• Category Archives Economia
  • A Revolução Comercial da Idade Média (950-1350)-1350

    A Revolução Comercial da Idade Média (950-1350) (€12.00)

    Robert S. Lopez – A Revolução Comercial da Idade Média (950-1350) (Biblioteca de Texto Universitários) – Editorial Presença – 1980.Desc.(190)Pág.Br,


  • A Campanha Eleitoral de 1961 (Documentos Políticos)

    A Campanha Eleitoral de 1961 (Documentos Políticos) (€15.00)

    A Campanha Eleitoral de 1961 – António Oliveira Salazar – Mensagem do Senhor Presidente do Conselho da Comissão Central d U.N / Dr. Henrique Veiga de Macedo – Discurso Proferido em Lisboa pelo Presidente da Comissão Executiva da U.N / Eng.ºbDomingos Rosado Vitória Pires – Discurso Proferido em Lisboa Pelo Vogal da Comissão Executiva da U.N / Dr. João Cerveira Pinto – Discurso Proferido em Lisboa Pelo Vogal da Comissão Executiva da U.N / Dr. José Fernando Nunes Barata – Discurso Proferido em Lisboa Pelo Vogal da Comissão Executiva da U.N (Documentos Políticos) – União Nacional – Nacional Editora – Lisboa – 1961.Desc.(239)Pág.Br.


  • Vitória Contra a Seca

    Vitória Contra a Seca (€12.00)

    António Lopes dos Santos – Vitória Contra a Seca (Exposição ao Conselho Legislativo de Cabo Verde Feito Pelo Governador da Província, Brigadeiro António Lopes dos Santos, em sessão de 17 de Novembro de 1971) – Agência -Geral do Ultramar – Lisboa – 1972.Desc.(89)Pág.Br


  • Inventário dos Regadios Existentes no Continente

    Inventário dos Regadios Existentes no Continente(€15.00)

    Eng.º Agró. António Pedro de quadro Costa, Eng.º Agró. Maurício Soares da Fonseca – Inventário dos Regadios Existentes no Continente (Prefácio: António Miguel Cavaco) – Direcção-Geral dos Recursos e Aproveitamentos Hidráulicos / Ministério do Plano e da Administração do Território – Secretaria de Estado do Ambiente e dos Recursos Naturais – Lisboa – 1987.Desc.(101)Pág + (2)Mapas. Br.Ilust


  • O Problema Queijeiro das Beiras

    O Problema Queijeiro das Beiras(€15.00)

    H.Soares Rodrigues (Eng.ºAgrónomo) – O Problema Queijeiro das Beiras – Ministério da Economia / Direcção Geral dos Serviços Agrícolas – Serviço Editorial da Repartição de Estudos, Informação e Propaganda – Lisboa – 1944.Desc.(107)Pág.Br.Ilust


  • Património e Educação (Estudo Aplicado à Aldeia da Pena no Sítio Classificado da Rocha da Pena)

    Património e Educação (Estudo Aplicado à Aldeia da Pena no Sítio Classificado da Rocha da Pena)(€15.00)

    Maria Eugénia Infante Costa Horta – Património e Educação (Estudo Aplicado à Aldeia da Pena no Sítio Classificado da Rocha da Pena) – Edição Câmara Municipal de Loulé – Loulé – 1996.Desc.(217)Pág. + (4) Mapas.Br.Ilust

     

     

     

     

    A Rocha da Pena (479 m) constitui uma das elevações do Barrocal, e localiza-se nas freguesias de Salir e Benafim, concelho de Loulé. Apresenta uma cornija calcária com cerca de 50 metros de altura, cujo planalto atinge aproximadamente 2 quilómetros de comprimento. A acção erosiva da água sobre o calcário deu origem a formações cársicas como a gruta do Algar dos Mouros, que de acordo com a lenda terá sido um local de refúgio dos mouros após a conquista de Salir por D. Paio Peres Correia. A sua importância geológica, arqueológica, ambiental e paisagística determinou a atribuição do estatuto de Sítio Classificado. A geologia consiste em arenitos do Triásico superior com Metoposauruse calcários do Jurássico, que forma o penhasco. A Rocha da Pena é um afloramento rochoso notável do barrocal algarvio. A sua orografia particular propicia a existência de uma notável diversidade de fauna e flora numa área relativamente pequena. Bosques mistos de alfarrobeira, zambujeiro e azinheira revestem as vertentes do afloramento; aqui crescem plantas raríssimas como a Doronicum tournefortii, à sombra das azinheiras, ou a Narcissus calcícola e a Bellevalia hackelii em terreno aberto. Neste local avista-se o ondulado da Serra do Caldeirão para norte. Nas imediações encontra-se o Algar dos Mouros, uma das mais extensas galerias cársicas do Algarve. Conta a lenda que os mouros se refugiaram aqui durante a reconquista de Salir por D. Paio Peres Correia, em meados do século XIII. Mas são espécies como o morcego-de peluche e o morcego-rato-pequeno, considerados em perigo de extinção, que habitam atualmente as galerias, constituindo colónias relevantes para a conservação destas espécies. No planalto dominam os matagais endémicos de zimbro e carrasco; quando se abrem clareiras surgem aromáticas como o rosmaninho, o alecrim, o funcho e o tomilho, e observam-se as fuçadas dos javalis em busca de rizomas e bolbos. O percurso cruza aqui dois interessantes amuralhamentos rochosos cuja origem remonta à Idade do Ferro. No Talefe, a 479 metros de altitude, contemplam-se os contornos suaves do barrocal até ao mar. Com sorte avistam-se aves de rapina, algumas de passagem, durante as migrações, como o grifo, a águia-calçada ou a águia-de-Bonelli, e outras residentes, como o búteo-comum e o bufo-real. A descida faz-se passando pela tradicional aldeia da Penina, seguindo o caminho até à Rocha e ao longo do qual se pode contemplar a rocha nua da escarpa sul.

     


  • Os Eucaliptos (Ecologia, Cultura, Produções e Rentabilidade)

    Os Eucaliptos (Ecologia, Cultura, Produções e Rentabilidade)(€30.00)

    Ernesto Goes (Eng.º Silvicultura) – Os Eucaliptos (Ecologia, Cultura, Produções e Rentabilidade) – Portucel – Empresa de Celulose e Papel de Portugal, E.P. / Centro de Produção Florestal – Lisboa – 1977.Desc.(366)Pág.Br.Ilust


  • Os Donos do Poder (Formação do Patronato Político Brasileiro) (Vol.º 1 & 2)-2

    Os Donos do Poder (Formação do Patronato Político Brasileiro) (Vol.º 1 & 2) (€35.00)

    Raymundo Faoro – Os Donos do Poder (Formação do Patronato Político Brasileiro) (Vol.º 1 & 2) – Editora Globo – 1984.Desc.(750) Pág.Br

     

     

     

     

     

     

    Raimundo Faoro

    Raimundo Faoro (na grafia arcaica, Raymundo Faoro; Vacaria, 27 de abril de 1925 – Rio de Janeiro, 15 de maio de 2003) foi um jurista, sociólogo, historiador, cientista político e escritor brasileiro. Foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), de 1977 a 1979, membro da Academia Brasileira de Letras (ABL). É autor do livro Os Donos do Poder, em que analisa a formação sociopolítica patrimonialista do Brasil Raymundo Faoro era filho de agricultores, Attilio Faoro e Luisa D’Ambros. A família, de imigrantes italianos originários de Arsiè, província de Belluno,mudou-se para a cidade de Caçador, Santa Catarina, após 1930. Lá, Faoro fez o curso secundário no Colégio Aurora. Formou-se em direito em 1948 pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Transferiu-se em 1951, para o Rio de Janeiro, onde atuou como advogado, e em 1963 foi aprovado em concurso público para o cargo de procurador do Estado, função na qual se aposentaria. Colaborou na imprensa desde o tempo de estudante universitário. Co-fundador da Revista Quixote, em 1947, escreveu para diversos jornais do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo. Integrou em 1972 o Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, na condição de representante da OAB. Participou da decisão desse colegiado que por 8 votos a 1 arquivou a denúncia de tortura e morte de Stuart Edgart Angel Jones, seguindo o voto do senador Filinto Müller. Foi presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, de 1977 a 1979. Lutou pelo fim dos Atos Institucionais e ajudou a consolidar o processo de abertura democrática nos anos 70. Com ele a sede da OAB, no Rio de Janeiro, transformou-se num front de resistência pacífica contra o regime militar de 1964. Partiu de lá a primeira grande denúncia circunstanciada contra a tortura de presos políticos. No governo João Figueiredo, lutou pela anistia ampla, geral e irrestrita. Com a anistia e a retomada das liberdades políticas, a casa de Faoro em Laranjeiras tornou-se lugar de encontro de políticos como Tancredo Neves e Luiz Inácio Lula da Silva. Este propôs, sem sucesso, que Faoro entrasse na disputa presidencial em 1989, como candidato a vice-presidente. Luís Roberto Barroso narra que, no final dos anos 70, recorreu a Faoro, então recém-eleito presidente da OAB, para que este intercedesse pela segurança de membros do centro acadêmico do qual Barroso era diretor, que haviam sido convocados para depor no Departamento de Polícia Política e Social (DPPS), o que à época significava grave risco de sofrer violência. De acordo com Barroso, um telefonema de Faoro para o Departamento foi essencial para a incolumidade dos estudantes. Em 23 de novembro de 2000, Faoro foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, sucedendo ao também advogado Barbosa Lima Sobrinho na Cadeira n. 6. Foi recebido pelo acadêmico Evandro Lins e Silva em 17 de setembro de 2002. Raymundo Faoro é autor de Os Donos do Poder, obra que aponta o período colonial brasileiro como a origem da corrupçãoe burocracia no país colonizado por Portugal, então um Estado absolutista. De acordo com o autor, toda a estrutura patrimonialista foi trazida para cá. No entanto, enquanto isso foi superado em outros países, acabou sendo mantido no Brasil, tornando-se a estrutura de nossa economia política. Nesta sua concepção de Estado patrimonialista, Faoro coloca a propriedade individual como sendo concedida pelo Estado, caracterizando uma “sobrepropriedade” da coroa sobre seus súditos e também este Estado sendo regido por um soberano e seus funcionários. O autor assim nega a existência de um regime propriamente feudal nas origens do Estado brasileiro. O que caracteriza o regime feudal é a existência da vassalagem intermediando soberano e súditos e não de funcionários do estado, como pretende Faoro. Desenvolvendo seu raciocínio, Faoro conclui que o que se teve no Brasil foi um capitalismo politicamente orientado, conceito este de inspiração weberiana. Negando-se em atribuir um papel hipostasiado à economia com relação à política, Faoro vê em seu país uma forma pré-capitalista. Esta característica pré-capitalista, no entanto, ainda será entendida no interior do pensamento weberiano em que capitalismo é definido como uma aquisição racional de lucros burocraticamente organizada, diferente do capitalismo politicamente orientado em que tal aquisição será direcionada por interesses dos Estado e da sua concorrência com outros estados. Destacando-se da análise da dialética marxista, esta forma de capitalismo não irá inevitavelmente desembocar numa forma de capitalismo mais avançado, mas poderá perpetrar-se na medida em que coexiste com formas racionais de organização da produção. O capitalismo politicamente orientado atribui ao Estado patrimonial e seus funcionários características de um estamento burocrático, ainda que este impeça a consolidação de uma ordem burguesa propriamente dita no país.

     

     

     

    “”Os Donos do Poder – Formação do Patronato Político Brasileiro é um livro de ciência política, história e sociologia do jurista e intelectual brasileiro Raimundo Faoro, publicado em 1958 pela Editora Globo. A obra faz uma análise da origem do patrimonialismo brasileiro em Portugal do século XIV e busca as raízes de uma sociedade na qual o poder público é exercido, e usado, como se fosse privado. Segundo o sociólogo Simon Schwartzman, ao fazer uso de conceitos de Max Weber já abordados por Alberto Guerreiro Ramos e Sérgio Buarque de Holanda em seu Raízes do Brasil, a obra de Faoro, por sua vez, “teve uma influência que seus antecessores não tiveram”. “Faoro foi o precursor do uso da abordagem weberiana para entender o Brasil, que se tomou cada vez mais importante, na medida em que as limitações das explicações marxistas foram se tomando óbvias.””

     


  • Quatro Anos na Assembleia Nacional

    Quatro Anos na Assembleia Nacional(€15.00)

    Jacinto Ferreira – Quatro Anos na Assembleia Nacional – Comissões de Freguesias de Lisboa da Causa Monárquica – Lisboa – 1953.Desc.(201)pág.Br.

     

     

     

     

    António Jacinto Ferreira (1906, Lisboa, Portugal – 10 de outubro de 1995, Lisboa, Portugal) foi um publicista e militante monárquico, foi fundador do jornal O Debate semanário monárquico de grande expansão de que foi director entre 1951 e 1974 tendo ocupado sucessivos cargos de relevo na Causa Monárquica. Foi Professor Catedrático da Escola Superior de Medicina Veterinária. Com vasta obra publicada de teor político e científico, pertenceu à Junta Nacional de Educação no Estado Novo e foi procurador da Câmara Corporativa na III legislatura, de 1942 a 1949 e deputado da Assembleia Nacional pelo círculo de Lisboa na IV legislatura de 1949 a 1953. Fazendo parte do Círculo de Estudos Portugueses, foi daqueles que sempre se mantiveram fiéis ao ideário do Integralismo lusitano. Foi um dos fundadores e dirigentes do Sindicato Nacional dos Médicos Veterinários(SNMV), tendo cinquenta anos mais tarde, em 21 de Abril de 1994, sido o seu primeiro Sócio Honorário, assim como tinha sido o director do seu boletim.

     


  • Construção de Matadouros

    Construção de Matadouros(€35.00)

    José Horácio de Moura – Construção de Matadouros – Ministério das Obras Públicas / Direcção Geral dos Serviços de Urbanização – Centro de Estudos de Urbanismo – Coimbra – 1960.Desc.(609)Pág.Br.Ilust


  • Relatório da Gerência do Município da Figueira da Foz do Ano de 1942-1942

    Relatório da Gerência do Município da Figueira da Foz do Ano de 1942 (€25.00)

    Dr.Ruy Manuel Nogueira Ramos(Presidente) Dr.Alberto Bastos da Costa e Silva (Vice-Presidente) – Relatório da Gerência do Município da Figueira da Foz do Ano de 1942 (Plano de Actividade Para 1943 / Relatório da Gerência de 1942 / Mapas, Contas e Exposição) – Edição da Câmara Municipal Figueira da Foz /Escola Gráfica Figueirense – Figueira da Foz – 1945.Desc.(95)Pág + (3)Estampas.Br.Ilust


  • Marx Crítico de Marx – Livros Primeiro Epistemologia, Classes Sociais e Tecnologia em “O CAPITAL”

    Marx Crítico de Marx – Livros Primeiro Epistemologia, Classes Sociais e Tecnologia em “O CAPITAL”(€50.00)

    João Bernardo – Marx Crítico de Marx – Livros primeiro Epistemologia, Classes Sociais e Tecnologia em “O CAPITAL” – (Vol. 1-2 & 3) – Biblioteca das Ciências Humanas – Afrontamento – Porto – 1977.Desc.(375) + (220) + (299)Pág.B

     

    João Bernardo

    João Bernardo Maia Viegas Soares (Porto, 1946), mais conhecido pelo prenome João Bernardo com que assina sua obra escrita, é um militante político e ensaístaportuguês . Tem se dedicado à pesquisa em torno da crítica ao capitalismo, tais como o fascismo e seus desenvolvimentos contemporâneos; da formação do capitalismo a partir do desenvolvimento do regime senhorial da Idade Média; do sindicalismo; da teoria e da prática da administração; da teoria do Estado; da exploração do trabalho e dos métodos de organização do trabalho; e da história do movimento operário. João Bernardo se filia, desde que se afastou do estalinismo maoísta, por volta de 1973, a uma tradição do pensamento marxista que tem suas origens no comunismo de conselhos representado por Karl Korsch, Anton Pannekoek, Herman Gorter, entre outros, no início do século XX. Ele apresenta uma visão crítica do capitalismo em várias obras, bem como do sistema soviético, qualificado por ele como capitalismo de estado. Uma de suas teses é a teoria da classe dos gestores, que seria, no campo da teoria social marxista, uma outra classe social além da burguesia e do proletariado Pela sua acção na contestação estudantil foi processado disciplinarmente, sofrendo a pena de oito anos de exclusão de todas as universidades portuguesas. Em 1965-1966 foi preso três vezes e condenado em Tribunal Plenário com pena suspensa. João Bernardo Maia Viegas Soares nasceu no Porto, em 1946. Participou, desde muito jovem, em organizações comunistas clandestinas onde manifestava oposição radical à ditadura de Salazar. Militante activo na Resistência contra o fascismo, foi-lhe negado o acesso às universidades portuguesas e, sendo perseguido pela PIDE, viu-se condenado ao exílio. Em 1968 exilou-se em França. Em Paris aproximou-se de grupos maoístas. As suas inquietações intelectuais incentivaram-no ao autodidatismo. Explorava as possibilidades do ambiente académico sem, no entanto, poder dar sequência a estudos como aluno regular. Num contexto de grande agitação política e intelectual, permaneceu na França até 1974. Escritor, pensador e historiador autodidacta, passou a ter grande actividade como conferencista em universidades brasileiras. Com a Revolução dos Cravos, em 25 de Abril de 1974, João Bernardo regressou a Portugal e, em Lisboa, ajudou a organizar o grupo que fundou o jornal «O Combate». Em 1965, quando era estudante de História da Universidade de Lisboa, envolveu-se numa discussão com o reitor da Universidade, Paulo Cunha, e acabou por ser acusado de agressão. Por este motivo e pela sua acção na contestação estudantil foi processado disciplinarmente, recebendo a pena de oito anos de exclusão de todas as universidades portuguesas. Em 1965-1966 foi preso três vezes e condenado em tribunal criminal com pena suspensa. De 1963 a 1966 foi militante do Partido Comunista Português (PCP). A partir de 1966 passou a militar na “reconstrução da organização maoísta”, que fora destruída pela polícia política PIDE. No final de 1967 João Bernardo entrou na clandestinidade e em Maio de 1968 decidiu-se pelo exílio, fugindo de Portugal. Em Paris, (onde iria permanecer de 1968 a 1974), militou na “fracção maoísta do comunismo português”, estruturado no “pequeno Comité Marxista-Leninista Português”. Em 1969 entrou em divergência com a direcção deste grupo e redigiu as “Cartas de Tiago”, documentos nos quais defendia os seus pontos de vista. As “Cartas” foram a base programática do grupo que então fundou: os «Comités Comunistas Revolucionários Marxistas-Leninistas (CCRm-l)», que vieram a ter alguma implantação no interior do país a partir de 1970, nomeadamente na Universidade Técnica de Lisboa, em algumas fábricas da região de Lisboa e na Companhia Carris de Ferro de Lisboa. (Os CCRm-l foram quase destruídos pela polícia política em 1972-1973, mas a organização conseguiu sobreviver).  Em 1974, João Bernardo foi expulso dos CCRm-l que criara, sob acusações de trotskismo e de “ligações a grupos denunciados por militantes pró-chineses como agências directas da CIA”. Entretanto, quando os CCRm-l, reassumindo a orientação estalinista-maoísta original, deram origem à UDP, João Bernardo e outros antigos militantes do CCRm-l fundaram o jornal «Combate», publicado de 1974 até 1978, de tendência libertária, e que esteve muito ligado às ocupações de empresas e às comissões de trabalhadores. O pensamento e a obra de João Bernarddesde que se afastou do estalinismo maoísta (1973), João Bernardo filiou-se numa tradição do pensamento marxista com origens no «comunismo de conselhos», representado por Karl Korsch, Anton Pannekoek, Herman Gorter, entre outros, no início do século XX; apresenta uma visão crítica do capitalismo em várias obras, bem como do sistema soviético, qualificado por ele como «capitalismo de estado». Uma das suas teses é a teoria da classe dos gestores, que seria uma outra classe social além da burguesia e do proletariado.  Foi historiando e reflectindo sobre as bases societárias das lutas anti-capitalistas no seio das experiências socialistas contemporâneas e na própria experiência portuguesa que João Bernardo definiu o seu projecto de marxismo centrado no que chamou “marxismo das relações sociais de produção” que, como programa teórico – prático, antepõe ao “marxismo das forças produtivas, paradigma dos partidos comunistas”. Depois de vários anos de estudos em Portugal, em outros países europeus e nos Estados Unidos, decidiu ir para o Brasil em 1984, a convite do professor Maurício Tragtenberg (1929- 1988), sociólogo e pedagogo. Ministrou cursos como professor convidado em várias universidades públicas brasileiras até 2009 e cursos livres em sindicatos, especialmente na CUT até 1992. Tem se dedicado à pesquisa em torno da crítica ao capitalismo, tais como o fascismo e seus desenvolvimentos contemporâneos; da formação do capitalismo a partir do desenvolvimento do regime senhorial da Idade Média; do sindicalismo; da teoria e da prática da administração; da teoria do Estado; da exploração do trabalho e dos métodos de organização do trabalho; e da história do movimento operário.