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  • Sangue Cunhama (Romance)

    Sangue Cunhama (Romance) (€35.00)

    António Pires – Sangue Cunhama (Romance) – Agência Geral das Colónias – Lisboa – 1949.Desc.(176)Pág.Br.

     

     

     

     

    António Pires

    António Pires (10 de novembro de 1916) foi um escritor e jornalista português. Nascido a 10 novembro de 1916, foi para Angola em 1924, com a idade incompleta de 8 anos. Em 1965 contava com quarenta e um anos de permanência naquela ex-província ultramarina portuguesa, onde constituiu família e se estabeleceu definitivamente. Aos 16 anos iniciou-se no jornalismo como um dos fundadores do jornal académico de Luanda, «O Estudante». Aos 23 anos iniciou a sua actividade como jornalista profissional, ingressando em 1938 na redacção do «Diário de Luanda», onde se manteve até 1945, ano em que deixo o Jornalismo profissional para se dedicar a outras actividades. Nunca mais, porém, deixou de escrever para os jornais. Assim, em 1954, voltou ao profissionalismo para ingressar na redacção de «A Província de Angola», primeiro como Chefe de Redacção e, passado pouco tempo, como Subdirector no exercício efectivo da Direcção, entre 1958 a 1964. Durante oito anos consecutivos, de 1948 a 1956, foi membro do conselho de Governo de Angola, com duas reeleições sucessivas, distinguindo-se por uma colaboração ativa e de relevo na discussão de numerosos problemas económicos e sociais de Angola. Participou em numerosas conferências, e em 1955 tomou parte no 1º Congresso de Economistas Portugueses realizado em Luanda, apresentando e defendendo uma tese «Aproveitamento das matérias-primas de Angola dentro do critério de unidade económica nacional». Depois de um breve interregno desde meados de 1964, sem contudo deixar nunca de colaborar na Imprensa de Angola, voltou ao profissionalismo como Editor e Director de um semanário especializado, «Actualidade Económica», de sua criação e propriedade. Aliás, foi predominantemente no sector económico que António Pires marcou sempre lugar destacado, não só no jornalismo de Angola, como mesmo na vida pública e política do território. Assim o atestam dois ensaios – «Angola e Mercado Comum Europeu» e «A Questão Cambial de Angola», publicados respectivamente em 1958 e 1959, o último dos quais galardoado com o «Prémio Angola», concedido pelo Instituto Cultural de Angola para «obras de mérito excepcional». Correspondente, também de jornais estrangeiros como o «New York Times» e de agências noticiosas como a «France Presse», «United Press» e ANI, António Pires fui sem dúvida, um dos jornalistas de Angola mais conhecido no estrangeiro naquele época, tendo visitado demoradamente o Brasil a República de África do Sul sob convites oficiais, além de viagens profissionais à antiga Rodésia, Congo ex-belga e ex-francês, e visitas rápidas a Madrid, Paris, Roma, Bruxelas e a Nova Iorque. Posteriormente realizou visitas, sob convites oficiais, à República Federal Alemã (1968 e 1973), Áustria (1968 e 1975), Estados Unidos (1974) com incidência nos setores económicos, financeiros e industriais daqueles países, e deslocações profissionais à Inglaterra, Dinamarca, Holanda, Bélgica, Noruega, França, Itália e Suíça, bem como a vários países francófonos e anglófonos da África, como a então República Popular do Congo (Brazaville), República Democrática do Zaire (Kinshasa), Gabão, Camarões e Costa do Marfim, Zâmbia, Tanzânia e Nigéria, bem como às ex-colónias portuguesas da Guiné, Cabo Verde, São Tomé e Moçambique. Fez parte da caravana jornalística que acompanhou a visita do então Presidente da República Portuguesa, Marechal Craveiro Lopes, ao Brasil, em 1957, tendo voltado a este país em 1972 e 1973. Entre outras actividades estranhas ao jornalismo ou à literatura, foi Subinspector e Inspector Interino da Companhia Nacional de Navegação de Angola, e Administrador da Companhia da África Ocidental Portuguesa.

     


  • O Sonho de Sagres-2

    O Sonho de Sagres (€15.00)

    Eugénio Silva – O Sonho de Sagres (Romance Cinematográfico Escrito Para o Concurso Internacional de Novelas e Romances Cinematográficos Aberto na Alemanha Por Ocasião dos Jogos Olímpicos de 1944) – Tipografia “Minerva” Gaspar Pinto de Sousa & Irmão – V. N. de Famalicão – 1936.Desc.(156)Pág.E.Original (€15


  • Drummond Mais Seis Poetas e Um Problema

    Drummond Mais Seis Poetas e Um Problema (€15.00)

    António Houaiss – Drummond Mais Seis Poetas e Um Problema – Imago Editora, Ltda – Rio de Janeiro – 1976.Desc.(259)Pág.Br.”Autografado”

     

     

     

    Antônio Houaiss

    Antônio Houaiss (Rio de Janeiro, 15 de outubro de 1915 – Rio de Janeiro, 7 de março de 1999) foi um destacado intelectual brasileiro — filólogo, crítico literário, tradutor, diplomata, enciclopedista e ministro da cultura do Brasil no governo Itamar Franco. Houaiss era o quinto de sete filhos de um casal de imigrantes libaneses, Habib Assad Houaiss e Malvina Farjalla, radicados no Rio de Janeiro. Com dezesseis anos, começou a leccionar português, atividade que exerceu durante toda sua vida.Autor de dezenove livros, Houaiss organizou e elaborou duas das enciclopédias mais importantes já feitas no Brasil, a Delta-Larousse e a Mirador Internacional. Publicou dois dicionários bilíngues inglês-português, organizou a primeira edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), da Academia Brasileira de Letras. Entre seus trabalhos de tradução está o romance Ulisses, de James Joyce. Ocupou diversos cargos importantes como presidente da Academia Brasileira de Letras, ministro da Cultura no governo do presidente Itamar Franco e membro da Academia das Ciências de Lisboa. A revista Veja chegou a defini-lo como o “maior estudioso das palavras da língua portuguesa nos tempos modernos”. Em fevereiro de 1986, iniciou o projeto do Grande dicionário Houaiss da língua portuguesa, seu magnum opus. Houve uma interrupção de cinco anos, por falta de recursos financeiros, de 1992 até março de 1997, quando então fundou o Instituto Antônio Houaiss de Lexicografia e Banco de Dados da Língua Portuguesa S/C Ltda., com Francisco Manoel de Mello Franco e Mauro de Salles Villar. Antônio Houaiss faleceu em 7 de março de 1999, sendo os trabalhos lexicográficos concluídos pelo Instituto, em dezembro de 2000. O Grande Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa veio a lume em 2001.

     

    Carlos Drummond de Andrade

    Carlos Drummond de Andrade (Itabira, 31 de outubro de 1902 – Rio de Janeiro, 17 de agosto de 1987) foi um poeta, farmacêutico, contista e cronista brasileiro, considerado por muitos o mais influente poeta brasileiro do século XX. Drummond foi um dos principais poetas da segunda geração do modernismo brasileiro, embora sua obra não se restrinja a formas e temáticas de movimentos específicos. Os temas de sua obra são vastos e empreendem desde questões existenciais, como o sentido da vida e da morte, passando por questões cotidianas, familiares e políticas, como o socialismo, dialogando sempre com correntes tradicionais e contemporâneas de sua época. As características formais e estilísticas de sua obra também são vastas, destacando-se, por vezes, o dialeto mineiro. Drummond nasceu na cidade de Itabira, em Minas Gerais. Sua memória dessa cidade viria a permear parte de sua obra. Seus antepassados, tanto do lado materno como paterno, pertencem a famílias de origem escoto-madeirense há muito tempo estabelecidas no Brasil. Posteriormente, foi estudar no Colégio Arnaldo, em Belo Horizonte, e no Colégio Anchieta, dos jesuítas, em Nova Friburgo. Formado em farmácia pela Universidade Federal de Minas Gerais, com Emílio Moura e outros companheiros, fundou “A Revista”, para divulgar o modernismo no Brasil. No mesmo ano em que publica a primeira obra poética, “Alguma poesia” (1930), o seu poema Sentimental é declamado na conferência “Poesia Moderníssima do Brasil”,. feita no curso de férias da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, pelo professor da Cadeira de Estudos Brasileiros, Dr. Manoel de Souza Pinto, no contexto da política de difusão da literatura brasileira nas Universidades Portuguesas. Nos anos 1940, Drummond ingressou nas fileiras do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e chegou a dirigir um jornal do Partido no Rio de Janeiro, onde realizou uma entrevista com o dirigente do partido Luis Carlos Prestes ainda na cadeia.Existe colaboração de sua autoria no semanário Mundo Literário (1946–1948) e na revista luso-brasileira Atlântico. Durante a maior parte da vida, Drummond foi funcionário público, embora tenha começado a escrever cedo e prosseguisse escrevendo até seu falecimento, que se deu em 1987 no Rio de Janeiro, doze dias após a morte de sua filha. Além de poesia, produziu livros infantis, contos e crônicas. Sua morte ocorreu por infarto do miocárdio e insuficiência respiratória. Drummond, como os modernistas, segue a libertação proposta por Mário de Andrade e Oswald de Andrade; com a instituição do verso livre, mostrando que este não depende de um metro fixo. Se dividirmos o modernismo numa corrente mais lírica e subjetiva e outra mais objetiva e concreta, Drummond faria parte da segunda, ao lado do próprio Oswald de Andrade. Quando se diz que Drummond foi o primeiro grande poeta a se afirmar depois das estreias modernistas, não se está querendo dizer que Drummond seja um modernista. De fato, herda a liberdade linguística, o verso livre, o metro livre, as temáticas cotidianas.Sobre a poesia política, algo incipiente até então, deve-se notar o contexto em que Drummond escreve. A civilização que se forma a partir da Guerra Fria está fortemente amarrada ao neocapitalismo, à tecnocracia, às ditaduras de toda sorte, e ressoou dura e secamente no eu artístico do último Drummond, que volta, com frequência, à aridez desenganada dos primeiros versos: A poesia é incomunicável / Fique quieto no seu canto. / Não ame. Muito a propósito da sua posição política, Drummond diz, curiosamente, na página 82 da sua obra “O Observador no Escritório”, Rio de Janeiro, Editora Record, 1985, que “Mietta Santiago, a escritora, expõe-me sua posição filosófica: Do pescoço para baixo sou marxista, porém do pescoço para cima sou espiritualista e creio em Deus.” No final da década de 1980, o erotismo ganha espaço na sua poesia até seu último livro.

     

     

     

     


  • A Recepção Literária de H.Heine no Romantismo Português (De 1844 a 1871)-1871

    A Recepção Literária de H.Heine no Romantismo Português (De 1844 a 1871) (€35.00)

    Maria Manuela Gouveia Delile – A Recepção Literária de H.Heine no Romantismo Português (De 1844 a 1871) – Imprensa Nacional-Casa da Moeda – Lisboa – 1984.Desc.(777)Pág.Br.


  • Os Romances de Alves Redol (Ensaios de Interpretação)

    Os Romances de Alves Redol (Ensaios de Interpretação)(€16.00)

    Alexandre Pinheiro Torres – Os Romances de Alves Redol (Ensaios de Interpretação) (Margens do Texto 7) – Soares Editores – Lisboa – 1979.Desc.(371)Pág.Br.Ilust

     

     

     

     

    Alexandre Maria Pinheiro Torres

    Alexandre Maria Pinheiro Torres (Amarante, 27 de dezembro de 1921 – Cardiff, 3 de agosto de 1999)  foi um escritor, historiador de literatura, crítico literário português do movimento neo-realista. Filho de João Maria Pinheiro Torres e de Margarida Francisca da Silva Pinheiro Torres, estudou na Universidade do Porto, onde se bacharelou em Ciências Físico-Químicas. Mais tarde, na Universidade de Coimbra, licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas. Foi um dos fundadores da revista A Serpente. Enquanto residia em Coimbra, conviveu em com diversos poetas da sua época. Esse grupo de poetas tiveram parte das suas obras poéticas reunidas no Novo Cancioneiro. Entre 1951 e 1961 foi casado com a poeta Leonor de Almeida. Foi professor do ensino secundário até ao momento em que foi obrigado a exilar-se no Brasil. A partir de 1965 esse exílio foi continuado em Cardiff (País de Gales), onde foi professor na Faculdade de Cardiff. O exílio de Pinheiro Torres foi consequência de ter sido proibido de ensinar em Portugal, pelo regime salazarista. Essa proibição foi consequência de o escritor, quando convidado pela Sociedade Portuguesa de Escritores para fazer parte em 1965 do júri do Grande Prémio de Ficção, ter querido atribuir esse prémio à obra “Luuanda” de Luandino Vieira, que estava preso no Tarrafal em Cabo Verde pela prática de crimes políticos. Com efeito, Alexandre Pinheiro Torres chegou a ser detido e interrogado no Aljube, na sequência destes acontecimentos. Este exílio só seria quebrado quando regressava a Portugal em férias ou de passagem. De acordo com Eunice Cabral, na recensão que fez ao romance «Vai Alta a Noite» em 1997 para o jornal Público, este momento terá marcado profundamente a obra de Pinheiro Torres, que terá passado a perfilhar abertamente uma posição crítica do Estado Novo e da sociedade portuguesa. Em todo o caso, a autora Agustina Bessa-Luís, conterrânea e conhecida de Pinheiro Torres, concordando com a autora, fez a obtemperação de que noutras obras de ficção, particularmente no «Adeus às Virgens», aquele não deixou de transparecer um saudosismo ternurento pela terra-natal. Na Universidade de Cardiff em 1970, criou a disciplina “Literatura Africana de Expressão Portuguesa”. Foi a primeira universidade inglesa a ter essa disciplina. Em 1976 fundou um departamento designado por “Departamento de Estudos Portugueses e Brasileiros”. Ao longo da sua vida traduziu Hemingway e de D. H. Lawrence. A Sociedade Portuguesa de Autores fez, em 27 de novembro de 1997, uma sessão solene de homenagem comemorando os 50 anos de vida literária do escritor.