(1) – Autores – Boletim da Sociedade de Escritores e Compositores Teatrais Portugueses – O que os Interessados Devem Fazer Para ser Administrados pelo S.E.C.T.P / Aquilino Ribeiro – Camões e os Seus «Direitos de Autor» / A S.E.C.T.P e a Sua Acção nas Nossas Províncias Ultramarinas / Augusto de Castro – «José Maria» / José Galhardo – O Direito de Autor / Natércia Freire – «Rapsódia Portuguesa / O Fidalgo Aprendiz de D. Francisco Manuel de Melo Inspirou o «Bourgeois Gentilhomen» de Mollière / Luis Francisco Rebello – o papel do Actor / O Centenário de Ferreira da Silva / O Primeiro Texto em Língua Portuguesa, Com Autoridade, de uma Convenção Multilateral / Artur Inês – Uma Tarde com o Maestro Calderon / Laura Chaves – Personalidade / Carlos Selvagem – A Figura e a Obra de Marcelino Mesquita / Roberto Nobre – Encenação para o Palco e Para a Tela / Tomaz Ribas – A Escola de Bailado Clássico do Teatro Nacional de São Carlos / A Estreia de Félix Bermudes / Aqui Entre Nós… / A Inspecção dos Espectáculos e a Propriedade Intelectual
(2) – Autores – Boletim da Sociedade de Escritores e Compositores Teatrais Portugueses – Julio Dantas / da Criação Intelectual Como o Salazar Prepara os Seus Discursos (Segundo as Suas Confidencias) / Dois Cenários / José Galhardo – O Direito de Autor / Conferencia Diplomática de Munique / Ramada Curto – D. João da Câmara / a Estreia de Fernando Santos / Eurico Serra – O Cinemas e a Juventude / Sousa Costa – O Prólogo de Um Grande Drama / “A Severa” Uma Peça Célebre / Eduardo Scarlatti – Bergson e o Mecanismo do Cômico / A Despedida de Teresa Gomes / António Manuel Couto Viana – Teatro Infantil / Aqui Entre Nós… / O Teatro Brasileiro / Estreias de Temporada / Emilio Duque – Porque Fiz e Como Fiz a Adaptação de «O Primo Basílio»
(3) – Autores – Boletim da Sociedade de Escritores e Compositores Teatrais Portugueses – A Força do Direito / Schwalbach Evocação Por Júlio Dantas / No Centenário de Teixeira Gomes / Da Criação Intelectual Deve ou Não o Escritor ser Responsável pela sua Obra? A Opinião de Augusto de Castro / Comentário a Novíssima Legislação Administrativa Sobre Espectaculos Públicos / José Galhardo – O Direito de Autor / A Estreia de Arnaldo Leite / Aqui Entre Nós… / O «Travesti» no Teatro / Confidências de Joray Camargo / Carlos Selvagem – A História de «Entre Giestas» / Luis Teixeira – O Bom Tempo de Outrora / Oliveira Martins Dramaturgo / Joaquim de Oliveira – O que Foi o “Teatro Novo” no Tivoli há 35 Anos / Bernardo Santareno – de Um Certo Teatro e de Um Certo Público… / O que é a Cinemateca Nacional / a Menina Televisão
(1) – Revista / Março de 1985 – n.º1 – O Traçar do Rumo – Fernando Cristovão / Homenagem ao Instituto de Alta Cultura – lídio do Amaral / A Praça do Príncipe Real e os Vários Prédios que o Circundam – Eduardo Martins Bairrada / Para Uma Perspectiva da Cultura Portuguesa – Fernando de Mello Moser / Uma Personalidade, Um Tempo, Uma Obra – Fernando Namora Fala a Maria Alzira Seixo / Inter-Bruxo: Um Analisador Ortográfico Interativo para o Português – Pedro Guerreiro / Homem de saber e de Fé: Padre Manuel Antunes: – A. L. de Sousa Franco / O Tratamento Lexicográfico de Texto africano em Língua Portuguesa. O «Africanismo» – Carlos Alberto Antunes Maciel / a Universidade de Coimbra Acolheu Tancredo Neves / Academia das Ciências de Lisboa / In Memoriam… / Evocações Pessoanas / Prémios e Condecorações – Instituto de Cultura e Língua Portuguesa (ICALP) – Lisboa – 1985. Desc. 118 pág / 23 cm x 16,5 cm / Br. Ilust «€15.00»
(2) – Revista / Agosto – Dezembro de 1985 – n.º2 & 3 – Linguagem e Ciência – Harald Weinrich / Gramática Pastrane Um Apontamento Bibliognóstico – Justino Mendes de Almeida / Uma Personalidade, Um Tempo, uma Obra – Luis Archer Fala a Maria de Lurdes Belchior / Questões Sobre a Cultura Portuguesa – Respostas e Prof. Dr. José Sebastião da Silva Dias / Língua e Cultura Portuguesa no Mundo – Fernando Cristóvão / Das Geometrias Labirínticas – Lima de Freitas / Linguagem e Celebração Religiosa – Albino Mamede Cleto / Letra da Lei em Tradução – José Pestana / Sociedade da Língua Portuguesa / Homenagens / Língua e Literatura na Universidade dos Açores – Instituto de Cultura e Língua Portuguesa (ICALP) – Lisboa – 1985. Desc. 176 pág / 23 cm x 16,5 cm / Br. Ilust «€15.00»
(3) – Revista / Julho de 1986 – n.º 5 – Unidade da Língua Portuguesa / Maria Helena Mira Mateus – Bases Analíticas da Ortografia Simplificada da Língua Portuguesa de 1945, renegociadas em 1975 e consolidadas em 1986 / Unificação ortográfica da Língua Portuguesa – João Malaca Casteleiro / A hora e a vez da Língua Portuguesa – Fernando Cristóvão / Um juízo sobre o novo Acordo Ortográfico – Ivo de Castro / As origens do novo acordo – Luís F. Lindley Cintra / O Acordo Ortográfico na praça pública A Língua dos «Infantes» – Eduardo Prado Coelho / Humortográfico / Ortografia e Ortografia Portuguesa – José Gonçalo Herculano de Carvalho / Notícia sobre a elaboração da Terminologia Científica e Técnica da Língua Portuguesa / Maria Elisa Macedo Oliveira – Uma Personalidade, Um Tempo Uma Obra – José de Matos / Cruz fala de Cinema Português / Fernando Pessoa e os meandros da Solidão – António Mateus Vilhena / O Universo Telúrico de Aquilino Ribeiro (II) – Antonio Valdemar / UMA INSTITUiÇÃO, UMA HISTÓRIA Os Jardins-Escolas João de Deus – Um Centro Cultural, Um · Método, Uma Cartilha / Do ensino do Latim na actualidade – Maria Helena da Rocha Pereira / Foi a Espanha quem descobriu o Brasil? – Um depoimento a Espanha quem descobriu o Brasil? – Um depoimento descoberta do Brasil – Luís de Albuquerque / Prémios literários em Portugal – Dulce Matos / O aniversário do Tratado de Windsor / Baquero Moreno – Instituto de Cultura e Língua Portuguesa (ICALP) – Lisboa – 1986. Desc. 168 pág / 23 cm x 16,5 cm / Br. Ilust «€15.00»
Romeu Correia – Bocage «Cronica Dramática e Grotesca em Duas Partes e um Prólogo» – Editora Ulisses – Lisboa – 1965. Desc. 160 pág / 18 cm x 11,5 cm / Br.
( ) – Anais II Série Volume 2 – Eduardo Brasão – O Tratado de Limites de 1750 e as as Suas Consequências / Conde de São paio (D. Antonio) . a memoria de António Ferreira de Serpa / Carlos Viegas Gago Coutinho – Quirino da Fonseca / Carlos Viegas Gago Coutinho – Discussão Sobre a Rota Seguinte por Vasco da Gama Entre Santiago e S. Brás / Augusto Vieira da Silva – Acção do Castelo de Lisboa nas Guerras em Portugal / Carlos Viegas Gago Coutinho – Abel Fontoura da Costa / Carlos Viegas Gago Coutinho – Dedução Técnica da Rota que, Mais provavelmente, Vasco da Gama seguiu no Atlântico em 1497 / William James Entwistle – Nun’ Álves e a Defesa de Portugal / Carlos Viegas Gago Coutinho – Primeiras Travessias Atlânticas / Augusto da Silva Carvalho – Um Agente de Portugal em França, Francisco Mendes de Góis / Augusto da Silva Carvalho – Gomes Brito, Olisipógrafo / Hans W. Hartmann – Les Relations entre Le Portugal Et La Suisse a Travers les Siècles / Mário Luís de Sampaio Ribeiro – Do Sítio do Restelo e Suas Igrejas de Santa Maria de Belém / Mário Luís de Sampaio Ribeiro – Da Inconsequência Paradoxal de Oliveira Martins / Robert Ricard – Les Places Luso-Marocaines Et Les Iles Portugaises de L’Atlantique / Eduardo do Couto Lupi – A Campanha Contra o Gungunhana – 1º Cinquentenário / José Justino Teixeira Botelho – os Propósitos Colonialistas da Academia Real da História Portuguesa / Eduardo do Couto Lupi – Subsidio Para a História de Moçambique – 1502-1580 / Eduardo do Couto Lupi – D. João II e Cristóvão Colombo – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMXLIX/1949. Desc. [508] pág + [24] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.
( ) – Anais II Série Volume 3 – Augusto da Silva Carvalho – Estudos Relativos a Restauração / José Maria Cordeiro de Sousa – Alguns Documentos da Torre do Tombo Referentes aos Filhos de João de Albuquerque / Domingos Maurício Gomes dos Santos – Vicissitudes da Obra de Cristóvão Borri / António Baião – Cartas Inéditas de D. Jerônimo Osório / Marques de São Paio – Operações Militares na Província de Trás-os-Montes nos reinados de D. Fernando e de d. João I / Luís Pina – pedro Hispano e Arnaldo de Vilamoura no Educação Médica Popular Hispânica – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLI/1951. Desc. [337] pág + [10] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.
( ) – Anais II Série Volume 4 – José Saraiva – Os Painéis Chamados de S. Vicente / Augusto da Silva carvalho – a Rainha D. Amelia e a assistência Pública em Portugal / Joaquim Figanier – Um Possível Governador da índia em 1515 / António Silva Rego – Duarte Catanho, Espião e Embaixador (1538-1542) / Gastão Matos – Sobre o «Regimento de Guerra» Quinhentista / Miguel de Oliveira – Os Próprios Litúrgicos de Portugal / Marcelo Caetano – Lisboa na Crise de 1383 7 António Baião – herculano Inédito – Correspondência de Faustino Xavier de Novais – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLIII/1953. Desc. [290] pág + [2] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.
( ) – Anais II Série Volume 7 – Domingos Maurício Gomes dos Santos – A Última Carta do Infante Santo e a Falência do Seu Resgate / Antonio Baião – Herculano e Gomes Monteiro / António Cruz – a Conquista do Porto em 1809 (Notas Fontes Para a História das Invasões Francesas / Marques de São José – O Testamento do Inquisidor Geral e serenismo Senhor Dom José / António Baião – Alexandre Herculano Como Presidente da Câmara de Belém / António Baião – Alexandre Herculano Como Rendeiro da Horta do Galvão / Artur de Magalhães Bastos – estado actual dos Principais Problemas que a «Cronica de 1419» Tem Levantado / Carlos de Passos – Relações Históricas Luso-Italianas / Augusto Botelho da Costa veiga – Três Temas Históricos (Século XII) – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLVI/1956. Desc. [349] pág + [26] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.
( ) – Anais II Série Volume 8 – António Baião – Herculano e Camilo / Afonso do Paço – A Academia Real da História Portuguesa e a Sua Lei de Protecção e Monumentos Arqueológicos / Afonso do Paço – castro de Vila Nova de S. pedro – X-Campanha de Escavação de 1956 (20.ª) / Virgínia Rau – A Embaixada de Tristão de Mendonça Furtado e os arquivos Notariais Holandeses / Joaquim Figaner – Moedas Árabes do Século XII Encontradas no Concelho de Sesimbra / Marques de São Paio – O Tenente General 1.º Marques de São Paio (1762-1841) / I. da Costa Brochado – Tentativas de Canonização de El-Rei D. Afonso Henriques – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLVI/1956. Desc. [368] pág + [9] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.
( ) – Anais II Série Volume 10 – António Baião – Um Fidalgo Quinhentista e o Seu Curioso Testamento / Conde de Tovar – O Padre António Brásio e as Razões de João das Regras / José maria Cordeiro de Sousa – As Inscrições Lapides do Mosteiro de Odivelas / Eugénio de Andrea da Cunha e Freitas – A Vida e Obra do Dr. Gaspar Dias Fernandes, Médico, Poeta e Filósofo / Conde de Tovar – A Legitimidade dos Filhos de D. Inês de Castro / Torquato de Sousa Soares – O Foral Concedido a Coimbra, Santarém e Lisboa em 1179 / António Brasio – Prisão do Mestre de Avis Por D. Leonor Teles / Raúl da Costa Couvreur – Cronologia das Moedas de D. João III / Vergílio Alves Correia Filho – Elogio do Professor Doutor Francisco José de Oliveira Viana – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLX/1960. Desc. [242] pág + [4] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.
( ) – Anais II Série Volume 11 – António Meireles Souto – Portugal em Gripsholm / Augusto Cardoso Pinto – Problemas Bibliográficos das «Ordenações Manuelinas» – As variantes da Impressão de 1539 / Conde de Tovar – O Arquivo do Conselho de Estado / Gastão de Melo de Matos – Nota Sobre a Difusão do Teatro espanhol em Portugal / Eugénio Andrea da Cunha e Freitas – Mestres Biscanhos na matriz de Vila do Conde – João de Rianho, Sancho Garcia, Rui Garcia e João de Castilho / António Brásio – A Argumentação de João das Regras nas Cortes de Coimbra de 1385 / António Brásio – Os Casamentos de D. Pedro I e o Auto das Cortes de 1385 / Conde de Campo Belo – Uma Figura da Restauração – João de Melo Feio / Conde de Tovar – A Infante Desconhecida Que Jaz no Sé de Lisboa – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLXI/1961. Desc. [313] pág + [7] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.
( ) – Anais II Série Volume 12 – Gastão de Melo de Matos – Considerações tácticas Sobre a Batalha de Aljubarrota / António Brásio – o Problema da Sagração dos Monarcas Portugueses / João Albino Pinto Ferreira – A Amizade Luso-Espanhola no Século XVIII (1746-1760) / Marquês São-Paio – O Conde D. Henrique de Borgonha e o Conde D. Raimundo Seriam Parentes ou Não, e Como? / António Brásio – Duas Notas Marginais ao Problema do Casamento de D. Pedro com D. Inês de Castro / Afonso do Paço – Em Torno de Aljubarrota. I – Problema dos Osso dos Combatentes da Batalha / Alexandre de Lucena e Vale – Príncipe, Titulares do Senhor de Viseu / Eugénio Andrea da Cunha e Freitas – Gerações Medievais Portuguesas – Cavaleiros e Escudeiros do Casal / Alexandre de Lucena e Vale – O Enigma Duma Pedro de Armas / Rui Pinto de Azevedo – Riba Coa Sob o Domínio de Portugal no reinado de Afonso Henriques – o Mosteiro de Santa maria de Aguiar, de Fundação Portuguesa e não Leonesa – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLXII/1962. Desc. [298] pág + [13] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.
( ) – Anais II Série Volume 14 – Hélio Viana – Elogio do Dr. Gustavo Barroso / António Meireles do Souto – Vestígios Portugueses em Terras Estrangeiras / José Pedro leite Cordeiro – Elogio do Dr. Alberto Lamego / Eugénio Andrea da Cunha Feitas – Documentos Para a História do Brasil – Uma Carta Inédita de Tomé Joaquim da Costa Corte-Real Para Sebastião José de Carvalho e Melo / Joaquim Veríssimo Serrão – D. Sebastião a Luz dos Seus Itinerários / Armando Nobre de Gusmão – Cantores e Músicos em Évora nos Anos de 1542 a 1533 / Alexandre de Lucena e Vale – Rectificação ao Estudo Príncipes, Titulares do Senhor de Viseu / Afonso do Paço – Castro de Vila Nova de S. Pedro – XIV – Vida Econômica – XV – O Problema Campaniforme – XVI – Metalurgia e Análises Espectográficas / Damião Peres – O Cabo Dobrado Por Gil Eanes em 1434 Foi o Bojador – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLXIV/1964. Desc. [184] pág + [15] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.
( ) – Anais II Série Volume 18 – Eugénio Andrea da Cunha e Freitas – D. António de Azevedo, Comendatário de Bustelo. O Seu Testamento (1596) / José Filipe Mendeiros – O Oliventino Sebastião do Couto, Mestre Insigne da Universidade de Évora e Alma das Alterações de 1637 / António Rodrigues Cavalheiro – Júlio de Castilho Mestre de Príncipes / Joaquim Alberto iria – O Grande Piloto Álvaro Esteves (Novas Achegas Para a Sua Biografia) / Eugénio Andrea da Cunha e Freitas – Documentos para a História do Brasil – II – «Relação do que tem Acontecido na Prasa da Colonia do sacramento Desde no Mez de Setembro de 8 de Dezembro de 1735 / Artur césar Ferreira Reis – Elogio do Eng.º Afonso Taunay / José de Castro – O cardeal D. Miguel da Silva – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLXIX/1969. Desc. [184] pág + [15] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.
( ) – Anais II Série Volume 19 – Fernando Castelo-Branco – Aspectos e Problemas da Crise de 1383 / Fernando Castelo-Branco – Eugênio de Castro Historiador / António Meireles de Souto – O Infante Santo e os Jerônimos / José Lopes Dias – Tópicos Ambienciais e Humanos Para a história Cultural e Política da Beira Baixa / Avelino Teixeira da Mota – A Malograda Viagem de Diogo Carreiro a Tombuctu em 1565 / António Meireles do Souto – Artistas Portugueses na Catalunha / Alexandre de Lucena e Vale – No Quarto Centenário de João de Barros – De Como Até Hoje se Não Viu Que o Panegírico da Infanta, na Sua Concepção e Contexto, na Generalidade e Pormenor, e Afirmação Incontestável de Ser Viseu a Terra na Naturalidade de João de Barros / Eugênio da Cunha e Freitas – René de Grenoble – Um Mercador Francês no Porto Seiscentista / Fernando castelo-Branco – Escravatura e o Pretenso Racismo dos Portugueses / António Luís Gomes – a figura Erudita e Benfazeja de d. Teodósio II, Duque de Bragança (Alguns dados Inéditos dos Arquivos da Fundação da Casa de Bragança em Vila Viçosa – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLXX/1970. Desc. [272] pág + [8] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.
( ) – Anais II Série Volume 20 – António Meireles Souto – Mestre Português de retábulo Catalães / Marquês de São-Paio – O Conde D.Henrique em Toledo, em 1101 / Fernando Castelo-Branco – Subsídios para a História da «Academia Real da História Portuguesa» / Agostinho Ferreira Gambetta – Regimento Dado Por D. Manuel I a Casa da Moeda de Lisboa, em 1498 / Idalino da Costa Brochado – Rectificação de Um Apelido / Eugênio Andrea da Cunha e Freitas – António de faria de Sousa, o da «Peregrinação» / Isaias da Rosa Pereira – Sínodo Diocesano de Évora de 1534 / Antonio Joaquim Dias Dinís – a Prelazia «Nullius Dioecesis Português Até 1460 – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLXXI/1971. Desc. [270] pág + [11] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.
( ) – Anais II Série Volume 21 – Francisco José Caeiro – Reabilitação do Historiador Seis centrista D. Agostinho Manuel e Vasconcelos / José Lopes Dias – Apontamentos Sobre a Vida e Obras do Fundador do Museu de Castelo Branco Francisco Tavares de Proença Júnior / António Meireles do Souto – Xiraz na História de Portugal / Agostinho Ferreira Gambetta – André Pires – Seu Mistério, sua Vida e Obras (1475-1549) / Fernando Castelo-Branco – Portugal Quinhentista Visto Através das Cartilhas Para Ensinar a Ler / Alexandre de Lucena e Vale – Das Ambiguidades do «Numeramento» e do Comento dos Seus Valores Numéricos / Luís de Albuquerque – a «Aula de Esfera» do Colégio de Santo Antão no Século XVII / Agostinho Ferreira Gambetta – D. Isabel de Portugal – História Maravilhosa da Imperatriz – 1503-1539 (1500-1548) / Eugênio Andréa da Cunha e Freitas – Documentos Para a História do Brasil – III – Notícias da Baía, em 1625 / Manuel Faria dos Santos – Moedas Hispânicas Recolhidas na Cabeça de Vaiamonte (Monforte, Alto Alentejo) / Isaías da Rosa Pereira – Estatutos do Cabido da Sé de Évora (1200-1536) / Fernando Castelo-Branco – Tentativa de Criação de Uma Universidade no Brasil, no Século XVII – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLXXII/1972. Desc. [631] pág + [20] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.
( ) – Anais II Série Volume 22 – Francisco José Caeiro – Mobéis do Povo Português na Revolução Nacional de 1383-1385 / Fernando Castelo-Branco – Problemática do Tratado de Tordesilhas / Agostinho Ferreira Gambetta – Ceitis de D. Afonso V – Sua Origem e Evolução / Eurico Gama – O Acadêmico Supranumerário Estêvão da Gama de Moura e Azevedo, Governador da Praça de Campo maior (1672-1741) / Eugênio da Cunha e Freitas – A Restauração na Ilha da Madeira – Documentos Inéditos / Manuel Farinha dos Santos – Fíbulas Recolhidas na cabeça de Vaiamonte (Monforte, Alto Alentejo) / Joaquim Veríssimo Serrão – Caminhos Portugueses de Santiago – Séculos XII-XVI / Fernando Castelo-Branco – Directrizes da Metodologia Historiográfica da Academia Real da História Portuguesa / Isaías da Rosa Pereira – A «Pecia» em Manuscritos Universitários – Estudo de Três Códices Alcobacenses dos Séculos XIII e XVI / Domingos Maurício Gomes dos Santos – O «Abbé Platel» Mercenário de Pombal – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLXXIII/1973. Desc. [305] pág + [44] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.
( ) – Anais II Série Volume 23 [Tomo I ] – Alberto Iria – O Algarve e a Andaluzia no Século XV – Documentos Para a Sua História / José Montalvão Machado – O Advogado Que Introduzio a Medicina Legal em Portugal / Isaías da Rosa Pereira – O Processo de Damião de Góis na Inquisição de Lisboa (4 de Abril de 1571 – 16 de Dezembro de 1572) / António Brásio – O Dr. João das Regras, Prior da Colegiada de Santa Maria da Oliveira, de Guimarães / Eduardo dos Santos – A Questão da Barca «Charles et Georges» / Eurico Gama – o Testamento do Padre Gil Eanes Pereira, de Elvas, Missionário da índia de 1570 a 1614 / Fernando Castelo-Branco – Os Portos da Enseada de S. Martinho e o Seu Tráfego Através das Tempos / Agostinho Ferreira Gambetta – História do Tostão de Ouro, do Meio Tostão de Prata e Outros Sucessos do Ano de 1517 / Luís Bivar Guerra – Processos Crime da Inquisição e os de Habilitação do Santo Ofício Como Fonte Histórica – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLXXIII/1975. Desc. [327] pág + [5] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.
( ) – Anais II Série Volume 24 [Tomo II] – Marques de São-Paio – Um Português no Século XIV Que Durante Anos Governou Castela – D. João Afonso de Albuquerque e de Como Ganhamos e Perdemos a Vila de Albuquerque / Fernando de Almeida – As Ruínas Romanas e Visigóticas de Idanha-a-Velha / Luís Ribeiro Soares – O Banco de D. Diogo Preston – Novas Achegas Para a Sua História / Isaías da Rosa Pereira – Processos de Feitiçaria e de Bruxaria na Inquisição de Portugal / José Augusto França – História e Imagem / Idalino da Costa Brochado – O Povo Eleito na História da Civilização / Humberto Baquero Moreno – A Vagabundagem nos Fins da Idade Média Portuguesa / T. Montalvão ‘Machado – Alguns Aspectos da Vida e Obra de Ribeiro Sanches / António da Silva Rego – Macau Entre DUAS Crises (1640-1688) – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLXXVII/1977. Desc. [334] pág + [6] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.
( ) – Anais II Série Volume 25 – José Pires Gonçalves – Monsaraz de Reconquista / Luís Bivar Guerra – a investigação Histórica, Suas Dificuldades, seus Problemas e Alguns Exemplos / Luís Ribeiro Gomes – O Insólito Doutoramento de Pedro Margalho em Valhadolide (1517) / António Alberto Banha de Andrade – Conspeto Sócio-Econômico de Uma Vila Alentejana da Renascença / Túlia Espanca – Oficinas e Ciclos de Pintura em Évora no Século XVI / Humberto Baquero Moreno – A Contenda Entre D. Afonso V e os Reis Católicos: Incursões Castelhanas no Solo Português de 1475 a 1478 / Eurico Gama – A Academia dos Aplicados Elvenses / Alberto Iria – Evocação de Júlio Dantas no 1.º Centenário do seu Nascimento. Duas Raridades Bibliográficas do Médico Militar / Conde Campo Belo – A Terra de Gaia-a-Pequena / Armando de Jesus Marques – Conselheiros Portugueses na Universidade de Salamanca (1505-1506) / Manuel Farinha Santos – Oficina Monetária Lusitano-Romana de Mérida e a Sua Representação no Museu de Évora / Roberto Gulbenkian – Os Quatro Evangelhos em Persa da Biblioteca Nacional de Lisboa. O Grão Mogol, os Jesuítas e os Armênios – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLXXIX/1979. Desc. [519] pág + [22] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.
( ) – Anais II Série Volume 26 [Tomo I] – D. António Xavier Monteiro – A Acção dos Bispos lamecenses nos Concílios Peninsulares Visigóticos / José Pires Gonçalves – Alguns aspectos das Campanhas de Giraldo Sem Pavor no região do Guadiana / Justino Mendes de Almeida – Testemunhos epigráficos Acerca do Antropônimo «VIRIATVS» / António Garcia y Garcia – En Torno a La Canonistica Portuguesa Medieval / Luís Ribeiro Soares – Pedro Margalho e Francisco de Vitória nas Juntas de Valhadolide Para Apreciação das Obras de Emrasmo 81527) / António Joaquim Dias Dinis – Panorama Histórico de «Monumenta Henricina» / Eduardo dos Santos – Cultura Civilização / Vitor manuel Braga Paixão – Câmara dos Pares / j. T. Montalvão Machado – A Doença que Vitimou Herculano – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLXXIX/1979. Desc. [334] pág + [1] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.
( ) – Anais II Série Volume 26 [Tomo II] – António Alberto Banha de Andrade – Subsídios Para a História da Arte no Alentejo – Reconstrução da Matriz e Construção das Igrejas do Hospital Velho e da Misericórdia de Monte-Mor-o-Novo Com o Roteiro da Arte Gótica e Manuelina do Concelho / Virgílio Arruda – Luís Montês Matoso, Historiador e Jornalista (Uma Vida Por Conhecer e Uma Obra Por Publicar) / António Luís Gomes – A Princesa Isabel, a Redentora – Redentora dos Filhos dos Escravos / Stefan Pascu – A Formação dom Povo Romeno e da língua Romena / Mihai Berza – l’IDée Romaine Et Sa Fonction Dans La Société Roumaine Aux XVII-XIX Siecles / António Cruz – Quadros da Vida Social e Econômica da Cidade do Porto no Século Quinze / Peter Russell – Problemas Sócio-Linguísticos Relacionados Com os Descobrimentos Portugueses no Atlântico Africano / Manuel Farinha dos Santos – Estudos de Pré-História em Portugal de 1850 a 1880 / Francisco da Gama Caeiro – Livros e Livreiros Franceses em Lisboa, nos Fins de Setecentos e no Primeiro Quartel do Século XIX / Roberto Gulbenkian – Relações Históricas Entre a Armênia e Portugal na Idade Média Até o Fim do Século XVI / Eduardo Brasão – João XXI o Único Papa Português (1276-1277) – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLXXX/1980. Desc. [403] pág + [6] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.
( ) – Anais II Série Volume 27 – José Pires Gonçalves – As «Arrábidas» de Mértola e Juromenha / José de Azevedo Perdigão – A História e o Contemporâneo / Francisco santana – D. Pedro de Alcântara e um Candidato a Agente Secreto / V. M. Braga Paixão – Quatro Presidentes da «Junta da Casa de Bragança» / José Augusto Alegria – mateus D’Aranda Mestre da Capela da Sé de Évora e Lente de Musica dos Estudos Gerais de Coimbra / Manuel Farinha dos Santos – Antropologia Pré-Histórica em Portugal / Francisco Leite de Faria – Os Capuchinhos em Portugal e no Ultramar Português / V. M. Braga Paixão – A Terceira Imperatriz / Isaías da Rosa Pereira – Um Processo Inquisitorial Antes de Haver Inquisição / Juan de Mata Carriazo – La Conquista de Ceuta em la «Cronica de Juan II de Castilla» de Alvar García de Santa Maria / Francisco de Assis de Oliveira Martins – Evocação do Centenário da Primeira Expedição Cientifica Portuguesa a África (De Benguela as Terras de Iacca) / António Alberto Banha de Andrade – Antecedentes da Travessia de África / Virgílio Arruda – Evocação de Sá da Bandeira / Alberto Iria – Evocação do Dr. P. M. Laranjo Coelho Junto a casa Onde Viveu em Castelo de Vide – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLXXXI/1981. Desc. [420] pág + [3] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.
( ) – Anais II Série Volume 28 – J. T. Montalvão Machado – Alguns Acontecimentos Esquecidos do Tempo do Rei D. Fernando / Jorge Segurado – Da Arquitectura da Renascença a do Barroco / Frédéric Mauro – L’Evolution de La Sciense Historique Française / Mário Costa Roque – A «Peste Grande» de 1569 em Lisboa / José Filipe Mendeiros – Cunha Rivana e o Padroado Português no Oriente / V. M. Braga Paixão – Ainda a Presença de Cunha Rivana na Índia Portuguesa / Armando jesus Marques – Retratos Luso-Salmantinos / Francisco Leite Faria – Difusão Extraordinária do Livro de Frei Tomé de Jesus / Salvador Dias Arnaut – O Castelo de Germanelo / Francisco de Sales Loureiro – O Tempo de D. Sebastião – Um Hiato na Historiografia do Séc XVI: A Jornada Régia de 1573 / Isaías da Rosa Pereira – Lucas Giraldi, Mercador Florentino, na inquisição de Lisboa / V. M. Braga Paixão – A Poucos Meses da Subversão / José de Azevedo Perdigão – Calouste Gulbenkian na História Contemporânea de Portugal / José Matoso – S. Martinho de Dume e as Correntes Monásticas da Época / António Brásio – S. Martinho de Dume Missionário e Moralista / Luís Ribeiro Soares – S. Bento Visto de Dume – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLXXXI/1981. Desc. [390] pág + [14] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.
Luis Piçarra – Instantâneos da Minha Vida – Memorias – Edição de Autor – Lisboa – 1991. Desc. 254 pág / 21 cm x 15 cm / Br . Ilust. «Autografado»
Luís Raul Janeiro Caeiro de Aguilar Barbosa Piçarra Valdeterazzo y Ribadenayra, mais conhecido como Luís PiçarraComIH (Santo Agostinho, Moura, 23 de junho de 1917 – Lisboa, 23 de setembro de 1999), foi um cantor português. Filho de Luís da Costa de Aguilar Barbosa Piçarra e Luísa Maria Caeiro. Seu pai, grande proprietário, possuía terras em Moura, Oeiras e Carcavelos onde se dedicava à produção de vinho. Pelo seu avó materno, Manuel Caeiro Gonzalez, descendia do irmão do 1º Marquês de Valdeterrazo, que foi Presidente do Conselho de Ministros de Espanha (1840-1841). Ficou conhecido principalmente por ter sido autor do segundo e atual hino não oficial do Sport Lisboa e Benfica, “Ser Benfiquista”. Frequentou os dois primeiros anos de Arquitetura da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, curso que interrompeu em 1937 para se dedicar a uma carreira musical sem igual em Portugal. Ainda durante os tempos do Liceu, Luís Piçarra havia atuado nos Coros da Ópera Nacional, tendo sido, na altura aconselhado, pelo maestro italiano Alfredo Podovani a aprofundar os seus estudos na área do canto, conselho idêntico que lhe fez pouco tempo depois o maestro napolitano Francesco Codivila que dirigia os coros do Coliseu dos Recreios. E foi assim que ele chegou aos professores de canto Fernando de Almeida e Hermínia de Alargim, que foram o trampolim para a sua estreia na ópera “O Barbeiro de Sevilha” de Gioachino Rossini, levada a cena na Academia dos Amadores de Música de Lisboa, onde o cantor foi recebido com os maiores louvores da crítica especializada.Foi o ponto de partida de uma carreira de sucesso, que o levaria a cantar pelo mundo inteiro. Interpretou para além de ópera, sobretudo opereta e teatro de revista. Estreou-se no cinema em 1940 no filme “Pão Nosso”, de Armando de Miranda, onde cantou pela primeira vez “O Meu Alentejo”, um dos seus maiores êxitos, tornado-se assim numa estrela emergente no Portugal dos anos 40 do século XX. Em 1945 Luís Piçarra parte para o Brasil, onde inicia uma ascensão magnífica apresentando-se nas mais importantes salas do Rio de Janeiro. Actua igualmente no famoso Teatro Cólon de Buenos Aires. É na Argentina que conhece Tito Schippa, considerado o maior tenor do mundo, tornando-se o único aluno que o mestre ensinou. Ficou durante 2 anos no Brasil, tendo contracenado com Amália Rodrigues em “A Rosa Cantadeira”. Partiu depois numa nova digressão pela América Latina, que culminou no México. Poucos saberão, mas Luís Piçarra foi o criador da famosa “Granada”, que lhe foi oferecida pelo compositor mexicano Agustin Lara. O tenor cometeu então um erro que o privou de reconhecimento mundial ao não salvaguardar os direitos da canção… e a máquina de Hollywood lançou-a na voz de Mario Lanza. Assim, passou a ser conhecida como “a Granada do Lanza” aquela que é, na verdade, “a Granada do Piçarra”. Em 1947 tem um grande sucesso no Egito – é o começo do grande apogeu da sua carreira artística. Luís Piçarra permaneceria mais de um ano como cantor privativo do Rei Faruk, que, em 1948, lhe concedeu o título Bey, correspondente ao de conde nas cortes europeias. Actuou ainda em países como Chipre, Líbano, Síria, Grécia, Turquia e Itália. Segue depois para Paris onde em 1950 e 1951, é cabeça de cartaz da opereta ” Colorado” no principal teatro de opereta da época o Gaité-Lyrique, sob o nome artístico de “Lou Pizarra” sendo, então, muito apreciado pelo próprio General de Gaulle, presidente de França que carinhosamente o tratava como “le petit Portugais.Parte dos anos 50 é passada em Paris, com a família. Actuava duas vezes por dia na Radiodiffusion Française e mais tarde na televisão, também em França. Além de “Colorado” trabalhou em espectáculos como “La Vie en Rose” e “Andalousie”, entre outros. À margem das lides teatrais o tenor português actua também numa série de programas do show “This is Europe” organizados pela ECA, agência encarregada de aplicar o Plano Marshall, onde trabalha ao lado Edith Piaf. Os programas eram difundidos de Paris para os EUA e daí retransmitidos por centenas de Emissoras para o mundo inteiro levando a voz do português a milhões de ouvintes. Chegou ainda a gravar mais de uma vintena de programas para a cadeia norte-americana NBC. Em meados da década “Lou Pizarra” era o cantor europeu com mais discos publicados – 999, segundo dizia em jeito de graça – e era mais conhecido internacionalmente que no seu próprio país, apesar de ter sido, por mais que uma vez, eleito como “artista mais popular de Portugal”. Para além do famoso “Granada” a sua voz estreou outros temas que seriam êxitos mundiais como “Avril au Portugal” ou “Luna Lunera”. Nos anos 60, regressa a casa e divide-se entre Portugal e Angola, dando espectáculos nos mais populares casinos e salas de espectáculos. No dia 23 de abril de 1964 foi homenageado no Pavilhão dos Desportos, em Lisboa, pelos seus 25 anos de carreira. Em 1968, numa altura em que cumpria um contrato em Luanda faleceu a sua primeira esposa e mãe dos seus dois filhos, de doença súbita, apenas com 48 anos. Depois de uma curta estadia em Portugal, Luís “refugia-se” definitivamente em Luanda. Aí desempenha o papel de director do Centro de Preparação de Artistas da Rádio e é professor de canto teatral na Academia de Música durante alguns anos. É também em Angola que perde a voz, em 1969, numa emboscada da guerra colonial, quando actuava para as Forças Armadas Portuguesas. Regressaria a Portugal, definitivamente já depois do 25 de Abril de 1974. A 9 de Novembro de 1985, teve reconhecimento nacional ao ser feito Comendador da Ordem do Infante D. Henrique. No ano de 1987 foi lançado o livro “Luís Piçarra instantâneos da minha vida” em edição de autor. Outros dois livros foram também lançados, mais tarde. Em 1996 foi lançada uma compilação na série “Caravela” com os temas “Granada”, “Avril Au Portugal”, “Canção do Ribatejo”, “Caminho Errado”, “Anda Cá”, “Aninhas”, “Batalha”, “Guitarra da Mouraria”, “Morena da Raia”, “Santa Maria dos Mares”, “Ser Benfiquista” e “O Meu Alentejo”. Faleceu em Lisboa, a 23 de setembro de 1999, na Casa do Artista onde passou os últimos meses de vida. Em 2003 a Câmara Municipal de Lisboa homenageou o cantor dando o seu nome a uma rua no Alto do Lumiar. Tem também nome de rua nos concelhos de Gondomar e Cascais.
Alfredo Cortez ( Ilustrações de Alberto Souza) – Á La Fé! = Lenda da Lealdade = «Peça em Quatro Actos» – Imprensa Libanio da Silva – Lisboa – 1924. Desc. 210 pág / 18 cm x 13 cm /Br.
Alfredo Cortês (Estremoz, 29 de Julho de 1880 – Oliveira de Azeméis, 7 de Abril de 1946) foi um dramaturgo e magistrado português. Alfredo Ferreira Cortês (também grafado Cortez) licenciou-se em Direito pela Universidade de Coimbra no ano de 1905, seguindo a carreira da magistratura. Nos anos de 1929 e 1930 exerceu o cargo de juiz de investigação criminal em Angola. Fixou-se depois em Lisboa. Estreou-se nas lides teatrais em 1921, provocando sensação com a peça Zilda, representada no Teatro Nacional D. Maria II por Amélia Rey Colaço. Seguiu-se igual êxito com a peça O Lodo, em 1923. Entre aqueles anos e 1944, situa-se a sua mais significativa produção literária, incluindo onze títulos publicados que foram, também, outros tantos sucessos de crítica e bilheteira, quando não de censura e escândalo. Para o cinema, foi autor do argumento e dos diálogos do filme deLeitão de Barros, Ala-Arriba!, de 1942. Pelas suas qualidades cénicas e literárias conquistou um lugar cimeiro entre os autores teatrais do seu tempo. A sua obra, considerada de expressão rigorosa e linear, revela um perfeito domínio da técnica teatral, posta ao serviço de uma análise impiedosa aos costumes da sociedade portuguesa contemporânea.
Tomás da Fonseca – Águas Novas «Peça em 4 Actos» – Edição de Autor – Lisboa – 1950. Desc. 199 pág / 19 cm x 12 cm / Br.
José Tomás da Fonseca (Mortágua, 10 de Março de 1877 — Lisboa, 12 de Fevereiro de 1968) foi um poeta, escritor, historiógrafo, jornalista, professor e militante republicano de cariz anticlerical português. Pertenceu ao Movimento de Unidade Democrática e à Maçonaria. Tom da Fonseca nasceu a 10 de Março de 1877, em Mortágua, Distrito de Viseu. Era filho de Adelino José Tomás e de Rosa Maria da Conceição, e foi pai do escritor Branquinho da Fonseca. Frequentou no Seminário de Coimbra o curso de Teologia, que acabou por abandonar. Evidenciou-se desde novo na propaganda republicana, e foi uma das figuras mais relevantes da campanha que precedeu a implantação da República em 1910. Durante os primeiros tempos desta, colaborou em reformas no campo de ensino, desde o básico ao universitário. Foi chefe de gabinete do primeiro Presidente do Ministério Republicano, Teófilo Braga, e em 1916 eleito senador pelo distrito de Viseu. Feroz opositor dos regimes ditatoriais, foi perseguido pelas suas ideias políticas e os seus livros alvo de censura e proibição. Em 1918, por se opor à ditadura de Sidónio Pais, é preso durante dois meses. Volta a ser preso em 30 de Novembro de 1928, em Coimbra, por ter participado no movimento revolucionário de 20 de Julho. Em várias ocasiões os seus livros foram confiscados pela PIDE. Os seus movimentos eram constantemente vigiados, assim como os das pessoas com quem convivia. Denunciou as condições prisionais do regime, o que lhe valeu a prisão a 8 de Maio de 1947, por ter protestado contra a existência do Campo de concentração do Tarrafal, nas ilhas de Cabo Verde. Como escritor literário, Tomás da Fonseca escreveu dezenas de volumes entre os quais se contam livros de versos, arqueologia e belas artes, doutrina democrática e polémica religiosa. Anticlerical convicto, publicou vários livros críticos da Igreja e da Religião. Nos livros Evangelho de um Seminarista (1903), Memórias dum Chefe de Gabinete (1949) e Memórias do Cárcere (1919) encontramos testemunhos da sua vivência. No Jornalismo destacou-se como fundador e diretor do jornal A republica portugueza (1910-1911) juntamente com Ribeiro de Carvalho e colaborou com artigos ou opiniões em diversos jornais como: Revista nova (1901-1902), Serões 3 (1901-1911), Arte e vida 4 (1904-1906), Amanhã (1909) e outros, nomeadamente: Mundo, Pátria, Vanguarda, Voz Pública, Norte, República, Povo, Lanterna (Brasil), Espanha Nova, Alma Nacional, “Diabo, Prometeu, Arquivo Democrático, de que foi director, Defesa da Beira e na revista Livre Pensamento. Foi também um professor, com uma prolongada ligação ao ensino, sendo vogal do Conselho Superior de Instrução Pública, director das Escolas Normais de Lisboa, da Universidade Livre de Coimbra, e presidente do Conselho de Arte e Arqueologia da mesma cidade. Como deputado do Parlamento até 1917, colaborou na reforma do Ensino Primário e Normal. Em 1922 publicou o livro História da Civilização, que foi adoptado como livro escolar a pedido do Ministro da Instrução Pública. Sempre atento e preocupado com a formação, realizou inúmeras visitas de estudo a escolas, museus e bibliotecas em países como França, Bélgica e Inglaterra. José Tomás da Fonseca morreu a 12 de Fevereiro de 1968 em Lisboa.A título póstumo, foi concedida José Tomaz da Fonseca a Comenda da Ordem da Liberdade a 12 de Dezembro de 1984
Paul Claudel – A Anunciação a Maria «Tradução de Sophia de Mello-Breyner Andersen» – Editorial Aster – Lisboa _ 1960. Desc. 292 pág / 18,5 cm x 12 cm / E. Ilust
Paul Claudel, nome artístico de Louis Charles Athanaïse Cécile Cerveaux Prosper (Aisne, 6 de agosto de 1868 —Paris, 23 de fevereiro de 1955) foi um diplomata, dramaturgo e poeta francês, membro da Academia Francesa de Letras e galardoado com a grã-cruz da legião de honra. É considerado importante como escritor católico. Paul Claudel é nascido em Aisne, na localidade de Villeneuve-sur-Fère. Sua família paterna era de fazendeiros e funcionários públicos, mas seu pai, Louis Prosper, lidava com hipotecas e transações bancárias. Sua mãe, Louise Athanaïse Cécile Cerveaux, era de uma família muito católica, também de fazendeiros, de Champagne, onde Paul viveu na infância. Em 1881, seus pais se mudaram para Paris, onde Paul e sua irmã passaram a viver, em uma casa de classe média. Em 1886, Paul Claudel, que tinha 18 anos e até então era ateu, converteu-se subitamente ao catolicismo, no Natal, ao ouvir o coro da catedral de Notre-Dame de Paris Ele se emocionou ao ver que todos tinham fé e oravam para um Deus que até então ele não queria conhecer, e viu que poderia contar com a ajuda do poder invisível, do amor ao Criador. Apesar de ter pensado em dedicar-se à vida monástica, com os monges beneditinos, ele acabou entrando para o corpo diplomático da França, em que serviu de 1893 a 1936. Foi vice-cônsul em Nova Iorque, em Boston, Praga, Frankfurt am Main e Hamburgo. Foi cônsul na China (1895-1909). Em Março de 1906, casou-se com Reine Sainte-Marie Perrin e teve filhos com ela, em um casamento feliz. Foi ‘ministro plenipotenciário’ no Rio de Janeiro (1916) e em Copenhagen. Foi embaixador em Tóquio, Washington e Bruxelas. O período de sua missão no Brasil coincidiu com a Primeira Guerra Mundial, e ele supervisionou o envio de alimentos da América do Sul para a França. Aposentou-se em 1936 e viveu em seu castelo em Brangues (Isère) até sua morte, em 1955. Paul era irmão da escultora Camille Claudel, e sentiu enorme remorso por ter permitido que ela fosse internada em um hospício durante três décadas. Ele pensou ser o melhor para a irmã, que de repente desenvolveu esquizofrenia, por conta de um abandono amoroso. Não é esse, entretanto, o relato oferecido pelo filme Camille Claudel (2012). No fim da vida, tornou-se um dos principais divulgadores da obra de Camille, uma forma de pedir perdão, já que a irmã ficou amarrada por trinta anos, sem poder ver a luz do sol, até a sua penosa morte. Também essa leitura do hospício não se coaduna com o que relata o filme.
Jaime Gralheiro – Onde Vaz Luiz? – Edição do Teatro Experimental de Cascais – 1981. Desc. 136 pág / 21 cm x 14,5 cm / Br.
Jaime Gralheiro – Advogado e dramaturgo português nascido a 7 de Julho de 1930, S. Pedro do Sul. Na sua terra natal fundou um grupo de teatro popular, o «Cénico», com o qual montou, além das suas próprias peças, obras de Lorca, Suassuna e Gil Vicente. Estreou-se em 1967 com um volume onde reuniu as peças Paredes Nuas, Belchior e Ramos Partidos, e que, segundo a apreciação de Deniz Machado, no prefácio, “tratam, em última análise, do problema da liberdade do indivíduo perante as inibições ou constrangimentos impostos pelo meio social”. Numa regular carreira de autor dramático, ao teatro de intenção de Jaime Gralheiro (da peça infantil Farruncho, à peça histórico-revolucionária Arraia-Miúda, ao teatro popular de inspiração vicentina recriado em Na Barca com Mestre Gil, até à versão teatral do romance de Manuel Tiago Até Amanhã, Camaradas, em O Homem da Bicicleta, ou à “revista dos feitos do século XVI”, Onde Vaz, Luís?) parece aplicar-se com justeza a citação do famoso diretor teatral alemão Erwin Piscator que abre a coleção Teatro para as Quatro Estações, dirigida por Egito Gonçalves, da Editorial Inova: “O teatro de hoje, tal como eu o penso e pratico, não se pode limitar a produzir no espectador um efeito puramente artístico, ou seja, estético. […] O teatro tem por missão intervir de uma maneira ativa no curso dos acontecimentos, e preenche essa missão mostrando a história na sua evolução. […] A missão do teatro de hoje não pode consistir apenas em relatar acontecimentos históricos, apresentados tal e qual. Deve tirar desses acontecimentos lições válidas para o presente, adquirir um valor de advertência mostrando relações políticas e sociais fundamentalmente verdadeiras, e tentar assim, na medida das suas forças, intervir no curso da história.”
Júlia leitão Barros – Afonso Costa – Fotobiografias do Século XX – Circulo de Leitores – Lisboa – 2002. Desc. 199 pág / 30 cm x 23,5 cm / E. Ilust «€15.00»
Luís Trindade – António Silva – Fotobiografias do Século XX – Circulo de Leitores – Lisboa – 2002. Desc. 199 pág / 30 cm x 23,5 cm / E. Ilust «€15.00»
Júlia Leitão Barros Ana Filipa Silva Horta – Alfredo da Silva – Fotobiografias do Século XX – Circulo de Leitores – Lisboa – 2002. Desc. 199 pág / 30 cm x 23,5 cm / E. Ilust «€15.00»
Joaquim Vieira (Direcção) – Marcello Caetano – Fotobiografias do Século XX – Circulo de Leitores – Lisboa – 2002. Desc. 199 pág / 30 cm x 23,5 cm / E. Ilust «€15.00»
Irene Flunser Pimentel – Cardeal Cerejeira – Fotobiografias do Século XX – Circulo de Leitores – Lisboa – 2002. Desc. 199 pág / 30 cm x 23,5 cm / E. Ilust «€15.00»
Joaquim Vieira (Direcção) – Marcello Caetano – Fotobiografias do Século XX – Circulo de Leitores – Lisboa – 2002. Desc. 199 pág / 30 cm x 23,5 cm / E. Ilust «€15.00»
Maria Inácia Rezola – Cardeal Cerejeira – Fotobiografias do Século XX – Circulo de Leitores – Lisboa – 2001. Desc. 199 pág / 30 cm x 23,5 cm / E. Ilust «€15.00»
Dias Gomes – A Invasão a Revolução dos Beatos (Teatro) – Editora Civilização Brasileira – Rio de Janeiro – 1962. Desc. 255 pág / 21 cm x 14 cm / Br «1.º Edição – Autografado»
Alfredo de Freitas Dias Gomes, mais conhecido pelo sobrenome Dias Gomes, (Salvador, 19 de Outubro de 1922 —São Paulo, 18 de maio de 1999) foi um romancista, dramaturgo, autor de telenovelas e membro da Academia Brasileira de Letras. Também conhecido pelo seu casamento com a também escritora Jenete Stocco Emmer (Janete Clair). Dias Gomes nasceu em Salvador, na Bahia, em 19 de Outubro de 1922. Filho de Alice Ribeiro de Freitas Gomes e Plínio Alves Dias Gomes, um engenheiro, fez o curso primário no Colégio Nossa Senhora das Vitórias, dos Irmãos Maristas, e iniciou o secundário no Ginásio Ipiranga. Em 1935, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, onde prosseguiu o curso secundário no Ginásio Vera Cruz e posteriormente no Instituto de Ensino Secundário. Em 1943, ingressou na Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, abandonando o curso no terceiro ano.Foi no ambiente radiofónico que Dias Gomes travou contacto pela primeira vez com aquela que viria a se tornar sua primeira esposa, a então desconhecida Jenete (Janete Clair). Com ela casou-se em 13 de Março de 1950, teve os filhos: Alfredo Dias Gomes, Guilherme Dias Gomes, Marcos Plínio (falecido) e Denise Emmer.Viúvo de Janete Clair, que morrera um ano antes, em 1984 Dias casa-se com a actriz Bernadeth Lyzio, com quem tem duas filhas: Mayra Dias Gomes (escritora) e Luana Dias Gomes. Dias Gomes morreu num acidente automobilístico em 18 de maio de 1999. Essencialmente um homem de teatro, aos 15 anos Dias Gomes escreveu sua primeira peça, A Comédia dos Moralistas, com a qual ganharia o prémio do Serviço Nacional de Teatro e pela União Nacional dos Estudantes (UNE), no ano seguinte. Em 1941 sua peça Amanhã Será Outro Dia chega às mãos do ator Procópio Ferreira que, empolgado com a qualidade do texto, chama o autor para uma conversa. Embora tivesse gostado do que lera, tratava-se de um drama antinazista e Procópio achava arriscado levar à cena um espectáculo desse porte em plena Segunda Guerra Mundial. Quando questionado se não teria uma outra peça, de comédia talvez, Dias lembrou-se de Pé de Cabra, uma espécie de sátira ao maior sucesso de Procópio até então, e não hesitou em levá-la ao grande actor que, entusiasmado, comprometeu-se a encená-la. Sob a alegação de que a peça possuía alto conteúdo marxista, Pé de Cabra seria proibida no dia da estreia. Curioso notar que, embora anos depois o autor viesse a se filiar ao Partido Comunista Brasileiro, até então Dias Gomes nunca havia lido uma só linha de Karl Marx. Graças à sua influência, Procópio consegue a liberação da peça, mediante o corte de algumas passagens, e a mesma é levada à cena com grande sucesso. No ano seguinte, Dias Gomes assinaria com Procópio aquele que seria o primeiro grande contrato de sua carreira, no qual se comprometia a escrever com exclusividade para o ator. Desse período nasceram Zeca Diabo, João Cambão, Dr. Ninguém, Um Pobre Géio e Eu Acuso o Céu. Infelizmente nem todas as peças foram encenadas, pois logo Dias e Procópio se desentenderam por sérias divergências políticas. Refletindo o pensamento da época, Procópio não concordava com as preocupações sociais que Dias insistia em discutir em suas peças. Tais diferenças levariam o autor a se afastar temporariamente dos palcos e ele passou a se dedicar ao rádio. De 1944 a 1964 Dia Gomes adaptou cerca de 500 peças teatrais para o rádio, o que lhe proporcionou apurado conhecimento da literatura universal. Em 1960 Dias Gomes volta aos palcos com aquele que viria a ser o maior êxito de sua carreira, pelo qual se tornaria internacionalmente conhecido: O Pagador de Promessas. Adaptado para o cinema, O Pagador seria o primeiro filme brasileiro a receber uma indicação ao Óscar e o único a ganhar a Palma de Ouro em Cannes. Em 1965 Dias assiste, perplexo, à proibição de sua peça O Berço do Herói, no dia da estreia. Adaptada para a televisão com o nome de Roque Santeiro, a mesma seria proibida uma década depois, também no dia de sua estreia. Somente em 1985, com o fim do Regime Militar, o público iria poder conferir a Roque Santeiro – que, diga-se de passagem, viria a se tornar uma das maiores audiências do género. Com a implantação da Ditadura Militar no Brasil, em 1964, Dias Gomes passa a ter suas peças censuradas, uma após a outra. Demitido da Rádio Nacional, graças ao seu envolvimento com o Partido Comunista, não lhe resta outra saída senão aceitar o convite de Boni, então presidente da Rede Globo, para escrever para a televisão. De 1969 a 1979 Dias Gomes dedica-se exclusivamente ao veículo, no qual demonstra incomum talento. Em 1972 Dias Gomes levaria o povo para a televisão ao ambientar Bandeira 2 no subúrbio carioca. Em 1973 escreveu a primeira novela em cores da televisão brasileira, O Bem Amado. Em 1974 já falava em ecologia e no crescimento desordenado da cidade com O Espigão. Em 1976, com Saramandaia, abordaria o realismo fantástico, então em moda na literatura. O fracasso de Sinal de Alerta, em 1978, leva Dias a se afastar do género telenovela temporariamente. Ao longo de toda a década de 1980, Dias Gomes voltaria a se dedicar ao teatro, escrevendo para a televisão esporadicamente. Datam desse o período os seriados O Bem Amado e Carga Pesada (apenas no primeiro ano), e as novelas Roque Santeiro e Mandala, das quais escreveria apenas parte. Nos anos 90, Dias Gomes viraria as costas de vez para as telenovelas, dedicando-se única e exclusivamente às mini séries.
Gil Vicente (Editado por Marques Braga) – Auto Chamado da Feya – Junta de Educação Nacional – Centro de Estudos de Filológicos / Imprensa Nacional – Lisboa – 1936. Desc. 56 pág / 21 cm x 15 cm / Br. «Autografado»
Clarival Valladares, Vladimir Alves de Souza, Vasco Mariz, David E. Neves, Bárbara Heliodora e Tristão de Ataíde – Quem é Quem nas Artes e nas Letras do Brasil(Artistas e Escritores Contemporâneos ou Falecidos Depois de 1945) [Introdução de Vasco Mariz] – Ministério das Relações Exteriores / Departamento Cultural e de Informação – Rio de Janeiro – 1966. Desc. 352 pág / 23 c, x 16 cm / Br.
Joaquim Cardozo – O Coronel de Macambira – Editora Civilização Brasileira S. A. – Rio de Janeiro – 1963. Desc. 162 pág / 21,5 cm x 14 cm / Br. Ilust. «1.ª Edição»
Joaquim Maria Moreira Cardozo (Recife 1897 – Olinda 1978). Autor. Sua dramaturgia se inspira nas fontes populares da cultura nordestina, mas transcende essas matrizes estéticas reunindo, de modo poético, referências advindas de culturas estrangeiras, e de diversos campos do saber, como as ciências exactas e a filosofia. Joaquim Cardozo nasce em 26 de Agosto de 1897, no bairro do Zumbi, no Recife. Faz o curso secundário no Ginásio Pernambucano. Aos 16 anos, edita, com Durval Cezar, Óscar Ramos, Eduardo Cunha e os irmãos Benedito e Honório Monteiro, o jornal O Arrabalde: Órgão Lítero-Elegante, em que estreia na literatura, com o conto Astronomia Alegre. Publica seus primeiros trabalhos como caricaturista e chargista nas edições de domingo do Diário de Pernambuco e também no Diário da Tarde, em 1914. No ano seguinte, inicia seus estudos na Escola Livre de Engenharia de Pernambuco (atual Escola de Engenharia de Pernambuco), concluídos em 1930, após diversas interrupções, por problemas de ordem financeira e pessoal. Torna-se professor dessa escola, leccionando até 1939, quando é atingido por medidas repressivas do Estado Novo. Após pronunciar discurso em que critica os procedimentos governamentais no campo da arquitectura e da engenharia, Cardozo é preso, afastado da sala de aula, demitido do cargo na Secretaria Estadual de Viação e Obras Públicas, e se vê obrigado a mudar-se para o Rio de Janeiro. Na então capital federal, ganha projecção como poeta e engenheiro calculista, sobretudo, quando inicia parceria com Óscar Niemeyer, fazendo os cálculos de seus Projectos arquitectónicos em diversas cidades brasileiras e, particularmente, na construção de Brasília. Ainda no Recife, Cardozo participa do grupo da Revista do Norte, junto com o poeta Ascenso Ferreira, e nela publica seus primeiros poemas. Aos 50 anos de idade, lança seu primeiro livro de poesias, Poemas, em 1947. Sua produção dramatúrgica surge ainda mais tarde, entre as décadas de 1960 e 1970. A primeira peça, O Coronel de Macambira, é publicada em 1963. Com essa obra, Cardozo inicia uma trilogia inspirada no bumba meu boi, que inclui De uma Noite de Festa, de 1971; e Marechal, Boi de Carro, de 1975. Sua peça seguinte, Os Anjos e os Demónios de Deus, de 1973, tem como matriz o pastoril religioso. As duas últimas criações para o teatro, O Capataz de Salema e António Conselheiro, ambas de 1975, não são directamente inspiradas em nenhum espectáculo popular do Nordeste, mas seus temas estão ligados ao imaginário nordestino, notadamente aos problemas sócio políticos. Por meio delas, o autor critica explicitamente o sofrimento da população nordestina economicamente menos favorecida. Tal engajamento, no entanto, não compromete a originalidade artística. Seu teatro, embora denuncie as injustiças sociais, jamais deixa de exprimir uma visão transcendental dos seres e das coisas. Isso permite que ele ponha a cultura popular nordestina em contacto com assuntos aparentemente tão dessemelhantes como, por exemplo, a matemática, a filosofia, o teatro medieval e o teatro oriental. O Coronel de Macambira, o mais conhecido texto teatral de Joaquim Cardozo, estreia em Dezembro de 1965, em encenação de Maria José Campos Lima, com os alunos da Escola de Belas Artes de Pernambuco. Composta por dois quadros, a peça tem o boi como motivo principal do enredo. Para escrevê-la, Joaquim Cardozo se baseia no bumba-meu-boi de Capitão António Pereira, coligido por Ascenso Ferreira e publicado em 1944, na revista Arquivos, da prefeitura do Recife. Além disso, utiliza-se das próprias lembranças, como espectador de bumbas-meu-boi. Diferentemente dos dois bois posteriores (De uma Noite de Festa e Marechal, Boi de Carro), O Coronel de Macambira está ainda muito próximo de sua matriz popular, aproveitando muitos tipos de personagem do bumba folclórico. Em posfácio na primeira edição da peça, Cardozo escreve: “Trata-se aqui, de uma obra inteiramente original, no texto, mas obedecendo às regras características desse drama falado, dançado e cantado – espécie de auto pastoril quinhentista, de onde, certamente, proveio. Contrariando, também, o espírito dessa brincadeira popular, que dá bom tratamento apenas ao boi e aos seus vaqueiros, como assinala Téo Brandão, dei relevo especial e simpático a três figuras, necessárias ao arremate, mais ou menos apoteótico, frequente em espectáculos desse gênero. Este trabalho estava praticamente concluído, quando me veio ao conhecimento, através da revista Das Schönste, que o escritor japonês Yukio Mishima escrevera seis nôs modernos. Trabalho, até certo ponto, semelhante ao que acabo de fazer, uma vez que o nô é teatro de tradição popular para o Japão, como o Boi o é para o Nordeste brasileiro; como o nô, que na opinião de Yeats é forma dramática distinta, indirecta e simbólica, como o no, que é texto, dança e canto, o Boi merece a meu ver, ser revitalizado, reanimando, como diversão e forma literária”.1 O Coronel de Macambira recebe ainda algumas encenações importantes que apresentam o teatro de Joaquim Cardozo à crítica teatral e ao grande público. O Teatro Universitário de Juiz de Fora monta a peça em 1966, com direcção de José Luiz, cumpre temporada no Rio de Janeiro, no ano seguinte, e recebe críticas elogiosas de Van Jafa, especialmente em relação ao texto: “[…] Joaquim Cardozo é antes de tudo um poeta. E como poeta se afirma um poeta maior, daqueles que não têm pressa, que passa pelo mundo e deixa sua imagem definida e sua poesia definitiva. É poeta daqueles que sabem a ‘paisagem profundamente’, e dos que estiveram com ela ‘nas horas concluídas’. E no seu drama-poético, O Coronel de Macambira tudo isso flui calmo e nacionalistamente de uma maneira poético-dramática. […] Joaquim Cardozo poderia não ter realizado nada mais que O Coronel de Macambira se incumbiria de imortalizá-lo”. O bumba meu boi De uma Noite de Festa tem sua primeira representação em Dezembro de 1972, no Mosteiro de São Bento de Olinda, Pernambuco, dirigida por Maria José Campos Lima, com os alunos da Escola de Artes da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. Esse bumba é estruturado em três dimensões denominadas quadros, constituídos de fragmentos distintos: no primeiro quadro, predomina a perspectiva da realidade; no segundo, uma perspectiva onírica e, no terceiro, uma síntese entre o mágico, o real e o onírico. Cardozo realiza uma dupla operação: de um lado, afasta-se “do ‘boi’ na sua expressão popular”, deixando de “obedecer às modificações introduzidas no género pela interpretação folclórica”; de outro, perfaz um caminho inverso, procurando “reorganizá-lo como poderia ser na sua origem”. Apesar de sua tentativa de renovação do bumba-meu-boi, Cardozo se preocupa em conservar-lhe a estrutura, supondo que, assim, poderia preservar esse “teatro como género não apenas como espécie”. Procedimento semelhante se encontra em Marechal, Boi de Carro, o último e o mais melancólico boi cardoziano. Nele, a estrutura básica é a mesma que perpassa os demais bumbas: o enredo em torno da tentativa de salvação do boi condenado ao matadouro. Novamente, algumas personagens típicas do folguedo actuam como porta-vozes das críticas sociais do autor. No entanto, “em oposição aos Bois que sempre terminam em festa e regojizo, este bumba finda numa dolorosa despedida. A cerimonia fúnebre que era dedicada apenas ao boi alarga-se para o próprio bumba-meu-boi, no solitário e perdido a bóio de Mateus.Os Anjos e os demónios de Deus é estruturada em doze jornadas, cada uma com um título. Nessa peça, as pastoras anunciam a vinda do Messias, além de louvarem as belezas do planeta Terra por intermédio de cantigas, enquanto os anjos e os demónios discutem os desígnios de Deus para salvar a humanidade. Não existe, aqui, a luta entre o bem e o mal, entre anjos e demónios São personagens que, mesmo ocupando a cena simultaneamente, não chegam a dialogar verdadeiramente. Funcionam como forças antitéticas (luz e sombra) que se complementam, imprimindo um diálogo de teor filosófico ao texto.Em O Capataz de Salema, a trama é centrada no conflito da paixão do Capataz por Luzia. Eles pertencem a esferas sociais diferentes: o capataz é o homem que manda e vigia os pescadores, dos quais Luzia descende. Mesmo que a moça corresponda aos sentimentos do capataz, por seus distintos papéis sociais (patrão e subalterno) e por sua natureza distinta – Luzia é a terra (fêmea) onde tudo germina e o Capataz é o mar (macho) que tudo devora, sempre inconstante -, ela não consegue nem pode aceitá-lo. Essa é a peça de menor extensão de Cardozo e também a de maior concisão dramática. António Conselheiro busca recriar a saga de Canudos. Com base em Os Sertões, Cardozo aprofunda e amplia as questões relativas à história, à política, à sociedade e à religião. Desconstruindo a história, o dramaturgo faz com que o passado, o presente e o futuro se aglutinem de maneira dialéctica mente uma mesma estrutura.O teatro de Joaquim Cardozo “oferece aos leitores, actores e encenadores, únicos agentes possíveis de a Actualização do texto teatral, uma obra sempre nova e provocante, porque prenhe de modernidade não apenas na escritura do texto, mas na rica estrutura imaginária da encenação. Uma obra cuja propriedade é seu chão maduro, remoto, futuro; em que a tradição se faz aberta à contemporaneidade”.