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    O Bhagavad-Gitã
    O Bhagavad-Gitã «€20.00»

    A.C.Bhaktivedanta Swami Prabhupãda – O Bhagavad-Gitã  –  Fundação Bhahtidanta / Editora Parma – São Paulo – S/D. Desc. 466 pág / 21 cm x 14 cm / Br. Ilust.

     

     

    Abhay Charanaravinda Bhaktivedanta Swami Prabhupada (Bengali: অভয়চরণারবিন্দ ভক্তিবেদান্ত ) (1 de Setembro de 1896 – 14 de Novembro de 1977) foi um líder religioso indiano, fundador da Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna, comumente conhecida como Movimento Hare Krishna. Nascido em Calcutá, Prabhupada migrou para os Estados Unidos em 1965 e surgiu como uma figura importante da contra cultura ocidental, apresentando a cultura védica a milhões de pessoas em todo o mundo. Apesar dos ataques de membros da comunidade académica e de grupos de apologética cristã, Prabhupada recebeu acolhida favorável de muitos estudiosos da religião, tais como J. Stillson Judá, Harvey Cox, Shinn Larry e Thomas Hopkins, que elogiou as traduções de Prabhupada e defendeu seu movimento contra as imagens distorcidas e as más apresentações veiculadas pela mídia. Prabhupada foi descrito como um líder carismático, no sentido usado pelo sociólogo Max Weber, devido à sua bem-sucedida aquisição de seguidores nos Estados Unidos, Índia, Austrália, países da Europa, da África e outras regiões. Após sua morte, o Movimento Hare Krishna continuou a crescer e desenvolver-se e está presente até os dias de hoje, contando com diferentes sedes ao redor do mundo que celebram a vida de Prabhupada e seus discípulos. A. C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada nasceu em 1896 em Calcutá, filho de Gour Mohan e Rajani De. Seus pais eram devotos de Krishna e deram-lhe o nome de Abhay Charan ( “destemido por ter se abrigado no Senhor” ). Seu pai, Gour Mohan, educou-o à risca de acordo com a etiqueta devocional (vaishnava) e deu-lhe todos os ensinamentos básicos do Bhagavad Gita, ensinou-o a cozinhar e a tocar mridanga (instrumento de percussão de origem indiana). Gour Mohan sempre quis que o seu filho se tornasse um devoto de Sri Radha e Krishna. Srila Prabhupada concluiu em 1920 os seus estudos em sânscrito, filosofia, inglês e economia no Scottisch Churches College. Por circunstâncias auspiciosas ele encontrou em 1922 o seu mestre espiritual Bhaktisiddhanta Sarasvati Maharaja, em Calcutá. Em 1932 ele recebeu a primeira e segunda iniciação por Bhaktisiddhanta Sarasvati Maharaja, um proeminente erudito devocional e fundador de sessenta e quatro Gaudiya Mathas(institutos védicos), que lhe deu o nome de Abhay Caranaravinda. Naquela época, Srila Prabhupada ainda estava enredado na vida familiar e nos negócios. Quando pensava em abandonar os seus afazeres materiais para viver no templo, Bhaktisiddhanta Maharaja o desencorajava. Alguns dos devotos queriam que Srila Prabhupada assumisse a direcção de um dos maiores templos da Gaudiya-Matha de Srila Bhaktisiddhanta, mas o próprio Bhaktisiddhanta tinha outros planos. Ele não queria que Srila Prabhupada se envolvesse directamente com a Gaudiya-Matha.No primeiro encontro que tiveram em 1922, Srila Bhaktisiddhanta pediu que Srila Prabhupada difundisse o conhecimento védico na língua inglesa. Nos anos que se seguiram, Srila Prabhupada escreveu um comentário sobre o Bhagavad Gita e ajudou a Gaudiya Matha no seu serviço de pregação. Em 1944 ele publicou o primeiro número duma revista quinzenal em inglês Back to Godhead ( De volta para o Supremo) .Ele próprio redigia, dactilografava os manuscritos e revia as provas, distribuindo ele mesmo as revistas nas ruas de Nova Delhi de forma gratuita.Lutava para manter a publicação, pedindo doações de papel e algumas moedas. Desde então, a revista chamada “De Volta ao Supremo” continua a ser publicada ininterruptamente e é editada em mais de trinta línguas. Em seguida, começou a tradução do Bhagavad Gita e do Sri Ishopanishad. Embora Srila Prabhupada sempre tentasse organizar a pregação, não sabia como transformá-la em realidade. A sua idéia era inspirar devotos na Índia e ir com eles para os Estados Unidos.Com esse objectivo, ele fundou a League of Devotees (Sociedade dos Devotos), por intermédio da qual conseguiu alguns colaboradores. “Pelo reconhecimento da erudição filosófica e devoção, a Sociedade vaishnava Gaudiya honrou, em 1947, Srila Prabhupada com o título de ‘Bhaktivedanta’.” Em 1954, com 58 anos, Srila Prabhupada retirou-se da vida familiar e tomou vanaprastha (ordem de vida retirada), para poder dedicar-se mais tempo aos estudos e às atividades literárias. Srila Prabhupada dirigiu-se para a cidade de Vrindavan, o famoso lugar sagrado onde Krishna tinha aparecido cinco mil anos atrás. Ele achou abrigo no templo medieval de Radha-Damodara, onde vivia em condições humildes, dedicando-se profundamente aos estudos por muitos anos. Em 1959 entrou na ordem de vida renunciada (sannyasa). No templo de Radha-Damodara Srila Prabhupada iniciou a obra da sua vida – a tradução dos muitos volumes do Srimad-Bhagavatam com comentários dos 18.000 versos! Ali escreveu também o livro Easy Journey to Other Planets (Fácil viagem a outros planetas). Sendo um sannyasi sem recursos materiais, Srila Prabhupada teve dificuldade em arranjar os meios necessários para suas publicações. Apesar disso conseguiu publicar até 1965, graças a donativos, o Primeiro Canto do Srimad-Bhagavatam em 3 volumes. Além disso Srila Prabhupada esforçava-se para conseguir uma viagem gratis para os Estados Unidos, que por fim lhe foi concedida pro Sumati Morarji, proprietária da Scindia Steamship Company. E assim Srila Prabhupada viajou, sozinho, para os Estados Unidos no outono de 1965 a bordo do cargueiro Jaladuta, para cumprir a missão do seu mestre espiritual. Quando Srila Prabhupada chegou com o navio no porto de Nova Iorque, ele praticamnte estava sem recursos financeiros. Após um ano cheio de dificuldades Srila Prabhupada fundou em Julho de 1966 a Sociedade Internacional da Consciência de Krishna (ISKCON), que sob sua direção pessoal se desenvolveu numa década num movimento mundial com mais de 100 ashramas, escolas, templos e comunidades rurais. Em 1968 Srila Prabhupada fundou nas colinas do Oeste da Virginia a primeira comunidade rural da consciência de Krishna, que serviu de exemplo para projectos idênticos em todos os continentes. Em 1972, com a fundação da escolagurukula em Dallas, Texas, Srila Prabhupada introduziu o sistema védico de ensino elementar e secundário no Ocidente. Com o constante aumento do número de alunos formaram-se 10 outras escolas até 1978. A mais importante das suas escolas está sediada em Vrindavan, Índia. Também na Índia Srila Prabhupada criou muitos projectos, como por exemplo o impressionante templo de Krishna-Balarama em Vrindavana, o Centro de Congresso e Cultural junto com o templo e casa internacional de hóspedes em Bombay e o Centro Mundial da ISKCON em Sridhama Mayapur (Bengala), onde se proteja erguer uma cidade em moldes védicos. Além destas muitas actividades Srila Prabhupada sempre via na publicação de livros sua tarefa principal, e assim em 1972 ele fundou a Bhaktivedanta Book Trust (BBT), hoje a maior editora na Índia de literatura religiosa e filosófica. Até seu desaparecimento em 14 de Novembro de 1977 em Vrindavana, Srila Prabhupada, apesar da sua idade avançada, viajou 14 vezes em viagens de pregação ao redor da terra . Não obstante desta apertada agenda, publicou continuamente novos livros – num total de mais de 80 volumes – que hoje em dia são traduzidos em todas as línguas do mundo. Nestes onze anos, de 1966 até 1977, Srila Prabhupada iniciou milhares de discípulos e escreveu, além dos seus livros, cinco mil cartas que hoje estão disponíveis em forma de livros, para seus seguidores. Srila Prabhupada faleceu em Vrindavan, Índia, no ano de 1977. Seus discípulos continuam levando adiante o movimento que ele iniciou e a mensagem que ele trouxe da Índia para o Ocidente.


  • João XXIII – Memórias de Um Núncio

    João XXIII - Memórias de Um Núncio
    João XXIII – Memórias de Um Núncio «€30.00»

    João XXIII – Memórias de Um Núncio «França (1944-1953» «Tradução de Alda Rosa e Duarte Nuno Simões» – Livraria Moais Editora – Lisboa – 1966. Desc. 350 pág / 23 cm x 16 cm / Br.


  • Dicionário de Santos

    Dicionário de Santos
    Dicionário de Santos «€15.00»

    Jorge Campos Tavares – Dicionário de Santos «Hagiológico  Iconográfico de Atributos de Arte e Profissões de Padroados de Compositores de Musica Religiosa – Lello & Irmão – Editores – Porto – 1990. Desc. 284 pág / 21 cm x 14.5 cm / E. Ilust.


  • Uma Luz no Mundo

    Uma Luz no Mundo
    Uma Luz no Mundo «€35.00»

    Hugo de Azevedo – Uma Luz no Mundo – Vida do servo de Deus Monsenhor Josemaía Escrivá de Balaguer Fundador do Opus Dei – Edições Prumo, Lda / Editora Rei dos Livros, Lda – Lisboa – 1988. Desc. 403 pág + 16 Ilust / 24 cm x 16 cm / E. Ilust.


  • Era Uma Senhora mais Brilhante Que o Sol… (Lúcia)

    Era Uma Senhora mais Brilhante Que o Sol... (Lúcia)
    Era Uma Senhora mais Brilhante Que o Sol… (Lúcia) «€90.00»

    Pª. João M. de Marchi , I. M. C. – Era Uma Senhora mais Brilhante Que o Sol… (Lúcia) – Edição do Seminário das Missões de Nossa Senhora de Fátima – Cova da Iria – 194.? Desc. VXI + 272 pág / 21 cm x 16 cm / Br. Ilust. «1.º Edição»

    Era Uma Senhora mais Brilhante Que o Sol…Era o dia 13 de maio de 1917. Um dia como outro qualquer…O vento soprava como de costume. O Sol brilhava como em todos os outros dias. E três crianças de nome Lúcia de Jesus dos Santos (de 10 anos), Francisco Marto (de 9 anos) e Jacinta Marto (de 7 anos), apascentavam um rebanho de ovelhas na Cova da Iria, uma pequena freguesia de Aljustrel, pertencente ao concelho de Ourém, em Portugal.Em meio às brincadeiras de criança, Lúcia lembrou a reza do terço que tinham por costume todos os dias. Acabada a oração, entretinham-se a construir uma pequena casa de pedras soltas, quando, de repente, uma luz brilhante cortou rápido o céu. Julgando ter sido algum relâmpago, não obstante o céu sereno e desanuviado, a toda a pressa juntou o rebanho. Mas eis que novo clarão iluminou o espaço e as crianças notaram com espanto, em cima de uma pequena azinheira, uma Senhora de incomparável beleza toda resplandecente de luz. Parecia ter os seus 17 anos. Velava-lhe o semblante que leve sombra de tristeza e dor. Das mãos erguidas pendia um rosário de brancas pérolas. O vestido era também branco. Da fronte inclinada de que transparecia uma ternura infinda, descia um magnífico manto orlado de ouro até aos pés, que mal se viam sobre a nuvem luminosa. O conjunto da atitude e do trajar era digno e majestoso. Da aparição emanava um resplendor que o olhar mal podia suportar. O primeiro pensamento dos pastorinhos foi fugir. Mas a Senhora os deteve prometendo que não lhes faria mal algum. Sua face, indescritivelmente bela, não era nem alegre e nem triste, mas séria, com ar de suave censura. As mãos juntas, como a rezar, apoiadas no peito, e voltadas para cima. Da sua mão direita pendia um Rosário. As vestes pareciam feitas somente de luz. A túnica e o manto eram brancos com bordas douradas, que cobria a cabeça da Virgem Maria e lhe descia até os pés. Lúcia jamais conseguiu descrever perfeitamente os traços dessa fisionomia tão brilhante. Com voz maternal e suave, Nossa Senhora tranquiliza as três crianças…


  • Um Alto Príncipe da Igreja «Dom Manuel Cerejeira Patriarca de Lisboa»

    Um Alto Príncipe da Igreja
    Um Alto Príncipe da Igreja «€30.00»

    António Cabral – Um Alto Príncipe da Igreja «Dom Manuel Cerejeira Patriarca de Lisboa» – Livraria Popular de Francisco Franco – Lisboa – 1941. Desc. 220 pág / 20 cm x 13 cm / Br


  • O Pescador Que Quis ser Monge e Foi Santo (S. Gonçalo de Lagos)

    O Pescador Que Quis ser Monge e Foi Santo (S. Gonçalo de Lagos)
    O Pescador Que Quis ser Monge e Foi Santo (S. Gonçalo de Lagos) «€30.00«

    Antero Nobre – O Pescador Que Quis ser Monge e Foi Santo (S. Gonçalo de Lagos) – Separata do Jornal «Povo Algarvio» – Tavira – 1957. Desc. 181 pág / 20 cm x 13 cm / Br. Ilust.

    Antero Nobre – Historiador, político e jornalista, nasce em Moncarapacho em 1910 e falece em Olhão em 1997. Foi um dos intelectuais olhanenses mais produtivos, pertencente à tríade intelectual de ouro da segunda metade do séc. XX (onde também incluo Francisco Fernandes Lopes e Alberto Iria). Desde cedo apresentou grande interesse pelas letras e pela cidadania empenhada em Olhão e no Algarve.Embora tendo frequentado a Faculdade de Letras, não concluiu o curso. Foi, durante anos, funcionário do Instituto Nacional das Actividades Económicas, tendo-se aposentado por motivos de saúde, passando então a exercer o magistério.Atendendo ser politicamente da confiança do Estado Novo exerceu o cargo de Presidente da Câmara Municipal de Olhão entre  1950 e inícios de 1953, por alegado desentendimento com uma facção interna do regime.Teodomiro Neto, que o conheceu em 1988, revela no jornal O Olhanense de 1-3-2003 que Antero Nobre “era um mestre no diálogo. Homem culto, sedutor no dizer a palavra muito certa e pensada. Deu-me novidades sobre João Lúcio e a sua tragédia familiar; contou-me histórias amorosas. Do Alberto Iria. Da Maria Eduarda Gonzalo. Deste e daquela. (…) Abalei do Largo de S. Sebastião embriagado pela arte das palavras. Pela engenharia mental dum homem, perto dos oitenta anos (…)”. Sendo um exímio orador e contador de histórias, não resisto a revelar uma história picaresca que ele contava aos amigos: mal foi nomeado para o cargo de Presidente da Câmara, recebeu a visita da matrona-gerente da casa de meninas mais chique da terra – a Srª Dona Rosa Eleutério -, disponibilizando os serviços da sua casa, gratuitamente e discretamente, enquanto o mesmo exercesse o seu digno mandato! Parece que este convite era, nessa época saudosa, habitual logo nos primeiros dias de todos os Presidentes da Câmara de Olhão…A sua ligação ao regime salazarista foi patenteada pelas condecorações que a Legião Portuguesa lhe deu – medalha de Dedicação de Prata e, depois, de Oiro. Foi redactor principal do Correio do Sul, de Faro, do Correio Olhanense e do O Olhanense. Antero Nobre foi muito acarinhado pela população de Olhão, ainda em vida, tendo recebido em homenagem medalhas da autarquia em 1969 e em 1984, fazendo o seu nome parte da toponímica da cidade. Quando faleceu, em 1997, com 87 anos, era Presidente da Assembleia Geral da Associação da Imprensa Regionalista Algarvia, Coordenador da Delegação de Olhão da Universidade do Algarve para a Terceira Idade e Vice-presidente do Clube Simpatia.


  • História Religiosa de Portugal

    História Religiosa de Portugal
    História Religiosa de Portugal – Formação e Limites de Cristandade «€135.00»

    Carlos Moreira Azevedo «Direcção» – História Religiosa de Portugal – Formação e Limites de Cristandade – Vol. 1 – Circulo de Leitores/ Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica Portuguesa  – Lisboa – 2000. Desc. 544 pág / 27,5 cm x 20 cm / E. Original. Ilust

    Carlos Moreira Azevedo «Direcção» – História Religiosa de Portugal – Humanismo e Reformas – Vol. 2 – Circulo de Leitores/ Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica Portuguesa  – Lisboa – 2000. Desc. 700 pág / 27,5 cm x 20 cm / E. Original. Ilust

    Carlos Moreira Azevedo «Direcção» – História Religiosa de Portugal – Religião e Secularização- Vol. 3 – Circulo de Leitores/ Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica Portuguesa  – Lisboa – 2000. Desc. 700 pág / 27,5 cm x 20 cm / E. Original. Ilust


  • Vida de S.António de Lisboa

    Vida de S.António de Lisboa
    Vida de S.António de Lisboa «€15.00»

    Por Uma Filha de S. Francisco – Vida de S.António de Lisboa – Tip «Missões Franciscana» – Braga – 1934. Desc. 138 pág. / 19 cm x 13 cm / Br.

     

     

     

    Santo António nasceu em Lisboa em data incerta, numa casa, assim se pensa, próxima da Sé, às portas da cidade, no local onde posteriormente se ergueu a igreja sob sua invocação. A tradição indica 15 de Agosto de 1195, mas não há documento fidedigno que confirme esta data. Também foi proposto o ano de 1191, mas, segundo um seu biógrafo, o padre Fernando Lopes, as contradições em sua cronologia só se resolveriam se ele tivesse nascido em torno de 1188. Tampouco se sabe com certeza quem foram seus pais. Nenhuma das biografias primitivas os citam, e somente no século XIV, a partir de tradições orais, é que se começou a atribuir ao pai o nome de Martim ou Martinho de Bulhões, e à mãe, o de Maria Teresa Taveira.Fixando-se esses nomes na memória popular, e com a crescente fama do santo, não custou a biógrafos tardios atribuírem também aos seus pais uma dignidade superior. Do pai foi dito ser descendente do celebrado Godofredo de Bulhões, comandante da I Cruzada, e da mãe, que descendia de Fruela I, rei de Astúrias, mas tal parentesco nunca pôde ser comprovado. A forma de seu nome de baptismo é igualmente obscura, pode ter sido Fernando Martins ou Fernando de Bulhões. Fez os primeiros estudos na Igreja de Santa Maria Maior (hoje Sé de Lisboa), sob a direcção dos cónegos da Ordem dos Regrantes de Santo Agostinho. Como era a prática da ordem, deve ter recebido instrução no currículo das artes liberais do trivium e do quadrivium, o que certamente plasmou seu carácter intelectual. Ingressando ainda um adolescente como noviço da mesma Ordem, no Mosteiro de São Vicente de Fora, iniciou os estudos para sua formação religiosa. A biblioteca de São Vicente de Fora era afamada pela sua rica colecção de manuscritos sobre as ciências naturais, em especial a medicina, o que pode explicar as constantes referências científicas em seus sermões.Poucos anos depois pediu permissão para ser transferido para o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, a fim de aperfeiçoar sua formação e evitar distracções profanas, já que era constantemente visitado por amigos e parentes. Coimbra era na época o centro intelectual de Portugal, e ali se deve ter envolvido profundamente no estudo das Escrituras e nos textos dos Padres da Igreja. Nesta época entrou em contacto com os primeiros missionários franciscanos, chegados em Portugal em 1217, e que estavam a caminho do Marrocos para evangelizar os mouros. Sua pregação do Evangelho no espírito de simplicidade, idealismo e fraternidade franciscana, e sua determinação missionária, devem ter tocado o sentimento de Fernando. Entretanto, uma impressão ainda mais forte ocorreu quando os corpos desses frades, mortos em sua missão, voltaram a Coimbra, onde foram honrados como mártires. Autorizado a juntar-se a outros franciscanos que tinham um eremitério nos Olivais, sob a invocação de Santo António do Deserto, mudou seu nome para António e iniciou sua própria missão em busca do martírio.