Senos da Fonseca – Nas Rotas dos Bacalhaus (Séc.IX ao Séc. XVI) – Procer – Edições e Comunicação – Oliveira do Bairro – 2005.Desc.[110] pág / 23 cm x 16,5 cm / Br.Ilust
Jean-Yves Blot – Uma Rota Marítima na Encruzilhada dos Interesses da Europa do Século XVIII. A América Latina as Portas da Europa: O Naufrágio do Navio Espanhol«San Pedro de Alcântara»(1786) – Museu do Mar – C. M. Cascais 1984. Desc.[94] pág + [XII] Estampa / 25 cm x 18,5 cm / Br.Ilust
San Pedro de Alcântara era um navio de guerra espanhol com 64 canhões, construído nos arsenais de Cuba entre 1770 e 1771, em madeira de caoba, para um armador inglês a serviço do Rei de Espanha.
Naufragou em 2 de fevereiro de 1786 perto de Peniche, em Portugal. Foi descoberto em 1977 pelo arqueólogo francês Jean-Yves Blot, e é um dos naufrágios mais bem estudados da costa portuguesa.
O navio zarpou do Peru em 1784 com destino a Cadiz.[2] A bordo levava uma carga de cobre, prata e ouro provenientes das minas peruanas, para além da colecção cientifica dos botanistas Ruiz e Pavon, constituída por peças de cerâmicapré-colombianaChimu, recolhidas em 1780 em diversos locais da região de Tarma. A bordo seguiam igualmente mais de 400 pessoas, entre passageiros, tripulação e prisioneiros incas na sequência da revolta Tupac Amaru. Transportava uma carga que chegava perto das mil toneladas, sensivelmente o dobro da carga que seria adequada para um navio daquelas características, dado ser o primeiro navio em muitos anos a fazer a ligação entre as colónias do Pacífico e a Espanha. A carga dividia-se entre cerca de 600 toneladas de cobre, 153 toneladas de prata (moedas) e 4 toneladas de ouro. Desde o início da viagem que o navio deixava entrar água, e as entradas de água eram tão graves que, após dobrar o Cabo Horn, o navio arribou ao Rio de Janeiro para fabricos, em 1786. Esta carga ameaçava a integridade do navio, que corria o risco de perder o fundo, e ficava muito difícil de manobrar em qualquer estado de mar. Durante toda a viagem as bombas tiveram de ser constantemente operadas pela tripulação; se o nível de estanquicidade dos cascos na época não é comparável com os actuais, o San Pedro de Alcantara deixava mesmo assim entrar demasiada água até mesmo para os padrões da altura. A viagem através do Atlântico, apesar de lenta, decorreu sem problemas, mas o facto de o navio ter naufragado em Peniche quando queria ir para Cadiz indica claramente um grave erro de navegação, pois Peniche está a mais de 300 milhas náuticas a norte de Cadiz. Às 22h30 do dia 2 de Fevereiro de 1786 o San Pedro de Alcantara avançava a cerca de seis nós em direcção da costa, excessivamente pesado e com pouca capacidade de manobra. Estudos feitos na actualidade pelo Serviço Hidrográfico da marinha francesa em Brest e pela Dra. Alfredina do Campo, astrónoma do Observatório Astronómico da Ajuda em Lisboa, calcularam a maré para essa data e concluíram que nessa noite a maré era extremamente baixa. Fontes da época dizem que o mar estava calmo e a noite clara, pelo que só se pode especular que na origem do naufrágio estiveram falhas humanas. Ao embater na Papoa o casco partiu-se em dois: o porão afundou-se imediatamente, enquanto o convés flutuou por algum tempo, indo afundar-se mais adiante. Nesse momento perderam a vida 128 pessoas, os restantes 270 sobreviveram. Entre os mortos estava um grande número dos incas, que provavelmente se encontravam no porão presos com grilhetas de ferro. A notícia iria correr o Reino e chegar a Espanha no dia seguinte. A riqueza da carga, a sua proximidade de terra (em fundos relativamente baixos) e as sempre necessitadas finanças espanholas conjugaram-se para levar a cabo a maior recuperação de salvados que havia história até à data. Com efeito, quarenta e tal mergulhadores contratados um pouco por toda a Europa vão recuperar a maioria da carga ao longo de três anos de trabalho, mergulhando somente em apneia. Deste trabalho resultou a recuperação de quase todos os canhões (extremamente valiosos na época), bem como da quase totalidade dos metais preciosos e moedas da carga. A carga foi levada por terra e embarcada num navio enviado para a levar para Cadiz; mas, como se a carga estivesse amaldiçoada, a balandra El Vencejo que tinha sido enviada para transportar a carga afunda-se mais a sul, na baía da Consolação, reclamando mais 92 vidas. Novamente foi a carga recuperada, e eventualmente chegaria a Espanha. O naufrágio levou à construção de um altar na Igreja de São Pedro em Peniche em honra de Nossa Senhora das Dores, com a colocação das imagens de S. Pedro de Alcântara e de um crucifixo. No local do naufrágio foi erigido um cruzeiro, entre o Porto da Areia Norte e a Papoa, que se encontra hoje no Museu de Peniche. Foi nessa área que um grande número das vítimas foram igualmente enterradas. A história do naufrágio iria correr a Europa, e ser retratada nas telas de Jean Pillement, que pintou tanto o naufrágio como os trabalhos de recuperação.
Actas do Congresso dos Algarvios da Margem Sul do Tejo (1 & 2 de Abril de 1995) – Dr. Luís Barros – «Algarve Porta do Mediterrâneo» (Da Presença Fenícia em Castro Marim, ao Almaraz em Almada) / Elias cação Ribeiro – «Ainda a Controversa Localização da Vila do Infante» / Raul H. Pereira de Sousa – «Acerca de Uma Porta de Mar no Baluarte Filipino de Lagos» / Dr. Reinaldo Varela Gomes – «Algarvios no Império Oriental do Séc. XVI» / Fernando Alberto Pedrosa – «Corsários e Naufrágios na Costa do Algarve» / Drª. Emília Pacheco – «Os Cadetes Algarvios na Escola Naval – 1937-1990» (Qualificação e Caracterização Social) / Dr. Alexandre Castanheira – «Celebrar um Nono Centenário da Morte Para Conservar Vivo um Poeta – 1095-1995» / Drª. Maria Cristina Corrêa de Melo – »O Couto de Castro Marim» (Curandeiros e Feiticeiros Algarvios na Inquisição de Évora) / Drª. Nídia H. Antunes – «Retrato Psicológico da Mulher Algarvia» / Drª. Glória Marreiros – «O Algarvio Carlos da Maia e o Seu Contributo Para o Nascimento do Arsenal do Alfeite» / Dr. António Alberto Pereira Ramos – «Afonso Costa e Bartolomeu Constantino» (O Movimento Republicano e o Operário Algarvio em 1904) / Manuel Lourenço Soares – «Influencia Sócio-Cultural de Algarvios na Trafaria» / Drª. Fernanda Zeferino – «Corticeiros – Do Algarve Para a Margem Sul» (Subsídio para o Estudo das Migrações) / Drª. Maria Alfreda Cruz – «Reflexos da Mobilidade Algarvia na Identidade Regional da Margem Sul do Tejo» / José Rosa Figueiredo – «A Influência Algarvia no Nascimento da Baixa da Banheira» / Prof. Joaquim Sarmento – «Os Algarvios no Movimento Associativo na Margem Sul do Tejo» (A Casa do Algarve do Concelho de Almada) / Eng. Manuel Canelas – «O Algarve e a Regionalização» / Dr.Alexandre Castanheira – «Saúda por Mim os Queridos Lugares de Silves» (Um Migrante Anônimo em Almada) – Casa do Algarve do Concelho de Almada – Almada – 1996.Desc.[224] pág / 21 cm x 14,5 cm / Br. Ilust
Jaime Tome – O Código Penal Português nos Tribunais e Revistas da Metrópole e das Colônias e Código Penal e Disciplinar da Marinha Mercante – Imprensa Moderna, Lda – Porto – 1944. Desc.[657] pág / 23 cm x 17 cm / E. Tela
Daniel Danjon – Traité de Droit Maritime Vol.º (1) [Navies, Armateus, Équipages] / Traité de Droit Maritime Vol.º (2) [Capitaines, Responsabilités, Affrétement] / Traité de Droit Maritime Vol.º (3) [Affrétement, Passage, Avaries] /Traité de Droit Maritime Vol.º (4) [Abordages, Assistance, Assuranees] / Traité de Droit Maritime Vol.º (5) [Assurances, Prêt à la Grosse, Privilèges] / Traité de Droit Maritime Vol.º (6) [Hypothèques, Saisies, Prescription, Abordage, Assistance] – Librairie Générale de Droit Et de Jurisprudence – Paris – 1910/1916. Desc. 655 + 797 + 742 + 703 + 636 + 416 pág / 23 cm x 14 cm / E.Pele
Thor Heyerdahl – A Expedição «Kon-Tiki» (Uma Jangada Pelos Mares do Sul) «Traduzido por Agenor Soares de Moura» – Editorial Noticias – Lisboa – 1950. Desc. 314 pág / 21 cm x 15 cm / Br. Ilust.
Kon-Tiki foi o nome do barco utilizado pelo explorador norueguês Thor Heyerdahl (1914-2002), em sua expedição pelo Oceano Pacífico, partindo da América do Sul para a Polinésia, em 1947, com o intuito de demonstrar a possibilidade de que a colonização da Polinésia tinha sido realizada por via marítima por indígenas (ou nativos) da América do Sul. O nome do barco foi homenagem ao deus do sol inca, Viracocha, o qual era também chamado de “Kon-Tiki” pelos habitantes da Polinésia. A palavra “tiki” significa um deus, portanto, o deus Kon. Kon-Tiki é também o nome do livro que Heyerdahl escreveu sobre sua expedição. Heyerdahl defendia a tese de que os povos da América do Sul poderiam ter alcançado a Polinésia em tempos pré-colombianos. Seu objetivo foi demonstrar a possibilidade de que a colonização da Polinésia tinha sido realizada por via marítima da América do Sul, em jangadas idênticas ao barco utilizado durante a expedição, e conduzido apenas pelasmarés, correntes e força do vento, que é quase constante, na direção leste-oeste ao longo do Equador. No entanto, a expedição dispunha de equipamentos como rádio, relógios, mapas, sextantes e facas, ainda que os mesmos não fossem pertinentes ao tentar provar que uma jangada poderia fazer tal travessia. Aqueles instrumentos não influiram, contudo, no deslocamento do barco, apenas ajudaram na orientação e na comunicação com o continente, em caso de que houvesse algum acidente. A expedição Kon-Tiki foi financiada através de empréstimos, e contou com doações de militares do exército dos Estados Unidos. Heyerdahl viajou para o Peru, algum tempo antes, junto com um pequeno grupo de pessoas e dentro do espaço previsto pelas autoridades nacionais, se dedicava à construção da jangada. Para isso, foram utilizas toras de madeira balsa e outros materiais nativos, e manteve o estilo de construção indígena como visto nas imagens deixadas pelos conquistadores espanhóis.
António José da Costa Araújo – Relação da Viagem da Fragata «Nossa Senhora da Estrela» a Bissau em 1753 – Academia Portuguesa da História – Lisboa – 1952. Desc. 41 pág / 26,5 cm x 20,5 cm / Br.
Bernardo Santareno – Nos Mares do Fim do Mundo (Doze Meses com os Pescadores Bacalhoeiros Portugueses por Bancos da Terra Nova e da Gronelândia) – Edições Ática – Lisboa – 1957. Desc. 243 pág / 21 cm x 15 cm / E. Ilust. «1.ª Edição»
Obs: Nos Mares do Fim do Mundo foi, em grande parte, escrito a bordo do arrastão «David Melgueiro», na primeira campanha de 1957, a primeira também em que eu servi na frota bacalhoeira portuguesa, como médico. Mas depois desta, tomei parte numa segunda, em 1958, agora a bordo do «Senhora do Mar» e do navio-hospital «Gil Eannes», em que assisti sobretudo aos barcos de pesca à linha: Assim pude de facto conhecer, por vezes intimamente, todos os aspectos da vida dos pescadores bacalhoeiros portugueses, em mares da Terra Nova e da Gronelândia.
Pedro Quirino da Fonseca – As Origens da Caravela Portuguesa – Chaves Ferreira – Publicações, S.A. – Lisboa – 2003. Desc. 135 pág / 32 cm x 25 cm / E. Ilust.
José Maria Dantas Pereira – Elogio Histórico do Senhor D. Pedro Carlos de Bourbon e Bragança, Infante de Hespanha, e Portugal, Almirante General da Marinha Portugueza: Composto e Offercido a Muito Augusta Princesa a Senhora D. Maria Thereza Viuva do Mesmo Senhor – Na Impressão Regia – Rio de Janeiro – 1813. Desc. 70 pág + 2 Mapas / 20 cm x 14 cm / Br.
José Maria Dantas Pereira (Alenquer, 1 de Outubro de 1772 – Montpellier, 23 de Outubro de 1836), foi um oficial da armada português. Dantas Pereira assentou praça na armada na Companhia dos Guardas-Marinhas como aspirante a guarda-marinha, em 10 de Setembro de 1788, tendo frequentado com grande brilhantismo o respectivo curso. Posteriormente foi submetido a exame para tenente de mar na presença dos soberanos, de acordo com os costumes da época, saltando o posto de segundo tenente. Em 1790 foi nomeado professor de Matemática da Academia Real dos Guardas-Marinhas, instituição que antecedeu a hoje denominada Escola Naval, e professor do Infante D. Pedro Carlos de Bourbon. Em 1800 foi nomeado Comandante de Companhia dos Guardas-Marinhas. Dantas Pereira teve então uma acção decisiva na Companhia Real dos Guardas-Marinhas, à qual deu toda a sua dedicação, entusiasmo e competência, tudo planeando em pormenor com medidas de grande alcance pedagógico. Em 1802 criou a biblioteca da Companhia. Em 1807, sendo capitão-de-mar-e-guerra, e no quadro das Invasões Napoleónicas da Península Ibérica, embarcou para o Brasil na nau Conde D. Henrique II, um dos navios que acompanharam a Família Real, levando consigo alguns professores, a bandeira e todo o material didáctico e mobiliário da Companhia dos Guardas-Marinhas. Dantas Pereira instalou a Academia Real dos Guardas-Marinhas no Mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro. Após a sua instalação aí dedicou-se à dinamização da biblioteca deste estabelecimento de ensino que a torna a primeira biblioteca pública do Brasil. Em 1817 atingiu o posto de chefe de esquadra, oficial general cuja patente corresponde na actualidade à de Contra-Almirante. Em 1819 regressou a Portugal como membro do Conselho do Almirantado. Apesar de absolutista convicto, desempenhou funções no Conselho de Estado após a revolução de 1820 de cariz liberal. Após a aclamação de D. Miguel, em 1828, é nomeado representante da nobreza na Assembleia dos Três Estados. Dantas Pereira, no sentido de promover a eficácia do ensino, procurou reorganizar a Marinha Real adaptando-a à crescente evolução técnica verificada no primeiro quartel do século XIX. Foi, ainda, um dos mentores da Sociedade Real Marítima, instituição científica fundada em 1798 à qual competia a elaboração de cartas hidrográficas, militares, geográficas e hidráulicas. Além de brilhantes trabalhos de natureza matemática, foi um distinto académico, encontrando-se algumas das suas obras publicadas nas Memórias da Real Academia das Ciências de Lisboa, de que foi sócio correspondente desde 1792. Veio a ser eleito secretário da referida Academia em 1823, trabalhando nas suas Efemérides. Em 1827, devido à sua cultura, trato e prestígio foi eleito membro da Sociedade Filosófica de Filadélfia. Após a vitória da causa liberal, refugiou-se em Inglaterra e posteriormente em França, onde faleceu em 1836.
Porto do Funchal – Ministério das Obras Públicas – Direcção-Geral dos Serviços Hidráulicos – Direção dos Serviços Marítimo – Empresa Tipográfica ”Casa Portuguesa” – Lisboa – 1962. Desc. 56 pág. + 3 Mapas / 23 cm x 16 cm / Br. Ilust. «€15.00»
Porto do Aveiro – Ministério das Obras Públicas – Direcção-Geral dos Serviços Hidráulicos – Direção dos Serviços Marítimo – Empresa Tipográfica ”Casa Portuguesa” – Lisboa – 1959. Desc. 31 pág. + 1 Mapas / 23 cm x 16 cm / Br. Ilust. «€15.00»
D. Pablo Suarez Sanchez – Puerto de Alicante Memoria – Memoria Del Estado y Progresso de Las Obras 1947 – 1951 – Ministerio de Obras Publicas / Junta de Obras y Servicios Del Puerto de Alicante – Graficas Gutenberg – Alicante – 1952. Desc. 127 pág + 2 Mapas / 32 cm x 22,5 cm / E. Ilust – «Edição Limitada de 500 Exemplares – n.º 436»
Frederic P. Marjay – Matosinhos – Leixões – Edição Patrocinada pala Câmara Municipal de Matosinhos – Lisboa – 1964. Desc. 19 pág + 64 Ilustrações / 30 cm x 22 cm / E. Ilust.
António Miguel Galvão – Um Século de História da Companhia de Pescarias do Algarve – Tip. União – Faro – 1953. Desc. 173 + [2] Pág / 22 cm x 16 cm / E. Ilust
Eduardo Dias – Argonautas da Mancha «História de Grandes Exploradores e Corsários Britânicos» Livraria Clássica Editora – Lisboa – 1944/45. Desc. 279 + 297 + X + IX Ilust + 1 Mapa / 22 cm x 15 cm / Br. Ilust.
Gago Coutinho «Coordenação e Compilação de A. Teixeira da Mota» – Obras Completas de Gago Coutinho – Centro de Estudos de Cartografia Antiga – Junta de Investigação Científica do Ultramar – Lisboa – 1975. Desc. 602 + 528 pág / 29 cm x 20 cm / E. Ilust.