
Antunes da Silva – Breve Antologia Poética – Edição da Câmara Municipal de Évora – Évora – 1992. Desc. 137 Pagi/21 cm x 14,5 cm / Br.
Compra e Venda de Livros, Manuscritos
Revista Ilustração – Nº 65 ao Nº 96 de 1 de Setembro de 1928 a 16 de Dezembro de 1929 com Encadernação de Pele em 31 Revistas de / 33 cm x 26 cm / – Publicação Quinzenal da Direcção de João da Cunha de Eça e João de Sousa Fonseca – propriedade e Edição Aillaud, Lda – Lisboa
Garcia de Resende – Florilégio do Cancioneiro de Resende «Selecção de Rodrigues Lapa» – Lisboa – 1944 – Desc.102 paginas de 18,5cm x 12cm com Encadernação de Pele
Augusto Gil – Sombras de Fumo – Livraria Editora Guimarães – Lisboa – 1915. Desc.134 paginas de 18,5cm 13,5cm com Encadernação em Pele «1 Edição»
Augusto César Ferreira Gil (Lordelo do Ouro, 31 de julho de 1873 – Guarda, 26 de fevereiro de 1929) advogado e poeta português, viveu praticamente toda a sua vida na Cidade daGuarda onde colaborou e dirigiu alguns jornais locais. Estudou inicialmente na Guarda, a “sagrada Beira”, de cuja paisagem encontramos reflexos em muitos dos seus poemas e de onde os pais eram oriundos, e formou-se em Direito na Universidade de Coimbra. Começou a exercer advocacia em Lisboa, tornando-se mais tarde director-geral das Belas-Artes. Na sua poesia notam-se influências do Parnasianismo e do Simbolismo. Influenciado por Guerra Junqueiro, João de Deus e pelo lirismo de António Nobre, a sua poesia insere-se numa perspectiva neo-romântica nacionalista.
Felisbela Bartolomeu – Se Tanto Amo e Quero«Poesia» – Edição de Autor – Gráfica Comercial – Loulé/Quarteira -2006. Desc 127 paginas de 24cm x 17cm com Capa e Encadernação de Origem
Cristino Cortes – Cronologia e Outros Poemas – Edição Livro Aberto – Lisboa – 2005. Desc 74 paginas de 24cm x 17cm com Capa e Encadernação de Origem «Edição de 500 Exemplares»
Clementino de Brito Pinto – O Algarve na Poesia de Emiliano da Costa – Separata da «Folha do Domingo» Faro- 1957 Desc. 49 Pág / 22 cm x 16 cm / Br.
Lília Barbara – Sombra dos Meus Afectos – AJEA Edições – Faro- 2002 Desc. 80 pág / 23 cm x 16 cm / Br.
José D. Garcia Domingues – Ibn’Ammar de Silves – Biografia e Antologia – Homenagem ao Maior Poeta Árabe do Algarve no Encerramento do XIº Congresso de Estudos Árabes e Islâmicos – Évora – Faro -Silves- Câmara Municipal de Silves – 1982. Desc. 15 pág / 21 cm x 15 cm /Br
António Gedeão – Poesias Completas(1956-1967) – Apresentação de Jorge Sena – Portugália Editora – Lisboa -1971.311 paginas de 20cmx14cm com capa Original
António Gedeão, (Rómulo Vasco da Gama de Carvalho), nasceu em Lisboa em 1906. Criança precoce, aos 5 anos escreveu os seus primeiros poemas e aos 10 decidiu completar “Os Lusíadas” de Camões. A par desta inclinação para as letras, ao entrar para o liceu Gil Vicente, tomou contacto com as ciências e foi aí que despertou nele um novo interesse.
Em 1931 licenciou se em Ciências Físico Químicas pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e em 1932 conclui o curso de Ciências Pedagógicas
na Faculdade de Letras do Porto, prenunciando assim qual seria a sua actividade principal daí para a frente e durante 40 anos: professor e pedagogo. Exigente e comunicador por excelência, para Rómulo de Carvalho ensinar era uma paixão e uma dedicação. E assim, além da colaboração como co director da “Gazeta de Física” a partir de 1946, concentrou durante muitos anos, os seus esforços no ensino, dedicando se, inclusivé, à elaboração de compêndios escolares, inovadores pelo grafismo e forma de abordar matérias tão complexas como a física e a química. Dedicação estendida, a partir de 1952, à difusão científica a um nível mais amplo através da colecção “Ciência Para Gente Nova” e muitos outros títulos, entre os quais “Física para o Povo”, cujas edições acompanham os leigos
interessados pela ciência até meados da década de 1970.
Apesar da intensa actividade científica, Rómulo de Carvalho nunca esqueceu a arte das palavras e continuou sempre a escrever poesia. Porém, não a considerando de qualidade e pensando que nunca seria útil a ninguém, nunca tentou publicá la, preferindo destruí la. Só em 1956, após ter participado num concurso de poesia de que tomou conhecimento no jornal, publicou, aos 50 anos, o primeiro livro de poemas “Movimento Perpétuo” com o pseudónimo António Gedeão. Continuou depois a publicar poesia, aventurando se, anos mais tarde, no teatro, no ensaio e na ficção.
Nos seus poemas há uma simbiose perfeita entre a ciência e a poesia, a vida e o sonho, a lucidez e a esperança. Aí reside a sua originalidade, difícil
de catalogar, originada por uma vida em que sempre coexistiram esses dois interesses totalmente distintos..
A poesia de Gedeão é bastante comunicativa e marca toda uma geração que, reprimida por um regime ditatorial e atormentada por uma guerra, cujo fim não se adivinhava, se sentia profundamente tocada pelos valores expressos
pelo poeta e assim se atrevia a acreditar que, através do sonho, era possível encontrar o caminho para a liberdade. É deste modo que “Pedra Filosofal”, musicada por Manuel Freire, se torna num hino à liberdade e ao sonho. Mais tarde, em 1972, José Nisa compõe doze músicas com base em poemas de Gedeão e produz o álbum “Fala do Homem Nascido”.
Nos anos seguintes dedicou se por inteiro à investigação, publicando numerosos livros, tanto de divulgação científica, como de história da
ciência. Gedeão também continuou a sonhar, mas o fim aproximava se e o desejo da morrer determinou, em 1984, a publicação de Poemas Póstumos.
Em 1990, já com 83 anos, Rómulo de Carvalho assumiu a direcção do Museu Maynense da Academia das Ciências de Lisboa, sete anos depois de se ter tornado sócio correspondente da Academia de Ciências, função que desempenharia até ao fim dos seus dias.
Quando completou 90 anos de idade, a sua vida foi alvo de uma homenagem a nível nacional. O professor, investigador, pedagogo e historiador da ciência, bem como o poeta, foi reconhecido publicamente por personalidades da política, da ciência, das letras e da música. Faleceu em 1997.
José Lopes D’Oliveira – Guerra Junqueiro«A Sua Vida e a Sua Obra 1850-1880» Parte I e II – Edições Excelsior – Lisboa – 1954. Desc. 219 + 367 pág / 22 cm x 16,5 cm /E.
Filho de João Lopes de Oliveira e Maria Adelaide de Jesus, nasceu em Vale de Açores, freguesia e concelho de Mortágua, em 25 de Dezembro de 1881 e faleceu em 1971. Frequentou a Universidade de Coimbra onde se licenciou em Direito. Foi professor de História e Geografia no Liceu de Viseu. Ainda jovem estudante, colaborou em jornais, revistas e panfletos e mais tarde como professor em Viseu publicou alguns artigos em jornais como “A Beira”, “Sol Nascente “ e “ Correio de Mortágua “, estes dois últimos publicados em Mortágua. Assim se tornou um prosador forte, sugestivo e original, com qualidades superiores de escritor. Em 1910 foi professor de História Universal no liceu Passos Manuel, situado em Lisboa, onde terminou a sua vida académica como reitor em 1920. Os seus alunos tratavam-no por “ Pai Lopes “. Numa crónica inserida numa revista antiga (não foi possível determinar a sua data exacta, mas publicada nos anos 60) e assinada por Artur Varatojo, este relata um episódio interessante passado numa aula de História no Liceu Passos Manuel, na altura em que o Dr.José Lopes de Oliveira ali leccionava, que nos ajuda a conhecer alguns traços da sua personalidade. Por esse facto, achámos interessante fazer a sua Integral transcrição (ver no fim). Na referida crónica Artur Varatojo dá uma explicação para a atribuição daquele epíteto, dizendo “Quando um professor de liceu ganhava jus ao epíteto de “pai” era porque a sua atitude, compreensão ou simpática anuência aos irrequietismos da juventude tinha algo de bom, de justo e de paternal autoridade”. Após a proclamação da República foi nomeado director da Escola Normal de Lisboa. Em 1913 foi presidente da Comissão Revisora de Livros didácticos das escolas primárias. Em 1920 passou a ser reitor do Liceu Passos Manuel, em Lisboa, onde exerceu um parte considerável da docência. Politicamente, fez defesa dos ideais republicanos, tendo sido militante do Partido Republicano Português até 1920. Em 1921 foi Chefe de Gabinete da Presidência do Ministério. Foi convidado para Ministro do Governo Provisório, convite que recusou. Em 1923 ingressou no partido republicano radical, fazendo parte do seu directório e seu presidente a partir de 1925. Proferiu várias conferências em Mortágua e no país, defendendo os valores da República, Democracia e Cultura. Em finais de 1945 surgiu num dos jornais do regime “Diário da Manhã” um artigo contra a sua pessoa. Embora sujeitos a possíveis penalizações, o Reitor e professores do Liceu Passos Manuel, decidiram manifestar-lhe solidariedade. Como político contra o regime, esteve diversas vezes preso, tendo sido até desterrado para o Tarrafal ( Cabo Verde ).