expansão Portuguesa (Prefácio de Vitorino Magalhães Godinho)v- Ministério da Educação e Cultura / Secretaria de Estudos da Cultura – Biblioteca Nacional – Lisboa – 1987.Desc.(187)Pág.Br.


  • Syntaxe Historica Portuguesa

    Syntaxe Historica Portuguesa(€35.00)

    Augusto Epiphanio da Silva Dias – Syntaxe Historica Portuguesa – Livraria Clássico Editora – Lisboa – 1933.Desc.(369)Pág.Br

     

     

     

     

    Augusto Epifânio da Silva Dias (Lisboa, 7 de Abril de 1841 – Lisboa, 30 de Novembro de 1916) foi um estudioso da literatura latina e da obra de Luís de Camões, sendo considerado um dos principais camonistas do seu tempo. Aos sete anos frequentava a Biblioteca Nacional; aos treze, a aula de latinidade de José Maria da Silveira Almendro. Foi dos alunos que estrearam o Curso Superior de Letras, inaugurado no ano lectivo de 60/61: frequentou-o nos anos de 1861 e 1862, pelo que terá seguido as aulas de Literatura Antiga, por António José Viale, História, com Rebelo da Silva, Literatura Moderna (dada interinamente por Rebelo da Silva e por Mendes Leal); com Viale, mas no curso que este dava na Biblioteca Nacional, Epifânio se iniciaria em grego. Foi professor de liceus, em Santarém (1864-1867), Porto (1867-1881) e Lisboa (a partir de 1881). Ao mesmo tempo, publicava obra pensada para o ensino – edições de textos e gramáticas -, renovando a didáctica das línguas clássicas e do português. Essa produção implicou que se envolvesse em polémicas (grosso modo desenhavam-se assim dois campos, quando a metodologia do ensino linguístico: Joaquim Alves de Sousa, Martins Contreiras, …, defendiam manuais correntes até então; do lado de Epifânio, vemos autores como Carlos Claudino Dias, Luís Filipe Leite, José Portugal, A. B. Santos Martins). Ao debate público (entre outros, contra Adolfo Coelho) o levou também a reforma do ensino secundário de 1894/95, dita de Jaime Moniz, a qual, eliminando o Grego do currículo dos liceus, o faria regressar ao Curso Superior de Letras (depois, Faculdade de Letras), agora como professor anexo de Grego, situação em que esteve até à jubillação em 1913. Segundo Leite Vasconcelos, o apego que tinha Epifânio à instrucção pública e o seu feitio altruísta é que fizeram que nos não tivesse deixado mais bibliografia de outra índole: «O que ele queria era estar sempre a par com os progressos da sciencia, para a todo o instante em que precisasse de falar, ou de responder a perguntas, se julgar habilitado. Ainda que o seu ensino, pela fôrça triste das coisas, tinha de ser elementar, ele armazenava constantemente conhecimentos, e estava equipado, como se houvesse de preleccionar de alta cátedra a alunos exigentes. Isto revela a probidade, o caracter do professor» (Epiphanio Dias, p. 27). Muito amigo de Epifânio, José Leite conta-nos também do gosto pelas viagens ao estrangeiro, que fazia nos dois meses de férias; da facilidade com que traduzia o grego («todos os dias, logo de manhã, e na cama, lia algumas paginas de grego»); de «certa misantropia e irritabilidade de ânimo»; da teimosia («muito aferrado á sua opinião, da qual só abdicava em circunstancias especiais»); e de como morreu só, apenas com uma velha criada. 

     


  • 1.º Congresso Movimento Democrático de Mulheres

    1.º Congresso Movimento Democrático de Mulheres(€15.00)

    Maria Lamas, Filomena Delgado, Inês Fontinha, Inácio Lopes, Ana Lopes, Mariana Lanita, Manuela Dias, Conceiçao Morais, Lurdes Maníés, Albertina de Sousa, M.ª José Ribeiro, Rosário Porfírio, Ana Paula Ferreira & Regina Marques – 1.º Congresso Movimento Democrático de Mulheres – Unidas Para Fazer de Abril Certeza – Oficina Gráficas “Na”, Lda – Buraca – 1980.Desc.(188)Pág.Br.


  • Subsídios Para a História do Baixo Guadiana e dos Algarves Daquém e Dalém-Mar

    Subsídios Para a História do Baixo Guadiana e dos Algarves Daquém e Dalém-Mar(€13.00)

    Fernando Pessanha – Subsídios Para a História do Baixo Guadiana e dos Algarves Daquém e Dalém-Mar – Edições Mandil / 4 Águas Editora – Faro – 2014.Desc.(116)Pág.Br.Ilust


  • Cidades Medievais Portuguesas (Uma Introdução ao Seu Estado)

    Cidades Medievais Portuguesas (Uma Introdução ao Seu Estado)(€10.00)

    Sérgio Luís Carvalho – Cidades Medievais Portuguesas (Uma Introdução ao Seu Estado) – Livros Horizonte,Lda – Lisboa – 1989.Desc.(112)Pág.Br


  • A Carta de Pêro Vaz de Caminha (Ensaio de Informação a Procura de Constantes Validas de Método)

    A Carta de Pêro Vaz de Caminha (Ensaio de Informação a Procura de Constantes Validas de Método)(€35.00)

    Leonardo Arroyo – A Carta de Pêro Vaz de Caminha (Ensaio de Informação a Procura de Constantes Validas de Método) – Edições Melhoramentos / Em Convénio Com o Instituto Nacional do Livro – MEC – São Paulo  – 1971.Desc.(177)Pág + (1)Mapa.E.Ilust


  • Crónica do Conde D.Henrique & D. Teresa e Infante D.Afonso

    Crónica do Conde D.Henrique & D. Teresa e Infante D.Afonso (€35.00)

    Frei. António Brandão – Crónica do Conde D.Henrique & D. Teresa e Infante D.Afonso (Edição Actualizada Com Uma Introdução de A. DE Magalhães Basto) – Biblioteca Histórica – Série Régia – Livraria Civilização-Editora – Porto – 1944.Desc.(XXXIX) + (320)Pág.E.


  • Cartas aos Sacerdotes da Arquidiocese de Goa

    Cartas aos Sacerdotes da Arquidiocese de Goa(€50.00)

    D.José da Costa Nunes – Cartas aos Sacerdotes da Arquidiocese de Goa (Edição Comemorativa do seu Jubileu Episcopal) – Oficinas Gráficas”casa Portuguesa” – Lisboa – 1947.Desc.(342)Pág + (1)Retrato. E.Pele

     

     

     

    D.José da Costa Nunes

    José da Costa Nunes (Candelária do Pico, Açores, 15 de Março de 1880 — Roma, 29 de Novembro de 1976) foi um cardeal católico que exerceu as funções de Bispo de Macau (1920 – 1940) e Arcebispo de Goa e Damão (1940 – 1953). Foram-lhe concedidos os títulos honoríficos de Patriarca das Índias Orientaise de Primaz do Oriente (1940), sendo elevado a cardeal em 1962. Foi também professor, músico e escritor. José da Costa Nunes nasceu na freguesia rural da Candelária, no sudoeste da ilha do Pico, filho de José da Costa Nunes e Francisca Felizarda de Castro, uma família de lavradores. Depois de concluir os estudos primários na sua freguesia natal, realizou em 1892, no Liceu da Horta da vizinha ilha do Faial, o exame de admissão aos estudos liceais, sendo aprovado. Ingressou então no Seminário Episcopal de Angra (em 1893). Durante o seu percurso como seminarista colaborou em jornais e revistas, usando múltiplos pseudónimos, revelando precocemente talento para a escrita e para a oratória. A sua obra posterior, nos múltiplos artigos jornalísticos, textos de conferência, pastorais, homilias e cartas que produziu, confirmam esta característica. No Seminário Episcopal de Angra fez com brilhantismo os seus estudos, recebendo a 1 de Junho de 1901 a Prima Tonsura e Ordens Menores na Igreja de Nossa Senhora da Guia do antigo Convento de São Francisco de Angra, imóvel onde então funcionavam conjuntamente o Seminário e o Liceu de Angra do Heroísmo. Em 1902, quando frequentava o último ano de Teologia do Seminário e se preparava para a ordenação, foi convidado pelo vice-reitor daquele estabelecimento e seu conterrâneo do Pico, João Paulino de Azevedo e Castro, então eleito bispo de Macau, a acompanhá-lo como seu secretário particular. Aceitou o convite e após a sagração de D. João Paulino, conferida em Angra pelo bispo cessante de Macau D. José Manuel de Carvalho, partiu na companhia do novo prelado, chegando a Macau a 4 de Junho de 1903. Durante a viagem para Macau, acompanhou D. João Paulino nos seus contactos com as autoridades civis e eclesiásticas em Lisboa e Roma e visitou Bombaim e Singapura. Chegado a Macau e feito o exame de Teologia no Seminário Diocesano de São José de Macau, foi ordenado presbítero em 26 de Julho de 1903. Em Macau desenvolveu actividades pastorais, foi professor no Seminário de S. José (1903 – 1906), Vigário Geral da Diocese de Macau e Timor (1906 – 1913), governador do bispado (1907) e fundador do jornal Oriente (1915). Por provisão de 6 de Maio de 1915 foi nomeado vice-reitor interino do Seminário. Esteve nas missões de Malaca, Singapura e Timor (1911). Desenvolveu também actividades missionárias no Timor Português no período de 1913 a 1920. Por morte de D. João Paulino, em sessão do cabido realizada a 22 de Fevereiro de 1918 foi eleito vigário capitular, cargo que exerceu até 16 de Dezembro de 1920, data do consistório secreto que o preconizou bispo da diocese de Macau. A sua nomeação para prelado resultou do trabalho que desenvolveu como vigário capitular na recuperação das finanças e na reorganização interna da diocese de Macau. Morreu em Roma no dia 29 de Dezembro de 1976, aos 96 anos e depois de 23 anos de serviço na Cúria Romana. O seu corpo foi sepultado no cemitério Campo di Verano, Roma, e transferido posteriormente para a Igreja de Santo António dos Portugueses, também em Roma. A 27 de Junho de 1997 os restos mortais do Cardeal Costa Nunes foram solenemente trasladados para a igreja paroquial da Candelária, nos Açores. A 6 de Setembro de 1946 foi condecorado pelo governo português com a Grã-Cruz da Ordem do Império Colonial, a 29 de Agosto de 1953 com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo e, finalmente, a 23 de junho de 1962 foi com a Grande-Cruz do Infante Dom Henrique. Em Macau, um jardim de infância de língua portuguesa, operado pela Associação Promotora da Instrução dos Macaenses, tem como patrono este cardeal português e ex-bispo de Macau (Jardim de Infância de D. José da Costa Nunes). O mesmo acontece com o principal estabelecimento de ensino do seu concelho natal, a Escola Básica e Secundária Cardeal Costa Nunes (Madalena do Pico).

     


  • Brasil e Portugal (Discursos Preferidos no Brasil na Qualidade de Orador Oficial da Embaixada Académica da Universidade de Coimbra, na Sua Viagem Triunfal a Terras de Santa Cruz)

    Brasil e Portugal (Discursos Preferidos no Brasil na Qualidade de Orador Oficial da Embaixada Académica da Universidade de Coimbra, na Sua Viagem Triunfal a Terras de Santa Cruz)(€13.00)

    Pinto Carneiro – Brasil e Portugal (Discursos Preferidos no Brasil na Qualidade de Orador Oficial da Embaixada Académica da Universidade de Coimbra, na Sua Viagem Triunfal a Terras de Santa Cruz) – Coimbra Editora – Coimbra – 1955.Desc.(92)Pág.Br.

     

     

     

     

     

    António Pinto da Costa Carneiro Nasceu em 13 de agosto de 1849, na cidade de Porto, em Portugal. Filho de Custódio Pinto da Costa Carneiro e de Rosa Dias Carneiro. Em 1862, a família se mudou para o Brasil e passou a residir em Laguna/SC, onde Antônio realizou estudos com o professor João Peixoto Lopes. Transferiu-se para Desterro/SC (Capital da Província catarinense), para prosseguir a formação no Colégio Santíssimo Salvador, na capital fundou o jornal “A União”. De Desterro foi para Salvador/BA e, depois, seguiu para Roma, na Itália, para continuar os estudos no Colégio Pio Brasileiro. Ao retornar de Roma à cidade natal, casou com Maria Isabel Arantes Carneiro e tiveram os filhos Álvaro e Octávio, e fundou o jornal Dez de Março. Com o falecimento dos pais, Antônio decidiu voltar para Laguna, em 1878, e cuidar do comércio da família. Em 1882, casou pela segunda vez, com Maria Isabel da Cunha Carneiro, e tiveram os filhos: Edgar, Mario, Jorge, Sylvio, Carmen, Maria Isabel, Lauro e Lúcio. Como foi naturalizado brasileiro, pode participar da vida política – que iniciou em Laguna: nomeado Intendente e Presidente da Intendência Municipal (em 2 de março de 1891);  eleito para o mesmo cargo (a 30 de agosto de 1891), mas não chegou a assumir – por problemas políticos; voltou ao posto em 13 de novembro de 1898, eleito para o quadriênio 1899 a 1902 e de 1903 a 1906; eleito Conselheiro Municipal e investido como Presidente desempenhou a função até seu falecimento.

     


  • Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

    Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (€30.00)

    Fernando Bragança Gil & Maria da Graça salvado Canelhas (Concepção e Coordenação da Exposição e do Catalogo) – Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa / 150.ª Aniversário da Escola Politécnica & 75.ª Aniversário da Faculdade de Ciências – Lisboa – Edição Museu de Ciência da Universidade de Lisboa – 1987.Desc.(320)Pág.Br.Ilust


  • D.Amélia de Orléans e Bragança (Princesa de França & Rainha de Portugal)

    D.Amélia de Orléans e Bragança (Princesa de França & Rainha de Portugal)(€12.00)

    Eurico Carlos Esteves Lage Cardoso – D.Amélia de Orléans e Bragança (Princesa de França & Rainha de Portugal) – Edição de Autor – Lisboa – 2004.Desc.(84)Pág. + (16)Gravuras.Br.Ilust


  • Por Uma Política de Concórdia e Grandeza Nacional (Do 25 de Abril ao 25 de Novembro)-2

    Por Uma Política de Concórdia e Grandeza Nacional (Do 25 de Abril ao 25 de Novembro)

    Francisco Salgado Zenha – Por Uma Política de Concórdia e Grandeza Nacional (Do 25 de Abril ao 25 de Novembro) (Prefácio de Mário Mesquita) – P&R Perpectivas & Realidades – Lisboa – 1976.Desc.(299)Pág.Br

     

     

     

     

    Francisco de Almeida Salgado Zenha

    Francisco de Almeida Salgado Zenha (Braga, São José de São Lázaro, 2 de maio de 1923 — Lisboa, 1 de novembro de 1993) foi um advogado e político português. Natural de Braga, era filho do médico Henrique de Araújo Salgado Zenha (25 de maio de 1887 – 12 de agosto de 1957) e de Maria Ernestina de Mesquita de Almeida e Silva (1 de agosto de 1893 – 25 de julho de 1974) e sobrinho-neto e sobrinho-bisneto do 1.º Barão de Salgado Zenha. Após a conclusão dos estudos liceais, ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, onde viria a licenciar-se em Direito. Aderindo ao Partido Comunista Português no início da década de 1940, foi o primeiro aluno eleito presidente da Direcção da Associação Académica de Coimbra, em 1944. Seria demitido no cargo no ano seguinte, pelo facto da Associação declinar, em Assembleia Magna, o convite do reitor para o acompanhar numa visita a Salazar, com o fim de lhe agradecer a neutralidade durante a guerra. Em finais de 1945, passa a ser responsável pela organização da Federação das Juventudes Comunistas Portuguesas em Coimbra. Nessa qualidade estará entre os fundadores do Movimento de Unidade Democrática Juvenil, integrando a sua Comissão Central. Preso pela primeira vez em 1947, será uma das muitas vezes que visitará os calabouços da PIDE. Neste período conhece Mário Soares, iniciando uma relação de amizade que irá ser reforçada pela participação de ambos na candidatura presidencial de Norton de Matos, em 1949. Também no final da década de 40 inicia a sua vida profissional como advogado, realizando o estágio no escritório de Adelino da Palma Carlos. A par da carreira política e profissional, colabora na revista Vértice. Depois de abandonar o Partido Comunista Português, adere à Resistência Republicana e Socialista, em 1955, dois anos depois de obter a liberdade condicional. Participa na candidatura do General Humberto Delgado à Presidência da República, em 1959. Esteve entre os subscritores do Programa para a Democratização da República, em 1961. No mesmo ano voltaria a ser detido pela PIDE. Torna-se colaborador de O Tempo e o Modo, em 1964. É candidato à Assembleia Nacional, pela Oposição Democrática socialista/não-comunista, em 1965 e 1969. Até ao 25 de Abril Salgado Zenha fez parte do grupo restrito de advogados que se destacou na defesa de presos políticos e participantes em actividades subversivas. Ganhou notoriedade na defesa de António de Sommer Champalimaud, no âmbito do Caso Herança Sommer, em 1973, garantindo a absolvição deste. Ainda em 1964 participa na fundação da Acção Socialista Portuguesa, que iria resultar na criação do Partido Socialista, em 1973, e do qual seria, ainda que contrariado, membro fundador. Não estando presente em Bad Münstereifel, foi um dos sete elementos da Ação Socialista que entregou o seu voto contra a transformação da Associação em partido a Maria Barroso, que o representou. No pós-25 de Abril converte-se num das figuras de proa no processo de democratização. Foi ministro da Justiça nos I, II, III e IV Governos Provisórios, e ministro das Finanças no VI Governo Provisório. Foi negociador na revisão da Concordata com a Santa Sé, que veio permitir o divórcio em Portugal, em 1975. Foi também um dos fortes opositores à unicidade sindical, que pretendia a criação de uma única central sindical. Em 1976 o PS ganha as eleições, ocupando Salgado Zenha o lugar de líder da bancada parlamentar na Assembleia da República. Na altura Mário Soares terá alegado que não o levara para o governo de que era primeiro-ministro, porque Zenha era a «consciência moral» do partido. Por volta de 1980 entra em ruptura com Mário Soares, na sequência da polémica em torno do apoio ou não à candidatura de Ramalho Eanes a Presidente da República. Quando o PS decide manter o apoio, em linha com a opinião de Salgado Zenha, Mário Soares demite-se da liderança do partido, só regressando em 1981. Neste período Zenha manter-se-á como líder parlamentar, mas seria afastado devido a um processo disciplinar, movido por Soares, por causa do apoio de Salgado Zenha a Ramalho Eanes nas presidenciais de 1980. Como resultado foi expulso do Partido Socialista. A 1 de Outubro de 1985, foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade. Em 1986, anuncia a sua candidatura a Presidente da República, afastando-se definitivamente do PS e selando a ruptura com seu adversário Mário Soares. Salgado Zenha, garantindo o apoio do PCP e do PRD, conseguiu 20% dos votos, não passando à segunda volta. Afasta-se então da intervenção política, publicando as principais ideias da sua campanha no livro As Reformas Necessárias, de 1988. Apesar de ter sido sugerido várias vezes ao longo dos anos para ser condecorado com a Ordem da Liberdade, só com a persuasão de António Guterres, amigo de longa data, aceitaria. Seria agraciado a 10 de Junho de 1990 com o grau de Grã-Cruz da Ordem da Liberdade. Seria também António Guterres, então líder do PS, que o convidaria a reingressar no partido, mas Salgado Zenha manter-se-á como independente. Morreu em 1 de Novembro de 1993 em Lisboa, após doença prolongada. A viúva, Maria Irene de Miranda da Cunha da Silva Araújo (31 de Maio de 1919 – 9 de janeiro de 2014), filha de José Joaquim Marques da Silva Araújo (Braga, Pousada, 9 de Maio de 1879 – ?) e de sua mulher (16 de Dezembro de 1916) Julieta de Miranda da Cunha (Lisboa, Conceição Nova – ?), de quem não tivera descendência, criou a Fundação Salgado Zenha, que atribui um prémio e bolsas de estudo anuais na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, tendo sido agraciada com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Mérito a 3 de Maio de 2004. Em 2014, foi erigida em Braga uma escultura, denominada “Silo da Memória” em homenagem ao político bracarense. A Câmara Municipal de Lisboa prestou-lhe a sua homenagem ao atribuir o seu nome a uma avenida de Lisboa, situada na freguesia de Marvila. A 15 de dezembro de 2023, foi agraciado, a título póstumo, com o grau de Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo.

     


  • Mosteiro Beneditino e Santa Maria de Semide

    Mosteiro Beneditino e Santa Maria de Semide(€15.00)

    Maria Teresa Osório de Melo – Mosteiro Beneditino e Santa Maria de Semide – Livraria Minerva – Coimbra – 1992.Desc.(172)Pág.Br.Ilust

     

     

     

     

    O Convento ou Mosteiro de Santa Maria de Semide, ou Mosteiro de Nossa Senhora da Assunção, localiza-se em Semide, na freguesia de Semide e Rio Vide, município de Miranda do Corvo. Actualmente o mosteiro alberga o CEARTE, escola de formação profissional e um lar de jovens da Cáritas. A igreja do mosteiro é igualmente a igreja paroquial de Semide. Todos os anos este templo é palco do Encontro de Coros de Miranda do Corvo. O Mosteiro de Santa Maria de Semide está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1993. O Mosteiro de Santa Maria de Semide foi fundado em 1154  por Martim Anaia. Inicialmente era ocupado por monges beneditinos. Mais tarde, em 1183, tornou-se num convento de freiraspara receber as descendentes do seu fundador. A última freira morreu em 1896. A parte mais antiga ainda existente data do século XVI. Em 1664 um incêndio devorou a maior parte do edifício que foi reconstruído e inaugurado, com a actual igreja, em 1697. Em 1964 o mosteiro sofre novo incêndio tendo sido devorada a ala poente. Em 1990, um novo incêndio destruiu o claustro velho, a casa do capítulo e a sacristia. Do conjunto ainda existente salienta-se a Igreja, com um retábulo e cadeiral em madeira, dos finais do séc. XVII, azulejos do séc. XVIII, esculturas do séc. XVII e séc. XVIII e altar-mor também do séc. XVII. O órgão de tubos, do séc. XVIII, foi recuperado em 2007 e voltou a ser tocado. No Mosteiro houve sempre uma longa tradição musical. Em 1931 o Mosteiro que entretanto havia sido cedido à Junta Geral do Distrito de Coimbra, presidida pelo Professor Bissaya Barreto, passou a funcionar como Escola Profissional de Agricultura e Asilo.