
José Manuel Figueiredo Santos & Eduardo Jorge Esperança – Turismo Residencial (Modo de Estar Noutro Lugar) – Edições Colibri – Lisboa – 2011.Desc.(349)Pág.Br.
Compra e Venda de Livros, Manuscritos
José Manuel Figueiredo Santos & Eduardo Jorge Esperança – Turismo Residencial (Modo de Estar Noutro Lugar) – Edições Colibri – Lisboa – 2011.Desc.(349)Pág.Br.
Francisco Oneto Nunes (Coordenação) – Culturas Marítimas em Portugal – Carlos Diogo Moreira – Problemas e Orientação de Investigação na Antropologia Marítima em Portugal / Inês Amorim – Homens da Terra ou Homens do Mar – Um Percurso Historiográfico / Elsa Peralda – O Mar Como Património: Considerações Acerca da Identidade Nacional Portuguesa / Álvaro Garrido – O Estado Novo e a Recriação Histórica de Uma”Tradição Marítima Nacional / Francisco Oneto Nunes – Dois Séculos de Arte Xávega: Capitalismo, Decadência e Organização do Trabalho / Carlos Robalo – O Povo do Rio: Esboço Etnográfico na Borda D’Água / Paulo Mendes – Pescadores, cCamponês, Empresários, Turistas e Percepção do Ambiente na Costa Alentejana Uma Leitura Cronológica e Etnográfica – Âncora Editora – Lisboa – 2008.Desc.(213).Br.
Almasor – Revista de Cultura – n.º 4 – 2.º Série – 2005 – Jorge Fonseca (Coordenação) – Luis Filipe Maçarico – Aldrabas e Batentes de Montemor-o-Novo: Um Olhar Antropológico / Rui Fontes Ferreira e Catarina Oliveira – Subsídio para o Estudo da Moagem Tradicional no Concelho de Montemor-o -Novo: O Conjunto de Moinhos de castelos Velhos e Mocho / Oleiros de Montemor-o-Novo: Contributo Para o Seu Estudo / Manuela Pereira, Ana Nóbrega, Artur Henriques & Herminia Santos – Silos do Castelo de Montemor-o-Novo: O Espólio Cerâmico / Vitor Serrão & Luís Urbano Fonseca -Os frescos da Igreja de Santo Aleixo (1531), Uma Obra-Prima do Renascimento Português / Pedro Sameiro – As Pinturas e Elementos Heráldicos Decorativos da Igreja de Nossa Senhora da Purificação da Represa / José Subtil – Os Juizes Fora de Montemos-o-Novo (1640-1834) / Teresa Fonseca – Conflitualidade Política e Laboral em Montemor-o-Novo, Épocas Moderna e Contemporânea / João Baptista Malta – Família Lopes Tavares: De Proença-a-Nova Para Montemor-o-Novo / Celina Silva – Projecto de Programa de Trabalho Para o Castelo – Edição & Propriedades da Câmara Municipal de Montemor-o-Nova – 2005.Desc.(302)Pág.Br.Ilust
Olhar o Monte Alentejano a Pretexto de Alqueva (Coordenação Editorial: Maria João Lança) (3) – J.A.Capela e Silva – Memórias – Memórias Alentejanas / António Carlos Silva – Uma Perspectiva Arqueologia – O Monte Alentejano – Alguns Contributos Para Uma Perspectiva Arqueológica / Filipa Themudo Barata & Joaquim de Carvalho – On Monstes e Outras Marcas na Paisagem – Reflexões Sobre a Estrutura das Paisagens do Nordeste Alenetejano a Partir de Uma Fonte de Inícios do Século XIX / Victor Mestre – Evolução e Transformação do Monte – O Monte Alentejano Uma Identidade de Raízes Ancestrais: Contributos Para o seu Conhecimento e Permanência / Victor Mestre & Sofia Aleixo – Os Motes da Luz Antes da Submersão – Levantamentos Arquitectónicos de Montes Alentejanos a Aldeia da Luz / Benjamim Pereira – Montes com Gente da Aldeia da Luz – Conversas à Mesa da Memória do Museu da Luz: os Montes da Luz / Pedro Pacheco & Marie Clément – Um Caso de Novos Usos: A Musealização do Monte dos Pássaros – …Os Montes Crescem… – Edição / Museu da Luz – Beja – 2007.Desc.(164)Pág.Br.Ilust
Fernando Oliveira Baptista – Alentejo a Questão da Terra – Editora 100 LUZ – S/M. 2010.Desc.(239)Pág.Br.
Fernando Oliveira Baptista – A Política Agrária do Estado Novo – Edições Afrontamento – Porto – 1993.Desc.(414)Pág.Br.
Mariano Feio – Le Bas Alentejo et l’ Algarve – Instituto Nacional de Investigação Cientifica / Centro de Ecologia Aplicada da Universidade de Évora – Évora – 1983.Desc.(207)Pág + (XVII)Gravuras + (11)Cartas.Br.Ilust
Jorge Dias – Estudos de Antropologia / Temas Portugueses (Vol. I & II) – Imprensa Nacional-Casa da Moeda – Lisboa – 1990.Desc.(299) + (418) Pág.Br.Ilust
Humberto Reis & Mária Tavares Chicó – A Arquitectura Religiosa do Alto Alentejo na Segunda Metade do Século XVI e nos Séculos XVII e XVIII (Colecção Presenças) – Imprensa Nacional-Casa da Moeda – Lisboa – 1982.Desc.(347)Pág. Br.Ilust
Cláudio Torres & Luís Alves da Silva – Mértola Vila Museu – Edição do Campo Arqueologia de Mértola Com o Apoio da Câmara Municipal de Mértola e da Associação de Defesa do Património de Mértola – Mértola – 1989.Desc.(155)Pág + (1)Mapa. Br.Ilust
Teresa Fonseca – Administração Senhorial e Relações de Poder no Concelho do Vimieiro (1750-1801) – Câmara Municipal de Arraiolos -Arraiolos – 1998.Desc.(67)Pág.Br.Ilust
Mariano Feio – O Plano de rega do Baixo Alentejo – Federação dos Grémios da Lavoura do Baixo Alentejo – Beja – 1959. Desc.[32] pág + [1 Mapa] + Anexos / 23 cm x 16 cm / Br
Joaquim Boiça e Virgílio Lopes (Coordenação) / Alicia Andón Morales, Joaquim Boiça, José Luís de Matos, M.ª de Fátima Rombouts de Barros, Rui Mateus & Virgílio Lopes (Texto) – Museu de Mértola – A Necrópole e a Ermida da Achada deS. Sebastião – Edição Escola Profissional Bento Jesus Caraças & Campo de Arqueologia de Mertola – Mertola – 1999.Desc.(197)Pág + (2)Mapas.Br.Ilust
A Ermida e Necrópole de São Sebastião, igualmente conhecida como Necrópole e Ermida da Achada de São Sebastião, é um edifício histórico e um sítio arqueológico na vila de Mértola, na região do Baixo Alentejo, em Portugal. O conjunto é formado por um ermida dedicada a São Sebastião e um grande cemitério da época romana, situados no interior da Escola Bento de Jesus Caraça, numa zona junto ao Rio Guadiana, a Norte da vila de Mértola, tendo acesso pela Achada de São Sebastião. Durante o período romano, esta área situava-se fora do perímetro amuralhado da cidade. Segundo a obra Memória das Antiguidades de Mértola, publicada em 1880 pelo arqueólogo Estácio da Veiga, as sepulturas romanas estavam maioritariamente orientadas «quasi perpendiculares ao rio», com uma cobertura em «lages delgadas de marmore granolamellar, umas com superficie polida, lisa, sem epitaphios nem ornatos, e outras sem trabalho apreciavel». Referiu igualmente que foram encontrados «uns abatimentos de configuração proximamente circular, de um dos quaes se diz ter-se extrahido uma ola ossaria, ou antes uma urna cineraria, que o distincto medico da villa, o dr. Antonio Xavier de Brito, teve a condescendencia de me offerecer, trazendo esta urna ainda alguns fragmentos de ossos calcinados e terra queimada, como se podem verificar». Descreveu também algumas peças que tinham sido descobertas pelos habitantes locais, incluindo «um fundo de amphora, em que houve deposito cinerario, […] um tijolo inteiro, um pedaço de telhão horisontal de bordos salientes, um fragmento de cimento com mescla de tijolo triturado e dois dos marmores que cobriam as sepulturas». As sepulturas estavam escavadas no solo rochoso, em xisto, e algumas tinham também uma cobertura em lajes do mesmo material, colocadas de forma transversal em relação ao comprimento da caixa. A capela é formada pela nave, capela-mor e sacristia, com muros de alvenaria de pedra e argamassa. O núcleo museológico também é utilizado em exposições, tendo por exemplo albergado, em 2022, a mostra Mértola está na Moda da designer Alexandra Cabral. A necrópole romana terá sido utilizada durante um vasto período, principalmente entre os séculos I e III d.C., com destaque para este último. A ermida é muito posterior, tendo sido construída no século XV ou XVI. Estácio da Veiga refere que o edifício foi destruído por uma cheia em 1876, embora a imagem tenha sido salva por um habitante da vila. Neste período a área onde se situava a ermida era conhecida como Cerca de São Sebastião, consistindo em terrenos aráveis com árvores e casas, que foram também arrasados. A cheia deixou à vista as antigas sepulturas romanas, embora Estácio da Veiga tenha sido impedido de estudar o local pelo proprietário, que receou que trabalhos arqueológicos estragassem ainda mais os terrenos, que já tinham sido recentemente duramente atingidos pela cheia. Na década de 1980 este local foi escolhido para a construção de uma escola, motivo pelo qual foram feitos extensos trabalhos arqueológicos, durante os quais foi preservado um grande número de sepulturas e reconstruído o edifício da ermida. Em 1992 foi feita a identificação de 183 sepulturas, embora grande parte delas tenham sido sacrificadas devido à construção da escola. Em 2003 foi inaugurado o Núcleo Museológico de Ermida e necrópole de S. Sebastião. O conjunto situa-se no Parque Natural do Vale do Guadiana e no Plano Sectorial da Rede Natura 2000, classificado como Sítio de Interesse Comunitário Guadiana.
Emiliano Campos Coroa – Túnel (Poemas Imperfeitos de Quem se Sabe Não Poeta) – Rasgá-los? Para Quê? – Tipografia União – Faro – 1977.Desc.(139)Pág.Br.”Autografado
Emílio Campos Coroa (Beja, 2 de Setembro de 1928 – Faro, 25 de Outubro de 1985) foi um médico, escritor e dramaturgo português. Emílio Campos Coroa Nasceu na cidade de Beja,em 2 de Setembro de 1928. Licenciou-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, onde se especializou em oftalmologia, Ciências Pedagógicas, hidrologia, climatologia e tisiologia social. Foi médico escolar do distrito de Faro, ensinou Noções de Higiene, Enfermagem e Puericultura na Escola do Magistério Primário, e exerceu como oftalmologista nas cidades de Portimão e em Faro. Foi candidato pela Oposição Democrática durante as eleições de 1969, e depois da Revolução de 25 de Abril de 1974 fez parte da Assembleia Municipal de Faro.Fundou as delegações regionais do Partido Socialista e do Partido Renovador Democrático no Algarve. Ainda durante os seus estudos, colaborou no Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra. Continuou as suas actividades teatrais quando se estabeleceu no Algarve, tendo sido um dos principais dinamizadores do teatro naquela região. Colaborou com o Círculo Cultural do Algarve, e criou o Grupo de Teatro Lethes de Faro, onde também foi encenador de várias peças, que depois representou noutros pontos do Algarve, em Lisboa, nos Açores e em França. Em 1960, o Grupo do Teatro Lethes realizou e interpretou a película O Infante de Sagres. Em 1965, o grupo foi convidado para representar em Lisboa, no âmbito das comemorações nacionais do V centenário do nascimento de Gil Vicente, tendo levado à cena a peça Trilogia das Barcas, no Teatro de São Carlos, onde Emílio Campos Coroa participou como actor. Emílio Campos Coroa também foi escritor, tendo publciado um grande número de obras em prosa e poesia, destacando-se os livros O Teatro Amador de Faro (1964) e Tunel (1976). Faleceu em 25 de Outubro de 1985, na cidade de Faro. Tinha um irmão, José de Campos Coroa, e estava casado com a actriz Maria Amélia Saraiva Vieira Campos Coroa, que faleceu em 2011 Emílio Campos Coroa foi por duas vezes homenageado com o 1.º Prémio de Encenação do Secretariado Nacional de Informação. Foi condecorado com a Medalha de Mérito Grau Ouro pela Câmara Municipal de Faro, que também colocou o seu nome numa rua da cidade. O nome de Emílio Campos Coroa também foi dado à nova sede do Instituto Nacional para o Aproveitamento dos Tempos Livres em Faro. Em 2006, a autarquia de Albufeira também colocou o seu nome numa rua.
M. L. Abrunhosa e Sousa – …E os Agricultores Dizem: (Ensaio Sociológico) – Ministério da Agricultura, Pescas e Alimentação – Santarém – 1985.Desc.(160)Pág.Br.
Eng.º Agró. António Pedro de quadro Costa, Eng.º Agró. Maurício Soares da Fonseca – Inventário dos Regadios Existentes no Continente (Prefácio: António Miguel Cavaco) – Direcção-Geral dos Recursos e Aproveitamentos Hidráulicos / Ministério do Plano e da Administração do Território – Secretaria de Estado do Ambiente e dos Recursos Naturais – Lisboa – 1987.Desc.(101)Pág + (2)Mapas. Br.Ilust
Francisco Miguel – Poemas – Edições “A Opinião” 3 – Porto – 1976.Desc.(49)Pág.Br.
Francisco Miguel Duarte (Baleizão, Beja, 18 de dezembro de 1907 – Almada, Almada, 21 de maio de 1988), também conhecido pela alcunha de Chico Sapateiro, por exercer essa profissão, foi um escritor, poeta e político português vinculado ao Partido Comunista Português, de que foi dirigente, autor do livro Das Prisões à Liberdade (Lisboa, Edições Avante!, 1986). Nasceu a 18 de dezembro de 1907, na chamada Aldeia Velha da freguesia de Baleizão, em Beja, parte da freguesia onde viviam os militantes políticos mais ativos da freguesia, nomeadamente comunistas. Foi batizado em Baleizão a 20 de abril de 1908, como filho de Afonso José Duarte, proprietário, natural de Beja (freguesia de São Pedro de Pomares), e de Emília da Graça, natural de Baleizão. Poeta, cujos temas principais são a revolução e o povo, tem entre os seus trabalhos mais conhecidos, um poema em honra da memória de Catarina Eufémia, sua conterrânea, já que o autor também era natural de Baleizão. Foi o dirigente do Comité Provincial do PCP no Algarve. A sua prisão em 1947conduziu ao desmantelamento daquela organização provincial. Foi o último preso político a permanecer, sozinho, por seis meses, no Campo de Concentração do Tarrafal – Colónia Penal de Cabo Verde – antes de ser transferido, de novo, para Lisboa, a 26 de janeiro de 1954, onde continuaria preso, primeiro no Aljube e depois em Caxias. Foi eleito deputado pelo círculo eleitoral de Beja nas Eleições para a Assembleia Constituinte Portuguesa de 1975. A 30 de junho de 1980, foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem da Liberdade. Morreu a 21 de maio de 1988, na freguesia e concelho de Almada.
Mateus Moreno – Minha Pátria (Poema em 3 Livros e 3 Jornadas) – Livro I – Ressurgimento – Editora – Lisboa – 1923.Desc.(39)Pág.Br.Ilust
Mateus Moreno – Faro, 27/09/ 1892 – Lisboa, 05/1970 -Presidiu à Academia do Liceu de Faro, onde fez estudos preparatórios.Fundou, em Outubro 1911, o quinzenário académico A Mocidade e mais tarde a “Alma Nova, com José Guerreiro de Murta, José Dias Sancho, C. A. Lyster Franco. Em finais de 1914, Martins Moreno foi para Lisboa, para frequentar o curso de Matemáticas, da Faculdade de Ciências, mas manteve uma intensa relação com a vida algarvia, organizando o I Congresso Regional do Algarve.Em 1917, foi mobilizado para França, incorporado no C.E.P., como alferes miliciano de artilharia de campanha.Terminada a guerra Martins Moreno optou pela carreira militar, frequentando a Escola de Guerra. Em 1957, a «Casa do Algarve» promoveu um concurso de música para a criação do «Hino de Sagres», sob o alto patrocínio do empresário algarvio Libânio Correia, inserido nas pré-comemorações do V Centenário da morte do Infante D. Henrique,que Mateus Moreno venceu. A música foi feita pela pianista Elvira de Freitas.
António Sardinha – A Epopeia da Planicie (Poemas da Terra e do Sangue) – França Amado, Editor – Coimbra – 1915.Desc.(277)Pág.Br.”1.ªEdição”
António Maria de Sousa Sardinha (Monforte, 9 de Setembro de 1887 – Elvas, 10 de Janeiro de 1925) foi um político, historiador e poeta português. Destacou-se como ensaísta, polemista e doutrinador, produzindo uma obra que se afirmou como a principal referência doutrinária do Integralismo Lusitano. A sua defesa da instauração de uma monarquia tradicional — orgânica, antiparlamentar ou anticonstitucional e antiliberal — serviu de inspiração a uma influente corrente do pensamento político português da primeira metade do século XX. Apesar de ter falecido prematuramente, conseguiu afirmar-se como referência incontornável dos monárquicos que recusaram condescender com o salazarismo. Afirmando-se monárquico e patriota, dizia:
Seus principais inspiradores, ou “pais espirituais”, de acordo com o pensador e político espanhol Ramiro de Maeztu, foram Eça de Queiroz, Guerra Junqueiro, Ramalho Ortigão, Fialho d´Almeida e, “um pouco mais atrás”, Oliveira Martins, Antero de Quental e Camilo Castelo Branco, todos eles “patriotas, tão saturados da grandeza do Reino de Portugal no passado como desesperados de sua pequenez contemporânea”. Defendia também teses racistas, lamentando a “mistura de gentes” dos Descobrimentos. António Sardinha foi um adversário da Monarquia da Carta (1834-1910) chegando, no tempo de estudante na Universidade de Coimbra, a defender a implantação de uma república em Portugal. Depois de 5 de Outubro de 1910, durante a Primeira República ficou profundamente desiludido com ela e acabou por se converter ao ideário realista da monarquia orgânica, tradicionalista, antiparlamentar do “Integralismo Lusitano”, de que foi um dos mais destacados defensores. Em 1911 já estava formado em Direito pela respectiva universidade e no final do ano de 1912, escrevia a comunicar a sua «conversão à Monarquia e ao Catolicismo — “as únicas limitações que o homem, sem perda de dignidade e orgulho, pode ainda aceitar”. E abençoava “esta República trágico-cómica que (o vacinara) a tempo pela lição da experiência…”. Imediatamente juntou-se a Hipólito Raposo, Alberto de Monsaraz, Luís de Almeida Braga e Pequito Rebelo, para fundar a revista Nação Portuguesa, publicação de filosofia política, a partir da qual foi lançado o referido movimento monárquico do Integralismo Lusitano. António Sardinha, de acordo com Fernando de Aguiar, fora trazido por Hipólito Raposo “à conversão, à Fé, à Tradição, ao municipalismo donde caminharia para a Monarquia, popular e descentralizadora, realenga e representativa dos povos”. A lusitana antiga liberdade do verso de Luís de Camões era uma referência dos integralistas, tendo no municipalismo e no sindicalismo duas palavras-chave de um ideário político que não dispensava o Rei, entendido como o Procurador do Povo e o melhor garante e defensor das liberdades republicanas. António Sardinha era anti-maçónico e anti-iberista, em 1915, tendo feito na Liga Naval de Lisboa uma conferência onde alertava para o perigo de uma absorção de Portugal por Espanha. Em vez da fusão dos estados desses dois países, propunha uma forte ligação entre todos os povos hispânicos, a lançar por intermédio de uma aliança entre eles, reconduzidos à monarquia. A Aliança Peninsular seria, na sua perspectiva, o ponto de partida para a constituição de uma ampla Comunidade Hispânica (dos povos de língua portuguesa e espanhola), a base mais firme onde assentaria a sobrevivência da civilização ocidental. Durante o breve consulado de Sidónio Pais, foi eleito deputado na lista da minoria monárquica. Após o assassinato desse presidente da República, em 1919, exilou-se em Espanha após participar na fracassada tentativa restauracionista de Monsanto e na Monarquia do Norte. Ao regressar a Portugal, 27 meses depois, tornou-se director do diário A Monarquia. Também colaborou no quinzenário A Farça (1909-1910), na revista Homens Livre (1923) e, ainda, na revista Lusitânia(1924-1927) até ao ano da sua morte. António Sardinha morreu jovem, com apenas 37 anos.