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  • História e Utopia – Estudos Sobre Vieira

    História e Utopia – Estudos Sobre Vieira (€15.00)

    António José Saraiva – História e Utopia – Estudos Sobre Vieira – Ministério da Educação / Instituto de Cultura e Língua Portuguesa – Lisboa – 1992.Desc.(109)Pág.Br

     

     

     

     

    António José Saraiva

    António José Saraiva (Leiria, Leiria, 31 de dezembro de 1917 – Lapa, Lisboa, 17 de março de 1993) foi um Professor ‘Emeritus’ e Historiador de literatura portuguesa. Nasceu a 31 de dezembro de 1917 na Calçada de Santo Estêvão, na cidade, freguesia e concelho de Leiria. Era o segundo de sete filhos de José Saraiva (1881–1962), um professor do ensino liceal, agnóstico e de formação positivista, e de sua mulher (casados em Lisboa, em 8 de novembro de 1913) Maria da Ressurreição Baptista (Donas, Fundão, 9 de março de 1883 — Mercês, Lisboa, 18 de agosto de 1961), uma católica devota. Era irmão mais velho do historiador José Hermano Saraiva, de quem sempre foi muito próximo. A sua família transferiu-se de Leiria para Lisboa, tinha António José Saraiva 15 anos. Finalizou os estudos liceais no Liceu Gil Vicente. Estudou na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa  onde se doutorou em Filologia Românica, em 1942, com a tese Gil Vicente e o Fim do Teatro Medieval. A 16 de outubro de 1943, casou na igreja paroquial de Santa Maria de Belém (igreja do Mosteiro dos Jerónimos), em Lisboa, com Maria Isabel da Silva Granate Lopes de Paula (Santa Maria de Belém, Lisboa, 4 de setembro de 1920 – Alcântara, Lisboa, 4 de dezembro de 2014), professora do ensino secundário, filha de Virgílio Marques Lopes de Paula (Santa Catarina, Lisboa, 3 de setembro de 1890 – 9 de junho de 1951), médico da Presidência da República, fundador e treinador do Clube de Futebol Os Belenenses e dirigente da Federação Portuguesa de Futebol, e de Alda Hortense Guimarães Granate Lopes de Paula, natural de Lisboa (freguesia de Santo André, posteriormente freguesia da Graça). Do casamento nasceram três filhos: António Manuel, José António (mais tarde jornalista) e Pedro António Saraiva. Os dois divorciaram-se por sentença transitada em julgado a 10 de novembro de 1975, no entanto, já viriam separados desde 1958. Em Lisboa conhece Óscar Lopes, com quem escreverá, em coautoria, a História da Literatura Portuguesa, publicada pela 1.ª vez em 1955. Opositor ao salazarismo, foi militante do Partido Comunista Português. A sua posição política levou à sua expulsão do ensino universitário, passando a lecionar no liceu onde o pai era reitor, o liceu Passos Manoel. No entanto, em 1949, é demitido por apoiar a candidatura de Norton de Matos e por pertencer ao PCP. Apoiou a candidatura do general Norton de Matos à Presidência da República, em 1949. Nesse ano foi preso e impedido de ensinar. Durante os anos seguintes, viveu exclusivamente das suas publicações e da colaboração em jornais e revistas, nomeadamente no semanário Mundo Literário (1946-1948) e na revista Litoral (1944-1945). Exilou-se na França em 1961, tendo em 1970 ido viver para os Países Baixos, onde, por empenho do seu antigo aluno e escritor José Rentes de Carvalho, leccionou na Universidade de Amsterdão. Regressado a Portugal, após o 25 de Abril, tornou-se professor catedrático da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e depois da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Em 1978, apresentou na RTP1 o programa de História de Portugal Este Portugal Que Somos. António José Saraiva publicou uma vastíssima e importante obra, considerada uma referência nos domínios da história da literatura e da história da cultura portuguesas, amadurecida quer na edição de obras e no estudo de autores individualizados (Camões, Correia Garção, Cristóvão Falcão, Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Fernão Lopes, Fernão Mendes Pinto, Gil Vicente, Eça de Queirós, Oliveira Martins), quer através da publicação de obras de grande fôlego como a História da Cultura em Portugal ou, de parceria com Óscar Lopes, a História da Literatura Portuguesa. Foi também sobrinho, pelo lado da mãe, de José Maria Hermano Baptista, militar centenário (1895-2002, viveu até aos 107 anos)., o último veterano português sobrevivente que combateu na Primeira Guerra Mundial. Morreu a 17 de março de 1993, na sede da Associação Portuguesa de Escritores, na freguesia da Lapa, em Lisboa, a meio do discurso de agradecimento do Prémio Ensaio do Penclube Português, pela sua obra “A Tertúlia Ocidental”, em frente da plateia que o escutava, não tendo resistido à emoção sentida ao falar do seu pai.

     

     

     

     


  • Os Romances de Alves Redol (Ensaios de Interpretação)

    Os Romances de Alves Redol (Ensaios de Interpretação)(€16.00)

    Alexandre Pinheiro Torres – Os Romances de Alves Redol (Ensaios de Interpretação) (Margens do Texto 7) – Soares Editores – Lisboa – 1979.Desc.(371)Pág.Br.Ilust

     

     

     

     

    Alexandre Maria Pinheiro Torres

    Alexandre Maria Pinheiro Torres (Amarante, 27 de dezembro de 1921 – Cardiff, 3 de agosto de 1999)  foi um escritor, historiador de literatura, crítico literário português do movimento neo-realista. Filho de João Maria Pinheiro Torres e de Margarida Francisca da Silva Pinheiro Torres, estudou na Universidade do Porto, onde se bacharelou em Ciências Físico-Químicas. Mais tarde, na Universidade de Coimbra, licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas. Foi um dos fundadores da revista A Serpente. Enquanto residia em Coimbra, conviveu em com diversos poetas da sua época. Esse grupo de poetas tiveram parte das suas obras poéticas reunidas no Novo Cancioneiro. Entre 1951 e 1961 foi casado com a poeta Leonor de Almeida. Foi professor do ensino secundário até ao momento em que foi obrigado a exilar-se no Brasil. A partir de 1965 esse exílio foi continuado em Cardiff (País de Gales), onde foi professor na Faculdade de Cardiff. O exílio de Pinheiro Torres foi consequência de ter sido proibido de ensinar em Portugal, pelo regime salazarista. Essa proibição foi consequência de o escritor, quando convidado pela Sociedade Portuguesa de Escritores para fazer parte em 1965 do júri do Grande Prémio de Ficção, ter querido atribuir esse prémio à obra “Luuanda” de Luandino Vieira, que estava preso no Tarrafal em Cabo Verde pela prática de crimes políticos. Com efeito, Alexandre Pinheiro Torres chegou a ser detido e interrogado no Aljube, na sequência destes acontecimentos. Este exílio só seria quebrado quando regressava a Portugal em férias ou de passagem. De acordo com Eunice Cabral, na recensão que fez ao romance «Vai Alta a Noite» em 1997 para o jornal Público, este momento terá marcado profundamente a obra de Pinheiro Torres, que terá passado a perfilhar abertamente uma posição crítica do Estado Novo e da sociedade portuguesa. Em todo o caso, a autora Agustina Bessa-Luís, conterrânea e conhecida de Pinheiro Torres, concordando com a autora, fez a obtemperação de que noutras obras de ficção, particularmente no «Adeus às Virgens», aquele não deixou de transparecer um saudosismo ternurento pela terra-natal. Na Universidade de Cardiff em 1970, criou a disciplina “Literatura Africana de Expressão Portuguesa”. Foi a primeira universidade inglesa a ter essa disciplina. Em 1976 fundou um departamento designado por “Departamento de Estudos Portugueses e Brasileiros”. Ao longo da sua vida traduziu Hemingway e de D. H. Lawrence. A Sociedade Portuguesa de Autores fez, em 27 de novembro de 1997, uma sessão solene de homenagem comemorando os 50 anos de vida literária do escritor.

     


  • Cadernos Vianenses

    Cadernos Vianenses (€20.00)

    Cadernos Vianenses (Notícia do Passado e do Presente da Região de Viana do Castelo) Tomo VI – Dr.Francisco Cyne de Castro – Bento Maciel Parente (Uma Anotação ao Portugal Antigo e Moderno) / Felipe Fernandes – Elogio dos Famosos Estucadores de Viana / Severino Costa – Alberto de Sousa Machado / Adelino Tito de Morais – Notas Históricas Sobre Ponte de Lima /  Afonso do Paço – Evocando Um Vianense Notável /  Maria Emília Sena de Vasconcelos – Pequena Nota Sobre o Advento do Automóvel em Viana / Maria Augusta Eça D’Alpuim – Transferência da Paróquia de Nossa Senhora de Monserrate /  Dr.António de Matos Reis – O Museu de Viana do Castelo /  Dr. José Crespo – Arte. Etnografia. História. memórias de Tempos Vividos pelourinhos. Cruzeiros. Forcas. / Dr. João Baptista Gonçalves da Silva – Arquétipos da Vivência Minhota (Análise psicológica dos Ditados Populares) / Matias de Barros – Ponte Lima – Vila Histórica, Vila Bela do Alto Minhoto /  Maria Vaz Pereira – O Batalhão de Caçadores 9 (Breve Resenha) /  Dr.jaime Cepa Machado – Documentação… Quinta e Torre da Silva – Valença / Francisco José Carneiro Fernandes – Capelas de Viana /  Tiago Augusto de Almeida – Cinco Médicos de Viana Que Foram Notáveis Fora de Viana / Amadeu Costa – Coisas da Nossa Ribeira – O Senhor dos Passos da Matriz – Lendas e Não Só… /  Dr. A. de Almeida Fernandes – toponímia Vianense  – Edição do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal – Viana do Castelo – !981.Desc.(348)Pág.Br.Ilust


  • Os Anos de Ouro do Acordeão no Algarve (Evocação de Dez Anos de galas 1990-2000)-2000

    Os Anos de Ouro do Acordeão no Algarve (Evocação de Dez Anos de galas 1990-2000) (€13.00)

    Arménio Aleluia Martins – Os Anos de Ouro do Acordeão no Algarve (Evocação de Dez Anos de galas 1990-2000) – Edigarbe – 2001.Desc.(112)Br.Ilust


  • Antonio Francisco Barata (Noticia Bio-Bibliográfica Com Alguns Inéditos)

    Antonio Francisco Barata (Noticia Bio-Bibliográfica Com Alguns Inéditos)(€15.00)

    Maria Paredes Ramos – Antonio Francisco Barata (Noticia Bio-Bibliográfica Com Alguns Inéditos) – Tip. de Ventura Cardoso – Cucujões / Oliveira de Azeméis / Livraria Castro e Silva – Depositária – Lisboa – 1945.Desc.(55)Pág.Br.Ilus

     

     

     

    António Francisco Barata

    António Francisco Barata nasceu em 1 de janeiro de 1836, em Góis, onde aprendeu os primeiros elementos da instrução primária. Em 1848, com 12 anos, vai para Coimbra trabalhar numa barbearia. Graças à sua sede de aprender e enorme curiosidade, conseguiu, sem nunca ter tido acesso a uma educação formal, adquirir uma das mais sólidas formações intelectuais em variados domínios (história, arqueologia, genealogia, heráldica, filologia, bibliografia, literatura, etc.). Trabalhando sempre como barbeiro, conviveu com os grandes vultos da academia de Coimbra do seu tempo (como, entre outros, João de Deus, Tomás Ribeiro, Augusto Filipe Simões, Cândido de Figueiredo, Augusto César Barjona de Freitas, Rodrigo Veloso, Francisco António Rodrigues de Gusmão) e com outros autodidatas como ele (Joaquim Martins de Carvalho, Olímpio Nicolau Rui Fernandes e Manuel da Cruz Pereira Coutinho), participando com todos em diversas publicações periódicas. Publicou mais de duas centenas de obras e opúsculos (romances, teatro, poesia, história, filologia, genealogia, biografias, arqueologia, epigrafia, etc.) e várias centenas de artigos em publicações periódicas.

     

     

     

     

     

     

     

     

     


  • D.Amélia de Orléans e Bragança (Princesa de França & Rainha de Portugal)

    D.Amélia de Orléans e Bragança (Princesa de França & Rainha de Portugal)(€12.00)

    Eurico Carlos Esteves Lage Cardoso – D.Amélia de Orléans e Bragança (Princesa de França & Rainha de Portugal) – Edição de Autor – Lisboa – 2004.Desc.(84)Pág. + (16)Gravuras.Br.Ilust


  • Ecos Das Primeiras Jornadas Luso-Brasileiras de Engenharia Civil

    Ecos Das Primeiras Jornadas Luso-Brasileiras de Engenharia Civil(€15.00)

    Eng.Augusto Lindenberg & Eng Alberto Prado Guimarães – Ecos Das Primeiras Jornadas Luso-Brasileiras de Engenharia Civil (Realizada em Portugal e Províncias Ultramarinas em 1960) – Palestra e Artigos Publicados na Revista “Engenharia” Órgão do Instituto deEngenharia de São Paulo – São Paulo – 1961.Desc.(80)Pág.Br


  • Evocação de Sophia

    Evocação de Sophia(€10.00)

    Alberto Vaz da Silva – Evocação de Sophia (Prefácio: maria Velha da Costa & José Tolentino Mendonça) – Assírio & Alvim – Lisboa – 2009.Desc.(105)Pág.Br

     

     

     

    Alberto Vaz da Silva (Lisboa, 7 de agosto de 1936 — Lisboa, 7 de julho de 2015) foi um grafólogo, crítico literário, tradutor e crítico de cinema português.Nasceu na cidade de Lisboa, em 7 de Agosto de 1936.Concluiu uma licenciatura em Direito.Exerceu como advogado durante cerca de trinta e cinco anos, tendo-se reformado em 1994, passando então a dedicar-se à grafologia. Destacou-se como humanistae grafólogo, tendo ocupado o posto de director no Gabinete de Grafologia do Centro Nacional de Cultura. Em 2001 foi entrevistado pelo jornal Público como um especialista em grafologia, tendo explicado a importância do estudo da caligrafia como uma forma de «descobrir as transformações que a vida operou na pessoa: se foi fiel ao seu temperamento à nascença ou se, pelo contrário, ficou aquém ou além do que o que era esperado», acrescentando que «as diferentes formas de escrita reflectem claramente as apetências profissionais dos indivíduos» e que « Grafologia permite-nos ver a história da infância com uma lucidez e precisão absolutas». Segundo Alberto Vaz da Silva, a escrita era um complemento ao diagnóstico de vários problemas de saúde, como cancros e doenças de pele, uma vez que os estudos tinham encontrado traços comuns nos indivíduos que tinham a doença e nos que a poderiam ter no futuro. Questionado sobre a possibilidade da grafologia ser aceite em território nacional parte do currículo do ensino superior, respondeu que «É meramente uma questão de tempo, porque tenho a certeza do poder curativo deste trabalho. Quando, por exemplo, a classe médica perceber o instrumento que tem… aliás, começo a ter nos meus cursos muita gente ligada à Psicologia – a Grafologia dá-lhes a parte do inconsciente que a universidade não dá». Presidiu ao Grande Conselho / Conselho das Artes, igualmente no Centro Nacional de Cultura. Manifestou também interesse nos campos da astronomia e na astrologia, foi um crítico literário e escreveu sobre cinema, tendo os seus textos sido compilados e disponibilizados pela Cinemateca Portuguesa. Também foi escritor, tendo publicado crónicas, ensaios e romances.Casou em 1959 com a jornalista e política Helena Vaz da Silva, que faleceu em 2002, tendo gerado quatro filhos. Tal como a esposa, assumiu-se como um católico progressista, tendo sido responsáveis pela fundação de uma revista dedicada ao tema, O Tempo e o Modo, que reuniu vários autores católicos que se destacaram como grandes nomes da cultura nacional, como João Bénard da Costa, Pedro Tamen, Manuel António dos Santos Lourenço, Nuno Bragança, José Pedro Pinto Leite, Manuel Lucena, Mário Murteira e António Alçada Baptista. que foi considerada como uma das principais publicações que se opôs à ditadura. Ambos estiveram igualmente envolvidos na publicação da revista cultural Raiz e Utopi,que tinha sido lançada em 1977 por António José Saraiva, num período de grandes agitações políticas e sociais, após a Revolução de 25 de Abril de 1974 e o Verão Quente de 1975. Faleceu em 7 de Julho de 2015, aos 79 anos de idade, devido a um cancro. Na sequência do seu falecimento, foi homenageado pelo Centro Nacional de Cultura, tendo sido considerado por Guilherme d’Oliveira Martins como «uma personalidade fascinante», que foi «um cultor da melhor amizade, como da melhor literatura e da melhor arte», e destacou a sua carreira como um crítico literário.