
El-Bokhari – Selecção de Hadiths – Tradições Muçulmanas – Versão Portuguesa Resumida – Edição Popular – Província pelo Governo-Geral de Moçambique – 1972. Desc. 244 pág / 22 cm x 16 cm / Br. «Raro»
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Conde Chioco – Taúlo «Capa e Ilustrações de José Padúa» – Edição de M. Salema & Carvalho, Lda – Beira – Moçambique – S/D. Desc. 124 pág / 20,5 cm x 16 cm / Br. Ilust
José Carlos Pádua Cidade da Beira,13 de Maio de 1934), é um artista plástico português. Viveu até 1977 na Cidade da Beira. Em 1966 foi eleito pelo jornal A Tribuna o Artista Plástico Moçambicano do Ano, pelo assinalável e multifacetado conjunto de obras que nesse mesmo ano realizou como pintor, decorador, ilustrador e gravador. Entre 1974 e 1978 trabalhou exclusivamente para a Galeria de Arte R. Renie, Harare, Zimbabué. A partir de 1977 passou a residir em Portugal, mantendo no entanto uma forte ligação com Moçambique, onde realizou exposições individuais de pintura em 1996 e 1998. Foi bolseiro da fundação Calouste Gulbenkian em 1979, 1980 e 1981, num curso de litografia e gravura em metal. Em 1980 e 1981 foi distinguido pela Câmara Municipal de Lisboa com o 2.º e 1.º Prémios, respectivamente, em exposições colectivas sobre temas de Lisboa. É autor de inúmeras ilustrações em jornais, revistas e livros e de trabalhos na área da escultura e da azulejaria, bem como de murais em cimento em Moçambique (Aeroportos de Maputo e da Beira, Banco Pinto & Sotto Mayor, Montepio de Moçambique, Banco de Crédito Comercial e Industrial, entre outros). e no Bank of Lisbon & South Africa em Joanesburgo. Está representado no Museu Nacional de Arte (Maputo), Museu de Pintura (Beira), no Museu Nacional de Arte Contemporânea (Lisboa) e em várias colecções particulares em Moçambique, Portugal, Espanha, Suécia, Brasil, Canadá, EUA, Reino Unido, Japão, Israel, África do Sul, Zimbábuè, Venezuela, etc. Fez a ilustração da capa do livro “Afrozambeziando Ninfas e Deusas” de Delmar Maia Gonçalves. Tem participação em inúmeras exposições colectivas em Portugal e no estrangeiro. Foi homenageado no III Encontro de Escritores Moçambicanos na Diáspora em 2010 e é Membro Honorário do Círculo de Escritores Moçambicanos na Diáspora desde 2011.
D. António de Barroso – Missionário / Cientista / Missiólogo «Selecção Introdução e Notas por António Brásio» – António Brásio – Centro de Estudos Históricos Ultramarinos – Lisboa – MCMLXI. Desc. LIII + 685 pág + 19 Gravuras / 24,5 cm x 17 cm / Br. Ilust.
António José de Sousa Barroso (Remelhe, Barcelos, 5 de Novembro de 1854 – Porto, 31 de Agosto de 1918) foi missionário em África, bispo de São Tomé de Meliapor e enfim bispo do Porto. Aos 17 anos de idade vai estudar no seminário de Braga, e daqui transferido em 1873 para o Real Colégio das Missões Ultramarinas de Cernache do Bonjardim, onde se ordenou em 1879. Foi missionário cientista em Angola e em Moçambique. O seu relatório de 1894, sobre o “Padroado de Portugal em África” patenteia o valor da sua acção como bispo missionário. Em 1899, será bispo do Porto. Em 1911, quando foi dada a conhecer a «Pastoral do Episcopado Português», em que se afirma desacordo com alguma Legislação do Governo, reaviva-se a luta anti-clerical. Os governadores civis proíbem a leitura dessa pastoral e, por desobediência a essa proibição, são presos dezenas de párocos. E o próprio bispo do Porto foi preso e levado, sob custódia, a Lisboa. Sempre afirmando a determinação apostólica, D. António Barroso conhecerá depois o exílio, de onde só voltará em 1914, para, afinal, voltar a ser exilado em 1917.
Eng. Manuel Pimentel Pereira dos Santos – A Intervenção do Laboratório na Construção de Estradas em Moçambique – Agência Geral do Ultramar – Lisboa – 1951. Desc. 33 pág + 4 Estampas / 23,5 cm x 16 cm / Br. Ilust.
C. de Melo Vieira – Colónia de Moçambique a Agricultura – Publicada pela Comissão Encarregada da Representação da Colónia / 1.ª Exposição Colonial Portuguesa – Porto – 1934 – Imprensa Nacional de Moçambique – Lourenço Marques – 1934. Desc. 40 pág / 25 cm x 17 cm / Br. Ilust
José Laudino Vieira – Luuanda – Editora e Distribuidora «EROS», Lda – Belo Horizonte – Brasil. Desc. 165 pág / 19 cm x 13,5 cm / Br. «1.ª Edição Brasileira»
José Luandino Vieira, pseudónimo literário de José Vieira Mateus da Graça (Vila Nova de Ourém, 4 de maio de 1935) é um escritor angolano. Português de nascimento, passou a juventude em Luanda, onde concluiu os estudos secundários. Durante a Guerra Colonial, combateu nas fileiras do MPLA, contribuindo para a criação da República Popular de Angola. Detido pela PIDE, pela primeira vez em 1959, foi um dos acusados do Processo dos 50, acabando condenado a catorze anos de prisão, em 1961. Antes disso a Sociedade Portuguesa de Escritores, então presidida por Jacinto do Prado Coelho, atribuiu-lhe o Grande-Prémio de Novela Camilo Castelo Branco, pela sua obra Luuanda. Depois de os principais jornais do país noticiarem o galardão, a Direcção dos Serviços de Censura detectou a gaffe política e proibiu qualquer referência ao prémio sem um enquadramento crítico face ao escritor, aos membros do júri e da própria SPE, que viria a ser extinta a 21 de Maio de 1965. Na sua edição de 23 de Maio, o Jornal do Fundão noticiou os prémios, elogiando fortemente os vencedores, incluindo Luandino, e recusando qualquer referência ao estatuto criminal do escritor. O periódico foi suspenso durante seis meses, multado, a sua caução aumentou exponencialmente e foi obrigado a apresentar as provas à delegação de Lisboa dos Serviços de Censura e não de Castelo Branco. Só viria a retomar a normalidade no final de Novembro de 1965, após exposições do director ao Presidente do Conselho. Em 2009, numa rara entrevista concedida ao jornal Público, Luandino confidenciou que as notícias do prémio chegaram tardiamente ao Tarrafal, pois o director do campo de detenção retardou a informação. Como o escritor estava impossibilitado de candidatar a obra, bem como o seu editor, foi com surpresa que percebeu que a obra fora, mesmo assim, distinguida, graças à intervenção do crítico literário Alexandre Pinheiro Torres. Luandino Vieira cumpriu a pena de prisão no Campo do Tarrafal, em Cabo Verde, regressando a Portugal em 1972, com residência vigiada em Lisboa. Viria a trabalhar com o editor Sá Costa até à Revolução de Abril. Em 1975 regressou a Angola. Ocupou os cargos de director da Televisão Popular de Angola (1975-1978), director do Departamento de Orientação Revolucionária do MPLA (1975-1979) e do Instituto Angolano de Cinema (1979-1984). Foi co-fundador da União dos Escritores Angolanos, de que foi secretário-geral (1975-1980 e 1985-1992), e secretário-geral adjunto da Associação dos Escritores Afro asiáticos (1979-1984). Na sequência das eleições de 1992, e do reinício da guerra civil angolana, regressou a Portugal. Radicou-se no Minho Vila Nova De Cerveira, onde vive em isolamento na quinta de um amigo, dedicando-se à agricultura.Em 2006 foi-lhe atribuído o Prémio Camões, o maior galardão literário da língua portuguesa. Luandino recusou o prémio alegando, segundo um comunicado de imprensa, «motivos íntimos e pessoais». Entrevistas posteriores, sobretudo ao Jornal de Letras, esclareceram que o autor não aceitara o prémio por se considerar um escritor morto e, como tal, entendia que o mesmo deveria ser entregue a alguém que continuasse a produzir. Ainda assim publicou dois novos livros em 2006.
José dos Santos Rufino – Lourenço Marques – Edifícios Públicos, Porto, Caminhos de Ferro, Etc. – Aspectos Gerais ( Álbum Fotográficos e Descritivos da Colónia de Moçambique N.º 2 – Editor José dos Santos Rufino – Broschek 6 Co., Hamburgo . Representantes: Stüben & Co., Hamburgo. – Lourenço Marques – 1929. Desc. XI + 105 Pagi / 30 cm x 22,5 cm / E. Original
Inácio de Passos – A “Grande Noite” Africana «África 1963» – S.P.E.C.I.L – Lisboa – 1964. Desc. 286 pág / 18,5 cm x 12,5 cm / Br.
Inácio de Passos (Algoz, 14 de Agosto de 1934 – Belas, 11 de Maio de 2012) foi um jornalista e escritor. Um dos seus livros, ‘Moçambique – A Escalada do Terror’, faz parte da bibliografia das aulas de História Africana na Universidade de Cambridge, Reino Unido. Inácio Passos Natural de Algoz, pequeno povoado da florida província do Algarve, emigrou, muito jovem. Para África, interessando-se, desde logo, pelos problemas do homem de cor, publicando em jornais e revistas da África portuguesa e da Rodésia do Sul, o, seus costumes, em crónicas e contos. Não se aplicou apenas ao estudo do Africano português” pois nota-se, nos seus artigos, a presença o negro de quase toda a África – Malawi, Zâmbia, Madagascar, África do Sul, Rodésia do Sul, Congo (Leo), Congo (Braz), Quénia, Zanzibar, Tanganica, Bechuanalândia, etc. – Regiões que visitou demoradamente e em diversas «épocas políticas». A «Grande Noite» Africana não é o aproveitamento de um dos maiores derramamentos de sangue da história. É mais do que tudo, o tirar de máscara das potências culpadas, até há pouco camufladas em falsas ideologias ou em propagandas políticas mentirosas. É uma acusação aos Estados Unidos da América, à Rússia, à China Continental e à União Indiana. É um chamamento a realidades esquecidas, a pedirem medicação de premente necessidade, escrito em linguagem simples e acessível, por vezes chocante. Foi escrito nos ambientes mais díspares, quer nas insalubres regiões do Baixo Quénia ou numa mesa de hotel em Zanzibar, quer nos cosmopolitas cafés de Nice, Paris ou Madrid, onde os dons da civilização se tornam chocantes e paradoxais para quem, como o autor, traz no olhar as imagens impere cíveis de África agonizante. Isso influenciou, sem dúvida, algumas páginas escritas com paixão e revolta, que devem ser interpretadas por um apelo de salvação para ~)pouco de bom e de humano que a África ainda pode oferecer ao Mundo.
Fulbert Youlou – Acuso a China «Ex-Presidente do Congo-Brazzaville» – Editorial Verbo – Lisboa – 1966. Desc. 180 pág / 20 cm x 14 cm / Br. Ilust.
Fulbert Youlou (Madibou, 9 de Julho, de 1917 – Madrid, 6 de maio de 1972) foi um padre, líder nacionalista e político do Congo. Tornou-se o primeiro presidente daquele país, forçado a deixar o governo por uma revolta, em 1963. Youlou nasce próximo de Brazzaville, sendo membro da tribo Lari, que é um subgrupo do grupo étnico Bakongos. Entrou no Seminário Menor de Brazzaville em 1929, indo posteriormente para o Seminário Maior de Yaoundé, no Camarões, para cursar Filosofia. Ensinou por um tempo no Seminário de Mbamou e em seguida foi para Libreville, no Gabão, para cursar Teologia. Foi ordenado sacerdote em 9 de Junho de 1946. Foi pároco em Brazzaville, acumulando a função de capelão do hospital e do presídio locais. Por causa de seu interesse pela política, se candidatando desde 1947 a cargos políticos, foi advertido várias vezes pela hierarquia da Igreja Católica. O estopim de sua crise com a Igreja foi em 1956, quando tentou um cargo na Assembleia Nacional Francesa. Suspenso pela Igreja, continuou usando a batina, contrariando o clero local. Isso o fortaleceu politicamente, pois foi visto pelos seus compatriotas como sendo uma vítima de discriminação, sendo a Igreja vista como manipulada por interesses europeus brancos. Fundou em 1956 a Union Démocratique pour la Défense des Intérêts Africains (UDDIA – União Democrática pela Defesa dos Interesses Africanos). Em 18 de Novembro de 1956 foi eleito prefeito de Brazzaville. Em maio de 1957, foi nomeado Ministro da Agricultura e deputado à Assembleia Legislativa provisória do Congo pelo Primeiro-Ministro Jacques Opangault. O UDDIA finalmente conseguiu a maioria na Assembleia Legislativa do Congo no ano seguinte. Opangault e Youlou clamaram uma maior autonomia política no Médio Congo, e o presidente francês Charles de Gaulle considerou a região a abandonar a Comunidade Francesa. Isso resultou na formação de um governo provisório chefiado por Youlou em 8 de Dezembro de 1958. O Congo conseguiu sua independência da França em 15 de Agosto de 1960, e Youlou é confirmado como Presidente da República.
Duarte Lopes & Filippo Pigafetta – Relação do Reino de Congo e das Terras Circunvizinhas – Edição da Câmara Municipal de Benavente – Benavente – 2000. Desc. 155 pág + 9 Ilust / 24 cm x 17 cm / Br. Ilust.«2 Edição»
A. Fernandes – Comptes Rendus De La IVª Réunion Plénière De L’Associociation Pour L’Étude Taxonomique De La Flore D’Afrique Tropicale – Junta de Investigação do Ultramar – Lisboa – 1962. Desc. 481 pág / 26 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.
Tony Selby – Congo Perigo de Morte – Editorial Verbo – Lisboa – 1967. Desc. 180 pág / 19,5 cm x 13,5 cm / Br. Ilust.
As crónicas que constituem este volume são um documento palpitante da vida política africana dos nossos dias. Quase todas foram escritas em Kinshasa, no torvelinho de conspirações, golpes de estado, revoluções, enforcamentos, conferências, discursos e paradas militares, que é o pão de cada dia do Congo Ex-Belga. Tendo chegado à África há mais de 30 anos, Tony Selby conhece como poucos os meandros dessa teia complicada (e às vezes tenebrosa) em que se enredam os dirigentes dos jovens Estados africanos. Não é o europeu com nostalgia do passado que escreve este livro, mas o europeu que acredita religiosamente no progresso dós povos e que recusa aceitar o descalabro geral da África: não o europeu piegas, para quem o continente africano foi chão que deu uvas, mas o europeu realista e sensato, de olhos abertos para o futuro, mesmo que este tenha de ser garantido na luta amarga contra forças ocultas.