António Almeida Santos – Quase Memórias (Do Colonialismo e da Descolonização) Vol 1.º / Quase Memórias (Da Descolonização de Cada território em Particular ) Vol 2.º – Casa das letras – Lisboa – 2006.Desc.[614] + [461] pág / 24 cm x 16 cm / Br.
Diogo Freitas do Amaral – O Antigo Regime e a Revolução (Memórias Políticas (1941-1975) – Bertrand – Lisboa – 1995. Desc.[540] pág / 23 cm x 15 cm / Br.
Costa Gomes – Discursos Políticos – Ministério da Comunicação Social – Lisboa – 1976. Desc.[5459 Pág / 21 cm x 15 cm / Br.
Francisco da Costa Gomes (Chaves, 30 de Junho de 1914 — Lisboa, 31 de Julho de 2001) foi um militar e político português. Foi o Décimo Quinto Presidente da República Portuguesa, o segundo após a Revolução dos Cravos. De família numerosa, de onze filhos e filhas (dos quais oito chegarão à idade adulta), muito cedo Francisco da Costa Gomes fica órfão de pai. Por falta de posses, a mãe decide enviar o jovem para o Colégio Militar, para que possa aí prosseguir os estudos, antevendo-lhe um futuro na carreira de armas. Sobre a profissão militar o próprio diria mas tarde: «se pudesse não [a] teria seguido.». Militar sempre preocupado com a paz, de perfil civilista, indo ao pormenor de, sintomática e simbolicamente, restringir o uso da farda apenas às ocasiões em que tal lhe era exigido, é no entanto, na Guerra Colonial, de entre os grandes cabos de guerra, o mais renitente em utilizar a força bélica em grandes e pequenas operações, e, paradoxalmente, o que mais êxito teve em termos operacionais e bélicos. Costa Gomes foi, com uma antecedência assinalável, em 1961, o primeiro chefe militar a defender claramente que a solução para a guerra colonial era política e não militar, não obstante cumpriu com brilhantismo as suas funções como comandante militar da 2.ª Região Militar de Moçambique, entre 1965 e 1969 (primeiro, como segundo-comandante, depois, como comandante) e, seguidamente, como comandante da Região Militar de Angola. Costa Gomes foi de grande eficácia ao conseguir mitigar a capacidade militar e operacional dos movimentos de libertação. No caso de Angola, é reconhecido por muitos que, em 1974, o território estava praticamente pacificado e os movimentos de guerrilha tinham em vista a sua capacidade militar reduzida a quase nada. Após o 28 de Setembro de 1974, com o afastamento do general Spínola, Costa Gomes é nomeado para a Presidência da República, onde lhe caberá a difícil missão de conciliador de partes em profunda desavença, com visões do mundo radicais e em defrontação, algumas verdadeiramente inconciliáveis. Levará sobre os seus ombros tudo quanto se irá passar até ao Golpe de 25 de Novembro de 1975, onde lhe coube o papel capital de impedir a radicalização dos conflitos poupando o país a enfrentamentos violentos e uma possível guerra civil. Costa Gomes é considerado um dos principais obreiros da instauração da democracia em Portugal.
Avelino Rodrigues, César Borga e Mário Cardoso – Abril Nos Quartéis de Novembro – Livraria Bertrand – Lisboa – 1979. Desc. 483 pág / 20 cm x 15 cm / Br.
José Freire Antunes – A Guerra de África 1961-1974 – Circulo de Leitores – Lisboa – 1995. Desc. 1069 pág/ 27 cm x 20 cm / E. Ilust. [Completo em 2 Vols.]
Henrique de Sousa e Melo – As Revoluções Rebentam de Madrugada (A Primeira Obra Sobre a Revolução de 25 de Abril) – Agência Portuguesa de Revistas – Lisboa – 1974. Desc. 142 pág / 21 cm x 14,5 cm / Br.
Francisco Salgado Zenha – Por Uma Política de Concórdia e Grandeza Nacional (Do 25 de Abril ao 25 de Novembro) – Perspectivas & Realidades – Lisboa – 1976. Desc. 299 pág / 21 cm x 14 cm / Br.
Carlos Camposa – Salazar Respondendo a Afonso Costa «Com um Preâmbulo e Comentário Sobre o 25 de Abril» – Companhia Editora do Minho – Barcelos – 1976. Desc. 31 pág /21 cm x 14,5 cm / Br.
Francisco Pereira de Moura, António Proença Varão, António Borges Coelho, Avelino Rodrigues, Daniel Sampaio, Carlos Caldeira (Autores) – Esclarecer o Eleitor: Inquérito aos Partidos Políticos – Colaboradores) Jorge Sampaio, Marcelo Rebelo de Sousa, Mário SottoMayor Cardia, Vilaverde Cabral, Fernando Ribeiro de Mello- Fernando Ribeiro de Mello/ Edições Afrodite – Lisboa – 1975. Desc. 345 pág / 21 cm x 14,5 cm / Br.
Avelino Rodrigues / Cesário Borga / Mário Cardoso – Portugal Depois do Abril – Editor – António do Reis – Lisboa – 1976. Desc. 326 pág / 21 cm x 14 cm / Br. Ilust.
Eduardo Agostinho – Eduardo Agostinho um Riomaiorense no 25 de Abril – Câmara Municipal de Rio Maior – Rio Maior – 2004. Desc. 63 pág / 23 cm x 16,5 cm / Br.
Henrique Barrilaro Ruas (Direcção e Coordenação) – A Revolução das Flores o Governo de Vasco Gonçalves até ao Acordo de Lusaka – Editorial Aster – Lisboa – S/D. Desc. 373 pág /23 cm x 16 cm / Br. Ilust.
Vasco dos Santos Gonçalves (Lisboa, 3 de Maio de 1922 — Almancil, 11 de Junho de 2005) foi um militar (General) e um político português da segunda metade do século XX. A 1 de Abril de 1961 foi feito Oficial da Ordem Militar de Avis. Ao tempo Coronel, surgiu no Movimento dos Capitães em Dezembro de 1973, numa reunião alargada da sua comissão coordenadora efectuada na Costa da Caparica. Coronel de engenharia, viria a integrar a Comissão de Redacção do Programa doMovimento das Forças Armadas. Passou a ser o elemento de ligação com Costa Gomes. Membro da Comissão Coordenadora do MFA, foi, mais tarde, primeiro-ministro de sucessivos governos provisórios (II a V). Tido geralmente como pertencente ao grupo dos militares próximos do PCP, perdeu toda a sua influência na sequência dos acontecimentos do 25 de Novembro de 1975. Como primeiro-ministro, foi o mentor da reforma agrária, das nacionalizações dos principais meios de produção privados (bancos, seguros, transportes públicos, Siderurgia, etc.) e do salário mínimo para os funcionários públicos, bem como o subsídio de desemprego, este através do Decreto-Lei nº 169-D/75, de 31 de Março.O seu protagonismo durante os acontecimentos do Verão Quente de 1975 levou os apoiantes do gonçalvismo, na pessoa de Carlos Alberto Moniz, a inclusive comporem uma cantiga em que figurava o seu nome: «Força, força, companheiro Vasco, nós seremos a muralha de aço!». Morreu a 11 de Junho de 2005, aos 84 anos, quando nadava numa piscina, em casa de um irmão em Almancil, aparentemente devido a uma síncope cardíaca. Pai do realizador de cinema Vítor Gonçalves.
….Acordos de Lusaka foram assinados no dia 7 de Setembro de 1974, em Lusaka (Zâmbia), entre o Estado Português e a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), movimento nacionalista que desencadeou a Luta Armada de Libertação Nacional, com o objectivo de conquistar a independência de Moçambique. Nestes acordos o Estado Português reconheceu formalmente o direito do povo de Moçambique à independência e, em consequência, acordou com a FRELIMO o princípio da transferência de poderes, ou seja, transferência da soberania que detinha sobre o território de Moçambique (Cláusula 1). No âmbito dos mesmos acordos foi igualmente estabelecido que a independência completa de Moçambique seria solenemente proclamada no dia 25 de Junho de 1975, data que coincidiria, propositadamente, com o aniversário da fundação da FRELIMO (Cláusula 2). Além dos princípios já enunciados (o da independência e o da transferência de poderes), os Acordos de Lusaka estabeleceram, relativamente ao território de Moçambique, o regime jurídico que vigoraria durante o período de transição para a independência (período a iniciar com a assinatura dos acordos e a terminar com a proclamação da independência de Moçambique, Cláusula 3). Tal regime consistiu, essencialmente, numa bipartição de poderes sobre o território, tendo-se confiado a soberania ao Estado português, representado por um Alto-Comissário (Cláusula 4) e o governo ou administração à FRELIMO, a quem foi reconhecida a prerrogativa de designar não só o primeiro-ministro como também dois terços dos ministros do Governo de Transição (cláusulas 6 e 7)…….