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    Colecção Completa de Ramalho Ortigão
    Colecção Completa de Ramalho Ortigão «€500.00»

    Ramalho Ortigão – [As Farpas] + [Correio de Hoje] + [ Cronicas Portuenses] + [Folhas Soltas] + [Costumes e Perfis] + [John Bull] + [Banhos e Caldas e Águas Minerais] + [Notas de Viagem] + [Em Paris] + [A Holanda] + [Arte Portuguesa] + [Pela Terra Alheia] +[Farpas Esquecidas] + [Primeiras Prosas] + [Figuras e Questões Literárias] + [O Mistério da Estrada de Sintra] + [As Praias de Portugal] + [Contos e Paginas Dispersas] + [Ultimas Farpas] – Livraria Clássica Editora – Lisboa 1943/1966. Desc.[XXXVIII + 270] + [279] + [288] + [318] + [318] + [300] + [326] + [323] + [301] + [302] + [322] + [259] +[241] + [247] + [259] + [199 + 204] + [298 + 236 + 262] + [282 + 310] + [200 + 202] + [260] + [309] + [342] + [303] + [275] + [285] + [253] + [287] + [290] + [212] + [490] + [229 + 223] + [318] + [254] / 18,5 cm x 12,5 cm / E. Pele

     

    Ramalho Ortigão – Wikipédia, a enciclopédia livre
    Duarte Ramalho Ortigão

    Resultado de imagem para ramalho ortigão Duarte Ramalho Ortigão (Porto, Santo Ildefonso, Casa de Germalde, 24 de outubro de 1836 — Lisboa, Mercês, 27 de setembro de 1915) foi um escritor português. José Duarte Ramalho Ortigão nasceu no Porto, na Casa de Germalde, freguesia de Santo Ildefonso. Era o mais velho de nove irmãos, filhos do primeiro-tenente de artilharia Joaquim da Costa Ramalho Ortigão e de sua mulher D. Antónia Alves Duarte Silva. Viveu a sua infância numa quinta do Porto com a avó materna, com a educação a cargo de um tio-avô e padrinho Frei José do Sacramento. Em Coimbra, frequentou brevemente o curso de Direito. Ensinou francês e dirigiu o Colégio da Lapa no Porto, do qual seu pai havia sido diretor. Iniciou-se no jornalismo colaborando no Jornal do Porto e no jornal de cariz monárquico O Correio: Semanário Monárquico(1912-1913). Também foi colaborador em diversas publicações periódicas, em alguns casos postumamente, entre as quais se destaca: Acção realista (1924-1926); O António Maria(1879-1885;1891-1898); Branco e Negro (1896-1898); Brasil-Portugal (1899-1914); Contemporânea (1915-1926); A Esperança(1865-1866; Galeria republicana (1882-1883); Gazeta Literária do Porto (1868), Ideia Nacional  (1915), A Imprensa(1885-1891); O Occidente (1878-1915); Renascença (1878-1879?); Revista de Estudos Livres  (1883-1886), A semana de Lisboa (1893-1895); A Arte Portuguesa (1895); Tiro e Sport  (1904-1913); Serões (1901-1911); O Thalassa: semanario humoristico e de caricaturas (1913-1915). Em 24 de outubro de 1859 casou com D. Emília Isaura Vilaça de Araújo Vieira, de quem veio a ter três filhos: Vasco, Berta e Maria Feliciana. Ainda no Porto, envolveu-se na Questão Coimbrã com o folheto “Literatura de hoje”, acabando por enfrentar Antero de Quental num duelo de espadas, a quem apodou de cobarde por ter insultado o cego e velhinho António Feliciano de Castilho. Ramalho ficou fisicamente ferido no duelo travado, em 6 de fevereiro de 1866, no Jardim de Arca d’Água. No ano seguinte, em 1867, visita a Exposição Universal em Paris, de que resulta o livro Em Paris, primeiro de uma série de livros de viagens. Insatisfeito com a sua situação no Porto, muda-se para Lisboa com a família, obtendo uma vaga para oficial da Academia das Ciências de Lisboa. Reencontra em Lisboa o seu ex-aluno Eça de Queirós e com ele escreve um “romance execrável” (classificação dos autores no prefácio de 1884): O Mistério da Estrada de Sintra (1870), que marca o aparecimento do romance policial em Portugal. No mesmo ano, Ramalho Ortigão publica ainda Histórias cor-de-rosa e inicia a publicação de Correio de Hoje (1870-71). Em parceria com Eça de Queirós, surgem em 1871 os primeiros folhetos de As Farpas, de que vem a resultar a compilação em dois volumes sob o título Uma Campanha Alegre. Em finais de 1872, o seu amigo Eça de Queirós parte para Havana exercer o seu primeiro cargo consular no estrangeiro, continuando Ramalho Ortigão a redigir sozinho As Farpas. Entretanto, Ramalho Ortigão tornara-se uma das principais figuras da chamada Geração de 70. Vai acontecer com ele o que aconteceu com quase todos os membros dessa geração. Numa primeira fase, pretendiam aproximar Portugal das sociedades modernas europeias, cosmopolitas e anticlericais. Desiludidos com as luzes europeias do progresso material, porém, numa segunda fase voltaram-se para as raízes de Portugal e para o programa de um “reaportuguesamento de Portugal”. É dessa segunda fase a constituição do grupo “Os Vencidos da Vida”, do qual fizeram parte, além de Ramalho Ortigão, o Conde de Sabugosa, o Conde de Ficalho, o Marquês de Soveral, o Conde de Arnoso, Antero de Quental, Oliveira Martins, Guerra Junqueiro, Carlos Lobo de Ávila, Carlos de Lima Mayer e António Cândido. À intelectualidade proeminente da época juntava-se agora a nobreza, num último esforço para restaurar o prestígio da Monarquia, tendo o Rei D. Carlos I sido, significativamente, eleito por unanimidade “confrade suplente do grupo”. Na sequência do assassínio do Rei, em 1908, escreve D. Carlos o Martirizado. Com a implantação da República, em 1910, pede imediatamente a Teófilo Braga a demissão do cargo de bibliotecário da Real Biblioteca da Ajuda, escrevendo-lhe que se recusava a aderir à República “engrossando assim o abjecto número de percevejos que de um buraco estou vendo nojosamente cobrir o leito da governação”. Saiu em seguida para um exílio voluntário em Paris, onde vai começar a escrever as Últimas Farpas (1911-1914) contra o regime republicano. O conjunto de As Farpas, mais tarde reunidas em quinze volumes, a que há que acrescentar os dois volumes das Farpas Esquecidas, e o referido volume das Últimas Farpas, foi a obra que mais o notabilizou por estar escrita num português muito rico, com intuitos pedagógicos, sempre muito crítico e revelando fina capacidade de observação. Eça de Queirós escreveu que Ramalho Ortigão, em As Farpas, “estudou e pintou o seu país na alma e no corpo”. Regressa a Portugal em 1912 e, em 1914 dirige a célebre Carta de um velho a um novo, a João do Amaral, onde saúda o lançamento do movimento de ideias políticas denominado Integralismo Lusitano: “A orientação mental da mocidade contemporânea comparada à orientação dos rapazes do meu tempo estabelece entre as nossas respectivas cerebrações uma diferença de nível que desloca o eixo do respeito na sociedade em que vivemos obrigando a elite dos velhos a inclinar-se rendidamente à elite dos novos”. Vítima de cancro, recolheu-se na casa de saúde do Dr. Henrique de Barros, na então Praça do Rio de Janeiro, em Lisboa, vindo a falecer em 27 de setembro de 1915, na sua casa da Calçada dos Caetanos, na Freguesia da Lapa. Foi Comendador da Ordem Militar de Cristo e Comendador da Imperial Ordem da Rosa do Brasil. Além de bibliotecário na Real Biblioteca da Ajuda, foi Secretário e Oficial da Academia Nacional de Ciências, Vogal do Conselho dos Monumentos Nacionais, Membro da Sociedade Portuguesa de Geografia, da Academia das Belas Artes de Lisboa, do Grémio Literário, do Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro, e da Sociedade de Concertos Clássicos do Rio de Janeiro. Em Espanha, foi-lhe atribuída a Grã-Cruz da Ordem de Isabel a Católica e foi membro da Academia de História de Madrid, da Sociedade Geográfica de Madrid, da Real Academia de Bellas Artes de San Fernando, da Unión Ibero americana e da Real Academia Sevillana de Buenas Letras.Foram impressas duas notas de 50$00 Chapa 6 e 6A de Portugal com a sua imagem.


  • História da Venerável Ordem 3.ª da Penitência do Seráfico P.São Francisco da Congregação da Bahia

    História da Venerável Ordem 3.ª da Penitência do Seráfico P.São Francisco da Congregação da Bahia (€100.00)

    Marieta Alves – História da Venerável Ordem 3.ª da Penitência do Seráfico P.São Francisco da Congregação da Bahia – Imprensa Nacional – Rio de Janeiro – Bahia-Brasil – 1948.Desc.(431) Pág.B.Ilust

    Salvador – Igreja da Ordem Terceira de São Francisco | ipatrimônioIgreja da Ordem Terceira de São Francisco é uma igreja católica da cidade brasileira de Salvador, Bahia. É um expressivo exemplar da tradição barroca no país, foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e foi uma das indicadas para a eleição das 7 Maravilhas do Brasil. Sua notoriedade advém principalmente da sua fachada ricamente decorada em altos-relevos, um caso raro no Brasil, com similar apenas na Igreja de Nossa Senhora da Guiaem Lucena na Paraíba, que também possui fachada em rocha sedimentar (calcário).[1] Seu interior foi reformado no século XIX, substuindo-se a decoração original barroca por altares neoclássicos, considerados a obra magna do mestre José de Cerqueira Torres. A igreja faz parte de um dos principais conjuntos monumentais de Salvador, que inclui a Igreja e o Convento de São Francisco, que lhe ficam anexos. A igreja é precedida de um pequeno adro com cerca de ferro e pilares em alvenaria, ladeando um grande portal de pedra decorado com relevos e um frontão impositivo. A fachada, ricamente ornamentada com relevos, é um caso único no Brasil, remetendo, segundo o IPHAN, às decorações platerescas que tiveram uma voga na Espanha e suas colônias americanas. Ela tem apenas um similar, muito menos rico, na Igreja de Nossa Senhora da Guia, na Paraíba. Porém, a definição do estilo da fachada tem dado margem a controvérsias. O estilo plateresco é uma das ramificações do Maneirismo espanhol, mas alguns autores pensam que se trate de um exemplar tipicamente barroco, e outros a consideram alinhada à corrente churrigueresca. Sua planta é um exemplo da transição entre a tradição franciscana do século XVII e o das matrizes setecentistas inspiradas na tradição jesuítica. No caso desta igreja, a forte declividade nos fundos do terreno exigiu uma solução nova, instalando a Sala da Mesa (consistório) sobre a sacristia, e esta sobre um ossário.[2] A sacristia liga-se à nave por galerias guarnecidas com três arcadas de cantaria. Possivelmente elas eram abertas para o exterior na época de sua inauguração. Atualmente as arcadas no lado direito da capela‐mor se comunicam com o externo através do claustro, e as do outro lado se abrem para um bloco levantado a partir de 1770, usado como dependências de apoio, construído em virtude da crescente importância e prestígio da Ordem no século XVIII. A fundação da igreja se deve à Ordem Terceira de São Francisco, que iniciou suas atividades na Bahia em 1635. Em 1644 a Ordem ergueu sua primeira igreja, que foi substituída pela presente construção. A autoria do projeto é atribuída ao mestre Gabriel Ribeiro, também o construtor do edifício. A pedra fundamental foi lançada em 1º de janeiro de 1702­ e as obras correram com grande rapidez, sendo concluída a estrutura em 2­2­ de junho de 1703. Porém, a fachada só foi finalizada em 1705. No início do século XIX decidiu-se renovar o interior. Os altares primitivos foram substituídos entre 1827 e 1828 com a talha de José de Cerqueira Torres, e a douração foi contratada em 1830 com Franco Velasco. Em 1833 a Ordem encomendou a Cerqueira Torres a confecção de castiçais, cruzes, ramalhetes e jarras para os altares, num total de 77 peças. Em 1834 José Rodrigues Nunes foi incumbido da pintura e douramento de 54 castiçais, 4 tocheiros, 7 cruzes e 16 jarras, da realização de 4 quadros grandes para as paredes, seis pequenos para os nichos dos altares, e da pintura em imitação de tela de ouro do fundo da capela-mor. Ao mesmo tempo, Cerqueira Torres foi novamente contratado para a realização de painéis e frontões entalhados para os altares. A igreja foi reconsagrada e reaberta em 4 de julho de 1835. Na mesma época das reformas, a fachada foi toda recoberta de argamassa, considerada fora de moda, sendo esquecida sua decoração original por mais de um século. Em 1932, por acidente, foi redescoberta, quando um eletricista estava fazendo a instalação de luzes. Durante o trabalho, deu marteladas na fachada, fazendo cair parte do reboco. Em 1939 o IPHAN encaminhou o seu tombamento. Pelo seu ineditismo no cenário arquitetônico brasileiro e pela sua e riqueza plástica e iconográfica, a fachada já foi objeto de atenção de vários historiadores. O nível térreo é vazado por três portas em arco redondo, sendo a central mais larga e alta. São fechadas por portas com almofadões em relevo. Sobre as duas laterais se abrem óculos elípticos. As pilastras assumem uma forma de quartelões (pilastras misuladas), com capitéis que ostentam mascarões e são coroados por volutas jônicas. Na aduela do portal do centro há um pequeno medalhão onde consta a data da construção e a inscrição SPPM, que significa “Ao seráfico Pai esta igreja foi construída merecidamente”. Acima deste elemento, os torsos de duas sereias ladeiam uma coroa de espinhos com o monograma IHS, significando “Jesus Salvador dos Homens”. Este plano é separado do imediatamente superior por uma larga cornija decorada com relevos. Este bloco é muito mais ricamente ornamentado. Os quartelões se sustentam por volumosas mísulas, e seguem para cima com ornamentações em alto-relevo, mostrando na base carrancas (quartelões externos) e querubins (quartelões internos), sustentando atlantes, e terminam com novas mísulas fazendo as vezes de capitéis. As superfícies entre os quartelões são densamente ornamentadas com um intrincado padrão de motivos curvilíneos fitomórficos rodeando grandes coroas reais. Nas laterais se abrem duas portas de feitio retangular, diante das quais há sacadas de ferro trabalhado. Ao centro, num nicho está instalada uma estátua de São Francisco. Acima dele duas sereias sustentam uma coroa real, sobre a qual há uma grande carranca de feições felinas, e acima dela se posta uma águia, de cujo bico pende uma fita com a inscrição Per penitentiam coelo apropinquamus (pela penitência nos aproximamos do céu). Seguindo Percival Tirapeli, os dois atlantes que ladeiam o nicho têm características de divindades pagãs, e poderiam ser divindades fluviais, uma alegoria dos rios pelos quais as riquezas da província eram transportadas. Suas cabeças são adornadas com projeções que lembram asas, e poderiam simbolozar também Hermes, o deus dos comerciantes, uma vez que os comerciantes da capital baiana foram os principais financiadores da construção. Uma outra cornija saliente separa o bloco recém descrito do frontão, também densamente lavrado, com um escudo do Reino de Portugal ao centro, ladeado de anjos em alto relevo e duas grandes volutas nas extremidades, sobre as quais se erguem pináculos. Ao centro, uma cruz arremata o conjunto. Disse Tirapeli que se trata de “obra singular da arte colonial nos trópicos, surgida da mescla de interesses e vontades de comerciantes mecenas e a criatividade e técnica de artistas locais, a fachada da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência merece sem dúvida a atenção tanto de estudiosos quanto de apreciadores da beleza”. A decoração interna primitiva, em estilo Barroco, foi substituída em sua maior parte entre 1827 e 1828 por seis altares laterais e uma capela-mor em estilo Neoclássico com talha dourada, que constituem o principal trabalho do mestre entalhador José de Cerqueira Torres, ainda em excelente estado de conservação. A ele também cabem a talha das tribunas, do arco do cruzeiro, da caixa do órgão, dos púlpitos, da grade do coro e os caixotões do teto da nave. No piso superior tribunas com sacadas de ferro trabalhado e cobertas por pequenos dosséis se abrem para a nave, e dois púlpitos se colocam entre os altares. O teto da nave, elaborado em 1831, é decorado com pinturas atribuídas a Franco Velasco, inseridas nos caixotões. A capela-mor separa-se da nave por um grande arco decorado com relevos. No centro há um medalhão com os emblemas da Ordem Franciscana e uma cruz. O altar-mor tem uma forma de baldaquino, com um trono escalonado no interior, onde se encontra uma imagem de Jesus crucificado. De acordo com Luiz Alberto Ribeiro Freire,

    Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, Salvador - Avaliações de  viajantes - Igreja da Ordem Terceira de São Francisco - TripadvisorNa obra da igreja dos terceiros franciscanos de Salvador, o entalhador José de Cerqueira Torres inaugurou um novo tipo de retábulo, que identificamos como ‘baldaquino arrematado por cúpula de barrete de clérigo’. Nele não só o arremate era novo, diferente, como os capitéis coríntios das colunas, fugindo da regra baiana de uso dos capitéis compósitos. Esse baldaquino contém seis colunas de fustes retos e canelados inteiramente douradas. Nas impostas frontais exibe duas esculturas, uma em cada lado, representando a Fortaleza no lado esquerdo e a Temperança no lado direito do observador, virtudes importantes para os terceiros franciscanos. As impostas traseiras são arrematadas por um vaso em cada lado.
    “Os retábulos laterais concebidos para a nave dessa igreja também inovam no tipo. O artista concebeu peças parietais arrematadas por uma tabela, com tímpano e urna flamejante. O tipo difere do retábulo-mor repetindo desse as colunas coríntias inteiramente douradas e o modelo dos pilares. As urnas flamejantes com festões, último arremate desses retábulos só aparecem aí. Do mesmo modo, o motivo decorativo que acentua o centro do tímpano constituído de folhagens que remetem ao formato de uma lira é único e restrito a esse ambiente. A solução dadas às palmetas das impostas dianteiras inferiores e superiores fazem parte do vocabulário da oficina de Torres e não aparecem nas ornamentações das outras igrejas.[…]
    “Os púlpitos são também de fatura única com um tambor de lado encurvados e, contrariando a norma baiana, dispensou os elementos vazados, os arremates deles se diferenciam no formato e pela inclusão de símbolos entalhados, o do lado da epístola, aparece duas tábuas dos mandamentos da Lei de Deus, cada uma numerada com o VII e VIII mandamentos, dispostas em diagonal, uma trombeta disposta em diagonal contrária à das tábuas; uma coroa de folhas cinge as tábuas e palmas caem para os lados, com uma cruz latina ao centro arremata todo conjunto. As tábuas aludem aos mandamentos propagados no púlpito; a trombeta, o anúncio do Juízo Final, as palmas refere-se à vitória, ascensão, renascimento e imortalidade para os que seguem a palavra de Deus, e a cruz identifica a fé em Jesus Cristo Salvador.[…]
    “O programa ornamental da igreja dos terceiros franciscanos de Salvador, é sem dúvida uma das obras primorosas da talha baiana e brasileira e das mais Clássicas no sentido da depuração, limpeza, sobriedade, emprego de ornatos da arquitetura Clássica e uma policromia que elimina em grande parte a policromia variada e sedutora do Barroco. O fiel passou a ter nesse novo ambiente pausa para a meditação e contemplação, pausa para a contrição e o exercício da razão”.

    Preserva-se da decoração barroca original dois medalhões nas paredes laterais da nave, com expressivas molduras douradas e policromadas, e uma grande série de azulejos pintados distribuídos por vários espaços do complexo, como as galerias, corredores e claustro, vindos de Portugal e importantes por retratarem Lisboa antes do terremoto de 1755 e cenas do cortejo do infante Dom José e Dona Maria Ana de Bourbon em seu casamento em 1729. Dos espaços decorados, destaca-se a Sala da Mesa, uma das mais significativas em seu gênero em todo o Brasil. Outro espaço, a Casa dos Santos, preserva um importante conjunto de santos de roca e de vestir, instalados em uma série de capelas neoclássicas que circundam o aposento.

     

     

     

     


  • História da Mexilhoeira Grande

    História da Mexilhoeira Grande «€30.00»

    João Miguel Simões – História da Mexilhoeira Grande – Edições Colibri/ Fábrica Paroquial da Mexilhoeira Grande – Lisboa – 2007.Desc.[


  • Arte do Pacífico * Arte da África Negra * Arte Pré-Colombiana

  • Escriptos Diversos

    Escriptos Diversos «€120.00»

    Augusto Filipe Simões – Escriptos Diversos – Imprensa da Universidade – Coimbra – 1888.Desc.[390] pág / 23 cm x 16 cm / E.Pele

     

     

     

    SIMÕES, Augusto FilipeNasceu em Coimbra a 18 de Junho de 1835. Licenciado em Filosofia e Medicina (1872), Doutor em Medicina (1872), Lente Substituto (1873) e Lente Catedrático (1882) da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e Bibliotecário interino da Biblioteca da Universidade desde 1883 até 1 de Novembro de 1884, quando faleceu.

    Na Biblioteca, dedicou especial atenção à preservação e segurança do seu espólio documental, tendo providenciado a catalogação sistemática dos milhares de livros dos fundos dos conventos extintos.

    Entre outros cargos desempenhados, merece particular relevo o lugar de Bibliotecário da Biblioteca Pública de Évora, de 1863 a 1872.

    Foi sócio efectivo do Instituto de Coimbra a partir de 13 de Janeiro de 1859, onde desenvolveu importante actividade, empenhando-se particularmente na criação da secção de Arqueologia e do respectivo museu e cujo catálogo redigiu.

    É autor de vasta bibliografia, onde se destacam: Relíquias da arquitectura romano-bizantina em Portugal, e particularmente na cidade de Coimbra, Da arquitectura religiosa em Coimbra, durante a Idade Média, Introdução à arqueologia da Península Ibérica.

    Foi um dos editores do Arquivo Pitoresco e colaborou ainda em diversos periódicos – Artes e Letras, Arte, Ocidente, e Boletim Arquitectónico de Arqueologia da Real Associação dos Arquitectos e Arqueólogos Portugueses, de Lisboa. De Coimbra, além de O Instituto, participou também no Recreio Juvenil, Prelúdios Literários, Revista Académica (2ª. série), Literatura Ilustrada, Panorama Fotográfico de Portugal, Portugal Pitoresco, Amigo do Estudo, Gazeta de Coimbra, O Conimbricense e Tribuno Popular.


  • Monumentos – Revista De Edifícios e Monumentos

  • Roteiro das Alminhas do Concelho de Sever do Vouga

    Roteiro das Alminhas do Concelho de Sever do Vouga «€18.00»

    Maria Carlos Chieira Pêgo – Roteiro das Alminhas do Concelho de Sever do Vouga – Edição Câmara Municipal de Sever do Vouga – Sever do Vouga – 1997. Desc.[324] pág / 20 cm x 16 cm / Br. Ilust


  • Arte Sacra – Legados de Sever do Vouga

    Arte Sacra Legados de Sever do Vouga «€30.00»

    António Henriques Tavares – Arte Sacra Legados de Sever do Vouga – Edição Câmara Municipal Sever do Vouga – 2001. Desc.[137] pág / 27 cm x 26 cm / Br. Ilust


  • Oriente e Ocidente nos Interiores em Portugal

    Oriente e Ocidente nos Interiores em Portugal «€35.00»

    Helder Carita & Homem Cardoso – Oriente e Ocidente nos Interiores em Portugal – Livraria Civilização Editora – Porto – 1983. Desc.[


  • As Estações da Vida

    As Estações da Vida «€40.00»

    Agustina Bessa-Luís – As Estações da Vida (Fotografia de Jorge Correia Santos ) – Quetzal Editores – Lisboa – 2002. Desc.[154] pág / 30 cm x 25 cm / E.Tele e Capa Original


  • Algarve de Santo António (Comemoração do 8.º Centenário do seu Nascimento)

    Algarve de Santo António (Comemoração do 8.º Centenário do seu Nascimento) «€25.00»

    José António Pinheiro Rosa – Algarve de Santo António (Comemoração do 8.º Centenário do seu Nascimento) – Edição – Ministério da Cultura/Delegação Regional da Cultura do Algarves – Faro – 1995. Desc.[357] pág / 21 cm x 15 cm / Br. Ilust


  • Faro a Arte na História da Cidade

    Faro a Arte na História da Cidade «€15.00»

    Francisco Lameira – Faro a Arte na História da Cidade – Câmara Municipal de Faro – Gabinete de Gestão e Reabitação do Patrimônio – Faro – 1999. Desc.[111] pág / 29,5 cm x 18 cm / Br. Ilust


  • Inventário Artístico do Algarve – A Talha e a Imaginária

  • A Igreja de Atalaia e a Primeira Época de João de Ruão

    A Igreja de Atalaia e a Primeira Época de João de Ruão «€12.50»

    A. Nogueira Gonçalves – A Igreja de Atalaia e a Primeira Época de João de Ruão – Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra – Coimbra – 1974. Desc.[39] pág +[2] Estampas / 25 cm x 18 cm / Br


  • A Igreja de S.Julião de Azurara e Tavares (Matriz de Mangualde)

    A Igreja de S.Julião de Azurara (Matriz de Mangualde) «€20.00»

    Alexandre Alves – A Igreja de S.Julião de Azurara e Tavares (Matriz de Mangualde) – Câmara Municipal de Mangualde – Mangualde – 1990. Desc.[152] pág / 23 cm x 16 cm / Br. ILust

     

     

     

    Igreja de S. Julião, Matriz de Mangualde | e-culturaA matriz de Mangualde foi construída na Idade Média, provavelmente entre os séculos XIII e XIV conforme testemunham as cachorradas ainda conotadas com o período românico, que se encontram incorporadas nas fachadas laterais do templo. Antes, porém, é de presumir que já existisse um edifício religioso, a que deverá aludir um documento de 1103, pelo qual Pedro Sernandes doou o mosteiro de São Julião à Sé de Coimbra. Desse primitivo templo, todavia, nada chegou até aos nossos dias, sendo os vestígios tardo-românicos (ou proto-góticos) os mais antigos que se conservam no conjunto.
    Os modilhões que formam as cachorradas apresentam decoração zoomórfica e vegetalista. No entanto, se estes elementos se podem incluir ainda no vocabulário românico, tal como o portal lateral Norte, de arco a pleno centro e entretanto entaipado, outros aspectos apontam para uma cronologia já mais próxima do Gótico. Está neste caso o portal lateral Sul, em arco apontado e de arestas chanfradas, características que sugerem uma feitura a rondar o século XIV. Também o facto de a grande maioria dos silhares que compõem as fachadas laterais serem siglados admite uma campanha em plena Baixa Idade Média, ao contrário do que sucede nos edifícios plenamente românicos, onde as siglas são raras. A planta da igreja pode, também, ser uma herança medieval, pela sua simplicidade e coerência relativamente à época românica, de nave única relativamente estreita e capela-mor rectangular. Desconhecem-se as obras que se sucederam neste espaço depois de concluído o projecto. Em 1462, D. Afonso V doou o seu padroado a Fernão Cabral e seus descendentes. No entanto, só encontramos novos elementos materiais datáveis da segunda metade do século XVI, concretamente as duas capelas laterais da nave (consagradas a Jesus e Nossa Senhora do Rosário). Estas são abertas por portais de arco de volta perfeita inscritos em alfizes de cantaria, sendo a composição do lado Norte rematada por frontão triangular com elementos heráldicos no tímpano.
    As obras continuaram pelo século XVII, com feitura do campanário que se adossa à frontaria, pelo lado Sul (de maciço pétreo rectangular encimado por dupla sineira de arcos de volta perfeita), e de um desmantelado retábulo, da autoria de António Vieira e terminado em 1635 (de que se conservam cinco tábuas, quatro delas ainda no interior do templo). A segunda metade de Seiscentos parece ter sido um momento de grande actividade no estaleiro, alteando-se o corpo da igreja (através de duas fiadas de silhares acima da primitiva linha de cachorrada), reformulando-se o arco triunfal e procedendo-se a novas obras na capela-mor, que foi de novo benzida em 1690.
    A plenitude do Barroco trouxe o engrandecimento artístico do interior, realizando-se um novo retábulo-mor de talha dourada (contratado em 1709 e terminado em 1723) e o tecto da abside, em caixotões seccionados por segmentos de talha dourada, com 18 pinturas alusivas aos Apóstolos, santos diversos e São Julião ao centro, incluindo-se, ainda, cruzes da Ordem de Cristo, instituição a que o templo pertencia desde o século XVI. Ligeiramente posteriores são os retábulos laterais, que ladeiam o arco triunfal, de corpo único limitado por colunas salomónicas e de talha branca e dourada. Em 1838, ruiu a fachada principal, que presumivelmente seria ainda a da campanha tardo-românica. Houve, por isso, que refazer toda a frontaria, que adquiriu, então, o actual aspecto, com portal axial de arco irregularmente apontado, sobrepujado por janela de perfil idêntico. Da mesma altura é a escadaria de acesso ao campanário, pelo lado nascente da fachada lateral Sul, e o coro-alto. O restauro da igreja, consumado nas décadas de 80 e de 90 do século XX, não foi integral, apesar de ter actuado sobre grande parte do conjunto. Escavações arqueológicas identificaram uma necrópole medieval, mas o monumento aguarda, ainda, por uma monografia que coloque em perspectiva todos os dados então recolhidos