
António Sousa Duarte – António Aleixo (O Poeta do Povo) – Ancora Editora – Lisboa – 1999.Desc.(183)Pág + (12)Fotogravuras.Br.Ilust
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António Sousa Duarte – António Aleixo (O Poeta do Povo) – Ancora Editora – Lisboa – 1999.Desc.(183)Pág + (12)Fotogravuras.Br.Ilust
Padre José Gomes da Encarnação – Como é Bela a Nossa Vida, Quando a Sabemos Viver!… Tipografia “União” – Faro – 1948.Desc.(36)Pág.Br.
Candeias Nunes – O Tempo e os Sinais (Poemas) – Colecção “A Palavra” N.º6 – Tipografia Cácima – Faro – 1964.Desc.(31)Pág.Br
António Joaquim das Candeias Nunes (Portimão, Algarve, 30 de Novembro de 1935 – Portimão, 5 de Março de 2011) é um poetaportuguês. Nos anos 50 esteve ligado à criação do Cineclube de Portimão e do Grupo Amigos de Portimão. Foi um dos poetas algarvios publicados na colecção de poesia A Palavra, dirigida por Casimiro de Brito. É da sua autoria o livro O Tempo e os Sinais, nº 6 da referida colecção, publicado em 1964. Publicou ainda o livro Proémio, na Antologia Poética Luso-Hispânica, colecção de pequenos livros de poesia de poetas de expressão ibérica. No princípio dos anos 70 colaborou no Jornal do Algarve. Após o 25 de Abril de 1974, foi vogal da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Portimão. É pai de Jorge Candeias.
Júlio Carrapato – Zagala (Poemas) – Tipografia “União” – Faro – 1964.Desc.(76)Pág.Br.
António Houaiss – Drummond Mais Seis Poetas e Um Problema – Imago Editora, Ltda – Rio de Janeiro – 1976.Desc.(259)Pág.Br.”Autografado”
Antônio Houaiss (Rio de Janeiro, 15 de outubro de 1915 – Rio de Janeiro, 7 de março de 1999) foi um destacado intelectual brasileiro — filólogo, crítico literário, tradutor, diplomata, enciclopedista e ministro da cultura do Brasil no governo Itamar Franco. Houaiss era o quinto de sete filhos de um casal de imigrantes libaneses, Habib Assad Houaiss e Malvina Farjalla, radicados no Rio de Janeiro. Com dezesseis anos, começou a leccionar português, atividade que exerceu durante toda sua vida.Autor de dezenove livros, Houaiss organizou e elaborou duas das enciclopédias mais importantes já feitas no Brasil, a Delta-Larousse e a Mirador Internacional. Publicou dois dicionários bilíngues inglês-português, organizou a primeira edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), da Academia Brasileira de Letras. Entre seus trabalhos de tradução está o romance Ulisses, de James Joyce. Ocupou diversos cargos importantes como presidente da Academia Brasileira de Letras, ministro da Cultura no governo do presidente Itamar Franco e membro da Academia das Ciências de Lisboa. A revista Veja chegou a defini-lo como o “maior estudioso das palavras da língua portuguesa nos tempos modernos”. Em fevereiro de 1986, iniciou o projeto do Grande dicionário Houaiss da língua portuguesa, seu magnum opus. Houve uma interrupção de cinco anos, por falta de recursos financeiros, de 1992 até março de 1997, quando então fundou o Instituto Antônio Houaiss de Lexicografia e Banco de Dados da Língua Portuguesa S/C Ltda., com Francisco Manoel de Mello Franco e Mauro de Salles Villar. Antônio Houaiss faleceu em 7 de março de 1999, sendo os trabalhos lexicográficos concluídos pelo Instituto, em dezembro de 2000. O Grande Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa veio a lume em 2001.
Carlos Drummond de Andrade (Itabira, 31 de outubro de 1902 – Rio de Janeiro, 17 de agosto de 1987) foi um poeta, farmacêutico, contista e cronista brasileiro, considerado por muitos o mais influente poeta brasileiro do século XX. Drummond foi um dos principais poetas da segunda geração do modernismo brasileiro, embora sua obra não se restrinja a formas e temáticas de movimentos específicos. Os temas de sua obra são vastos e empreendem desde questões existenciais, como o sentido da vida e da morte, passando por questões cotidianas, familiares e políticas, como o socialismo, dialogando sempre com correntes tradicionais e contemporâneas de sua época. As características formais e estilísticas de sua obra também são vastas, destacando-se, por vezes, o dialeto mineiro. Drummond nasceu na cidade de Itabira, em Minas Gerais. Sua memória dessa cidade viria a permear parte de sua obra. Seus antepassados, tanto do lado materno como paterno, pertencem a famílias de origem escoto-madeirense há muito tempo estabelecidas no Brasil. Posteriormente, foi estudar no Colégio Arnaldo, em Belo Horizonte, e no Colégio Anchieta, dos jesuítas, em Nova Friburgo. Formado em farmácia pela Universidade Federal de Minas Gerais, com Emílio Moura e outros companheiros, fundou “A Revista”, para divulgar o modernismo no Brasil. No mesmo ano em que publica a primeira obra poética, “Alguma poesia” (1930), o seu poema Sentimental é declamado na conferência “Poesia Moderníssima do Brasil”,. feita no curso de férias da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, pelo professor da Cadeira de Estudos Brasileiros, Dr. Manoel de Souza Pinto, no contexto da política de difusão da literatura brasileira nas Universidades Portuguesas. Nos anos 1940, Drummond ingressou nas fileiras do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e chegou a dirigir um jornal do Partido no Rio de Janeiro, onde realizou uma entrevista com o dirigente do partido Luis Carlos Prestes ainda na cadeia.Existe colaboração de sua autoria no semanário Mundo Literário (1946–1948) e na revista luso-brasileira Atlântico. Durante a maior parte da vida, Drummond foi funcionário público, embora tenha começado a escrever cedo e prosseguisse escrevendo até seu falecimento, que se deu em 1987 no Rio de Janeiro, doze dias após a morte de sua filha. Além de poesia, produziu livros infantis, contos e crônicas. Sua morte ocorreu por infarto do miocárdio e insuficiência respiratória. Drummond, como os modernistas, segue a libertação proposta por Mário de Andrade e Oswald de Andrade; com a instituição do verso livre, mostrando que este não depende de um metro fixo. Se dividirmos o modernismo numa corrente mais lírica e subjetiva e outra mais objetiva e concreta, Drummond faria parte da segunda, ao lado do próprio Oswald de Andrade. Quando se diz que Drummond foi o primeiro grande poeta a se afirmar depois das estreias modernistas, não se está querendo dizer que Drummond seja um modernista. De fato, herda a liberdade linguística, o verso livre, o metro livre, as temáticas cotidianas.Sobre a poesia política, algo incipiente até então, deve-se notar o contexto em que Drummond escreve. A civilização que se forma a partir da Guerra Fria está fortemente amarrada ao neocapitalismo, à tecnocracia, às ditaduras de toda sorte, e ressoou dura e secamente no eu artístico do último Drummond, que volta, com frequência, à aridez desenganada dos primeiros versos: A poesia é incomunicável / Fique quieto no seu canto. / Não ame. Muito a propósito da sua posição política, Drummond diz, curiosamente, na página 82 da sua obra “O Observador no Escritório”, Rio de Janeiro, Editora Record, 1985, que “Mietta Santiago, a escritora, expõe-me sua posição filosófica: Do pescoço para baixo sou marxista, porém do pescoço para cima sou espiritualista e creio em Deus.” No final da década de 1980, o erotismo ganha espaço na sua poesia até seu último livro.
António Henrique Balté – Rapsódia em Rimas Desusadas – Edição de Autor / Tip.União – Faro – 1958.Desc.(93)Pág.Br.”Autografado”
António Balté formou-se na Faculdade de Medicina de Lisboa, em 1931. Especializou-se em Cirurgia Ginecológica. Na década de quarenta do século passado frequentou durante dois anos o Chicago Tumour Institute, nos Estados Unidos da América. A partir de 1948 passou a exercer clínica em Faro até 1969, desempenhou a posição de diretor clínico no Hospital Distrital de Faro. Desde 1953, também ocupou a posição de Cirurgião-Chefe dos Serviços de Cirurgia do Hospital de Vila Real de Santo António. Exerceu, igualmente, a posição de médico das Caixas de Previdência, tendo cumprido, durante alguns anos, as funções de diretor distrital e de inspetor nesta instituição. Representou, por três vezes, os Serviços Médico-Sociais Portugueses no Conselho da Europa em Estrasburgo, e participou num programa da NATO, no qual viajou a vários centros médicos nos Estados Unidos da América e ao Canadá para estudar os sistemas utilizados. Autor de obras especializadas na área da medicina, colaborou ainda, em várias revistas médicas, e fez comunicações em diversos congressos. Como poeta, publicava com frequência em diversas publicações do Algarve, especialmente na revista Costa d’ Oiro, e no semanário Correio do Sul. Foi por diversas vezes premiado em torneios públicos, tendo obtido por exemplo o 1.º Prémio do Soneto nos Jogos Florais de Férias da Zona Sul, em 1950.
Fernando Reis Luis (Poemas) & António Carmo -(Desenhos) – Teia (Poemas) – Ediçõa dos Autores – 1978.Desc.(87)Pág.Br.Ilust “1.ª Edição” Autografado”
(Monchique, 22 de Janeiro de 1945 – 19 de Setembro de 2021), foi um político, professor, escritor e bancário português. Nasceu na vila de Monchique, em 22 de Janeiro de 1945. Licenciou-se em gestão bancária. A sua profissão principal era como bancário, tendo igualmente trabalhado como professor e dirigente associativo, tendo sido responsável pela fundação de várias instituições no concelho, nos campos do desporto, da cultura, bombeiros e política. Era igualmente o representante da Confraria do Medronho de Monchique. Também foi delegado distrital da Protecção Civil, e fez parte da equipa do Governo Civil. Destacou-se igualmente como escritor, tendo começado a publicar contos e poemas ainda durante a juventude, no Juvenilsuplemento do Diário de Lisboa. Também colaborou noutros jornais e revistas, como o jornal Barlavento e as revistas Florestas, Prevenir e Protecção Civil, tendo também sido correspondente do Diário de Notícias. Também desenvolveu várias iniciativas para a promoção dos escritores de poesia, como a Confraria dos Poetas Algarvios. As suas obras contaram com a colaboração de vários pintores e outros artistas, incluindo António Carmo, Leandro Lamas, José Maria Oliveira e Igor Nunes Silva.Trabalhos seus foram reunidos na antologia poética O Trabalho, e nas colectâneas Terra Luz, Palavras de Liberdade, Mesturas, Homenagem a Manuel Maria e O Cancro: El, Eu e Nós e na Antologia de Contos do Algarve. Exerceu como presidente da Assembleia Municipal de Monchique durante cerca de 31 anos, desde 1982 até 2013. Também foi deputado à Assembleia da República, durante a primeira e segunda legislaturas, tendo sido eleito pelo círculo de Faro. Durante a sua carreira política, foi sempre membro do Partido Socialista. Faleceu em 19 de Setembro de 2021, aos 76 anos de idade, devido a uma doença prolongada. O funeral teve lugar no dia seguinte, na Igreja Matriz. Na sequência da sua morte, a autarquia decretou dois dias de luto municipal, tendo sido recordado pelo presidente da Câmara Municipal, Rui André, como «um cidadão com forte intervenção ao longo da sua vida no concelho de Monchique».
António Carmo nasceu em 1949 no Bairro da Madragoa em Lisboa, filho de gente ligada ao mar, mas foi criado pela madrinha de baptismo, tendo vivido sempre na capital. Dada a sua apetência para o desenho e a conselho do seu professor, na adolescência, ingressa na Escola de Artes Decorativas António Arroio, onde cursou Pintura Decorativa. Ainda como estudante começa a frequentar as tertúlias de Lisboa, nomeadamente na Brasileira do Chiado, Café Tarantela, Café Vává, Leitaria Garrett, etc. Na Brasileira, conheceu e conviveu com algumas das figuras conhecidas da cultura nacional, tais como Almada Negreiros, Abel Manta, Jorge Barradas e João Hogan que, em 1970 apadrinhou a sua exposição na Galeria Diário de Notícias, e outros que ainda hoje fazem parte do seu convívio diário, entre estes, Virgílio Domingues, Alberto Gordillo e Luís LobatoDada a diversidade de interesses culturais que sempre manifestou, teve o privilégio de conviver com grandes vultos do mundo das artes, nomeadamente do bailado, cinema e literatura. Amigo pessoal de alguns dos nossos cantores e compositores, tais como Adriano Correia de Oliveira (que homenageou com um painel de azulejos em Avintes), Carlos do Carmo (executou a capa do LP O HOMEM NO PAÍS), Paulo de Carvalho, etc. Em 1968 faz a sua primeira exposição individual, na Galeria Nacional de Arte em Lisboa. Nesse mesmo ano, ingressa no Grupo de Bailados Portugueses Verde Gaio, aí permanecendo por dezoito anos e onde conheceu alguns grandes nomes do bailado internacional. Nesse período, para além de participar como bailarino, fez ainda os figurinos e cenários para alguns bailados do Grupo. Em 1970 é mobilizado para a Guiné (Guerra Colonial) e durante os 2 anos em que ali permanece, organiza algumas exposições e executa alguns murais; colabora no jornal A Voz da Guiné e faz uma pesquisa sobre a Arte Nalu. Regressa a Lisboa em 1972 e no ano seguinte promove na Galeria Opinião, uma exposição de reflexão e denúncia dessa mesma Guerra Colonial. Depois de 25 de Abril de 1974, executa grandes murais nas Festas do Avante em conjunto com outros nomes da pintura, tais como: Rogério Ribeiro, Cipriano Dourado, Querubim Lapa, Jorge Vieira e Rogério do Amaral. A partir de então inicia uma carreira internacional sendo a sua primeira exposição na Galeria Solidair em Roterdão/Holanda, vindo a fixar-se temporariamente em Bruxelas onde há cerca de 25 anos mantém uma permanência constante nalgumas galerias, tais como: Galerie L’Oeil, Racines e, mais recentemente a Galerie Albert I. Em Bruxelas, executa ainda dois murais de grandes dimensões para a ABEP (Associação de Portugueses Emigrados na Bélgica) que foram, recentemente, doados à Câmara de S. Gilles/Bruxelas. Dentro do espírito de divulgação cultural que está sempre presente na sua postura social, ilustrou durante alguns anos o “Suplemento Cultural” do matutino O Diário bem como outros jornais. Formou ainda o Grupo Paralelo, na Primavera de 1974, juntamente com alguns pintores e escultores: Adão Rodrigues, Alberto Gordillo, Álvaro Perdigão, António Trindade, Cipriano Dourado, Estevão Soares, Guilherme Casquilho, Teixeira Lopes, Ribeiro Farinha, Rogério Amaral e Virgílio Domingues. A ele aderiram posteriormente vários outros artistas plásticos, entre os quais Boavida Amaro, João Duarte, João Hogan, Jorge Vieira, José António Flores, Lurdes Freitas, Maurício Penha, Noémia Cruz e Querubim Lapa. Nascido numa época ímpar da nossa História, o Paralelo foi também produto do sonho partilhado por quase todos os Portugueses de então, de construir um Portugal melhor, onde até a Cultura e a Arte tivessem a sua oportunidade. Os seus fundadores propunham-se sobretudo promover a divulgação das corrente estéticas das artes plásticas portuguesas, mirando o território virgem que a província representava e, se possível, projectando o voo além fronteiras. O veículo de propaganda eram, naturalmente, as exposições.
Ernesto de Moura Coutinho – Sonetos Escolhidos – Edição de Autor – Lisboa – 2005.Desc.(130)Pág.Br.”Autografado”
António Barahona da Fonseca – Impressões Digitais (Poesia) – Gráfica Progredir – Porto – 1968.Desc.(126)Pág.Br.
A. Vicente Campina – Herança (Poema) – Edições “AL-GHARB” – Vila Real de Santo António – 1945.Desc.(22)Pág.Br”Autografado”
Ricardo Manuel – Angola, Meu Amor e Outros Poemas – Edições Maiaka – Luanda – 1979.Desc.(86)Pág.Br.
Elviro Rocha Gomes – Astros Com Luz Própria (Sobre a Irradiação do Talento) – Edição do Autor – faro – 1961.Desc.(38)Pág.Br.”Autografado” (Exemplar da Biblioteca de Lyster Franco)
Vicente Campinas – Praia-Mar (Poesias) – Edição de Autor / Tipografia do Carvalho – Porto – 1969.Desc.(102)Pág.Br.
Manuel Urbano Alves – A’Sombra do Meu Moinho (Poemas) – Tip.União – Faro – 1947.Desc.(52)Pág.Br
Ruy Santos – Passaporte (Poemas) – Oficinas da Gráfica galdete, Lda – Santarém – 1961.Desc.(85)Pág.Br
João Roiz de Castelo-Branco, Bernardim Ribeiro, Cristóvão Falcão, Luís de Camões, Rodrigues Lobo, Bocage, Antero de Quental, Gomes Leal, Cesário Verde, António Nobre, Camilo Pessanha, Fernando Pessoa, Mário Sá-carneiro & Florbela Espanca – Poesia – Antologia (Organizada por Branquinho da Fonseca – Portugália Editora – Lisboa – 1966.Desc.(188)Pág.Br
Branquinho da Fonseca – Poeta, tradutor (Georges Duhamel, Stendhal, entre outros), autor dramático e ficcionista, filho de Tomás da Fonseca. Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, exerceu a profissão de conservador de registo civil e dirigiu, desde a sua criação, o Serviço de Bibliotecas Fixas e Itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian. Com Afonso Duarte, Vitorino Nemésio, António de Sousa e João Gaspar Simões, dirigiu a revista coimbrã Tríptico(1924); com José Régio e João Gaspar Simões, fundou, em 1927, a “Folha de Arte e Crítica” Presença, e, após uma dissidência com o grupo presencista, fundou com Adolfo Rocha (Miguel Torga) a efémera revista Sinal (1930). Além destas publicações, colaborou em O Diabo, Manifesto e Litoral. É nas páginas da Presença que publica os textos dramáticos A Posição de Guerra e Os Dois (posteriormente recolhidos com Curva do Céu, A Grande Estrela, Rãs e Quatro Vidas, no volume único de Teatro, publicado, em 1939, com o pseudónimo de António Madeira), numa dramaturgia que, segundo Luiz Francisco Rebello (100 Anos de Teatro Português, Porto, 1984, p. 75), combina “elementos de progénie simbolista com certas experiências surrealistas”, e que, na opinião do mesmo estudioso, prolongam, “na geração presencista, o vanguardismo de Orpheu, de que no setor dramatúrgico Almada Negreiros foi o mais lídimo representante”. Revelou-se, em 1926, com Poemas, coletânea que estabelece a continuidade com o modernismo “tanto pela aguda desconfiança a alternar com a crença desmedida nos poderes da palavra, como pelo reiterado pendor para a visão alucinatória do concreto e para a expressão aparentemente cândida do insólito.” (MOURÃO-FERREIRA, David – posfácio a O Barão, Lisboa, 1969, p. 119). Mas é sobretudo na ficção que o escritor atinge a sua maturidade, através de uma escrita espessa, que se presta a interpretações psicológicas, sociais, simbólicas, numa hábil capacidade de misturar o real e o imaginário, o fantástico e o concreto, e de que a famosa novela O Barão – amplamente traduzida – constitui um dos exemplos mais significativos.
M. M. Ramos Lopes – Cantares do Povo Minhoto (Região de Barcelos) – Barcelos – 1997.Desc.(157-190)Pág.Br.Ilust
António Afonso Borregana – Análise de Os Lusíadas (Episódios Fundamentais) – Edição e Depositário de Autor – Setúbal – 1987.Desc.(129)Pág.Br.
Emiliano Campos Coroa – Túnel (Poemas Imperfeitos de Quem se Sabe Não Poeta) – Rasgá-los? Para Quê? – Tipografia União – Faro – 1977.Desc.(139)Pág.Br.”Autografado
Emílio Campos Coroa (Beja, 2 de Setembro de 1928 – Faro, 25 de Outubro de 1985) foi um médico, escritor e dramaturgo português. Emílio Campos Coroa Nasceu na cidade de Beja,em 2 de Setembro de 1928. Licenciou-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, onde se especializou em oftalmologia, Ciências Pedagógicas, hidrologia, climatologia e tisiologia social. Foi médico escolar do distrito de Faro, ensinou Noções de Higiene, Enfermagem e Puericultura na Escola do Magistério Primário, e exerceu como oftalmologista nas cidades de Portimão e em Faro. Foi candidato pela Oposição Democrática durante as eleições de 1969, e depois da Revolução de 25 de Abril de 1974 fez parte da Assembleia Municipal de Faro.Fundou as delegações regionais do Partido Socialista e do Partido Renovador Democrático no Algarve. Ainda durante os seus estudos, colaborou no Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra. Continuou as suas actividades teatrais quando se estabeleceu no Algarve, tendo sido um dos principais dinamizadores do teatro naquela região. Colaborou com o Círculo Cultural do Algarve, e criou o Grupo de Teatro Lethes de Faro, onde também foi encenador de várias peças, que depois representou noutros pontos do Algarve, em Lisboa, nos Açores e em França. Em 1960, o Grupo do Teatro Lethes realizou e interpretou a película O Infante de Sagres. Em 1965, o grupo foi convidado para representar em Lisboa, no âmbito das comemorações nacionais do V centenário do nascimento de Gil Vicente, tendo levado à cena a peça Trilogia das Barcas, no Teatro de São Carlos, onde Emílio Campos Coroa participou como actor. Emílio Campos Coroa também foi escritor, tendo publciado um grande número de obras em prosa e poesia, destacando-se os livros O Teatro Amador de Faro (1964) e Tunel (1976). Faleceu em 25 de Outubro de 1985, na cidade de Faro. Tinha um irmão, José de Campos Coroa, e estava casado com a actriz Maria Amélia Saraiva Vieira Campos Coroa, que faleceu em 2011 Emílio Campos Coroa foi por duas vezes homenageado com o 1.º Prémio de Encenação do Secretariado Nacional de Informação. Foi condecorado com a Medalha de Mérito Grau Ouro pela Câmara Municipal de Faro, que também colocou o seu nome numa rua da cidade. O nome de Emílio Campos Coroa também foi dado à nova sede do Instituto Nacional para o Aproveitamento dos Tempos Livres em Faro. Em 2006, a autarquia de Albufeira também colocou o seu nome numa rua.
J.Santos Stockler – Aquário do Tempo (74.º Aniversário do Autor 22 de maio de 1910) – Edição de Autor – Livrejo – Artes Gráficas – Rio Maior – 1984.Desc.(92)Pág.Br.