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  • Poesia Portuguesa Erótica e Satírica – Século XVIII – XIX

    Poesia Portuguesa Erótica e Satírica – Século XVIII – XIX (€50.00)

    José Martins Garcia (Selecção,Prefácio e Notas) – Poesia Portuguesa Erótica e Satírica – Século XVIII – XIX (Ilustrações de Capa de Henrique Manuel) – Fernando Ribeiro e Mello / Edições Afrodite – Lisboa – 1975.Desc.(371) Pág.E.Ilust.

    Fernando Ribeiro de Mello – Wikipédia, a enciclopédia livre
    Fernando Ribeiro e Mello (Ilustrações de Henrique Manuel)

    Manuel (Lisboa, 1945 — 1993) foi um desenhador, pintor e artista gráfico português Frequentou a Escola António Arroio, Lisboa. Viveu em Paris entre 1965 e 1969, onde trabalhou como porteiro em hotéis e segurança em bares. Dedicou-se ao desenho, ilustração, pintura, artes gráficas, publicidade. Expôs individualmente em Lisboa (Galeria 111; Galeria Opinião; Galeria Módulo; Galeria Novo Século) e Porto (Cooperativa Árvore; Galeria do Jornal de Notícias). Participou em mostras coletivas em Portugal e no estrangeiro, nomeadamente: 4 Pintores Portugueses, Aalst, Bélgica, 1974; Arte Portuguesa Contemporânea, Roma e Paris, 1976; Arte Portuguesa Contemporânea, Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, 1976-77; etc. Premiado na Bienal dos Jovens Artistas, Vila Nova de Famalicão, 1973. Ilustrou diversos livros, entre os quais: Nova Recolha de Provérbios e Outros Lugares-comuns Portugueses (ISPA – Instituto Universitário); Poesia Portuguesa Erótica e Satírica, Séc.XVIII – XIX (Edições Afrodite, 1974 e 1975).

    “A sua capacidade de efabular e de contar era notável no desenho, na conversa, na escrita também, numa espécie de narrativa bruta e desenfreada”. Foi autor de uma obra plástica corrosiva “em que o bem feito se encontra com o mal dito. […] Este homem aparentemente mal educado foi sempre o menino gordo dos seus desenhos dos anos 60 e que a essa mitologia de uma infância que ele recriava prodigiosa soube responder com um comentário violentíssimo do seu quotidiano adulto”.

    Antes e depois do 25 de Abril de 1974, Henrique Manuel brindou o país de Bordalo Pinheiro com uma mitologia pessoal, “repleta de erotismo e pornografia, mulheres e travestis, falos e encenações. […] Nos seus desenhos, nós, personagens de um país, surgimos de nariz vermelho e fálico, entre outras representações simbólicas como a salsicha, o chouriço, a banana, a baguette e o nabo. Surgimos cornudos, com máscaras, duas cabeças, […] troncos sem braços, pernas sem troncos, dispostos em teatros, circos, ringues, entre panos e estendais com roupa pendurada. Surgimos presos por cordas para não entrarmos em órbita, títeres em palco, funâmbulos desequilibrados com cabeça de porco, galinha, burro ou nabo. […] Afastando um pouco o olhar vemos as molduras dentro das molduras, reparamos que os desenhos possuem a sua própria boca de cena onde o Henrique nos revela o português tal e qual, em «polaroids» desenhadas”. Morreu prematuramente, aos 47 anos de idade, depois de uma vida de excessos, vivida “com uma intensidade proibída ao diabético que também era”.

     


  • Uma Mão Cheia de Nada Outra de Coisa Nenhuma

    Uma Mão Cheia de Nada Outra de Coisa Nenhuma (€50.00)

    Irene Lisboa – Uma Mão de Nada Outra de Coisa Nenhuma – Portugália – Lisboa – 1955.Desc.(198) pág.B.Ilust. de Pitum Keil Amaral (1.ª Ediçao)

     

     

    Irene Lisboa- biografia Irene do Céu Vieira Lisboa (Arruda dos Vinhos, 25 de dezembro de 1892 – Lisboa, 25 de novembro de 1958), foi uma escritora, professora e pedagoga portuguesa. Tem uma biblioteca com o seu nome em Arruda dos Vinhos. Irene Vieira Lisboa nasceu no Casal da Murzinheira, na freguesia de Arranhó, no concelho de Arruda dos Vinhos, no dia 25 de Dezembro de 1892. Foi escritora, professora e pedagoga portuguesa. Leccionou a Escola Normal Primária de Lisboa entre 1910 e 1914, onde criou e dirigiu o jornal estudantil Educação Feminina, publicado pela primeira vez em 1913, e rapidamente extinto pelo Conselho Escolar devido às críticas à escola. Ao concluir o curso, Irene Lisboa trabalha na escola do Beato, e depois na escola da Tapada da Ajuda. Entre 1929 e 1934 foi bolseira do Instituto Nacional de Educação, e continuou os estudos em Genebra, e depois em Bruxelas e Paris. Em Portugal especializou-se em Ciências de Educação.  Isto permitiu-lhe escrever várias obras sobre assuntos pedagógicos. Durante a estadia em Genebra, mercê de uma bolsa do Instituto de Alta Cultura, teve a oportunidade de conhecer Jean Piaget e Édouard Claparède, com quem estudou no Instituto Jean-Jacques Rousseau. Começou a vida profissional como professora da educação infantil. Em 1932 recebeu o cargo de Inspectora Orientadora do ensino primário e infantil. Como destaca Rogério Fernandes: «o programa de tal departamento desenhado por Irene Lisboa, reformulava de alto a baixo as funções de um órgão estatal até aí consagrado exclusivamente ao controlo ideológico, administrativo e disciplinar dos docentes.» Eis a razão porque Irene Lisboa foi afastada do cargo, primeiro para funções burocráticas – foi nomeada para o Instituto de Alta Cultura – e depois, em 1940, definitivamente afastada do Ministério da Educação e de todos os cargos oficiais, por recusar um lugar em Braga. Na verdade, foi uma forma de exílio para uma pedagoga incómoda pelas suas ideias inovadoras, que aplicavam o que aprendera no estrangeiro. Irene Lisboa dedicou-se por completo à produção literária e às publicações pedagógicas, depois de se reformar aos 48 anos. No entanto não foi livre na expressão dos seus pensamentos. «Restavam-lhe a imprensa, o livro, a conferência. Grande parte das suas intervenções tem, precisamente, esses suportes, mas convém não esquecer que o controlo censório exercido pela ditadura salazarista sobre a expressão pública do pensamento não lhe permitiu certamente a transmissão das suas opiniões com toda a claridade.» Isto levou-a adoptar pseudónimos para escrever as suas opiniões, nomeadamente João Falco, Manuel Soares e Maria Moira. Faleceu em Lisboa a 25 de Novembro de 1958, a um mês de cumprir 66 anos de idade.Os restos mortais da escritora foram, em 13 de Janeiro de 2013, trasladados do cemitério da Ajuda, em Lisboa, para o cemitério de Arruda dos Vinhos

     

    undefined Pires Keil do Amaral ou Pitum Keil do Amaral (Lisboa, 15 de março de 1935), é um arquiteto português. Entre 1978 e 1984 foi cooperante na República Popular de Moçambique, primeiro na Direção Nacional de Habitação, depois como especialista das Nações Unidas, nesse mesmo organismo e na Secretaria de Estado da Cultura. Coordenador de uma equipa que estudou o plano de salvaguarda da vila de Castelo Bom (1986). Chefe da Divisão de Estudos e Projetos, e técnico do Gabinete de Estudos Especiais da Câmara Municipal de Loures (1986-1994). Chefe de Divisão nos Serviços Técnicos da Câmara Municipal de Nelas (1994-2005). Fez algumas incursões pelo teatro amador, como autor, ator e encenador. Participou como ator em dois filmes do realizador José Fonseca e Costa: Kilas, o mau da fita e Os cornos de Cronos. Participou em programas de TV (geralmente com a colaboração da família) como o concurso A Visita da Cornélia (que lhe deu particular visibilidade), A loja do Mestre André, Vamos dormir e Histórias de encantar. Foi um dos fundadores da associação cultural A Casa Velha, em Maputo, e A Vacaria Prodigiosa, em Sacavém. Foi um dos participantes (com Lourdes Castro e René Bértholo, entre outros) da «fotonovela» O amor que purifica. Organizou exposições e instalações de arte, arquitetura e outros temas, nomeadamente uma exposição itinerante sobre a história da bandeira portuguesa, intitulada Em busca da bandeira da República. Foi professor do Ensino Preparatório (1957-1960). Professor Assistente do curso de arquitetura da Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa (1971-1972). Professor do curso de arquitetura da Universidade Católica Portuguesa, polo de Viseu (2004-2010). É Presidente do Secretariado do Núcleo de Arquitetos da Região de Viseu, Ordem dos Arquitetos (desde 2008). Personalidade multifacetada, Pitum Keil do Amaral tem dividido a sua atividade entre a arquitetura e uma grande diversidade de outras áreas. Dedicou-se ao ensino, à ilustração, e também, embora de forma mais esporádica, ao cinema, teatro e televisão (onde pode destacar-se a sua participação no programa A Visita da Cornélia. Filho de Maria Keil e Francisco Keil do Amaral. Fez o curso de Ciências Pedagógicas na Universidade de Coimbra (1957) e formou-se em arquitetura na Escola de Belas-Artes de Lisboa em 1961. Exerce a arquitetura em profissão liberal desde 1958. Arquiteto na Metalúrgica Duarte Ferreira (1958-1967). Foi um dos principais colaboradores do Gabinete de Planeamento Urbano da Câmara Municipal do Funchal (1969-1970) e também do gabinete de Planeamento Territorial do Distrito de Ponta Delgada, S. Miguel, Açores (1973-1974), dirigidos pelo arquiteto José Rafael Botelho. Coordenador de uma equipa S.A.A.L. do Fundo de Fomento da Habitação, para a recuperação de três bairros degradados do Concelho de Loures (1974-1976), de uma equipa que estudou a renovação do Bairro do Castelo em Lamego (1977-1978), e de uma equipa que estudou o plano de salvaguarda da vila de Castelo Mendo (1978).