
Coronel Piçarra Mourão – Da Guiné a Angola – O Fim do Império — Quarteto Editora – Coimbra – 2004.Desc.(172)pág + (2)Mapas.Br.
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Coronel Piçarra Mourão – Da Guiné a Angola – O Fim do Império — Quarteto Editora – Coimbra – 2004.Desc.(172)pág + (2)Mapas.Br.
Manuel Pedro Dias – Aquartelamentos de Moçambique – Cabo Delgado (1964-1974) – Ediçõa de Autor – Odivelas – 2006.Desc.(138)Pág.Ilust
Lina Magaia – Duplo Massacre em Moçambique (Histórias Trágicas do Banditismo – II) – Colecção Depoimento – Lisboa – 1989.Desc.(166)Pág.Br.Ilust
Lina Júlia Francisco Magaia (Lourenço Marques, 1945 — Maputo, 27 de junho de 2011) foi uma escritora, jornalista e política moçambicana. Fez parte do Núcleo dos Estudantes Secundários Africanos. Ganhou uma bolsa para estudar economia em Portugal, em 1974. Ao saber, porém, da morte do seu irmão, retornou para a África, juntando-se à Frente de Libertação de Moçambique na Tanzânia, onde ajudou a organizar o Destacamento Feminino na luta pela independência. Após a independência de Moçambique, elegeu-se deputada e lutou pelo desenvolvimento da agricultura, assim como pelos direitos humanos. Defendia uma “revolução verde”, com uma reforma agrária e a substituição da lavoura de cana-de-açúcarpela produção de alimentos. Ao mesmo tempo, escreveu livros que retrataram sua experiência na Guerra Civil Moçambicana. Foi colunista do jornal Notícias e da revista Tempo.Morreu aos sessenta e seis anos, depois de sofrer um acidente vascular cerebral.
Manuel Pedro Dias -vMoçambique – Memórias de Um Combatente (1966 a 1968) – Edição de Autor – Odivelas – 2003.Desc.(142)Pág.Br.Ilust.
Piçarra Mourão (Coronel) – Guiné Sempre (Testemunho de Uma Guerra) – Quarteto Editora – Coimbra – 2001.Desc.(173)Pág.Br
Jorge Manuel Piçarra Mourão nasceu em Abril de 1942, em Vila Viçosa. Em 1959 concluiu no Liceu Nacional de Évora o ciclo liceal e ingressou na Academia Militar, onde em 1962 terminou o curso da Arma de Artilharia. Em Julho de 1965, com o posto de alferes foi mobilizado pelo RAC-Oeiras para a sua primeira comissão em África, embarcando em 20Jan66 rumo à Guiné como tenente comandante da CArt1525, desembarcando em 26Jan66 em Bissau. Colocado em 04Fev66 em Mansoa, onde, com a sua subunidade independente recebeu a IAO, seguindo em 21Fev66 para Bissorã. Em Dez66 foi promovido a capitão e em em 26Set67 agraciado com a Cruz de Guerra de 1ª classe «porque, ao longo de toda a sua comissão militar, tem tomado parte em numeríssimas operações, quase sempre com contacto, comandando a sua Companhia com muita competência, muita determinação, muita ponderação, muita inteligência e muito senso […], sendo bem digno de ser apontado como um valor muito positivo entre os oficiais de um Exército que se bate corajosa, decidida e abnegadamente pelos ideais da Pátria e pela sobrevivência de Portugal em África». Em 10Out67 recolheu com a sua CArt1525 a Bissau a fim de aguardar reembarque para Lisboa, o qual ocorreu 04Nov67. Cumpriu outras duas comissões, ambas em Angola: capitão comandante da Btr2582/RAP3-Figueira da Foz (Set69-Out71 no Úcua); e major oficial de operações do BArt6322/73-RAL3 (Nov73-Set75 em M’Pupa, Fazenda Tentativa e Luanda). Regressado à Metrópole, ficou colocado em Coimbra no QG-RMC onde, além de outras, desempenhou as funções de Chefe da Repartição de Informações e da Repartição de Operações. Está habilitado com o Curso Geral de Estado-Maior e o Curso Superior de Comando e Direcção. Possui também o Curso de Defesa Nacional, do IDN. Em Fev89 promovido a coronel e nomeado comandante do Regimento de Artilharia de Leiria, cargo desempenhado até 1991. Seguidamente, desempenhou as seguintes funções: Adjunto da DINFO (Divisão de Informações do EMGFA); chefe do Serviço de Justiça e Disciplina do Comando da RMC; 2º Comandante da Zona Militar da Madeira; Director de Ensino da Academia Militar; e Juiz-Presidente do TMT-Coimbra.
António Reis – A Minha Jornada em África – Editora Ausência – Vila Nova de Gaia – 1999.Desc.(84)Pág.Br.Ilust
Francisco Salgado Zenha – Por Uma Política de Concórdia e Grandeza Nacional (Do 25 de Abril ao 25 de Novembro) (Prefácio de Mário Mesquita) – P&R Perpectivas & Realidades – Lisboa – 1976.Desc.(299)Pág.Br
Francisco de Almeida Salgado Zenha (Braga, São José de São Lázaro, 2 de maio de 1923 — Lisboa, 1 de novembro de 1993) foi um advogado e político português. Natural de Braga, era filho do médico Henrique de Araújo Salgado Zenha (25 de maio de 1887 – 12 de agosto de 1957) e de Maria Ernestina de Mesquita de Almeida e Silva (1 de agosto de 1893 – 25 de julho de 1974) e sobrinho-neto e sobrinho-bisneto do 1.º Barão de Salgado Zenha. Após a conclusão dos estudos liceais, ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, onde viria a licenciar-se em Direito. Aderindo ao Partido Comunista Português no início da década de 1940, foi o primeiro aluno eleito presidente da Direcção da Associação Académica de Coimbra, em 1944. Seria demitido no cargo no ano seguinte, pelo facto da Associação declinar, em Assembleia Magna, o convite do reitor para o acompanhar numa visita a Salazar, com o fim de lhe agradecer a neutralidade durante a guerra. Em finais de 1945, passa a ser responsável pela organização da Federação das Juventudes Comunistas Portuguesas em Coimbra. Nessa qualidade estará entre os fundadores do Movimento de Unidade Democrática Juvenil, integrando a sua Comissão Central. Preso pela primeira vez em 1947, será uma das muitas vezes que visitará os calabouços da PIDE. Neste período conhece Mário Soares, iniciando uma relação de amizade que irá ser reforçada pela participação de ambos na candidatura presidencial de Norton de Matos, em 1949. Também no final da década de 40 inicia a sua vida profissional como advogado, realizando o estágio no escritório de Adelino da Palma Carlos. A par da carreira política e profissional, colabora na revista Vértice. Depois de abandonar o Partido Comunista Português, adere à Resistência Republicana e Socialista, em 1955, dois anos depois de obter a liberdade condicional. Participa na candidatura do General Humberto Delgado à Presidência da República, em 1959. Esteve entre os subscritores do Programa para a Democratização da República, em 1961. No mesmo ano voltaria a ser detido pela PIDE. Torna-se colaborador de O Tempo e o Modo, em 1964. É candidato à Assembleia Nacional, pela Oposição Democrática socialista/não-comunista, em 1965 e 1969. Até ao 25 de Abril Salgado Zenha fez parte do grupo restrito de advogados que se destacou na defesa de presos políticos e participantes em actividades subversivas. Ganhou notoriedade na defesa de António de Sommer Champalimaud, no âmbito do Caso Herança Sommer, em 1973, garantindo a absolvição deste. Ainda em 1964 participa na fundação da Acção Socialista Portuguesa, que iria resultar na criação do Partido Socialista, em 1973, e do qual seria, ainda que contrariado, membro fundador. Não estando presente em Bad Münstereifel, foi um dos sete elementos da Ação Socialista que entregou o seu voto contra a transformação da Associação em partido a Maria Barroso, que o representou. No pós-25 de Abril converte-se num das figuras de proa no processo de democratização. Foi ministro da Justiça nos I, II, III e IV Governos Provisórios, e ministro das Finanças no VI Governo Provisório. Foi negociador na revisão da Concordata com a Santa Sé, que veio permitir o divórcio em Portugal, em 1975. Foi também um dos fortes opositores à unicidade sindical, que pretendia a criação de uma única central sindical. Em 1976 o PS ganha as eleições, ocupando Salgado Zenha o lugar de líder da bancada parlamentar na Assembleia da República. Na altura Mário Soares terá alegado que não o levara para o governo de que era primeiro-ministro, porque Zenha era a «consciência moral» do partido. Por volta de 1980 entra em ruptura com Mário Soares, na sequência da polémica em torno do apoio ou não à candidatura de Ramalho Eanes a Presidente da República. Quando o PS decide manter o apoio, em linha com a opinião de Salgado Zenha, Mário Soares demite-se da liderança do partido, só regressando em 1981. Neste período Zenha manter-se-á como líder parlamentar, mas seria afastado devido a um processo disciplinar, movido por Soares, por causa do apoio de Salgado Zenha a Ramalho Eanes nas presidenciais de 1980. Como resultado foi expulso do Partido Socialista. A 1 de Outubro de 1985, foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade. Em 1986, anuncia a sua candidatura a Presidente da República, afastando-se definitivamente do PS e selando a ruptura com seu adversário Mário Soares. Salgado Zenha, garantindo o apoio do PCP e do PRD, conseguiu 20% dos votos, não passando à segunda volta. Afasta-se então da intervenção política, publicando as principais ideias da sua campanha no livro As Reformas Necessárias, de 1988. Apesar de ter sido sugerido várias vezes ao longo dos anos para ser condecorado com a Ordem da Liberdade, só com a persuasão de António Guterres, amigo de longa data, aceitaria. Seria agraciado a 10 de Junho de 1990 com o grau de Grã-Cruz da Ordem da Liberdade. Seria também António Guterres, então líder do PS, que o convidaria a reingressar no partido, mas Salgado Zenha manter-se-á como independente. Morreu em 1 de Novembro de 1993 em Lisboa, após doença prolongada. A viúva, Maria Irene de Miranda da Cunha da Silva Araújo (31 de Maio de 1919 – 9 de janeiro de 2014), filha de José Joaquim Marques da Silva Araújo (Braga, Pousada, 9 de Maio de 1879 – ?) e de sua mulher (16 de Dezembro de 1916) Julieta de Miranda da Cunha (Lisboa, Conceição Nova – ?), de quem não tivera descendência, criou a Fundação Salgado Zenha, que atribui um prémio e bolsas de estudo anuais na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, tendo sido agraciada com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Mérito a 3 de Maio de 2004. Em 2014, foi erigida em Braga uma escultura, denominada “Silo da Memória” em homenagem ao político bracarense. A Câmara Municipal de Lisboa prestou-lhe a sua homenagem ao atribuir o seu nome a uma avenida de Lisboa, situada na freguesia de Marvila. A 15 de dezembro de 2023, foi agraciado, a título póstumo, com o grau de Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo.
João Luíz Mendes Paulo – Elefante Dundum (Missão, Testemunho e Reconhecimento) – Edição de Autor – Comissão Portuguesa de História Militar – Gráfica Rolo & Filhos – Mafra – 2006.Desc.(260) + (133) Pág.Br.Ilust
António Pinto – 13 Anos de Luta Armada Porquê? – Composto e Impresso na Neográfica, SARL – Luanda – 1974.Desc.(87)Pág.Br.
António Pinto nasceu na Gabela-Amboim, na província do Cuanza-Sul, a 11 de Dezembro de 1937, foi aluno no Liceu Salvador Correia, licenciou-se em Direito com distinção, pela Universidade Independente de Angola (UnIA), em 2010. Faleceu a 29 de Janeiro de 2024, o funeral está marcado para hoje, 1 de Fevereiro de 2024, no Cemitério de Santana (Luanda). Como jornalista, António Pinto, publicou mais de 500 peças no Correio da Semana, Jornal de Angola e Semanário Agora, entre 1998 e 2012. Foi docente universitário, consultor jurídico e advogado, inscrito na Ordem dos Advogados de Angola. António Pinto foi traído pela má interpretação das palavras do título de um livro Publicou em 1974 o livro “13 Anos de Luta Armada. Porquê?” Um extraordinário “best-seller” (livro mais vendido), entre 1974 e 1975. Após o 25 de Abril de 1974, a população em Angola, maioritariamente sem cultura política, queria perceber o que se estava a passar. Mesmo por aqueles nativos, de origem portuguesa, que estavam a ser encaminhados para uma diáspora forçada na África do Sul, Brasil e Portugal, nas vésperas da independência. O livro começa com uma declaração de António Agostinho Neto, em 1968, em Dar-es-Salan: “Para o MPLA nunca a existência de uma grande comunidade branca em Angola constituiu um problema em si, pois o nosso partido é por princípio anti-racista.” Segundo António Pinto, nunca ficaram devidamente esclarecidas as reais motivações políticas que em 1976 ditaram que o livro “13 Anos de Luta Armada. Porquê?” Fosse retirado das livrarias angolana.Em 1977, em tempo de caça às bruxas que se prolongou até 1979, durante a construção da República Popular na sua fase mais acalorada e empenhada num socialismo radical, não surpreendeu que esta obra viesse a desagradar alguns sectores que consideraram este pequeno livro contrário à linha política e ideológica. Anteriormente em 1976, durante a presidência do Doutor António Agostinho Neto, o livro foi objecto de uma análise promovida pela Comissão Directiva do MPLA e o autor, já militante do Movimento Popular de Libertação de Angola, foi chamado a depor, o que fez com a entrega de um extenso relatório justificativo de 38 páginas.
Bastos Martins – Tempo de Falar(Diário da Invasão de Goa) – Edição de Autor / Empresa Tipográfica”casa Portuguesa” – Lisboa – 1962 – Desc.(94)Pág.Br
Ruy Miguel – Os Últimos Heróis do Império(1961/1974) – Roma Editora – 2006.Desc.(303)Pág.E.Ilust
António Almeida Santos – Quase Memórias (Do Colonialismo e da Descolonização) Vol 1.º / Quase Memórias (Da Descolonização de Cada território em Particular ) Vol 2.º – Casa das letras – Lisboa – 2006.Desc.[614] + [461] pág / 24 cm x 16 cm / Br.
Neves Anacleto – Sabujice e Traição – Edição de Autor / Tipografia Garret – Lourenço Marques – Moçambique – 1974. Desc. 38 pág / 21 cm x 16,5 cm / Br.
António Neves Anacleto (1897-1990), advogado, natural de S. Bartolomeu de Messines (Silves) publicou na sua obra A Longa Luta: preso, algemado e deportado, ed. do autor, s.d., com prefácio de António Almeida Santos algumas notas interessantes de memórias sobre a actividade oposicionista em Portugal e em Moçambique. O prefaciador menciona os vinte anos de amizade que o uniam a Neves Anacleto, ambos viveram em Moçambique, e, juntos se envolveram em campanhas de oposição ao governo da ditadura, quando fizeram parte da comissão, que naquela antiga colónia portuguesa, apoiou o General Humberto Delgado à presidência da República. Francisco Louça, do Bloco de Esquerda, é seu neto.
José Freire Antunes – A Guerra de África 1961-1974 – Circulo de Leitores – Lisboa – 1995. Desc. 1069 pág/ 27 cm x 20 cm / E. Ilust. [Completo em 2 Vols.]