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  • Porto 1865 Uma Exposição (Expo’98)

    Porto 1865 Uma Exposição (Expo’98)(€30.00)

    António Cardoso, José-Augusto França, José Manuel Lopes Cordeiro, José Sarmento de Matos & Margarida de Magalhães Ramalho(Texto) – Porto 1865 Uma Exposição (Expo’98) – Comissariado da Exposição de Lisboa – EXPO 98 – Lisboa – 1994.Desc.(159)Pág.Br.Ilust


  • História do Cerco do Porto

    História do Cerco do Porto
    História do Cerco do Porto «€300.00»

    Simão José da Luz Soriano – História do Cerco do Porto «Precedida de Uma Extensa Noticia Sobre as Diferentes Fazes Politicas da Monarquia Desde os Mais Antigos Tempos Até ao Ano de 1820, e Desde Este Mesmo Ano Ate ao Começo do Sobre dito Cerco» – Imprensa Nacional – Lisboa – 1846 / 1849. Desc. 583 + XVI + 615 pág / 22 cm x 15 cm / E. Pele «1.º Edição»

    Dá-se o nome de Cerco do Porto ao período, que durou mais de um ano — de Julho de 1832 a Agosto de 1833 —, no qual as tropas liberais de D. Pedro estiveram sitiadas pelas forças realistas fiéis a D. Miguel. A essa heróica resistência da cidade do Porto e das tropas de D. Pedro se deveu a vitória da causa liberal em Portugal. Entre outros, combateram no Cerco do Porto do lado dos liberais Almeida Garrett, Alexandre Herculano e Joaquim António de Aguiar.  Entrando no Porto no dia imediato ao do desembarque do Mindelo, a 9 de Julho de 1832, o exército libertador encontrou a cidade abandonada pelas tropas realistas, cujos chefes, ignorantes do número exacto das forças liberais, tinham resolvido retirar. O general Manuel Gregório de Sousa Pereira de Sampaio, 1.º visconde de Santa Marta, comandante supremo da divisão realista que operava entre a Figueira da Foz e Vila do Conde, resolveu estabelecer-se em Vila Nova de Gaia, ordenando que, no mesmo dia da entrada dos liberais na cidade, se fizesse fogo contra os ocupantes, pelo que logo no dia 10 o almirante liberal inglês George Rose Sartorius mandou os seus barcos entrar a barra do Rio Douro e ripostar ao fogo realista, ao mesmo tempo que, protegida pela esquadra, a divisão do tenente-coronel João Schwalbach atravessou o rio e ocupou a Serra do Pilar, em Gaia, obrigando os realistas a retirar em debandada até Oliveira de Azeméis. Entretanto João Schwalbach avançou com as suas forças até ao Alto da Bandeira e postou guardas avançadas nos Carvalhos, ficando os dois exércitos em observação, sem qualquer deles ousar uma acção de envergadura. No dia 18 de Julho deu-se o primeiro ataque violento dos realistas, sem êxito, e cinco dias depois travou-se o combate de Penafiel, até onde havia seguido uma coluna liberal, que desbaratou os realistas e regressou ao Porto, depois de ter praticado numerosas brutalidades, reforçando o mau conceito em que os tinham as populações, criado pelo clero das aldeias. Do lado absolutista, dá-se a junção das forças do general Álvaro Xavier Coutinho e Póvoas com as do visconde de Santa Marta, dispondo depois os dois generais os seus exércitos de forma a rodear a cidade. D. Pedro mandou uma coluna atacar Valongo, a qual caiu numa emboscada inimiga junto de Ponte de Ferreira, o que a fez recuar até Rio Tinto, derrota que alarmou a cidade. Entretanto a Serra do Pilar era fortificada pelo major Sá Nogueira, e D. Pedro, que via a impossibilidade de ocupar o Norte do País, como inicialmente supusera, procedeu à reorganização do Exército, criando o Estado-Maior e despachando Pedro de Sousa Holstein, à época marquês de Palmela, para Londres, com o encargo de obter apoio financeiro à causa e contratar oficiais e soldados. No dia 27 travou-se violento combate ao sul de Grijó, onde Póvoas desbaratou as forças do conde de Vila Flor, que recuaram em debandada até ao Alto da Bandeira. Entretanto, as tropas realistas, devido à rivalidade entre os generais Póvoas e Santa Marta, passaram a ser superiormente comandadas pelo general Gaspar Teixeira,visconde de Peso da Régua, e iniciou-se o cerco à cidade, que ficou envolvida por uma série de fortes redutos, que começavam na Quinta da China, junto ao Rio Douro, em Campanhã, terminando nas proximidades da Senhora da Luz, à Foz do Douro, junto ao mar, toda esta linha situada ao norte do rio. Ao sul começavam as linhas no Cabedelo, em Canidelo, frente à Foz do Douro, e iam acabar à Pedra Salgada, fronteira ao monte do Seminário, postando nesse espaço quinze baterias.  No dia 8 de Setembro de 1832 os realistas começaram os seus ataques em força, assaltando a Serra do Pilar, valorosa mente defendida pelos voluntários cognominados os polacos, iniciando-se no dia seguinte o bombardeamento do Porto, baptismo de fogo da cidade, que muitos outros iria suportar durante o cerco. No dia 16 os sitiados fizeram a sua primeira surtida, tendo então ocupado o Morro das Antas, na parte alta da cidade, o que veio dar-lhes ânimo. No entanto, tentando pôr finalmente cobro à insólita situação de um punhado de 7.500 homens persistir em resistir a um exército organizado de 80 mil, o general realista Gaspar Teixeira começou a preparar um assalto em força escolhendo o dia 29 de Setembro, em que a Igreja celebra o arcanjo São Miguel, epónimo do rei, para o fazer, tendo prometido aos seus soldados o saque da cidade. Efectivamente, no dia 29, a coberto dum nevoeiro cerrado, os sitiantes avançaram pelos lados de Campanhã, chegando a entrar na Rua do Prado, onde foram recebidos pelos resistentes, travando-se combate tão violento que daí recebeu a rua o nome actual de Rua do Heroísmo. Idênticos assaltos violentos ocorreram noutros pontos das linhas, durante os quais o exército sitiado praticou actos da maior bravura, de tal forma que, quando o general realista Gaspar Teixeira reconheceu a impossibilidade de esmagar a cidade e ordenou a retirada, se encontrou com mais de 4 mil baixas, a que corresponderam escassas 650 por parte dos sitiados. Esta derrota realista desmoralizou os sitiantes e o seu general, pelo que este resolveu pedir ao rei que viesse, com a sua presença, levantar o moral caído das suas tropas. D. Miguel partiu, portanto, para o Norte, fazendo-se acompanhar de um célebre e imponente canhão baptizado com o nome de «mata-malhados» e em que todos punham grandes esperanças. Antes do rei chegar, deram os sitiantes novos e furiosos assaltos à Serra do Pilar, nos dias 13 e 14 de Outubro, sendo, como até então, repelidos pelo heróico general Torres. No dia 1 de Novembro estabeleceu D. Miguel o seu quartel-general em Braga, a cidade fiel, onde foi recebido apoteoticamente, fazendo imediatamente substituir Gaspar Teixeira no comando pelo visconde de Santa Marta, que procurou apertar o cerco.  No Porto declararam-se dois novos e inesperados inimigos, que iam dizimando os sitiados que as bombas poupavam: a cólera e o tifo. Na cidade começava a faltar tudo, o que colocava os sitiados ante a perspectiva de uma rendição pela fome. Por isso tentaram, ao longo do mês de Novembro, várias surtidas, todas sem grande efeito. No dia 11, os realistas submeteram a cidade a um bombardeamento ininterrupto, que se prolongou até ao cair da noite do dia 12, aniversário de D. Pedro. No entanto, estes ferozes bombardeamentos da cidade, em vez de desmoralizar, contribuíram para solidificar nos portuenses a sua identificação com os liberais e a sua determinação em resistir. No entanto, a penúria do Tesouro levou a dificuldades no pagamento às tropas mercenárias. O que, entre outros casos lamentáveis, levou à saída do almirante Sartorius com os navios da esquadra e aos distúrbios constantes dos mercenários ingleses que reclamavam os soldos atrasados. A 28 de Janeiro de 1833 chega ao Porto o general Saldanha, acompanhado de um grupo de liberais extremistas, o que vinha aumentar a dissidência no campo liberal. Para atenuar as desinteligências políticas dentro do burgo, D. Pedro e o seu governo resolveram promover Saldanha a marechal, entregando-lhe o comando da 2.ª divisão. Em começos de Fevereiro de 1833 toma o comando dos realistas o conde de S. Lourenço, continuando os ataques e os bombardeamentos à cidade. Tinham-se ali abatido todas as árvores para substituir a lenha que faltava. A situação era tão desesperada que se chegou a pensar seriamente em capitular, ao que Saldanha se opôs tenazmente. No dia 9 de Abril os sitiados, num golpe audacioso e depois de violento combate, apoderaram-se do reduto do Covelo, o que desmoralizou os sitiantes, que começaram a desertar em quantidade.  Entretanto, no dia 1 de Junho de 1833, Palmela, que em Londres procurara por todos os meios salvar a causa liberal e conseguir dinheiro, com o qual comprara mais navios e contratara voluntários, à cabeça dos quais o capitão da marinha de guerra Carlos Napier, que substituiu o insubmisso Sartorius, entretanto exonerado, sendo Saldanha elevado a chefe do Estado-Maior. A conselho de Napier, deu-se corpo a um plano já antigo de ataque de surpresa por mar contra Lisboa, que depois se substituiu pelo desembarque no Algarve, que iria dar a triunfo à causa. Após a partida da esquadra, o exército realista, na crença de que a saída daquelas forças enfraquecesse a defesa da cidade, deu um vigoroso assalto a 5 de Julho, repelido com numerosas baixas, tendo Saldanha, em virtude deste triunfo, sido promovido a tenente-general. Entretanto, D. Miguel contratou o célebre marechal de Bourmont para comandante supremo, tendo este ordenado outro ataque à cidade no dia 25, o mais violento de todo o cerco. Foi nesse dia que Saldanha, à frente de 20 lanceiros apenas, comandou uma carga que o veio a tornar famoso. Vendo o seu exército batido, D. Miguel, que seguia o combate do alto do Monte de S. Gens naSenhora da Hora, atirou ao chão o óculo que empunhava, irritado com a derrota, quando contava com uma vitória estrondosa. No dia imediato, D. Pedro partiu para Lisboa, ocupada já pelas tropas do duque da Terceira, com os navios de Napier ancorados no Tejo, fincando a defesa do Porto entregue a Saldanha. No dia 9 de Agosto, D. Miguel e o seu Estado-Maior retiraram para o Sul, ao encontro das forças do duque, ficando a comandar o exército sitiante do lado de Gaia o francês conde de Almer, que, após a brilhante vitória de Saldanha no dia 18 de Agosto, obrigando os sitiantes a levantar o cerco pelo norte e leste da cidade, resolveu também retirar, não sem antes mandar incendiar os armazéns de vinhos do Porto em Gaia, em que se perderam 17.374 pipasde vinho e 533 pipas de aguardente. O prejuízo foi, na época, avaliado em mais de 2.500 contos de réis. Saldanha regressou ao Porto em triunfo no dia 20 de Agosto de 1833, após a vitória final. A cidade estava finalmente livre!

     

     


  • Por Viriato! Meu Herói Policiário

    Por Viriato! Meu Herói Policiário(€15.00)

    Manuel Geraldo – Por Viriato! Meu Herói Policiário (Colecção Jurídico/Policial/1) – Edições Margem – Lisboa – 1996.Desc.(283)Pág.Br.


  • Política do Trabalho Factor de Desenvolvimento

    Política do Trabalho Factor de Desenvolvimento(€30.00)

    Joaquim Silva Pinto – Política do Trabalho Factor de Desenvolvimento – Edição da Junta da Acção Social – Lisboa – 1972.Desc.(604)Pág.Br.”Autografado”

     

     

     

     

    Dias da Silva Pinto (Lisboa, 6 de julho de 1935 — Lisboa, 8 de maio de 2022) foi um alto funcionário, empresário e político, ministro do último governo do Estado Novo, mas após a revolução de 25 de abril de 1974 foi deputado à Assembleia da República eleito nas listas do Partido Socialista pelo círculo eleitoral de Faro. Também se notabilizou como memorialista Licenciou-se em Direito pela Universidade de Lisboa em 1958, iniciando funções em 1959 na delegação do Instituto Nacional do Trabalho e Previdência (INTP) em Leiria. Católico e dirigenteJuventude Universitária Católica, integrou o governo de Marcello Caetano dos 33 aos 39 anos, numa preocupação renovadora. Foi próximo de Melo e Castro e Pinto Leite e da Ala Liberal. Em 1975, passou a viver em Madrid, começando como empregado e evoluindo com sucesso nos meios empresarial e associativo. Regressado a Portugal em 1981, colaborou em grandes empresas, que apoiou na área da internacionalização. Como dirigente associativo, dentro e fora das nossas fronteiras, participou também em realizações dedicadas às problemáticas das PME e indústrias criativas. Docente universitário, especializou-se em organização empresarial. Após intervir no MASP, voltou à política activa durante cinco anos, sendo deputado à Assembleia da República e líder de bancada na Câmara Municipal de Oeiras. Veio a afastar-se do PS em oposição frontal a José Sócrates. Prossegue a sua actividade empresarial como administrador nas áreas financeira e comercial.

     


  • Picturesque North Portugal

    Picturesque North Portugal(€50.00)

    Frederic P.Marjay (Research And Artistic Arrangement) Frederic P.Marjay and  Platão Mendes (Photography) – Picturesque North Portugal  – Livraria Bertrand – Lisboa – 1970.Desc.(32)Pág + (116)Fotogravuras.E.Ilust


  • Museu e Laboratório Mineralógico e Geológico da Faculdade de Ciências do Porto


  • Museu Nacional de Soares dos Reis(Pintura Portuguesa / 1850-1950)-1950

    Museu Nacional de Soares dos Reis(Pintura Portuguesa / 1850-1950) (€40.00)

    António Cardoso, Elisa Soares & Mónica Baldaque (Texto) Mónica Baldaque, Elisa Soares & Margarida Rebelo Correia(Catálogo Coordenação) – Museu Nacional de Soares dos Reis(Pintura Portuguesa / 1850-1950) – Ministério da Cultura – Instituto Português de Museus – Museu Nacional de Soares dos Reis – Lisboa – 1996.Desc.(287)Pág.E.Ilust

     

    António Manuel Soares dos Reis

    António Manuel Soares dos Reis (Mafamude, Vila Nova de Gaia, 14 de outubro de 1847 – Santa Marinha, Vila Nova de Gaia, 16 de fevereiro de 1889) foi um ilustre escultor portuense, considerado um dos maiores escultores portugueses do século XIX António Manuel Soares dos Reis nasceu a 14 de outubro de 1847, no lugar de Santo Ovídio, freguesia de Mafamude, concelho de Vila Nova de Gaia. Era filho de Manuel Soares Júnior, proprietário de uma tenda de mercearia a retalho, e de sua mulher Rita do Nascimento de Jesus. Recebeu o apelido “dos Reis”, de seu avô materno, António José dos Reis. Educado em rígida disciplina familiar, Soares dos Reis frequentou as aulas de instrução primária ao mesmo tempo que auxiliava o pai na tenda como marçano. Desde cedo se fizeram notar os seus dotes artísticos. Às escondidas do pai, talhava pequenos bonecos em madeira e modelava santinhos de barro que expunha ao Sol, no quintal. Essas figuras foram notadas pelo vizinho Diogo de Macedo e pelo pintor Resende que convenceram o pai de Soares dos Reis a enviá-lo para a Escola de Belas Artes. Foi assim que, em 1861, com apenas 14 anos, se matriculou na Academia Portuense de Belas Artes, onde foi aluno de Fonseca Pinto, tendo concluído o curso de escultura em 1866. Durante a frequência do curso colheu prémios e louvores, obtendo o 1.º prémio nas cadeiras de desenho, arquitetura e escultura. Aos 20 anos tornou-se pensionista do Estado no estrangeiro. Em 1867, tendo vencido o concurso com um busto, Firmino, com o espírito romântico que a escultura portuguesa não conhecera ainda, parte para Paris, onde frequentou o atelier de François Jouffro  e a École Imperiale et Speciale des Beaux Arts, recebendo aulas de Adolphe Yvon e de Hippolyte Taine. Também aqui Soares dos Reis alcançou a classificação de n.º 1 do curso, distinção que levou os seus colegas a batizá-lo com o epíteto de voleur des prix (ladrão de prémios). Mas a eclosão da Guerra Franco-Prussiana obrigou-o a regressar ao país. Por instâncias dos seus professores da Academia Portuense é enviado para Roma, a fim de completar o período de pensionato, sem assumir qualquer professor. Soares dos Reis chegou à Cidade Eterna em 1871 e foi aqui que executou uma das suas obras mais românticas e originais, O Desterrado, sua obra maior. Obra formalmente clássica, O Desterrado é também a nostalgia da Pátria distante uma «estátua da saudade». De inspiração classicista, a obra (na altura tida como plágio, o que iria angustiar durante muito tempo o escultor) é um notável trabalho dos volumes, permitindo jogos de luz e sombra, a acentuarem o sentido do título. A obra exerceu influência direta sobre obras da subsequente geração de escultores. Resultado do seu contacto com a escultura europeia da época, a fase seguinte da obra de Soares dos Reis, para além do virtuosismo técnico da sua execução, iria ser marcada pelos valores do realismo, patentes, em várias obras. Chegado ao Porto em 1872, Soares dos Reis foi recebido pelos seus conterrâneos com aplausos e admiração, sendo nomeado Académico de Mérito da Academia Portuense de Belas Artes, em 1873. Em 1875, é nomeado Académico de Mérito pela Academia de Belas Artes de Lisboa. E em 1878 recebe uma Menção honrosa na Exposição Universal de Paris. Até 1880, o escultor produziu, expôs e foi reconhecido por diversos trabalhos. Foi um dos fundadores do Centro Artístico Portuense, organismo que muito contribuiu para a difusão das artes plásticas no país. Contudo, Soares dos Reis será acusado de plagiar a estátua de Ares do Museu das Termas — e mais tarde dir-se-á mesmo que não era ele o autor d’O Desterrado, acusações que atingiram profundamente o artista. A obra é exposta em 1874 na Academia e em 1881 obtém uma medalha de ouro em Madrid sendo agraciado com o Grau de Cavaleiro da Ordem de Carlos III Obra revolucionária para a época, revelando qualidade e inspiração pessoal, O Desterrado é bem a expressão de uma certa ideia de Pátria a que os Vencidos da Vidase acordarão. Soares dos Reis fará posteriormente a estátua do Conde de Ferreira(1876), de D. Afonso Henriques (1887), de Brotero (1888), os retratos de Hintze Ribeiro, Correia de Barros e Fontes Pereira de Melo e os bustos da Viscondessa de Moser (1884) e «da Inglesa» (1887). Aceitou outras encomendas menores, por desespero e falta de outras — santos para confrarias, ornatos para estuques, gravuras para O Occidente, etc. Em 1881 é nomeado professor da Escola de Belas-Artes do Porto, onde pretende reformar o ensino da escultura, contando com a oposição obstinada dos seus colegas. Expõe em Paris, em 1881, na Exposição Universal. O seu ecletismo revelou-se na escultura de temática religiosa, onde também deixou uma marca naturalista (Cristo Crucificado, 1877) ou evocadora de um certo goticismo (São José e São Joaquim, peças esculpidas para a frontaria da capela da família Pestana, no Porto). A 15 de julho de 1885, casa em Mafamude, com Amélia Aguiar de Macedo, de quem teve dois filhos: Raquel Engrácia de Macedo Soares dos Reis (1886-1952) e Fernando de Macedo Soares dos Reis (1888-?), que viriam a falecer sem deixar descendência. Dedicado à divulgação da escultura, leccionou nos cursos noturnos do Centro Artístico Portuense, de sua iniciativa. Sofrendo, na sua intenção de renovar o ensino da escultura, a oposição de outras figuras ligadas às instituições da época, o escultor, de temperamento depressivo, abandona o Centro Artístico Portuense em 1887 e, dois anos depois, em 1889, suicida-se no seu atelier em Vila Nova de Gaia. É encontrado apoiado à sua mesa de trabalho. Desfechara um tiro de revólver contra a cabeça. Na parede branca atrás da cadeira onde ficou sentado, escrevera: «Sou cristão, porém, nestas condições, a vida para mim é insuportável. Peço perdão a quem ofendi injustamente, mas não perdoo a quem me fez mal». Tinha 41 anos e foi sepultado no cemitério de Mafamude, na localidade onde nascera, numa sepultura de mármore com o busto da Saudade, obra de sua autoria. Incapaz de se sobrepor à incompreensão e ao descrédito lançados contra o seu valor artístico e de enfrentar a obstrução sistemática aos seus esforços de inovação como docente, recorreu ao suicídio, deixando uma obra ímpar na escultura da segunda metade do século XIX.

    «Porto, 16 – Suicidou-se hoje às 08h00 da manhã, na sua casa da Rua de Luís de Camões, em Vila Nova de Gaia, disparando dois tiros de revólver na cabeça, o eminente estatuário Soares dos Reis, lente de escultura na Academia de Belas Artes e autor de verdadeiras obras primas. (…) São desconhecidas as causas que determinaram o suicídio.» In “Diário de Noticias”, 17 de fevereiro de 1889.

     


  • Boletim Oficial do Concelho de Nobreza

  • Colecção Completa de Ramalho Ortigão / [As Farpas] + [Correio de Hoje] + [ Cronicas Portuenses] + [Folhas Soltas] + [Costumes e Perfis] + [John Bull] + [Banhos e Caldas e Águas Minerais] + [Notas de Viagem] + [Em Paris] + [A Holanda] + [Arte Portuguesa] + [Pela Terra Alheia] +[Farpas Esquecidas] + [Primeiras Prosas] + [Figuras e Questões Literárias] + [O Mistério da Estrada de Sintra] + [As Praias de Portugal] + [Contos e Paginas Dispersas] + [Ultimas Farpas]

    Colecção Completa de Ramalho Ortigão
    Colecção Completa de Ramalho Ortigão «€500.00»

    Ramalho Ortigão – [As Farpas] + [Correio de Hoje] + [ Cronicas Portuenses] + [Folhas Soltas] + [Costumes e Perfis] + [John Bull] + [Banhos e Caldas e Águas Minerais] + [Notas de Viagem] + [Em Paris] + [A Holanda] + [Arte Portuguesa] + [Pela Terra Alheia] +[Farpas Esquecidas] + [Primeiras Prosas] + [Figuras e Questões Literárias] + [O Mistério da Estrada de Sintra] + [As Praias de Portugal] + [Contos e Paginas Dispersas] + [Ultimas Farpas] – Livraria Clássica Editora – Lisboa 1943/1966. Desc.[XXXVIII + 270] + [279] + [288] + [318] + [318] + [300] + [326] + [323] + [301] + [302] + [322] + [259] +[241] + [247] + [259] + [199 + 204] + [298 + 236 + 262] + [282 + 310] + [200 + 202] + [260] + [309] + [342] + [303] + [275] + [285] + [253] + [287] + [290] + [212] + [490] + [229 + 223] + [318] + [254] / 18,5 cm x 12,5 cm / E. Pele

     

    Ramalho Ortigão – Wikipédia, a enciclopédia livre
    Duarte Ramalho Ortigão

    Resultado de imagem para ramalho ortigão Duarte Ramalho Ortigão (Porto, Santo Ildefonso, Casa de Germalde, 24 de outubro de 1836 — Lisboa, Mercês, 27 de setembro de 1915) foi um escritor português. José Duarte Ramalho Ortigão nasceu no Porto, na Casa de Germalde, freguesia de Santo Ildefonso. Era o mais velho de nove irmãos, filhos do primeiro-tenente de artilharia Joaquim da Costa Ramalho Ortigão e de sua mulher D. Antónia Alves Duarte Silva. Viveu a sua infância numa quinta do Porto com a avó materna, com a educação a cargo de um tio-avô e padrinho Frei José do Sacramento. Em Coimbra, frequentou brevemente o curso de Direito. Ensinou francês e dirigiu o Colégio da Lapa no Porto, do qual seu pai havia sido diretor. Iniciou-se no jornalismo colaborando no Jornal do Porto e no jornal de cariz monárquico O Correio: Semanário Monárquico(1912-1913). Também foi colaborador em diversas publicações periódicas, em alguns casos postumamente, entre as quais se destaca: Acção realista (1924-1926); O António Maria(1879-1885;1891-1898); Branco e Negro (1896-1898); Brasil-Portugal (1899-1914); Contemporânea (1915-1926); A Esperança(1865-1866; Galeria republicana (1882-1883); Gazeta Literária do Porto (1868), Ideia Nacional  (1915), A Imprensa(1885-1891); O Occidente (1878-1915); Renascença (1878-1879?); Revista de Estudos Livres  (1883-1886), A semana de Lisboa (1893-1895); A Arte Portuguesa (1895); Tiro e Sport  (1904-1913); Serões (1901-1911); O Thalassa: semanario humoristico e de caricaturas (1913-1915). Em 24 de outubro de 1859 casou com D. Emília Isaura Vilaça de Araújo Vieira, de quem veio a ter três filhos: Vasco, Berta e Maria Feliciana. Ainda no Porto, envolveu-se na Questão Coimbrã com o folheto “Literatura de hoje”, acabando por enfrentar Antero de Quental num duelo de espadas, a quem apodou de cobarde por ter insultado o cego e velhinho António Feliciano de Castilho. Ramalho ficou fisicamente ferido no duelo travado, em 6 de fevereiro de 1866, no Jardim de Arca d’Água. No ano seguinte, em 1867, visita a Exposição Universal em Paris, de que resulta o livro Em Paris, primeiro de uma série de livros de viagens. Insatisfeito com a sua situação no Porto, muda-se para Lisboa com a família, obtendo uma vaga para oficial da Academia das Ciências de Lisboa. Reencontra em Lisboa o seu ex-aluno Eça de Queirós e com ele escreve um “romance execrável” (classificação dos autores no prefácio de 1884): O Mistério da Estrada de Sintra (1870), que marca o aparecimento do romance policial em Portugal. No mesmo ano, Ramalho Ortigão publica ainda Histórias cor-de-rosa e inicia a publicação de Correio de Hoje (1870-71). Em parceria com Eça de Queirós, surgem em 1871 os primeiros folhetos de As Farpas, de que vem a resultar a compilação em dois volumes sob o título Uma Campanha Alegre. Em finais de 1872, o seu amigo Eça de Queirós parte para Havana exercer o seu primeiro cargo consular no estrangeiro, continuando Ramalho Ortigão a redigir sozinho As Farpas. Entretanto, Ramalho Ortigão tornara-se uma das principais figuras da chamada Geração de 70. Vai acontecer com ele o que aconteceu com quase todos os membros dessa geração. Numa primeira fase, pretendiam aproximar Portugal das sociedades modernas europeias, cosmopolitas e anticlericais. Desiludidos com as luzes europeias do progresso material, porém, numa segunda fase voltaram-se para as raízes de Portugal e para o programa de um “reaportuguesamento de Portugal”. É dessa segunda fase a constituição do grupo “Os Vencidos da Vida”, do qual fizeram parte, além de Ramalho Ortigão, o Conde de Sabugosa, o Conde de Ficalho, o Marquês de Soveral, o Conde de Arnoso, Antero de Quental, Oliveira Martins, Guerra Junqueiro, Carlos Lobo de Ávila, Carlos de Lima Mayer e António Cândido. À intelectualidade proeminente da época juntava-se agora a nobreza, num último esforço para restaurar o prestígio da Monarquia, tendo o Rei D. Carlos I sido, significativamente, eleito por unanimidade “confrade suplente do grupo”. Na sequência do assassínio do Rei, em 1908, escreve D. Carlos o Martirizado. Com a implantação da República, em 1910, pede imediatamente a Teófilo Braga a demissão do cargo de bibliotecário da Real Biblioteca da Ajuda, escrevendo-lhe que se recusava a aderir à República “engrossando assim o abjecto número de percevejos que de um buraco estou vendo nojosamente cobrir o leito da governação”. Saiu em seguida para um exílio voluntário em Paris, onde vai começar a escrever as Últimas Farpas (1911-1914) contra o regime republicano. O conjunto de As Farpas, mais tarde reunidas em quinze volumes, a que há que acrescentar os dois volumes das Farpas Esquecidas, e o referido volume das Últimas Farpas, foi a obra que mais o notabilizou por estar escrita num português muito rico, com intuitos pedagógicos, sempre muito crítico e revelando fina capacidade de observação. Eça de Queirós escreveu que Ramalho Ortigão, em As Farpas, “estudou e pintou o seu país na alma e no corpo”. Regressa a Portugal em 1912 e, em 1914 dirige a célebre Carta de um velho a um novo, a João do Amaral, onde saúda o lançamento do movimento de ideias políticas denominado Integralismo Lusitano: “A orientação mental da mocidade contemporânea comparada à orientação dos rapazes do meu tempo estabelece entre as nossas respectivas cerebrações uma diferença de nível que desloca o eixo do respeito na sociedade em que vivemos obrigando a elite dos velhos a inclinar-se rendidamente à elite dos novos”. Vítima de cancro, recolheu-se na casa de saúde do Dr. Henrique de Barros, na então Praça do Rio de Janeiro, em Lisboa, vindo a falecer em 27 de setembro de 1915, na sua casa da Calçada dos Caetanos, na Freguesia da Lapa. Foi Comendador da Ordem Militar de Cristo e Comendador da Imperial Ordem da Rosa do Brasil. Além de bibliotecário na Real Biblioteca da Ajuda, foi Secretário e Oficial da Academia Nacional de Ciências, Vogal do Conselho dos Monumentos Nacionais, Membro da Sociedade Portuguesa de Geografia, da Academia das Belas Artes de Lisboa, do Grémio Literário, do Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro, e da Sociedade de Concertos Clássicos do Rio de Janeiro. Em Espanha, foi-lhe atribuída a Grã-Cruz da Ordem de Isabel a Católica e foi membro da Academia de História de Madrid, da Sociedade Geográfica de Madrid, da Real Academia de Bellas Artes de San Fernando, da Unión Ibero americana e da Real Academia Sevillana de Buenas Letras.Foram impressas duas notas de 50$00 Chapa 6 e 6A de Portugal com a sua imagem.


  • Quinze Anos de Obras Publicas – 1932 A 1947-1947

    Quinze Anos de Obras Publicas – 1932 A 1947 «€250.00»

    Quinze Anos de Obras Publicas – 1932 A 1947 – (Livro de Ouro I Vol.) – Comissão Executiva da Exposição de Obras Públicas – Eduardo Rodrigues de Carvalho – a Exposição de Oras Públicas / José Belard da Fonseca – A Engenharia e as Obras Publicas / Cottinelli Telmo – A Arquitectura e as Obras Públicas / Diogo Macedo – A Pintura e as Esculturas nas Obras Públicas / Aureliano Felismino – O que se Orçamentou e o que se Gastou / Raul da Costa Couvreur – Conselho Superior de Obras Públicas / Eduardo de Arantes e Oliveira – Laboratório de Engenharia Civil / Alvaro Salvasão Barreto – Lisboa nos Últimos Anos / Henrique Gomes da Silva – Edifícios e Monumentos Nacionais / Manuel Sá e Melo – Serviços Urbanos / João Paulo Nazaré de Oliveira – Urbanização da Costa do Sol / Raul da Costa Couveur – levantamento Topográficos Urbanos / Alexandre Alberto de Sousa Pinto & D. José Lancastre e Távora – Construções Para o Ensino Técnico e Secundário / Francisco Gentil & Fernando Jácome de Castro – Novos Edifícios Universitários (Hospitais Escolares) (Instituto Português de Oncologia) /  Maximino Correia – Cidade Universitária de Coimbra / Júlio José Netto Marques – Estádio Nacional / Bissaia Barreto – Leprosaria Nacional Rovisco Pais / António pedrosa Pires de Lima – Construções Hospitalares / Carlos Pereira da Cruz – Novas Instalações Para o Exercito / Joaquim de Sousa Uva – Base Naval de Lisboa / Duarte Abecassis – Serviços Hidráulicos / António Trigo de Morais – Hidráulica Agrícola (Marcos de Uma Jornada e Algumas Notas Técnicas) / Salvador Nogueira – Porto de Lisboa / Henrique Shreck – Portos de Douro e Leixões / Abel Mário de Noronha oliveira e Andrade – Grande Aproveitamento Hidroelétricos / Manuel Rafael Amado da Costa Aproveitamentos Hidráulicos da Madeira / João Carlos Alves – Águas de Lisboa / Luís D’Albuquerque dos Santos – Correios, telégrafos e Telefones / Rogério Vasco de Ramalho – Caminho de Ferro / José António Miranda Coutinho – Serviços de Viação / Alfredo Sousa Sintra – Aeródromos Civis / Luís da Costa de Sousa Macedo – Estradas e Pontes / Carlos Augusto de Arroches Lobo – Combate ao Desemprego / Augusto de Castro, Cottinelli Telmo – Exposição do Mundo Português – Comissão Executiva da Exposição de Obras Públicas – Lisboa – 1947. Desc.[185] + [3219 pág / 32,5 cm + 25,5 cm / E. Original

     

    Duarte José Pacheco (Loulé, São Clemente, Rua Nova, 19 de abril de 1900— Setúbal, 16 de novembro de 1943) foi um engenheiro e estadista português. Último de quatro filhos e sete filhas de José de Azevedo Pacheco (Loulé, São Clemente, 18 de Janeiro de 1864 – 1914), Comissário da Polícia de Loulé, e de sua mulher Maria do Carmo Pontes Bota (Loulé, São Clemente – 1905), doméstica, e sobrinho paterno de Marçal de Azevedo Pacheco. Ingressou aos 17 anos no Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa, onde se forma em 1923 em Engenharia Eletrotécnica. Um ano depois é contratado como assistente e em 1925 já era professor catedrático, ensinando a cadeira de Matemáticas Gerais. Em 1926 torna-se diretor interino do IST e, em 10 de agosto de 1927, o Conselho Escolar determinava por unanimidade a sua nomeação como Diretor efetivo. Em 1928, com apenas 29 anos, ocupa pela primeira vez um cargo político, ao ser nomeado para Ministro da Instrução Pública, exercendo estas funções apenas durante uns curtos meses. A 18 de abril toma posse e a 10 de novembro demite-se. Era o primeiro governo de José Vicente de Freitas, estando Óscar Carmona na presidência da república. Nesse tempo teve uma missão que se veio a revelar de uma importância decisiva para o século XX português: vai a Coimbra convencer Salazar a regressar à pasta das Finanças. Salazar encontrava-se desiludido com a experiência anterior dos amargos cinco dias que participou do Governo de Mendes Cabeçadas e pela desgraça política financeira do General João Sinel de Cordes, com quem tinha tentado colaborar. É Duarte Pacheco que negoceia as condições extraordinárias que Salazar pretende para voltar a ocupar o cargo. A missão foi bem sucedida, tanto que Salazar toma posse a 28 de abril desse mesmo ano. É sob a orientação de Duarte Pacheco, que se dá início à construção dos edifícios do Instituto Superior Técnico em Lisboa, construindo-se aquele que viria a ser o primeiro campus universitário português. Existe uma história curiosa quanto à origem dos vidros do edifício do Instituto. Diz-se que foram enviados por diversas indústrias vidreiras como amostras solicitadas pelo próprio Ministro, a fim de determinar o de melhor qualidade, sendo utilizadas nas janelas do edifício sem se terem informado as indústrias solicitadas e sem ter havido nenhum tipo de remuneração dos vidros usados. Mas é com 33 anos que Duarte Pacheco encontra o seu próprio destino. Em 1932 volta a ser convidado por Salazar, que admirava o seu carácter, para participar no seu Governo, na pasta de Ministro das Obras Públicas e Comunicações. A 5 de julho assume pela primeira vez a pasta das Obras Públicas e Comunicações no Governo de Salazar, até 18 de janeiro de 1936, altura em que abandona as funções. Entretanto, a 1 de julho de 1933, é agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo. Em 1936, com uma reforma da corporação política, Duarte Pacheco é afastado do Governo, regressando ao Instituto Superior Técnico, mas ferido politicamente e profetiza que “hão de vir em peregrinação pedir-me desculpas e suplicar-me que regresse“. Profecia que sai certa. Porque no dia 1 de janeiro de 1938 Duarte Pacheco é nomeado presidente da Câmara Municipal de Lisboa, e meses depois, a 25 de maio, em acumulação, novamente ministro do Governo, passando a ocupar a pasta das Obras Públicas e Comunicações, pasta que desta vez só abandonará com a morte ao serviço da Nação Portuguesa. A 18 de dezembro de 1940 é agraciado com a Grã-Cruz da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant’Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico.Na manhã de 15 de novembro de 1943, Duarte Pacheco foi a Vila Viçosa, inteirar-se dos trabalhos em curso para a construção da estátua de D. João IV, mas queria chegar a tempo ao Conselho de Ministros, marcado para a tarde. Ao regressar a Lisboa, na Estrada Nacional n.º 4, no lugar da Cova do Lagarto, entre Montemor-o-Novo e Vendas Novas, o veículo oficial seguia a alta velocidade e despistou-se, embatendo com o lado direito num sobreiro. Um acompanhante teve morte imediata. Os outros sofreram ferimentos relativamente ligeiros. Os de Duarte Pacheco foram graves. O ministro foi transportado para o Hospital da Misericórdia em Setúbal. Mal foi informado, Salazar seguiu para lá, fazendo-se acompanhar de um grupo de médicos reputados. De nada puderam valer e, na madrugada de 16, era confirmado o óbito de Duarte Pacheco, devido a uma hemorragia interna. Em 1933, o engenheiro Duarte Pacheco inicia uma profunda modernização dos serviços dos Correios e Telecomunicações por todo o país. Neste mesmo ano, nomeia uma Comissão Técnica para estudar e elaborar um plano que pudesse levar à construção de uma ponte sobre o rio Tejo, ligando Lisboa, pela zona do Beato a Montijo. Chega mesmo, no ano de 1934, a propor a construção de uma ponte rodo-ferroviária, em Conselho de Ministros. É autor de projetos dos “novos Bairros Sociais” de Alvalade, Encarnação, Madredeus e Caselas, em Lisboa. Projetou a atual Avenida de Roma, em Lisboa, da forma como ainda hoje permanece, do ponto de vista imobiliário. Ao longo da sua carreira, quer como professor ou estadista, Duarte Pacheco promoveu, e revolucionou, o sistema rodoviário de Portugal, para além das inúmeras construções de obras públicas que mandou executar, tais como a marginal Lisboa-Cascais, o Estádio Nacional, e a Fonte Luminosa, em Lisboa. Foi sua, também, a criação do Parque de Monsanto, e contribuiu para a construção do aeroporto da cidade de Lisboa. Foi também, o grande responsável pela Organização da Exposição do Mundo Português, realizada em 1940 em Lisboa, acontecimento singular do século XX que influenciou em muitos aspetos o ritmo cultural das décadas que se seguiram. O seu nome consta na lista de colaboradores da Revista Municipal da Câmara Municipal de Lisboa (1939-1973).

     

     


  • Conferências Sobre Estratégia – Estudos Geo-Estratégicos dos Teatros de Operação Nacional

    Conferências Sobre Estratégia – Estudos Geo-Estratégicos dos Teatros de Operação Nacional (€80.00)

    Coronel Miranda Cabral (Tasso) – Conferências Sobre Estratégia – Estudos Geo-Estratégicos dos Teatros de Operação Nacional – Vol 1 – Teatros ao Norte do Douro, da beira Alta, da Beira Baixa e do Algarve / Vol 2 – Teatros do Alentejo e Extremenho – Conferência Sobre o Conjunto dos Teatros de Operações Nacionais – Tipografia Mauricio & Monteiro – Lisboa – 1932.Desc.(391) + (377) pág.B

     

     

    Coronel Miranda Cabral (Tasso)

    de Miranda Cabral nasceu a 19 de fevereiro de 1877 em S. Pedro de Celorico, Celorico da Beira, Guarda. Alistado no Regimento 2 de Caçadores da Rainha em 1897 até 1900. Alferes no Regimento de Infantaria 14 em 1900. Em 1911 foi sub-chefe interino do Estado Maior da 7.ª Divisão Militar. Professor efetivo do Instituto dos Pupilos do Exército de Terra e Mar. Capitão para o Regimento de Infantaria 32 em 1912. Em 1914 passou ao Regimento de Infantaria 23. Nomeado provisoriamente lente adjunto da 17.ª e 18.ª cadeiras da Escola de Guerra. Ainda nesse ano foi nomeado professor do Instituto dos Pupilos do Exército de Terra e Mar. Capitão da 6.ª Companhia do Regimento de Infantaria 32 em 1916. Promovido a major em 1916. Em 1918, já tenente-coronel, foi nomeado diretor do Instituto Profissional dos Pupilos do Exército. Professor da 32.ª cadeira da Escola Militar. Nomeado para fazer parte de uma comissão para se proceder à organização de um Instituto dos Pupilos do Exército de Terra e Mar no norte de Portugal em 1926. Em 1927 transitou para Escola Central de Oficiais, acumulando o lugar de professor da 5.ª cadeira do Curso de Estado-Maior e de diretor do Curso. Em 1931 foi nomeado para fazer parte da comissão encarregada de proceder ao estudo da organização do exército. Prestou serviço na 3.ª Direção Geral do Ministério da Guerra. Vogal da comissão encarregada de propor as bases da organização e as atribuições do Conselho Superior da Defesa Nacional. Chefe da 2.ª e 3.ª Repartições do Estado-Maior do Exército. Comandante do Grupo de Artilharia Pesada 2 em 1931. Nomeado para fazer parte da comissão encarregada do estudo da instrução do exército português. Transitou para a Direção de Arma de Infantaria – inspeções, em 1935. Em 1936 foi nomeado brigadeiro para o Quadro da Arma. Em 1938 foi promovido a general. Publicou a obra “Conferências sobre estratégia – Estudo geo-estratégico dos teatros de operações nacionais” (1938). Chefe da missão militar portuguesa nomeada para trabalhar com a missão militar inglesa em 1938-1939. Nomeado CEME em 1939 até 1945. Faleceu em 5 de abril de 1949.

     


  • Monumentos – Revista De Edifícios e Monumentos

  • Actividades Nacional – Revista Turística


  • As Estações da Vida

    As Estações da Vida «€40.00»

    Agustina Bessa-Luís – As Estações da Vida (Fotografia de Jorge Correia Santos ) – Quetzal Editores – Lisboa – 2002. Desc.[154] pág / 30 cm x 25 cm / E.Tele e Capa Original


  • Cister no Vale do Douro

    Cister no Vale do Douro
    Cister no Vale do Douro «€30.00»

    Geraldo J. A. Coelho Dias, Victor Gomes Teixeira, José Ignácio de La Torre Rodríguez, Amândio Jorge Morais barros & Ricardo Teixeira – Cister no Vale do Douro – Grupo de Estudos da História da Vinicultura Duriense e do Vinho do Porto – Edições Afrontamentos – Porto – 1999. Desc.[276] pág / 23 cm x 17 cm / E Original com capa de Origem, Ilust.


  • Carta Ecológica de Portugal

    Carta Ecológica de Portugal
    Carta Ecológica de Portugal«€45.00»

    J. de Pina Manique e Albuquerque – Carta Ecológica de Portugal – Ministério da Economia / Direcção Geral dos Serviços Agrícolas – Serviço Editorial da Repartição de Estudos, Informações e Propaganda – Lisboa – 1954. Desc.[58] pág + [1] Carta Ecológica / 31 cm x 21 cm / Pasta Original