
Cesar da Silva – A Derrocada de um Trono (Crónica dos Dois Reinados em Portugal) (1889-1910) – João romano Torres & C.ª – Editores – Lisboa – 1922.Desc.(384)Pág.Br.
Compra e Venda de Livros, Manuscritos
Cesar da Silva – A Derrocada de um Trono (Crónica dos Dois Reinados em Portugal) (1889-1910) – João romano Torres & C.ª – Editores – Lisboa – 1922.Desc.(384)Pág.Br.
António Borges Coelho – A Revolução de 1383 – Editoria Caminho – Lisboa – 1984.Desc.(319)Pág.Br
Carlos Ferrão – Em Defesa da Verdade – O Regicídio os Adiantamentos a Diplomacia de D.Carlos – Editorial – Século – Lisboa – S/D.Desc.(320)Pág.Br.
Miguel Taveira – De Santo António a Oliveira Salazar – Edições Fernando Pereira – Lisboa – 1980.Desc.(301)Pág.E
Miguel Figueira de Faria (Colaboradores) Carolina Peralda Trewinnard,Paulo Jorge Fernandes, Cristina Dias & Patrícia Rodrigues – Alfredo da Silva (Biografia) (1871-1942) – Bertrand Editora – Lisboa – 2004.Desc.(338) + (28) fotogravuras. Br.Ilust
Paulo Pereira & José Martins Carneiro – Pena Palace – Instituto Português do património Arquitectónico/ministério da Cultura – Lisboa – 1999.Desc.(128)Pág.Br.Ilust
João Ameal – Dona Leonor (Princesa Perfeitíssima) – Livraria Tavares Martins – Porto – 1968.Desc.(364)Pág.Br.
Frederic P.Marjay(Research And Artistic Arrangement) Otto Von Habsburg(Texte) – Portugal Pionner Of New Horizons – Livraria Bertrand – Lisboa – 1965.Desc.(46)Pág + (80)Fotogravuras.E.Ilust
Isabel Allegro de Magalhães(Coordenação) – Mulher das Cidades Futuras – Maria de Lourdes Pintasilgo – Livros Horizonte – Lisboa – 2000.Desc.(286)Pág.Br.
José Cortez Pimentel – Arrábida – História de Uma Região Privilegiada – Edições Inapa – Lisboa – 1992.Desc.(192)Pág.E.Ilust
Luis Maria da Câmara Pina (General) – Relances de História – Oficinas Gráficas da Secção de Publicações do Estado Maior do Exercito – Lisboa – 1969/MCMLXIX. Desc.(202)Pág + (4) Fotogravuras.Br.Ilust
Vitorino Nemésio – Isabel de Aragão(Rainha Santa) – Livraria Gonçalves – Coimbra – 1936.Desc.(64)Pág.Br.(Com Autografo de Vitorino Nemésio))1.ªEdição
Vitorino Nemésio Mendes Pinheiro da Silva (Santa Cruz, Praia da Vitória, 19 de dezembrode 1901 – Prazeres, Lisboa, 20 de fevereiro de 1978) foi um poeta, romancista, cronista, académico e intelectual português que se destacou como autor de Mau Tempo no Canal, e professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Nasceu a 19 de dezembro de 1901, na freguesia de Santa Cruz, Praia da Vitória, tendo sido batizado nessa freguesia a 26 de dezembro de 1901, como filho de Vitorino Gomes da Silva, comerciante, e de Maria da Glória Mendes Pinheiro, doméstica, ambos naturais da Praia da Vitória. Na infância a vida não lhe correu bem em termos de sucesso escolar, uma vez que foi expulso do Liceu de Angra, e reprovou o 5.º ano, facto que o levou a sentir-se incompreendido pelos professores. Do período do Liceu de Angra, apenas guardou boas recordações de Manuel António Ferreira Deusdado, professor de História, que o introduziu na vida das Letras. Com 16 anos de idade, Nemésio desembarcou pela primeira vez na cidade da Horta para se apresentar a exames, como aluno externo do Liceu Nacional da Horta. Acabou por concluir o Curso Geral dos Liceus, em 16 de julho de 1918, com a qualificação de dez valores. A sua estadia na Horta foi curta, de maio a agosto de 1918. A 13 de agosto o jornal O Telégrafo dava notícia de que Nemésio, apesar de ser um fedelho, um ano antes de chegar à Horta, havia enviado um exemplar de Canto Matinal, o seu primeiro livro de poesia (publicado em 1916), ao director de O Telégrafo, Manuel Emídio. Apesar da tenra idade, Nemésio chegou à Horta já imbuído de alguns ideais republicanos, pois em Angra do Heroísmo já havia participado em reuniões literárias, republicanas e anarco-sindicalistas, tendo sido influenciado pelo seu amigo Jaime Brasil, cinco anos mais velho (primeiro mentor intelectual que o marcou para sempre) e por outras pessoas tal como Luís da Silva Ribeiro, advogado, e Gervásio Lima, escritor e bibliotecário. Em 1918, no final da Primeira Guerra Mundial, a Horta possuía um intenso comércio marítimo e uma impressionante animação nocturna, uma vez que se constituía em porto de escala obrigatória, local de reabastecimento de frotas e de repouso da marinhagem. Na Horta estavam instaladas as companhias dos Cabos Telegráficos Submarinos, que convertiam a cidade num “nó de comunicações” mundiais. Esse ambiente cosmopolita contribuiu, decisivamente, para que ele viesse, mais tarde a escrever a obra mítica que dá pelo nome de Mau Tempo no Canal, trabalhada desde 1939 e publicada em 1944, cuja acção decorre nas quatro principais ilhas do grupo central açoriano: Faial, Pico, São Jorge e Terceira, sendo que o núcleo da intriga se desenvolve na Horta. Este romance evoca um período (1917–1919) que coincide em parte com a sua permanência na ilha do Faial e nele aparecem pessoas tais como o Dr. José Machado de Serpa, senador da República e estudioso, o padre Nunes da Rosa, contista e professor do Liceu da Horta, e Osório Goulart, poeta. Em 1919 iniciou o serviço militar, como voluntário na arma de Infantaria, o que lhe proporcionou a primeira viagem para fora do arquipélago. Concluiu o liceu em Coimbra, em 1921, e inscreve-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Três anos mais tarde, Nemésio trocou esse curso pelo de Ciências Histórico Filosóficas, da Faculdade de Letras de Coimbra, e, em 1925, matriculou-se no curso de Filologia Românica da mesma Faculdade. Na primeira viagem que faz a Espanha, com o Orfeão Académico, em 1923, conhece Miguel Unamuno, escritor e filósofo espanhol (1864–1936), intelectual republicano, e teórico do humanismo revolucionário antifranquista, com quem trocará correspondência anos mais tarde. Nesse mesmo ano foi iniciado na Maçonaria. A 11 de fevereiro de 1926, casou, em Cruz de Celas, Coimbra, com Gabriela Monjardino de Azevedo Gomes, natural da cidade da Horta (freguesia de Matriz), Açores. O casal teve quatro filhos: Georgina (novembro de 1926), Jorge (abril de 1929), Manuel (julho de 1930) e Ana Paula (dezembro de 1931). Em 1930 transferiu-se para a Faculdade de Letras da Universidade de Lisbo onde, no ano seguinte, concluiu o curso de Filologia Românica, com elevadas classificações, começando desde logo a lecionar literatura italiana. A partir de 1931 deu inicio à carreira académica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde leccionou Literatura Italiana e, mais tarde, Literatura Espanhola. Em 1934 doutorou-se em Letras pela Universidade de Lisboa com a tese A Mocidade de Herculano até à Volta do Exílio. Entre 1937 e 1939 leccionou na Vrije Universiteit Brussel, tendo regressado, neste último ano, ao ensino na Faculdade de Letras de Lisboa. Em 1958 leccionou no Brasil. A 19 de julho de 1961 foi feito Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique e, a 17 de abril de 1967, Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada. A 12 de setembro de 1971, atingido pelo limite legal de idade para exercício de funções públicas, profere a sua última lição na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde ensinara durante quase quatro décadas, passando a ser Catedrático Jubilado. Foi autor e apresentador do programa televisivo Se bem me lembro, que muito contribuiu para popularizar a sua figura e dirigiu ainda o jornal O Dia entre 11 de dezembro de 1975 a 25 de outubro de 1976. Foi um dos grandes escritores portugueses do século XX, tendo recebido em 1965, o Prêmio Nacional de Literatura e, em 1974, o Prémio Montaigne. Faleceu a 20 de fevereiro de 1978, no Hospital da CUF, freguesia dos Prazeres, em Lisboa. Foi sepultado em Coimbra. Pouco antes de morrer, pediu ao filho para ser sepultado no cemitério de Santo António dos Olivais, em Coimbra. Mas pediu mais: que os sinos tocassem o Aleluia em vez do dobre a finados. O seu pedido foi respeitado. A 30 de agosto de 1978 recebeu a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada, a título póstumo. Em 1978, a Câmara Municipal de Lisboa homenageou o escritor dando o seu nome a uma rua na zona da Quinta de Santa Clara, na Ameixoeira.
D.Thomas Caetano do Bem -Memoria Historicas Chonologicas da Sagrada Religião das Clerigos Regulares em Portugal e suas Conquistas, na India Oriental. Lisboa, na Reg. Offic. Typ.O Tomo I Impresso em 1792, com VIII(innumeradas)-LVII-507 pag.; o II Impresso em 1794, com XXXII-XXXVIII-416 pag.- No formato de folio, algum tanto maios que o ordinario chamado portugueze.
Imprimiram-se d’esta obra só 500 exemplares. Foi taxado cada um dos tomos para venda em 1:920 réis em papel.o preço dos exemplares tinha decaido com o tempo, a ponto de serem alguns vendidos por 2:400réis, e por menos quantias: porém modernamente têem subido de valor, e sei que alguem ja déra por um 4:500. É provavel que esse augmente ainda de futuro, quando esta obra se ternas mais conhecida do que parece havel-o sido até aqui.De todas as do autor é sem duvida a mais consideravel a todos os respeitos.Posto que estejam muito longe de poderem ser tomadas para modelo, quer no estylo, quer no linguagem, quer ainda na disposição methodica, estas Memorias são todavia curiosas, e instructivas em summo grau, e offerecem copiosos subsidios não só para a historia das artes das letras n’este reino nos seculos XVII e XVIII, mas até para a sua historia politica. Ali se encontram as vidas e acções particulares de alguns varões doutos, que floreceram n’aquella benemerita e laboriosa congregação, taes como D. Raphael Bluteau,D.Manuel Caetano de Sousa, D.José Barbosa, D. Antonio Caetano de Sousa, D.Luis Caetano de Lima,etc.etc. São particularmente interessantes e noticiosas as vidas de D.Manuel Caetano de Sousa e D.Luis Caetano de Lima. Na do primeiro o chronista soube habilmente apriveitar-se da viagem que o seu confrade emprehendeu á Itália, indo assistir ao capitulo geral da ordem, para dar noticia de muitas antiguidades preciosas, de muitos livros e manuscritos raros, existentes nas livrarias d’aquella provincia, então a mais rica da Europa n’este genero de preciosidades.Na vida de D.Luis Caetano de Lima, serviu-lhe o cargo que este exercêra de secretario particular d’embaixador junto ao Marquez de Cascaes, enviado pela nossa côrte á de Paris em 1695, e junto ao Conde de Tarouca, quando ministro plenipotenciario de portugal com D.Luis da Cunha aocongresso de Utrecht, para d’ahi tecer uma larga e circumstanciada exposição do estado da Europa, deste a paz de Riswich até á conclusão d’aquelle notavel congresso: Exposição que não só constitue a historia completa das complicadas negociações que alli puzeram termo á guerra da grande alliança, mas é verdadeiramente a unica até agora impressa, na parte que respeita ao modo por que foram conduzidos e tractados os interesses de Portugal n’aquella universil pacificação.D.Thomás Caetano, que tinha adquirido em seus longos estudos copiosa e variada erudição, quiz ainda aproveital-a, procurando amenisar o assumpto, e realçar o merito das suas Memorias. Inseriu no tomo I em fórma de prologo um extenso e desenvolvido tractado, ácerca do methodo de escrever a historia, com a exposição das suas leis e perceitos, e interssantes applicações criticas, quando ao modo que taes regras haviam sido desempenhadas por muitos notaveis historiadores nacionaes e extranhos.- E no tomo II uma carta em que patentêa profundo conhecimentos da sciencia numeristica; e um tractado sobre methodo de estudar a historia, com immediata applicação á de Portugal. Ahi mesmo expõe com espirito de boa critica varias especies relativas á chronologia nacional,e á genealogia dos nossos primeiros monarchas. A historia das questões concernentes ao padroado da corôa portugueza no oriente, e das desavenças suscitadas em tempo antigo por parte das vigarios apostolicos, em virtude das ordens da congregação romana, adquire muita luz, pelas noticias que o auctor nos dá a esse respeito no tomo II, pag. 15 a 31, e pag.383 a 392, etc.,etc. Por me parecer de conveniencia para alguns leitores, que por curiosidade ou estudo tiverem de consultal-as, deixarei aqui a indicação das viads dos escriptores portugueze pertencentes á congregação theatina, que se comprehendem na obra: poupando-lhe assim o trabalho da busca a que seriam obrigados, por não terem aquelles livros indices seguidos e regulares, e só sim os das materias conteúdas dispostos pela ordem alphabetica.
1.Vida do P.D.Raphael Bluteau.-Tomo I, pag.283 a 317.
2.Vida do P.D.Antonio Ardizonne Spinola.-Tom I, pag.271 a 282.
3.Vida do P.D.Vicente Barbosa.-Tomo I, pag.318 e 319
4.Vida do P.D.Manuel Caetano de Sousa.-Tomo I, pag.321 a 464.
5.Vida do P.André Nunes da Silva(secular).-Tomo I, pag.465 a 492.
6.Vida do P.D.Manuel do Tojal e Silva.-Tomo II, pag.1 a 6
7.Vida do P.D.Luis Caetano de Lima.-Tomo II, pag.34 a 162
8.Vida do P.D.José Barbosa.-Tomo II, pag.163 a 173
9.Vida do P.D.Antonio Caetano de Sousa.-Tomo II, pag.174 a 199.
10.Vida do P.D.Jeronymo Contador d’Argote.-Tomo II, pag.200 a 232
11.Vida do P.D.Francisco Xavier do Rego.-Tomo II,pag.235
12.Vida do P.D.Caetano de Gouvéa Pacheco.-Tomo II,pag.235
D.Thomás Caetano de Bem, Clerigo Regular Theatino, Mestre em Theologia, Chronista da Real Casa de Bragança, Academico da Academia Real das Sciencias de Lisboa,etc.- Foi natural de Lisboa, e filho do jurisconsulto Alexandre de Bem Ferreira, de quem fiz no logar completendo do diccionario.N. a 18 de Septembro de 1718,e M.a 13 de Março de 1797.-Para a sua biographia vej. o Elogio historico que lhe consagrou Stockler, impresso no tomo II das Obras d’este, de pag.1 a 25.
General A. De Lyra Tavares – A Engenharia Militar Portuguesa na Construção do Brasil – Edição SPEME – Lisboa – 1965.Desc.(XII) + (188)pág + (10) Estampas.Br.Ilust
Cunha Leal & David Mourão Ferreira(Preâmbulo) – Textos Antológicos de Cunha Leal – Edições Cosmos – Lisboa – 1991.Desc.(292)pág.Br.
José Pinto da Cunha Leal (Penamacor, Pedrógão de São Pedro, 22 de Agosto de 1888 — Lisboa, 26 de Abril de 1970), conhecido como Francisco Cunha Leal ou apenas Cunha Leal, foi um militar, publicista e político português que, entre outras funções, foi deputado, presidente do Ministério (primeiro-ministro) de um dos governos da Primeira República Portuguesa, ministro das Finanças e reitor da Universidade de Coimbra. Membro do Partido Republicano Nacionalista, fundou a União Liberal Republicana em 1923. Apesar de ter apoiado o golpe de 28 de Maio de 1926 incompatibilizou-se com Oliveira Salazar, transformando-se num dos mais notáveis opositores da primeira fase do regime do Estado Novo e um dos primeiros proponentes de uma solução política de autodeterminação para o Império Colonial Português. Destacou-se pela sua defesa de uma solução política de progressiva autonomia para as colónias, programa que expôs em obras como O Colonialismo dos Anticolonialistase A Gadanha da Morte. Também se destacou como publicista, dirigindo os periódicos O Século, A Noite e a revista Vida Contemporânea. Para além de colaborar em múltiplos jornais, foi autor de obras sobre Angola, a Primeira República e de carácter memorialista. Encontra-se colaboração da sua autoria na Gazeta das colónias Francisco Pinto da Cunha Leal foi filho de Maria da Piedade de Carvalho e de José Pinto da Cunha, um pequeno proprietário e funcionário público. Conclui o ensino primário no concelho do Fundão e iniciou os estudos liceais em Castelo Branco, concluindo-os em Lisboa. Entre 1905 e 1908 frequentou a Escola Politécnica de Lisboa, ingressando seguidamente na Escola do Exército, onde em 1912 concluiu os cursos de engenheiro militar e de engenheiro civil e de minas. Iniciou a carreira de oficial do Exército Português na especialidade de engenharia, no decorrer da qual foi sucessivamente colocado no Serviço de Torpedeiros (1912 a 1913) e nos Pontoneiros de Tancos (1913 a 1914). Já no posto de tenente de Engenharia Militar, serviu em Angola, tendo sido nomeado chefe-de-brigada na Companhia dos Caminhos-de-Ferro de Angola (1914 a 1915). Foi promovido a capitão em 1917 e nesse posto integrou o Corpo Expedicionário Português enviado para a França durante a Primeira Guerra Mundial. Regressado a Portugal em 1918, em gozo de licença do Corpo Expedicionário Português, foi um dos muitos oficiais que não voltou à frente de batalha, sendo nomeado director-geral dos Transportes Terrestres e ficando adstrito ao Governo, em Lisboa. Iniciou a sua acção política em 1918, durante o sidonismo, filiando-se no Partido Republicano Nacionalista e depois no Partido Centrista Republicano de António Egas Moniz. Apoia Sidónio Pais e ainda em 1918 foi eleito, de acordo com as regras eleitorais definidas pelo novo regime, deputado pelo círculo eleitoral da Covilhã, cargo que ocupou até 1919. Esteve envolvido na Revolta de Santarém de 12 de Janeiro de 1919, contra o governo presidido por Tamagnini Barbosa, então acusado de estar sobre a influência dos monárquicos. Por essa razão foi detido, passando alguns meses na prisão. Com a alteração da situação política, foi reabilitado e, nesse mesmo ano nomeado director-geral de Estatística. A 28 de Junho de 1919 foi feito Cavaleiro da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo. Nas eleições gerais de 1919 foi eleito deputado pelo círculo eleitoral de Angola, integrando o grupo parlamentar Popular, no qual permaneceu até 1921. Durante aquela legislatura integrou pela primeira vez o Governo, embora de forma efémera, exercendo as funções de ministro das Finanças de 20 a 30 de Novembro de 1920, no executivo presidido por Álvaro de Castro. Apesar da queda do executivo reconstituinte de Álvaro de Castro, manteve-se à frente do Ministério das Finanças entre 30 de Novembro de 1920 e 2 de Março de 1921, integrando o Governo presidido por Liberato Pinto. Esta nomeação surgiu após ter defendido no Parlamento, meses antes, uma política financeira de igual rigor por parte do Estado e dos contribuintes, a quem exigiu os pagamentos devidos. Já como ministro, afirmou que o Estado se encontrava “sem os recursos necessários para comprar o pão-nosso de cada dia”. Durante este período foi também director do jornal “O Popular”. Voltou a ser eleito deputado pelo círculo eleitoral de Angola nas eleições de 1921, integrando então o grupo parlamentar do Partido Liberal Republicano, que ajudou a criar e liderou. Participou na revolta de 19 de Outubro de 1921, na qual foi ferido ao tentar salvar António Granjo, presidente do Ministério derrubado nesse dia. Quando a 16 de Dezembro daquele ano de 1921 foi derrubado o Governo presidido por Carlos Maia Pinto, assumiu as funções de presidente do Ministério, mantendo-se no poder até 6 de Fevereiro de 1922. Durante esse período acumulou a presidência com a pasta de ministro do Interior. O governo era de concentração de vários partidos, num equilíbrio político instável, assumindo como principal missão acabar com a onda revolucionária que assolava o país e provocara a sublevação da “Noite Sangrenta”, em que tinham sido assassinados vários prestigiados políticos republicanos. Tal implicava restaurar a ordem pública através da reposição do controlo político sobre a Guarda Nacional Republicana, mas o Governo, pressionado pela GNR, foi obrigado a procurar refúgio no forte de Caxias e a chamar o Exército para cercar Lisboa. Os maus resultados das eleições gerais de 29 de Janeiro de 1922, ganhas pelo Partido Democrático Republicano, e um pequeno conflito diplomático com o governo britânico levaram à queda do executivo. Nas eleições de 1922 e de 1925 foi eleito pelos círculos eleitorais de Chaves e de Vila Real, respectivamente, desta feita nas listas do Partido Republicano Nacionalista, cuja bancada parlamentar liderou. Neste período voltou a integrar o executivo, exercendo as funções de ministro das Finanças entre 15 de Novembro e 18 de Dezembro de 1923 no executivo presidido por António Ginestal Machado, que ficaria conhecido como o “Governo da Intentona Putchista”. Entretanto fora nomeado director de O Século, passando a defender com crescente veemência a necessidade de uma ditadura que restabelecesse a ordem pública e social em Portugal. A 17 de Dezembro de 1923, véspera da demissão do Governo de Ginestal Machado, ainda em funções ministeriais, discursou na Sociedade de Geografia de Lisboa, afirmando, sem rebuços, que “a ditadura salvadora para Portugal há-de vir, trazida pela força das circunstâncias”. Estas afirmações são reflexo da evolução do seu pensamento, já que a partir de Janeiro de 1922, aquando da sua saída da presidência do executivo, iniciara um percurso político e ideológico que o levou a aderir à direita republicana. Foi nomeado reitor da Universidade de Coimbra em 1924, mas apoiou a Revolta de 18 de Abril de 1925, o Golpe dos Generais, o que levou a 19 de Abril à sua demissão do cargo prisão por um breve período. Após a sua libertação, em Setembro daquele ano, com Tamagnini Barbosa, tornou-se advogado de defesa dos militares implicados na intentona. Reabilitado, foi ainda em 1925 nomeado vice-governador do Banco Nacional Ultramarino, uma sinecura que desempenhou até 1926. Em 1926 foi obrigado a deixar a chefia do Partido Nacionalista e fundou a União Liberal Republicana, partido que liderou e que tinha como objectivo expresso criar condições para a ocorrência de um golpe militar que restabelecesse a ordem republicana. Divergente com as posições que defendia desde 1923, apoiou o golpe de 28 de Maio de 1926, por ele encarado como a única solução de pôr termo à ditadura do Partido Democrático Republicano e restaurar a ordem pública. Em consequência desse apoio, durante os governos da Ditadura Nacional manteve-se no exercício de diversos cargos públicos, entre os quais o de governador do Banco de Angola (1926 e 1927–1930), de delegado de Portugal à Conferência Económica Internacional de Genebra (1927) e de membro do Comité Consultivo da Organização Económica da Sociedade das Nações (1928). Apesar de ter sido, na altura, um dos intelectuais e políticos que estava com o general António Óscar Carmona, ao tempo presidente do Ministério e depois presidente da República, já no 1.º de Dezembro de 1927 lhe foi proibido de proferir um discurso nacionalista que se lhe oponha. Assim como, se no início apoiou a nomeação de António de Oliveira Salazar para a pasta das Finanças, já em 1930 critica publicamente a eternização da ditadura e a sua política financeira. Pois, na qualidade de governador do Banco de Angola (1926 e 1927–1930), considera particularmente danosos os efeitos que da interferência do Governo da República no orçamento e nas finanças das colónias. Aquela oposição resultava de ser defensor da autonomização das colónias, pelo que se opunha às medidas financeiras subjacentes ao Acto Colonial e às políticas financeiras crescentemente restritivas impostas. No decurso da sua segunda nomeação como governador do Banco de Angola, tornou-se num acerbo crítico da política financeira salazarista para as colónias. Essa oposição valeu-lhe a exoneração daquele cargo, seguida da acusação de conspirar contra o Governo, o que o levou a ser preso em Maio de 1930 e deportado para Ponta Delgada, nos Açores. Dali seguiu sob prisão para a ilha da Madeira, de onde, em Novembro de 1930, se conseguiu evadir para Londres, seguindo então para um período de exílio em Espanha. Beneficiando de uma amnistia, regressou a Lisboa em finais de 1932. Tolerado em Lisboa, em 1934 assume o lugar de director da Vida Contemporânea, mas, logo no ano seguinte, em 1935, foi detido e novamente deportado. No exílio foi uma das mais respeitadas vozes da oposição ao Estado Novo. Foi candidato oposicionista em diversos sufrágios e manteve sempre uma postura de grande combatividade contra o regime ditatorial que ajudara a instalar. Nas eleições de 18 de Novembro de 1945, para Assembleia Nacional, foi candidato independente pelo círculo eleitoral de Angola nas listas do Movimento de Unidade Democrática (MUD). Dois dias antes do escrutínio atacou violentamente Salazar, de quem disse que “não quer nem sabe trabalhar senão quando nas ruas reina um pávido silêncio e ninguém discute os frutos do seu labor”. Foi novamente candidato oposicionista nas eleições para a Assembleia Nacional de 1949, também pelo círculo de Angola. Em 1950 participou no Directório Democrato-Social, ao lado de António Sérgio, Jaime Cortesão e Mário de Azevedo Gomes. Nas eleições presidenciais de 1951, com Henrique Galvão, apoiou a candidatura de Manuel Carlos Quintão Meireles. Nas eleições presidenciais de 1958 houve a possibilidade de ser candidato da Oposição, com um alargado apoio, nomeadamente do PCP, que em Abril chegou a publicar no “Avante!” um apelo nesse sentido; contudo, tendo Cunha Leal sido afectado por doença que impossibilitava a sua candidatura, o PCP optou por o substituir por Arlindo Vicente, que mais tarde desistiria a favor de Humberto Delgado, na sequência do “Pacto de Almada (Pacto este que o regime crismaria depreciativamente como “Pacto de Cacilhas”).
Joel Serrão & A.H.Oliveira Marques(Direcção) A.H.de Oliveira Marques(Coordenação) A.H.oliveira Marques, Sacuntala de Miranda, Fernanda Rollo & Luís Nuno Rodrigues(Texto E Colaboração) – Portugal da Monarquia Para a República – Nova História de Portugal – Editorial Presença – Lisboa – 1991.Desc.(849)Pág.Br.
Diogo Barbosa Machado – Memorias Para a História de Portugal, que Comprehendem o Governo D’Rei D.Sebastião, Unico do Nome, Deste a Anno de 1554 Até o de 1561.Tomo I.Lisboa, Por José António da Silva 1736. 4.Gr. de XLIV-XXII 656. Pag.Tomo II.Lisboa, ( Desde 1561 Até 1567)Por José António da Silva 1737. 4.Gr de XIV-813. PagTomo III.Lisboa,(Desde 1567 Até 1574)Na Reg.Offic. Silviana 1747.4.Gr de X-654.Pag Tomo VI.Lisboa,(Desde 1574 Até 1579)Na Reg.Offic. Silviana 1751.4.Gr de XIV-460-63.Pag
Quatro Volumes de Colecção Completa com Gravura de Francisco Vieira Lusitano e um Retraro de D.Sebastião com endernação de pele da època.
Diogo Barbosa Machado (Lisboa, 31 de Março de 1682 — Lisboa, 9 de Agosto de 1772) foi um presbítero secular católico, escritor e bibliógrafo português.Foi o autor da Bibliotheca Lusitana, a primeira grande obra de referência bibliográfica editada em Portugal. Reuniu uma impressionante colecção de livros, opúsculos e gravuras que ofereceu ao rei D. José I de Portugal após a biblioteca real ter sido consumida pelo fogo na sequência do terramoto de 1755. Levada para o Brasil, quando a família real portuguesa ali se refugiou em 1807, a colecção de Barbosa Machado constitui hoje um dos mais preciosos fundos da Biblioteca Pública do Rio de Janeiro.Filho segundo do capitão João Barbosa Machado, e de sua mulher D. Catarina Barbosa. Foi irmão de D. José Barbosa e de Inácio Barbosa Machado, dois distintos intelectuais setecentistas.Estudou com os padres da Congregação do Oratório, de Lisboa, e em 1708 matriculou-se na faculdade de direito canónico da Universidade de Coimbra, desistindo dos estudos por motivo de doença. Pretendendo seguir a carreira eclesiástica, obteve um benefício simples na igreja de Santa Cruz de Alvarenga, diocese de Lamego, e recebeu ordens de presbítero, a 2 de Julho de 1724, conferidas pelo bispo de Tagaste D. Manuel da Silva Francês, provisor e vigário geral do arcebispado de Lisboa. A 4 de Novembro de 1728 foi colado abade da igreja de Santo Adrião de Sever, no concelho de Santa Marta de Penaguião, diocese do Porto, lugar que manteria durante o resto da sua vida. Quando em 1720 se fundou a Academia Real de História Portuguesa, Diogo Barbosa Machado foi escolhido para ser um dos seus primeiros 50 sócios de número, incluindo-se entre o grupo selecto de intelectuais que deveriam escrever a história de Portugal e seus domínios e dar corpo ao lema da instituição Restituet omnia, ou seja restituir ao mundo o ilustre conjunto de acções gloriosas dos lusitanos. Bibliófilo empenhado, conseguiu reunir uma livraria de alguns milhares de volumes, incluindo livros raros sobre a história portuguesa, e grande quantidade de notícias e opúsculos avulsos, coligidas em mais de cem tomos de fólio pequeno. A colecção incluía ainda dois tomos de formato máximo, contendo 690 retratos de reis, príncipes e infantes de Portugal, para além de 4 tomos da mesma forma, contendo 1380 retratos de portugueses célebres, e um tomo formado de cartas e mapas geográficos de Portugal e suas conquistas. Diogo Barbosa Machado ofereceu esta colecção ao rei D. José I de Portugal, para ajudar compensar a perda da antiga biblioteca régia consumida pelo incêndio que se seguiu ao terramoto de 1755. Transportada para o Brasil, em 1807, por ocasião da retirada da família real face à invasão francesa daquele ano, a colecção de Barbosa Machado viria a ser o embrião da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. A partir da sua colecção, e através da recolha de múltiplas informações em todo o país, compilou uma desenvolvida notícia bibliográfica, que apelidou Bibliotheca Lusitana, onde tentou reunir toda a informação disponível sobre bibliografia portuguesa e sobre os seus autores. O autor apresenta a obra como uma colectânea onde se compreende a notícia dos autores portugueses e das obras que compuseram desde o tempo da promulgação da Lei da Graça até ao tempo presente. Tendo dedicado o primeiro tomo ao monarca, decidiu dedicar o segundo ao bispo do Porto, gesto que desagradou ao rei, pelo que rasgou o rosto da obra e fez escrever novos frontispícios. Esta obra é seguramente a mais importante de Barbosa Machado, de seu título completo Bibliotheca Lusitana, Historia, Critica e Chronologica, na qual se comprehende a noticia dos autores portuguezes, e das obras que compozeram desde o tempo da promulgação da Lei da Graça, até o tempo presente. A obra compõe-se de quatro tomos, publicados em Lisboa entre 1741 e 1758. Mantendo grande valor para o conhecimento da literatura portuguesa anterior ao século XVIII, a Biblioteca Lusitana foi recentemente reeditada em disco compacto digital. O nome de Diogo Barbosa Machado está ligado aos compiladores do Corpus Illustrium Poetarum Lusitanorum em múltiplos aspectos. António dos Reis, o iniciador da compilação, e Manuel Monteiro, o seu sucessor, pertenciam à Congregação do Oratório, importante instituição da renovação cultural da época de D. João V de Portugal, junto de cujos padres Barbosa Machado estudara, e que lhe proporcionou, através de alguns dos seus mestres, a continuação da sua aprendizagem após os seus estudos iniciais e o acesso a numerosa bibliografia dispersa por conventos e mosteiros e por muitas outras instituições eclesiásticas. No âmbito do movimento que culminaria na expulsão dos Jesuítas, escreveu uma Carta Exortatória aos Padres da Companhia de Jesus da Província de Portugal, anónima, na qual defendia os oratorianos em detrimento dos jesuítas. Esta carta, em que o seu autor guardou o anonimato, foi escrita em defesa dos padres da Congregação do Oratório, e contra os jesuítas, na guerra doutrinal e literária que estas congregações mantiveram, à qual vieram dar novo incremento os escritos de Luís António Verney, e os mais que por aqueles tempos apareceram. Barbosa Machado absteve-se de a incluir na relação das suas obras na Bibliotheca Lusitana, mas consta, de testemunhos certos, ser ele o autor. Os exemplares deste opúsculo, por motivos que se desconhecem, foram todos sequestrados e suprimidos à entrada em Portugal, constando terem escapado apenas três. Contra esta carta escreveu e publicou Francisco de Pina e Melo uma Resposta, que anos depois foi obrigado a suprimir, quando os jesuítas, cuja defesa ele tomava com denodo, foram proscritos e expulsos do reino. Diogo Barbosa Machado faleceu em Lisboa a 9 de Agosto de 1772.
Barão Chasal (Tradução de Barão de Mesquita) – Instruções Dadas Pelo Barão Chasal Ministro de Guerra da Bélgica Para o Campo Beverloo no Anno de 1868 – Typographia Universal – Lisboa – 1869. Desc.[39] pág / 22 cm x 15 cm / Br.
Fr.Antonio de S.José -Vida da Seraphica Madre Santa Theresa de Jesus, Doutora Mystica, e Fundadora dos Carmelitas Defcalços e Composta pela mesma Santa, Traduzida do Castelhano em Portuguez e Illustrado com Reflexões Asceticas .Na Officina de Antonio Vicente da Silva 1761. 4º de VIII-499 pag.Lisboa
Fr.Antonio de S.José,Carmelita descalço, e natural do Cadaval, em 1664.
General João de Almeida – Roteiro dos Monumentos Militares Portuguese Tomo – I -Beira (Distrito de Guarda, Castelo Branco e Viseu)-Tomo -II-(Distrito de Aveiro, Coimbra, Leiria e Santarém)-Tomo-III-(Distrito de Portalegre, Évora, Beja e Faro)-Publicação Subsidiada pelo Instituto de Alta Cultura-Edição de Autor- Lisboa-1945-1947. São 3 vols., in 4.º A parte que ao Algarve interesse vai de pp. 389-543 do Vol. I II e tem no final um Mapa Itinerário do Distrito de Faro, etc.. O A. tinha em preparação os Vols. IV e V, que, suponho, diziam respeito a Lisboa e aos restantes Distritos do País.Interessa também a estes Subsídios o seu trabalho: com reproduções anotadas do Livros das Fortalezas de Duarte Darmas. Primeira Edição.
João de Almeida, Militar, colonista e escritor, nasceu em Carrião, Guarda, a 5-x-1873, e faleceu em Lisboa, a 5-v-1953. Formado em Matemática e Filosofia pela Universidade de Coimbra, tirou depois em Paris o curso de engenheiro civil e seguiu a carreira das armas em principalmente se notabilizou. Fez em 1903 o curso do Estado Maior e, com uma brilhante folha de serviços, atingiu o posto de general, a que foi promovido, por escolha, em 1933.Distinguiu-se sobretudo no Ultramar, quer em valorosos feitos militares, que lhe valeram, ainda muito novo, valiosas condecorações e o epíteto de «Heroi dos Dembos», por que passou a ser conhecido, quer desenvolvendo larga acção pacificadora e governativa, especialmente em Angola e cabo Verde. Desempenhou vários cargos públicos e teve também, em várias emergências, papel político de relevo, tendo sido Ministro das Colónias, em 1926. Deixou vasta bibliografia, principalmente de matéria ultramarina e profissional. Dedicando-se também a assuntos de história militar.