Maria Gracinda Viegas e Ferreira Louro Faustino – Salazarismo em Santa Comba Dão – Municipio de Santa Comba Dão – 2010. Desc. 82 + 20 pág / 24 cm x 16 cm / Br. Ilust.
José Freire Antunes – Salazar & Caetano – Cartas Secretas de 1932-1968 – Circulo de Leitores – Lisboa – 1993. Desc. 460 pág / 24 cm x 15,5 cm / E. Ilust.
Cunha Leal – A Obra Intangível do Dr. Oliveira Salazar – Edição de Autor – 1930. Desc.141 pág / 19 cm x 12 cm / Br. «1 edição»
Francisco Pinto da Cunha Leal (Pedrogão de São Pedro, 22 de Agosto de 1888 — Lisboa, 26 de Abril de 1970), conhecido como Francisco Cunha Leal ou apenas Cunha Leal, foi um militar, publicista e político português que, entre outras funções, foi deputado, presidente do Ministério (primeiro-ministro) de um dos governos da Primeira República Portuguesa, ministro das Finanças e reitor da Universidade de Coimbra. Membro do Partido Republicano Nacionalista, fundou a União Liberal Republicana em 1923. Apesar de ter apoiado o golpe de 28 de Maio de 1926 incompatibilizou-se com Oliveira Salazar, transformando-se num dos mais notáveis opositores da primeira fase do regime do Estado Novo e um dos primeiros proponentes de uma solução política de autodeterminação para o Império Colonial Português. Destacou-se pela sua defesa de uma solução política de progressiva autonomia para as colónias, programa que expôs em obras como O Colonialismo dos Anticolonialistas e A Gadanha da Morte. Também se destacou como publicista, dirigindo os periódicos O Século, A Noite e a revista Vida Contemporânea. Para além de colaborar em múltiplos jornais, foi autor de obras sobre Angola, a Primeira República e de carácter memorialista.
1.ª Conferência Económica do Império Colonial Português «Boletim Geral das Colónias – Ano XII – Julho – N.º 133 – Agência Geral das Colónias – Lisboa – 1936. Desc. 469 Pág / 22,5 cm x 16 cm / Br.
Número Especial Dedicado à Conferência dos Governadores Coloniais «Boletim Geral das Colónias – Ano IX – Dezembro – N.º97 – Agência Geral das Colónias – Lisboa – 1933. Desc. 584 Pagi / 22,5 cm x 16 cm / Br.
Número Especial Dedicado à Viagem do Sr. Ministro das Colónias a Moçambique «Boletim Geral das Colónias – Ano VIII – Dezembro – N.º 90 – Agência Geral das Colónias – Lisboa – 1932 Desc. 700 Pagi / 22,5 cm x 16 cm / Br.
Dedicado à 1.ª Exposição Colonial Portuguesa «Boletim Geral das Colónias – Ano X – Julho – N.º109 – Agência Geral das Colónias – Lisboa – 1934. Desc. 553 Pagi/ 22,5 cm x 16 cm / Br.
Número Especial Dedicado Comemoração Centenárias da Fundação e da Restauração Nacional, na Metrópole e do Império 1140 – 1640 – 1940 «Exposição Mundo Português»«Boletim Geral das Colónias – Ano XVII – Janeiro – N.º 187 – Agência Geral das Colónias – Lisboa – 1941. Desc. 622 Pagi / 22,5 cm x 16 cm / Brochado
Dedicado à Viagem de S. Ex.ª o Ministro das Colónias a África, em 1945 «Boletim Geral das Colónias – Ano XXII – Janeiro / Fevereiro – N.º 247 / 248 – Agência Geral das Colónias – Lisboa – 1946. Desc. 330 + 506 Pagi/ 22,5 cm x 16 cm / Brochado (Completo em 2 Volumes)
Número Especial Dedicado à Viagem de S. Ex.ª Presidente da Republica (General António Óscar de Fragoso Carmona) a Cabo Verde, Moçambique e União Sul-Africana «Boletim Geral das Colónias – Ano XV – Outubro / Novembro – N.º 172 / 173 – Agência Geral das Colónias – Lisboa – 1939. Desc. 890 + 719 Pagi/ 22,5 cm x 16 cm / Br. (Completo em 2 Volumes)
Prof. Dr. J.M Queiroz Veloso. Mosés Amzalak, Albino Forjaz de Sampaio, Dr. Rodrigues de Carvalho, Dr. Eduardo Brazão, Dr. Luiz Vieira de Castro, Prof. Dr. Marcello Caetano, Adelino Mendes, Diogo Macedo, Paulino Montez, Luiz Reis dos Santos, Padres Moreira das Neves, Luiz Freitas Branco, Nuno Catharino Cardozo, Dr. Jorge Faria, Dr. Pedro Batalha Reis, Óscar Paxeco, Leopoldo Nunes, Ruy de Mello, António de Carvalho, Álvaro Guedes, Amadeu de Freitas, Castelo de Morais, Guedes de Amorim, Ferreira da Costa, Óscar Gouveia, Salvador Saboya, Agostinho Domingues, José Luiz Ribeiro,Humberto Mergulhão – O Século«Numero Extraordinário Comemorativo do Duplo Centenário da Fundação e Restauração de Portugal – O Século«Sociedade Nacional de Tipografia – Lisboa – 1940. Desc. 384 Paginas de 41,5cm x 29cm com Encadernação de Origem.
A Exposição do Mundo Português (23 de Junho — 2 de Dezembro de 1940) foi um evento realizado em Lisboa à época do Estado Novo. Com o propósito de comemorar simultaneamente as datas da Fundação do Estado Português (1140) e da Restauração da Independência(1640), constituiu-se na maior de seu género realizada no país até à Expo 98. A exposição foi inaugurada em 23 de Junho de 1940 pelo Chefe de Estado, Marechal Carmona, acompanhado pelo Presidente do Conselho,Oliveira Salazar e pelo Ministro das Obras Públicas, Duarte Pacheco. Os responsáveis pelo evento foram Augusto de Castro (Comissário-Geral), Sá e Melo (Comissário-Geral-Adjunto), José Leitão de Barros (Secretário-Geral) e Cottinelli Telmo (Arquitecto-Chefe), que incluía pavilhões temáticos relacionados com a história de Portugal, suas actividades económicas, cultura, regiões e territórios ultramarinos. Incluía ainda um pavilhão do Brasil, único país estrangeiro convidado. O evento levou a uma completa renovação urbana da zona ocidental de Lisboa. A sua praça central deu origem à Praça do Império, uma das maiores da Europa. A maioria das edificações da exposição foi demolida ao seu término, restando apenas algumas como o actual Museu de Arte Popular e o Monumento aos Descobrimentos (reconstrução com base no original de madeira). A exposição levou também à construção de outras infraestruturas de apoio, como o Aeroporto da Portela. Situada entre a margem direita do rio Tejo e o Mosteiro dos Jerónimos, ocupava cerca de 560 mil metros quadrados. Centrada no grande quadrilátero da Praça do Império, esta era definida lateralmente por dois grandes pavilhões, longitudinais e perpendiculares ao Mosteiro: o Pavilhão de Honra e de Lisboa (de Luís Cristino da Silva), e do outro lado, o Pavilhão dos Portugueses no Mundo (do próprio Cottinelli Telmo). Perto do rio, atravessando-se a linha férrea através de uma passarela monumental de colossais cruzados (a Porta da Fundação), encontrava-se a Secção Histórica, (Pavilhão da Formação e Conquista, Pav. da Independência, Pav. dos Descobrimentos e a Esfera dos Descobrimentos). Do outro lado, situava-se o Pav. da Fundação, o Pav. do Brasil – país convidado para tal efeito, e o Pav. da Colonização. Atravessando o Bairro Comercial e Industrial, chega-se perto dos Jerónimos, à entrada da Secção Colonial. No canto precisamente oposto, um Parque de Atracções fazia a delícia dos mais novos. Descendo em direcção ao rio, e para além do Pav. dos Portugueses no Mundo, a Secção de Etnografia Metropolitana, com o seu Centro Regional, contendo representações das Aldeias Portuguesas e os Pavilhões da Vida Popular. Por trás deste último pavilhão, encontrava-se o Jardim dos Poetas e o Parque Infantil. À frente do Tejo, com as suas docas, um Espelho de Água com um restaurante abria o caminho para o Padrão dos Descobrimentos e para a Nau Portugal. De todas estas obras, algumas se destacaram e perduram na memória da actualidade. O Pavilhão da Honra e de Lisboa recebeu as melhores opiniões da crítica. Com 150 metros de comprimento por 19 de altura, e com a sua torre de 50 metros, este pavilhão demonstrava perfeitamente o ideal arquitectónico que o Estado Novo tentava impor, tal como os outros regimes totalitários impunham na Europa. Do Pavilhão dos Portugueses no Mundo, com um risco “simples”, destacava-se sobretudo a possante estátua da Soberania, esculpida por Leopoldo de Almeida – a imagem de uma severa mulher couraçada, segurando a esfera armilar e apoiada num litor legendado com as partes do Mundo, em caracteres góticos. O Padrão dos Descobrimentos, vindo dos esforços de Cottinelli e de Leopoldo de Almeida, mostrava a verdadeira importância dos descobrimentos na História portuguesa. Constituído por diversas figuras históricas, o Infante D. Henrique destacava-se na sua proa, como timoneiro de todo o projecto expansionista português. De facto, o padrão original, construído em estafe sobre um esqueleto de madeira, teve um triste fim – que abordaremos mais adiante. É de notar que a figura ficou tão presente no imaginário nacional, que o monumento foi re construído em 1965, mas desta vez em pedra, e ainda hoje se mantém nas margens do Tejo. A Nau Portugal mostrou também ser uma magnífica reconstituição do passado. Um facto curioso é que apelidada de “nau”, esta embarcação era na realidade a réplica de um galeão da carreira da Índia do século XVII. Construída nos estaleiros de Aveiro, saiu a primeira vez com destino a Lisboa em Julho – sendo a sua inauguração solene a 8 de Setembro. No entanto, e por mau manuseamento da mesma, esta rapidamente se afundou minutos após a partida – tombou para o lado. Voltando atrás, com grandes esforços para se repor de pé a nau, acabou por ser pilotada até Lisboa por marinheiros ingleses, sob a direcção do comandante Spencer. Encerrada a 2 de Dezembro, a Exposição recebeu cerca de três milhões de visitantes, constituindo o mais importante facto cultural do regime – regime este que sofreria a sua primeira crise política passados quatro anos, com o fim da Segunda Guerra Mundial e com a derrota dos regimes de Hitler e de Mussolini.