• Category Archives Estado Novo
  • Culturas Marítimas em Portugal

    Culturas Marítimas em Portugal (€15.00)

    Francisco Oneto Nunes (Coordenação) – Culturas Marítimas em Portugal – Carlos Diogo Moreira – Problemas e Orientação de Investigação na Antropologia Marítima em Portugal / Inês Amorim – Homens da Terra ou Homens do Mar – Um Percurso Historiográfico /  Elsa Peralda – O Mar Como Património: Considerações Acerca da Identidade Nacional Portuguesa / Álvaro Garrido – O Estado Novo e a Recriação Histórica de Uma”Tradição Marítima Nacional / Francisco Oneto Nunes – Dois Séculos de Arte Xávega: Capitalismo, Decadência e Organização do Trabalho / Carlos Robalo – O Povo do Rio: Esboço Etnográfico na Borda D’Água / Paulo Mendes – Pescadores, cCamponês, Empresários, Turistas e Percepção do Ambiente na Costa Alentejana Uma Leitura Cronológica e Etnográfica – Âncora Editora – Lisboa – 2008.Desc.(213).Br.


  • A Política Agrária do Estado Novo

    A Política Agrária do Estado Novo (€15.00)

    Fernando Oliveira Baptista – A Política Agrária do Estado Novo – Edições Afrontamento – Porto – 1993.Desc.(414)Pág.Br.


  • Novas Cartas Portuguesas

    Novas Cartas Portuguesas (€100.00)

    Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta & Maria Velho da Costa – Novas Cartas Portuguesas (Colecção Serpente) – Estudios Cor – Lisboa – 1972.Desc.(389)Pág.Br

     

     

    Maria Isabel Barreno

    Novas Cartas Portuguesas (NCP) é uma obra literária escrita conjuntamente por Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa, entre 1971 e 1972. O livro revelou a existência de situações discriminatórias agudas num Portugalsob o Regime do Estado Novo – entre elas, a repressão ditatorial e a condição da mulher (casamento, maternidade, sexualidade). As NCP denunciaram também as injustiças praticadas nas colónias e a realidade dos portugueses enquanto colonialistas em África. A obra foi imediatamente apreendida pela censura, e as autoras levadas a julgamento por “ofensa à moral pública” – o que, paradoxalmente, expôs o autoritarismo do governo e atraiu a atenção da imprensa internacional. A situação provocou uma onda global de apoio, inédita no contexto português. O caso das Três Marias – como ficou conhecido o processo instaurado pelo Estado Português depois da publicação das NCP – foi votado em Junho de 1973, numa conferência da National Organization for Women (NOW) em Boston, como a primeira causa feminista internacional. A obra foi defendida publicamente por Simone de Beauvoir, Marguerite Duras, Christiane Rochefort, Doris Lessing, Iris Murdoch ou Stephen Spender. A sua repercussão além-fronteiras foi enorme, tendo sido quase imediata a tradução para outros idiomas. Hoje é um dos livros portugueses mais traduzidos. Em Portugal, a obra esteve mais de dez anos completamente esgotada e dezoito anos fora do mercado.Chegaria novamente às livrarias em 1998, 2001, 2010 (anotada) e 2022, pelas mãos da editora Dom Quixote.

    Enquadramento

    Maria Teresa Horta

    Em 1961 eclodia um conflito que, por altura da Revolução dos Cravos, tinha mobilizado quase 150 000 homens.Com o decorrer dos anos, crescia a revolta contra a Guerra Colonial entre os militares e as suas famílias. Este livro escrito a seis mãos delinear-se-ia a partir de um encontro que teve lugar na cidade de Lisboa, em Maio de 1971, três anos antes do 25 de Abril e da consequente independência das colónias portuguesas em África. Maria Teresa Horta conheceria Maria Isabel Barreno através de uma entrevista que fez enquanto coordenava o suplemento literário do jornal A Capital, no qual esta colaborava. As duas viriam a fundar o Movimento de Libertação das Mulheres, ao lado de Madalena Barbosa, em 1972. Por sua vez, Maria Isabel Barreno havia trabalhado com Maria Velho da Costa no Instituto de Investigação Industrial. Antes das NCP, as autoras já haviam publicado individualmente alguns livros dotados de caráter político – que, nomeadamente, desafiavam os papéis sociais atribuídos às mulheres durante a ditadura. Servem de exemplo Maina Mendes(1969) de Maria Velho da Costa, Os Outros Legítimos Superiores (1970) de Maria Isabel Barreno e Minha Senhora de Mim(1971) de Maria Teresa Horta, entre outros. As NCP terão surgido como reacção à apreensão deste último livro.

    Cartas Portuguesas

    Maria Velho da Costa

    Quando as três começaram a pensar escrever uma obra em torno de uma mulher portuguesa surge, num dos seus almoços, a figura de Mariana Alcoforado, que não foi logo consensual. A Soror representava a paixão, a clausura, o abuso e o abandono. Não seria a mulher a enaltecer. Porém, as NCP partiriam mesmo do romance epistolar Lettres Portugaises, publicado como obra anónima por Claude Barbin, em 1669. Este foi apresentado como sendo uma tradução, também anónima, de cinco cartas de amor escritas por uma jovem freira portuguesa, de nome Mariana Alcoforado – após esta ter sido seduzida e abandonada pelo seu amante, o cavaleiro francês Noel Bouton (Cavaleiro de Chamilly) – enclausurada no Convento da Conceição, em Beja. Nesta época, França apoiava o Reino de Portugal na Guerra da Restauração contra a Coroa de Castela e, entre 1666 e 1668, a fortificada cidade do Baixo Alentejo foi um importante local de resistência contra as forças espanholas. Hoje, a autoria das Cartas Portuguesas é ainda polémica, com a crítica a dividir-se entre Soror Mariana Alcoforado e Gabriel-Joseph de Guilleragues.As Três Marias tiveram por base a edição publicada em 1969 pela Assírio & Alvim e traduzida pelo poeta português Eugénio de Andrade. A apropriação do peso simbólico da figura de Mariana Alcoforado – a mulher suplicante e submissa cujo discurso revela uma paixão e uma devoção avassaladoras – foi uma base fundamental para a crítica levada a cabo pelas autoras durante a ditadura fascista que vigorava em Portugal. Esta importante obra construiu uma aliança entre mulheres de diferentes tempos e lugares, desde Soror Mariana Alcoforado até as mulheres portuguesas contemporâneas.

    Obra

    As NPC entrelaçam crítica feminista, resistência política e experimentação literária. Enquanto obra literária, NCP não é facilmente classificável. Se não se trata de um romance ou ensaio, também não se trata apenas de um manifesto feminista ou de uma colectânea de cartas. Como indica a estudiosa Darlene Sadlier, as próprias Três Marias se referem ao seu livro como “uma coisa” inclassificável – o que sugere não tanto a dificuldade, mas antes a relutância das autoras em categorizar a sua obra, rejeitando assim a lógica das formas literárias tradicionais. A sua escrita – polifónica, ensaística, poética, epistolar, paródica – torna-se lugar de libertação. As NCP reúnem 120 textos – cartas, ensaios, poemas e fragmentos de várias ordens.O livro abre com uma carta datada de 1 de Março de 1971 e termina com um fragmento escrito a 25 de Outubro de 1971. Todas surgem datados – o que aponta para uma cronologia baseada nos diálogos reais entre as autoras. Só um pequeno número de cartas é numerado, oferecendo ao leitor ou leitora uma breve fonte de ordem – sem que esta constitua, porém, uma narrativa unitária. A edição mais recente – na qual foram corrigidos erros/gralhas, bem como introduzido um índice e uma introdução, ausentes de versões anteriores – resgata um pré-prefácio e um prefácio escritos por Maria de Lourdes Pintassilgo, adicionados em 1980, pela Moraes Editores. Esta resulta de uma investigação levada a cabo por um grupo de trabalho coordenado por Ana Luísa Amaral, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Para uma geração mais nova, existem agora versões anotadas que contextualizam muitas das referências sócio-culturais ou literárias. É ainda urgente o reconhecimento nacional desta obra que desestabilizou o tecido político e social português.

    Autoria

    Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa nunca revelaram qual delas compôs cada fragmento, mesmo depois de diversos interrogatórios levados a cabo pela Polícia Judiciária. Vários estudos académicos foram realizados na tentativa de atribuir a autoria dos diversos textos que compõem o livro a partir de sua comparação com as obras literárias posteriormente lançadas pelas autoras individualmente. Quanto ao processo de criação a três, Maria Teresa Horta destaca este exercício de co-autoria, de abdicar da assinatura e de desconstruir o processo solitário e individual da escrita. Este era pautado por regras que incluíam ler os textos em voz alta e levar cópias (em papel químico) umas às outras. Na crónica «O portuguesíssimo nome de Marias», a autora fala ainda da disciplina, do compromisso com um método de trabalho, da competição e da importância de um espaço para as divergências. As autoras encontravam-se presencialmente todas as semanas – por norma, em almoços no Treze. Maria Isabel Barreno, por sua vez, assinala o convívio criativo como forma de incentivar a escrita dos textos a sós e como a ausência de um plano restrito levaria ao cultivo de diferentes géneros literários. A primeira coisa que fizeram foi partir das cartas de Mariana Alcoforado – cada uma escreveria cinco cartas às outras duas – mas depois surgiram ensaios, poemas e f icção. Para a autora, escrever a três nunca implicou consensos, mas sim espaço para o desacordo e para discordâncias entre pontos de vista literários e políticos.

    Feminismo

    O livro é um marco crucial na evolução do pensamento feminista na literatura portuguesa. As NCP dão corpo a uma escrita que denuncia o silenciamento histórico das mulheres, mecanismos patriarcais (domésticos, legais, religiosos, coloniais) que domesticam o desejo, o corpo e o pensamento femininos, os interditos à expressão sexual e à liberdade amorosa. As NPC posicionam-se ainda como uma forte crítica ao colonialismo, ao catolicismo repressivo, ao conservadorismo e antecipam algumas discussões da segunda vaga do feminismo europeu, como a sororidade ou o corpo político. Passados mais de cinquenta anos, esta obra continua a vir ao encontro de questões prementes, como a feminização da pobreza. Marta Mascarenhas propõe ainda uma releitura desta obra – que subverte os modelos tradicionais e questiona todo o tipo de fronteiras, hierarquias e cânones – à luz da teoria queer.Para a autora, ambas assentam sob os mesmos pressupostos. Sublinha-se ainda que a criação do Movimento de Libertação das Mulheres (MLM) em Portugal está ligada ao processo das NCP e à solidariedade em torno das três escritoras. As primeiras notícias sobre a sua criação – a 7 de Maio de 1974, em Lisboa – surgem pela mão da jornalista Annie Cohen, numa crónica na revista Les Temps Modernes. Com alguns anos de atraso e por via de um conjunto de mulheres intelectuais, os ventos de uma mudança feminista chegavam finalmente a Portugal.  A primeira brochura do MLM coloca como reivindicações: a declaração, a inserir na Constituição da República Portuguesa, da igualdade de direitos para os dois sexos, com condenação penal pelas discriminações sexistas; a revisão do código civil, do código penal e da legislação do trabalho; o direito de salário igual para trabalho igual e o acesso a todas as profissões em igualdade; e o reconhecimento pelo Estado Português do valor económico do trabalho doméstico.  O MLM surge como o primeiro grupo feminista a exigir uma sede à Junta de Salvação Nacional, logo após o 25 de Abril. Uma cisão no MLM é noticiada um ano após a sua fundação. É criado um grupo activista com a designação de Feministas Revolucionárias. Esse novo grupo integrava Maria Teresa Horta.

    Processo

    Processo

    A obra seria publicada na sua íntegra em 1972, pela editora Estúdios Cor, então com direcção literária de Natália Correia que, na altura, foi incentivada a não o fazer. Em entrevista, Maria Teresa Horta referiu a existência de denúncias da parte de dois tipógrafos ao editor do livro, Romeu de Melo. A coragem e cumplicidade da responsável pela organização e edição da Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica – livro de 1965, também apreendido pela PIDE/DGS e alvo de um longo processo judicial – foi assim preponderante na edição das NCP. Apenas três dias depois, esta primeira edição seria recolhida e destruída pela censura de Marcello Caetano, figura que anunciara uma maior abertura política – vindo a revelar-se superficial – face ao seu antecessor, António de Oliveira Salazar, afastado do governo em 1968, devido a um hematoma craniano que o incapacitou. Os seus textos foram considerados “imorais”, “atentatórios” e “pornográficos”, tendo sido aberto um processo do Estado Português contra as autoras e contra o editor responsável, tornando a obra e o caso internacionalmente reconhecidos. O seu julgamento iniciou-se a 25 de Outubro de 1973, no Tribunal Correcional da Boa Hora. Entretanto, este foi sendo adiado por sucessivos incidentes, e suspenso após a Revolução de 25 de Abril de 1974. Natália Correia, Urbano Tavares Rodrigues, António Quadros, David Mourão-Ferreira, Fernanda Botelho, Maria Lamas, Augusto Abelaira, Natália Nunes, José Tengarrinha, Vasco Vieira de Almeida e Carlos Jorge Correia Gago foram, entre outros, testemunhas a favor das acusadas. As autoras foram absolvidas a 7 de Maio de 1974, tendo como advogados Duarte Vidal (defendendo Maria Isabel Barreno e Maria Teresa Horta), Francisco Sousa Tavares (defendendo Maria Velho da Costa) e José Armando da Silva Ferreira (defendendo Romeu de Melo). Até ao julgamento, a solidariedade da comunidade literária e intelectual nacional e internacional manifestar-se-ia em diversos protestos e manifestações a favor da sua causa. O evento foi coberto por meios de comunicação internacionais, como é o caso dos jornais Le Monde e The New York Times.Existiram ainda acções feministas em várias embaixadas de Portugal no estrangeiro.  As autoras ficariam conhecidas internacionalmente como as Três Marias.Após a obra que as uniu, estas tomaram caminhos diferentes, embora aproximadas nas causas e nas ideias. No pós-25 de Abril, teve lugar uma nova edição das NCP pela Futura, em 1974. Na sequência do seu julgamento, foi organizada uma manifestação do MLM a 13 de Janeiro 1975, no Parque Eduardo VII, em Lisboa. Esta consistiria no atear de uma fogueira, onde seriam queimados símbolos da opressão feminina. A especulação e deturpação desenvolvida por alguns órgãos de comunicação social levaram à ocorrência de incidentes fruto de atitudes provocatórias. Este tipo de iniciativa já tinha sido adoptado anteriormente noutros países, como França. Todavia, as concepções conservadoras num Portugal já democrático, fizeram-se sentir nas reacções a esta iniciativa.

     

     

     

     


  • A Campanha Eleitoral de 1961 (Documentos Políticos)

    A Campanha Eleitoral de 1961 (Documentos Políticos) (€15.00)

    A Campanha Eleitoral de 1961 – António Oliveira Salazar – Mensagem do Senhor Presidente do Conselho da Comissão Central d U.N / Dr. Henrique Veiga de Macedo – Discurso Proferido em Lisboa pelo Presidente da Comissão Executiva da U.N / Eng.ºbDomingos Rosado Vitória Pires – Discurso Proferido em Lisboa Pelo Vogal da Comissão Executiva da U.N / Dr. João Cerveira Pinto – Discurso Proferido em Lisboa Pelo Vogal da Comissão Executiva da U.N / Dr. José Fernando Nunes Barata – Discurso Proferido em Lisboa Pelo Vogal da Comissão Executiva da U.N (Documentos Políticos) – União Nacional – Nacional Editora – Lisboa – 1961.Desc.(239)Pág.Br.


  • Revista D’Aquém e D’Além Mar – Mesário dos Portugueses de Todo o Mundo


  • Brasonário Corporativo (Na Exposição de Heráldica do Trabalho)

    Brasonário Corporativo (Na Exposição de Heráldica do Trabalho)(€30.00)

    Mário de Albuquerque (Texto) – Brasonário Corporativo (Na Exposição de Heráldica do Trabalho) – XX Aniversário da F.N.A.T – Fundação Nacional da Alegria do Trabalho – Lisboa – 1955.Desc.(157)Pág.Br.Ilust


  • No Poder de 1926 a 1968 – Salazar Só a Cadeira o Derrubou

    No Poder de 1926 a 1968 – Salazar Só a Cadeira o Derrubou(€15.00)

    Manuel Catarino – No Poder de 1926 a 1968 – Salazar Só a Cadeira o Derrubou (Prefácio de Francisco Moita Flores) – Cofina – Media Books – Lisboa – 2018.Desc.(262)Pág. Br.


  • História de Portugal Uma Visão Global

    História de Portugal Uma Visão Global(€15.00)

    José Manuel Garcia – História de Portugal Uma Visão Global – Editorial Presença – Porto – 1984.Desc.(317)Pág.Br.Ilust


  • Torre Cinzenta (Poemas da Prisão)

    Torre Cinzenta (Poemas da Prisão) (€13.00)

    José Magro – Torre Cinzenta (Poemas da Prisão) / Colecção”Resistência” – Edições Avante – Lisboa – 1980.Desc.(63)Pág.Br.Ilus

     

     

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    José Alves Tavares Magro (Alcântara, Lisboa, 27 de Março de 1920 — Lisboa, 2 de Fevereiro de 1980) foi um político revolucionário antifascista e escritor português, deputado e vice-presidente da Assembleia Constituinte da III República Portuguesa  e deputado à Assembleia da República Portuguesa pelo Partido Comunista Português, do qual foi um dirigente histórico. Foi mantido preso pela ditadura do Estado Novo por razões políticas um total de 21 anos, e forçado por esta a viver 29 anos na clandestinidadeNasce em 1920 numa família da classe média de sentimentos democráticos. Frequenta a Faculdade de Medicina de Lisboa, da qual desiste dois anos depois para trabalhar como empregado de escritório. Torna-se escriturário da Federação Nacional dos Produtores de TrigoParticipa activamente nas lutas estudantis de 1937 a 1942, no contexto das quais adere em 1940 à Federação das Juventudes Comunistas e ao Partido Comunista Português. Em 1945 torna-se funcionário clandestino deste partido. Em 1946, está entre os militantes que participam no histórico IV Congresso do PCP. É-lhe atribuída a tarefa de funcionário do Movimento de Unidade Nacional Antifascista, que exerce por três anos enquanto faz o Serviço Militar. Nesse contexto, assegura o contacto regular com o General José Norton de Matos, presidente do Conselho Nacional deste Movimento, deslocando-se para esse efeito regularmente a Ponte de Lima onde este residiaOs pseudónimos de José Magro na clandestinidade seriam «Artur», e numa segunda fase, «Victor». Foi responsável pela edição de jornais ilegais destinados às Forças Armadas, entre eles A Voz do Sargento, A Voz do Soldado e A Voz do Oficial Miliciano, publicados pela Libertação Nacional, órgão do Conselho Nacional de Unidade Antifascista. José Magro é preso pela primeira vez em Janeiro de 1951. Julgado e condenado a três anos de prisão maior celular e suspensão de direitos políticos por 15 anos, é submetido regularmente a tortura violenta pelos funcionários da PIDE, sem nunca ceder a prestar declarações. Preso no Forte de Peniche, é um dos autores de uma tentativa de fuga através de um túnel, descoberta a 20 de Janeiro de 1954, que tem como consequência novos castigos É libertado em Fevereiro de 1957. Regressa à clandestinidade, sendo eleito no V Congresso Clandestino do PCP membro pleno do Comité Central. Viajando de Norte a Sul do país preparando as Eleições Presidenciais de 1958. É preso pela segunda vez em 1959 e uma vez mais sujeito a sucessivas torturas violentas às quais resiste sem fazer qualquer confissão. É condenado ao cúmulo jurídico de 10 anos de prisão, suspensão de direitos políticos por 15 anos, e medidas de segurança de seis meses a três anos prorrogáveis. Preso no Forte de Caxias, organiza a histórica fuga de Caxias de Dezembro de 1961na qual foi um dos oito militantes do PCP evadidos pela via de um carro Chrisler blindado de pertencente ao ditador António de Oliveira Salazar. De novo em liberdade, organiza clandestinamente as actividades anti-fascistas do dia 1º de Maio de 1962. Detido pela terceira vez a 24 de Maio de 1962 em São Domingos de Rana, só viria a ser libertado após a Revolução dos Cravos, no dia 27 de Abril de 1974, já com 54 anos, 21 dos quais passou na prisão . Retomando a sua posição como membro da Direcção da Organização Regional de Lisboa do PCP, é eleito deputado à Assembleia Constituinte e à Assembleia da República Portuguesa. Foi também responsável pela Direcção do PCP para as regiões autónomas dos Açores e da Madeira. Seria reeleito membro o Comité Central do PCP em todos os Congressos deste partido até 1980, ano em que faleceu, com a saúde deteriorada pelas privações vividas na prisão e na clandestinidade.

     

     

     

     

     

     


  • História do Ensino em Portugal (Desde a Fundação da Nacionalidade Até o Fim do Regime de Salazar-Caetano)

    História do Ensino em Portugal (Desde a Fundação da Nacionalidade Até o Fim do Regime de Salazar-Caetano) (€35.00)

    Rómulo de Carvalho – História do Ensino em Portugal(Desde a Fundação da Nacionalidade Até o Fim do Regime de Salazar-Caetano) – Fundação Calouste Gulbenkian – Lisboa – 1996.Desc.(962)Pág


  • A Censura de Salazar no Jornal de Notícias(Da Actuação da Comissão de Censura do Porto no Jornal de Noticias Durante o Governo de António de Oliveira Salazar)

    A Censura de Salazar no Jornal de Notícias(Da Actuação da Comissão de Censura do Porto no Jornal de Noticias Durante o Governo de António de Oliveira Salazar)(€13.00)

    Isabel Forte – A Censura de Salazar no Jornal de Notícias(Da Actuação da Comissão de Censura do Porto no Jornal de Noticias Durante o Governo de António de Oliveira Salazar) – Minerva Coimbra – Coimbra – 2000.Desc.(193)Pág.Br.


  • Vida e Obra de Salazar

    Vida e Obra de Salazar(Comemoração do 39.º Aniversario da Entrada de Salazar Para o Governo)(€15.00)

    Nuno Campos Tavares – Vida e Obra de Salazar(Comemoração do 39.º Aniversario da Entrada de Salazar Para o Governo) – Edição do Governo Civil de Aveiro – Aveiro – 27 de maio de 1967. Desc.(29)Pág.Br.


  • Oliveira Salazar, Filomeno da Câmara e o Império Colonial Português

    Oliveira Salazar, Filomeno da Câmara e o Império Colonial Português(€20.00)

    Cunha Leal – Oliveira Salazar, Filomeno da Câmara e o Império Colonial Português – Editor – O Autor – Composto e Impresso na Sociedade Gráfica Editorial – Lisboa – 1930.Desc,(178)Pág.Br.


  • A Monarquia é a Restauração da Inteligência

    A Monarquia é a Restauração da Inteligência

    Rollão Preto – A Monarquia é a Restauração da Inteligência – Tip. Soares e Guedes – Lisboa – 1920.Desc.(189)Pág.E

     

     

    Rollão Preto

    Francisco de Barcelos Rolão Preto (Gavião, Gavião, 12 de Fevereiro de 1893 — Lisboa, 18 de Dezembro de 1977) foi um dos fundadores do Integralismo Lusitano e líder dos Nacional-Sindicalistas. Estaria mais tarde ligado à Oposição Democrática ao Estado Novo.Filho de António Adolfo Sanches Rolão Preto, nascido no Fundão, Soalheira, a 18 de Abril de 1858, e de sua mulher Maria Rita Gaspar de Barcelos, da Terceira. Ainda estudante do liceu abandonou Portugal para se juntar a Paiva Couceiro, oficial monárquico que a partir da Galiza, nos anos de 1911 e 1912, tentou derrubar o regime republicano instaurado em Portugal. Estabeleceu-se na Bélgica onde se tornou secretário da revista Alma Portuguesa, o primeiro órgão do Integralismo Lusitano. Após ter terminado o curso liceal, no Liceu português de Lovaina, ingressou na Universidade Católica da mesma cidade, mas com o começo da Primeira Guerra Mundial foi para França, onde se licenciou em Direito, na Universidade de Toulouse. Regressado a Portugal começa a escrever para o jornal integralista A Monarquia, tornando-se seu diretor quando Hipólito Raposo é preso. Também colabora no jornal Ação realist(1924-1926). Ainda estudante do liceu abandonou Portugal para se juntar a Paiva Couceiro, oficial monárquico que a partir da Galiza, nos anos de 1911 e 1912, tentou derrubar o regime republicano instaurado em Portugal. Estabeleceu-se na Bélgica onde se tornou secretário da revista Alma Portuguesa, o primeiro órgão do Integralismo Lusitano. Após ter terminado o curso liceal, no Liceu português de Lovaina, ingressou na Universidade Católica da mesma cidade, mas com o começo da Primeira Guerra Mundial foi para França, onde se licenciou em Direito, na Universidade de Toulouse. Regressado a Portugal começa a escrever para o jornal integralista A Monarquia, tornando-se seu diretor quando Hipólito Raposo é preso. Também colabora no jornal Ação realist (1924-1926). Rolão Preto viveu perigosamente o  século XX. Foi homem de paradoxos: nos ficheiros da PIDE chamavam-no o “comunista branco” e o mesmo falava em fazer uma monarquia do “rei com os sovietes”. Não há qualquer contradição no pensamento de Rolão Preto, porquanto dentro das possíveis antinomias existe congruência. A revolução era o mecanismo necessário para voltar à tradição, fazendo justiça à etimologia deturpada, afinal “revolutio” significa voltar ao ponto de partida: a monarquia. Discípulo de Sorel e do nacional-sindicalismo, da Politique d’Abord de Maurras, soube inovar dentro dos movimentos clássicos da contra-revolução. Na biografia ficaram as andanças pelo Integralismo e pela Monarquia do Norte, perseguido na Primeira  e na Segunda República (condecorado na Terceira); improvisando uns gestos fascistas com os Camisas Azuis e o nacional-sindicalismo nos anos 30 e, nos anos 50, ainda apoia o desventuroso Delgado (mais por estratégia oposicionista do que convicção, acredito). Foi quase um Dom Quixote rumando contra os moinhos de vento da História; homem de altos ideais e convicções, ainda que nem sempre perceptíveis, mas sempre combativo e procurando a originalidade. Foi talvez o produto de um tempo de revolução que quis “viver perigosamente” e radicalmente, como denotam as palavras ao encerrar uma entrevista dada depois da revolução de 1974. Poucos hoje já seriam capazes de assumir com tanta frontalidade as ideias, de forma tão ousada e tão radical, era outro tempo certamente: “Nós fomos os mais revoltados possíveis no nosso tempo. E todavia quando foi preciso contribuímos com o nosso esforço, sofremos, fomos para a cadeia. É preciso que os novos estejam dispostos a ir para a cadeia. É preciso que sofram e saibam sofrer, como as outras gerações sofreram.”

     


  • Da Índia À Europa (Impressões Duma Viagem)(1947)

    Da Índia À Europa (Impressões Duma Viagem)(1947)(€25.00)

    Adolfo Costa – Da Índia À Europa (Impressões Duma Viagem) (1947) – Agência Geral das Colónias / Ministério das Colónias – Lisboa – 1949.Desc.(341)Pág.Br.Ilust