
P.ª António Brásio C.S.Sp – Três Dioceses Pombalinas (Castelo Branco-Penafiel-Pinhel) – União gráfica – Lisboa – 1958.Desc.(72)Pág.Br.
Compra e Venda de Livros, Manuscritos
P.ª António Brásio C.S.Sp – Três Dioceses Pombalinas (Castelo Branco-Penafiel-Pinhel) – União gráfica – Lisboa – 1958.Desc.(72)Pág.Br.
J.M.S.Daurignac(M.Fonseca – Tradução) – Santo Inácio de Loiola (Fundador da Companhia de Jesus) – Livraria Apostolado da Imprensa – Porto – 1958.Desc.(373)Pág.Br.Ilust
João Ameal – São Tomaz de Aquino (Iniciação ao Estudo da Sua Figura e da Sua Obra) – Livraria Tavares Martins – Porto – 1947.Desc.(XXI) + (566)Pág + (1)Quadro.E.Pele
Raul Machado – Cristo, Sinal de Contradição (História e Crítica) – Edições Gama – Lisboa – 1943.Desc.(318)Pág.E.Pele
Nasceu em Mirandela, em 17.5.1894 e faleceu em Lisboa, em 1965. De 1910 a 1929 foi jesuíta.
Doutorou-se em Filosofia (pela Univ. de Granada) e em Teologia (por Insbruch).
Recebeu ordens sacras em 1925 e foi redactor da revista Brotéria. Licenciou se em Filologia Clássica na Faculdade de Letras de Lisboa e aí ensinou entre 1939 e 1944. Regeu as cadeiras práticas e teóricas de Língua e Literatura Grega e Latina.
Teve na Rádio e nos começos da Televisão um programa a que chamou “Charlas Linguísticas” que teve grande projecção.
Foi Presidente da Sociedade de Língua Portuguesa.
Publicou, entre outras, as seguintes obras: Questões de Gramática Latina (1940 1941) em 2 volumes: Ensaio sobre o Poeta Novilatino Diogo de Paiva de Andrade, (1941); Infixação Nasal e Sonoras Aspiradas em Grego (1943); Cristo Sinal de Contradição (1943) e Que é o espiritismo (1956).
Iakov Lentsman – A Origem do Cristianismo – Editorial Caminho – Lisboa – 1988.Desc.(256)Pág.Br
Revista Acção Médica . XV – N.º58-59 – Outubro, 1950 a Março, 1951 – Prof. Dr.João Porto – ciência, Amor e Justiça na Obra de S.João de Deus / Prof.Dr.Augusto da Silva Carvalho – Serviço Prestado Pelos Hospitais em Portugal / Dr.Eduardo Rosado Pinto – A Ordem Hospitaleira de S.João de Deus e a sua Obra de Assistência Ortopédica infantil / Prof. Dr.Lopes de Andrade – A Propósito do I Congresso dos Homens Católicos / Dr.José Dias – A Caridade de São João / Prof.Dr.Pedro Polonio – A Ordem de S.João de Deus na Assistência Psiquiátrica / Dr.Ibérico Nogueira – S.João de Deus, Nascimento, Vida, Legenda e Morte / Prof.Dr.Luís Pina – Conceito Histórico e Médico da Caridade de S.João de Deus / Dr.Fernando da Silva Correia – Algumas Razões Humanas do Exílio de João Cidade / Dr.Meyrelles do Souto – A Grande Lição de S.João de Deus / Dr.Castillo de Lucas – La Vida y Obra de San Juan de Dios em Espanã / Dr.Santana Carlos – Vida Associativa / Capa: S.João de Deus – Auto-relevo em Barro, executado por Luís de Pina – Ornatos de João Carlos – Imprensa LUCAS & C.ª – Lisboa – 1950/1951.Desc.(152 ao 542)Pág.Br.Ilust
São João de Deus, de seu nome João Cidade (Montemor-o-Novo, 8 de março de 1495 – Granada, 8 de março de 1550) foi um religioso católico português e um santo da Igreja Católica Romana que se distinguiu na assistência aos pobres e aos doentes, através de um hospital por ele fundado em Granada, 1539. Criou a Ordem dos Irmãos Hospitaleiros para o ajudarem nessa missão e noutras extensões que viriam depois a surgir João Cidade, filho de André Cidade e de sua mulher Teresa Duarte, saiu de Montemor-o-Novo em Portugal, com oito anos de idade e foi levado por um sacerdote a Oropesa onde foi pastor de ovelhas ao serviço do Maioral. Aos 22 anos alistou-se no exército do Conde da mesma cidade e tomou parte na reconquista de Fuenterrabia, então ocupada pela França. Ao abandonar a vida militar, voltou ao ofício de pastor em Oropesa, passados 4 anos volta à vida militar, decorria o ano de 1532 combate em Viena, retornando para Espanha. Diz-se que terá feito a peregrinação à Catedral de Santiago de Compostela e que, nessa altura, terá ficado tão impressionado e exaltando o seu espírito religioso, volta para casa, onde recebe a noticia de que seus pais já tinham falecido, encontra seu tio, Afonso Duarte que lhe diz que: sua Mãe, Teresa Duarte, falecera pouco tempo depois da sua partida para Oropesa e seu Pai, André Cidade, viúvo e sem o seu Filho acabou por tomar o habito Franciscano entregando-se assim à vida religiosa vindo a morrer de velhice. Perante este cenário decide voltar a partir, e assim chegando a Ceuta trabalha na construção das muralhas da cidade, e decide regressar a Espanha depois de uma crise espiritual, acabando por se fixar em Granada onde foi vendedor de livros ate a sua conversão. A sua conversão ocorre em Granada, no dia de festa de São Sebastião quando ouviu os sermões do padre São João de Ávila e aí confessou publicamente todos os erros da sua vida passada e para mais clara demonstração do seu arrependimento, andou percorrendo a cidade ferindo o peito com pedras, e manchando o rosto com lama. Devido ao seu estado lastimoso foi dado como louco e internado No hospital real (hospício), onde permaneceu por algum tempo . Com um espírito mais sereno, e com a ajuda de São João de Ávila, João Cidade saiu do hospício e foi visitar o Mosteiro de Guadalupe. Voltando de seguida para Granada onde fundou em 1539 um hospital para doenças contagiosas e incuráveis. Daí em diante dedicou-se ao serviço neste hospital. Fundou assim a Ordem dos Irmãos Hospitaleiros, a qual foi confirmada, debaixo da regra de Santo Agostinho, pelo Papa Pio V em 1 de Janeiro de 1571. João Cidade foi Beatificado pelo Papa Urbano VIII em 28 de Outubro de 1630 e canonizado em 16 de Outubro de 1690, pelo Papa Alexandre VIII, sendo no entanto a sua bula expedida após a sua morte, pelo seu sucessor Papa Inocêncio XII São João de Deus é o Padroeiro dos Hospitais, dos Doentes e dos Enfermeiros. A sua Memória Litúrgica é celebrada a 8 de Março.
Paula Borges Santos – Igreja católica Estado e Sociedade 1968-1975(O Caso Rádio Renascença) – Imprensa Ciências Sociais – Lisboa – Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa – 2005.Desc.(269)Pág.B
A ocupação da Rádio Renascença por forças de extrema-esquerda após o 11 de Março de 1975 foi um dos eventos mais marcantes na vida da Igreja Católica no período pós-ditadura, trazendo para o centro do debate questões como a liberdade religiosa e a liberdade de informação. Em pleno período revolucionário, o conflito pelo controlo da Emissora Católica ficou marcado por inúmeros avanços e recuos, fruto das lutas de poder que tinham lugar entre os setores mais moderados e os que defendiam a instauração de um regime socialista no país. Neste sentido, se por um lado o “caso da Rádio Renascença” pode ser entendido como uma consequência do desenrolar do processo revolucionário, é também verdade que o conflito que se gerou no interior da emissora da Igreja teve uma influência significativa no rumo que Portugal viria a trilhar após o Verão Quente de 1975. Afinal, muitas das posições públicas assumidas pelo Episcopado durante o PREC tiveram como base ou surgiram a pre- texto do caso Rádio Renascença e contribuíram, de forma decisiva, para a politização de importantes segmentos da sociedade que não se identifica- vam com a ideologia coletivista. Não obstante a ocupação dos estúdios de Lisboa ter sido o aconte- cimento que colocou a Rádio Renascença no centro do processo revolu- cionário, até pelo que representava de desafio à autoridade da Igreja e, como veremos, do próprio Estado, os conflitos no interior da emissora começaram muito antes, logo após o 25 de Abril de 1974. Assim, com o presente capítulo pretendemos analisar as duas fases do caso da Rádio Renascença, ou seja, antes e depois do 11 de Março de 1975. Enquanto no mês anterior à derrota das forças do General Spínola eram já visíveis os contornos políticos do diferendo que se havia instalado na estação da Igreja, é a partir desta data que o caso assume uma faceta claramente polí- tica, opondo os católicos a grupos que pretendiam erradicar a Igreja da esfera pública, impedindo-a de deter meios de comunicação e reduzindo a sua presença aos espaços de culto religioso. Para um melhor entendimento do que esteve em causa no caso da Rádio Renascença, é necessário ter presente que, ao contrário do que viria a suceder noutras transições democráticas, nomeadamente em Espanha, em Portugal o fim da ditadura não trouxe consigo uma imediata liberdade de imprensa, na medida em que, além do programa do Movimento das Forças Armadas (MFA) prever a criação de uma “comissão ad hoc” “para controle da imprensa, rádio, televisão, teatro e cinema”,1 os vários atores políticos acabaram também por criar mecanismos de controlo dos meios de comunicação social (Cádima, 2001; Mesquita, 1988; Oliveira, 1988). Por outro lado, a maioria dos jornais e das estações de rádio passaram a ser detidos pelo Estado, em sequência das nacionalizações ocorridas após o 11 de Março, funcionando como instrumentos de propaganda de diferen- tes fações políticas, sobretudo do PCP e dos partidos de extrema-esquerda (Seaton e Pimlot, 1983). É neste contexto de controlo dos principais órgãos de informação por setores ideológicos mais distantes da Igreja que propo- remos uma leitura do caso da Rádio Renascença e da forma como este contribuiu para a transição democrática.