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  • Teatro do Oprimido e Outras Poéticas Políticas

    Teatro do Oprimido e Outras Poéticas Políticas

    Augusto Boal – Teatro do Oprimido e Outras Poéticas Políticas – Editora Civilização Brasileira – Rio de Janeiro – 1977.Desc.(223)Pág.Br

     

     

     

    Augusto Pinto Boal (Rio de Janeiro, 16 de março de 1931 – Rio de Janeiro, 2 de maio de 2009) foi diretor de teatro, dramaturgo e ensaísta brasileiro, uma das grandes figuras do teatro contemporâneo internacional. Fundador do Teatro do Oprimido, que alia o teatro à ação social, suas técnicas e práticas difundiram-se pelo mundo, de maneira notável nas três últimas décadas do século XX, sendo largamente empregadas não só por aqueles que entendem o teatro como instrumento de emancipação política mas também nas áreas de educação, saúde mental e no sistema prisional O dramaturgo é conhecido não só por sua participação no Teatro de Arena da cidade de São Paulo (1956 a 1970), mas sobretudo por suas teses do Teatro do oprimido. Sua obra escrita é expressiva. Com 22 livros publicados e traduzidos em mais de vinte línguas, suas concepções são estudadas nas principais escolas de teatro do mundo. O livro Jogos Para Atores e Não Atores trata de um sistema de exercícios (“monólogos corporais”), jogos (diálogos corporais) e técnicas teatrais além de técnicas do teatro-imagem, que, segundo o autor, podem ser utilizadas não só por atores mas por todas as pessoas. Foi vereador do Rio de Janeiro de 1993 a 1997 Augusto Boal nasceu no subúrbio da Penha, Rio de Janeiro. Filho do padeiro português José Augusto Boal e da dona de casa Albertina Pinto, originários de Justes, Vila Real. Desde os nove anos dirigia peças familiares, com seus três irmãos. Aos 18 anos vai estudar Engenharia Química na antiga Universidade do Brasil, atual UFRJ, e paralelamente escrevia textos teatrais. Na década de 1950 enquanto realizava estudos em nível de Ph.D em Engenharia Química, na Columbia University, em Nova York, ma época, assistia às montagens do Actors Studio.

     

     

     

     


  • Zilda (Peça em 4 Actos)

    Zilda (Peça em 4 Actos) (€60.00)

    Alfredo Cortez – Zilda (Peça em 4 Actos) (Ilustrações: D.Alice Rey Colaço, D.Milly Possoz, Jorge Barradas) – Companhia Portuguesa – Editora – Porto – 1921.Desc.(255)Pág.E.Ilust

     

     

     

     

    BREVE EVOCAÇÃO DO CENTENÁRIO DA ESTREIA DE ALFREDO CORTEZ - Blogue do Centro Nacional de Cultura Ferreira Cortez (Estremoz, 29 de Julho de 1880 – Oliveira de Azeméis, 7 de Abril de 1946) foi um dramaturgo e magistrado português que recebeu o Prémio Gil Vicente em 1936. Alfredo Cortês (também grafado Cortez), nasceu em 29 de Julho de 1880, em Estremoz (Distrito de Évora). Licenciou-se em Direito pela Universidade de Coimbra no ano de 1905, seguindo a carreira da magistratura. Nos anos de 1929 e 1930 exerceu o cargo de juiz de investigação criminal em Angola. Fixou-se depois em Lisboa. Estreou-se nas lides teatrais em 1921, provocando sensação com a peça Zilda, representada no Teatro Nacional D. Maria IIpor Amélia Rey Colaço. Seguiu-se igual êxito com a peça O Lodo, em 1923. Entre aqueles anos e 1944, situa-se a sua mais significativa produção literária, incluindo onze títulos publicados que foram, também, outros tantos sucessos de crítica e bilheteira, quando não de censura e escândalo. Em 1936, a peça Tá Mar valeu-lhe o Prémio Gil Vicente do Secretariado Nacional de Informação. Para o cinema, foi autor do argumento e dos diálogos do filme de Leitão de Barros, Ala-Arriba!, de 1942. Pelas suas qualidades cénicas e literárias conquistou um lugar cimeiro entre os autores teatrais do seu tempo. A sua obra, considerada de expressão rigorosa e linear, revela um perfeito domínio da técnica teatral, posta ao serviço de uma análise impiedosa aos costumes da sociedade portuguesa contemporânea. Alfredo Cortez morreu em 7 de Abril de 1946, em Oliveira de Azeméis.

     


  • Congresso Nacional do Algarve – Racal Clube

     

     

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  • Ninhos D’Águias(Comedia Dramática em 3 Actos Representada Pela Primeira Vez no Teatro do Gymnasio em Janeiro de 1920-1920

    Ninhos D’Águias(Comedia Dramática em 3 Actos Representada Pela Primeira Vez no Teatro do Gymnasio em Janeiro de 1920(€40.00)

    Carlos Selvagem – Ninhos D’Águias(Comedia Dramática em 3 Actos Representada Pela Primeira Vez no Teatro do Gymnasio em Janeiro de 1920 – Editores – Renascença Portuguesa – Porto / Luso-Brasilisna – Rio de Janeiro – 1920.Desc.(247)Pág.E

     

    Tavares de Andrade Afonso dos Santos (Lisboa, 13 de agosto de 1890 — Lisboa, 4 junho de 1973), mais conhecido pelo nome literário de Carlos Selvagem, foi um militar, jornalista, escritor, autor dramático e historiador, que notabilizou pelas suas obras de trama histórico, por vezes de pendor marcadamente nacionalista. Na vertente dramática escreveu peças de grande rigor construtivo, tendo na vertente da comédia de costumes criado figuras que, pela sua crueza, provocaram estranheza junto do público mais conservador. A sua obra caracteriza-se por uma escrita marcadamente poética, de grande originalidade, onde perpassa um conteúdo ideológico e de crítica social de grande coerência Frequentou o Colégio Militar entre 1901 e 1907 onde lhe deram a alcunha (Selvagem) que mais tarde veio a incorporar no pseudónimo literário que adoptou. Formou-se em Cavalaria pela Escola do Exército e participou no Niassa e no norte de Moçambique na frente africana da Primeira Guerra Mundial. Chegou a major. Foi grande amigo e politicamente sempre muito próximo do capitão Henrique Galvão, com quem partilhou a autoria da obra Império Ultramarino Português: Monografia do Império, Lisboa: Empresa Nacional de Publicidade, 1950-1953 (4 vols.). Henrique Galvão, apesar de ser então deputado à Assembleia Nacional, foi o seu defensor no julgamento da tentativa de golpe da Junta de Libertação Nacional (10 de Abril de 1947), também conhecida por Abrilada. Quando em Janeiro de 1961Henrique Galvão liderou o assalto ao paquete Santa Maria, chamou-lhe Operação Dulcineia, do título de uma peça de teatro de Carlos Selvagem (Dulcinéa ou a última aventura de D. Quixote, Lisboa: Editorial Aviz, 1943). Entre as obras de que foi autor mereceram particular destaque os contos infantis Picapau – Bonecos Falantes, a obra historiográfica e didática Portugal Militar e o romance A Espada de Fogo. As peças de teatro Entre Giestas (1915), Ninho de Águias (1920), Telmo, o Aventureiro e, sobretudo, Dulcineia ou a última aventura de D. Quixote, tiveram grande sucesso junto do público sendo consideradas entre as mais representativas da dramaturgia portuguesa do século XX. Encontra-se colaboração da sua autoria nas revistas Homens Livres (1923) e Ilustração iniciada ema 1926. Foi distinguido com o Prémio Gil Vicente. Foi escolhido em concurso público para escrever o compêndio a utilizar nas escolas militares, tendo produzido para esse fim a obra Portugal Militar. Compêndio de História Militar e Naval de Portugal desde as Origens do Estado Portucalense até ao fim da Dinastia de Bragança, publicada em 1931, corrigida e anotada pelo autor em 1936 e reeditada em 2006. Todas as edições pela Imprensa Nacional. O seu nome perdura na toponímia portuguesa, em nomes de arruamentos. Foi agraciado com os seguintes graus das Ordens honoríficas portuguesas: Cavaleiro da Ordem Militar de Cristo (28 de junho de 1919), Oficial da Ordem Militar de Avis (5 de outubro de 1926), Comendador da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada (4 de março de 1941), Comendador da Ordem Militar de Avis (4 de fevereiro de 1943) e Grande-Oficial da Ordem Militar de Avis (25 de janeiro de 1947).

     

     

     

     


  • Guerras do Alecrim e Manjerona

    Guerras do Alecrim e Manjerona(€15.00)

    António José da Silva – Guerras do Alecrim e Manjerona(Apresentação Didáctica de Albina de Azevedo Maia) – Porto Editora – Porto – 1980.Desc.(192)Pág.Br.

     

    António José da Silva Coutinho (São João de Meriti, 8 de maio de 1705 – Lisboa, 19 de outubro de 1739) foi um escritor e dramaturgo luso-brasileiro, nascido no Brasil Colônia. Formado na universidade de Coimbra,[2]escreveu o conjunto da sua obra em Portugal entre 1725 e 1739. Apelidado “O Judeu”, foi torturado, esquartejado e queimado na fogueira pela Inquisição, num auto de fé. É hoje considerado um dos maiores dramaturgos portugueses de todos os tempos e o precursor da modinha. O romancista português Camilo Castelo Branco retratou a vida de várias gerações da família de António José da Silva até à sua morte na sua obra O Judeu. A história de António José da Silva também inspirou Bernardo Santareno, igualmente de origem judaica, a escrever a peça O Judeu(1966). A sua vida é ainda retratada no filme luso-brasileiro O Judeu(1995). A Fundação Nacional de Artes – Funarte e o Camões Instituto da Cooperação e da Língua Portuguesa instituíram o Prêmio Luso-Brasileiro de estímulo a dramaturgia António José da Silva no ano de 2007. Portugal dedicou-lhe um selo a 7 de junho de 2010, na série Teatro em Portugal, que reproduz uma cena da peça “Guerras do Alecrim e da Manjerona”, sob o título “António José da Silva (O Judeu)”. António José da Silva nasceu no engenho do avô materno, Balthazar Rodrigues Coutinho, no bairro da Covanca, na atual cidade de São João de Meriti, no Rio de Janeiro. Era filho do advogado e poeta João Mendes da Silva. Mudou-se ainda pequeno com a família para a Freguesia da Candelária (hoje parte do centro da capital carioca). Batizado no catolicismo, mas de origem judaica, foi vítima da perseguição que dizimou a comunidade dos cristãos-novos do Rio de Janeiro em 1712. Pensa-se que terá conseguido manter a sua fé judaica secretamente. Mas, sua mãe, Lourença Coutinhofoi bem menos sucedida. Acusada de judaísmo, foi deportada para Portugal onde foi processada pela Inquisição. O pai de António decidiu então partir para Portugal, para estar próximo de sua mulher, levando o jovem António consigo. A família instalou-se a seguir na Metrópole. Em Portugal, António José da Silva estudou direito na Universidade de Coimbra, onde se inscreveu em 1725. Interessado pela dramaturgia, escreveu uma sátira, que serviu de pretexto às autoridades para prendê-lo, acusado de práticas judaizantes, com sua mãe e sua esposa, a 8 de agosto de 1726. Embora fosse amigo de Alexandre de Gusmão, conselheiro do rei dom João V (1706–1750), foi torturado a 16 de agosto e 23 de setembro, tendo ficado parcialmente inválido durante algumas semanas, o que o impediu de assinar a sua “reconciliação” com a Igreja Católica, acabando por fazê-lo em grande auto-de-fé de 23 de outubro. Salvou sua vida admitindo ter seguido práticas da lei mosaica. Depois de ter abjurado seus erros, foi posto em liberdade. Sua mãe só foi liberta três anos mais tarde, em outubro de 1729, depois de ter sido torturada e figurada como penitente em outro auto-da-fé. Depois de ter praticado três anos seu ofício de advogado, acabou por retomar sua atividade literária, sendo considerado o maior dramaturgo português da sua época. Escritor prolífico, escreveu sátiras em que criticava num modo burlesco o ridículo da sociedade portuguesa, usando referências frequentes à mitologia e aos autores da Antiguidade e da Península Ibérica, nomeadamente Don Quixote. Devido a partes orquestrais importantes, árias e conjuntos cantados, suas peças podem quase ser consideradas óperas. A única música que sobreviveu foi composta por António Teixeira. Conhecido pela facilidade e verve cómica das suas sátiras, José da Silva fez muitos inimigos contra os quais o conde de Ericeira o protegeu, mas após a morte deste último, o dramaturgo e escritor foi denunciado como suspeito de judaísmo à Inquisição. Foi preso de novo em 1737, em Lisboa com a mãe, a tia, o irmão (André) e a sua mulher, Leonor Maria de Carvalho, que se encontrava grávida. Morreu no dia 19 de outubro de 1739 na fogueira às mãos da Inquisição, num auto de fé. António José da Silva é ainda hoje considerado o mais famoso dramaturgo português do seu tempo. As suas comédias ficaram conhecidas como a obra de “O Judeu” e foram encenadas frequentemente em Portugal nos anos da década de 1730. Influenciado pelas ideias igualitárias do Iluminismo francês, o dramaturgo ligou-se a um grupo de “estrangeirados”, formado por eminentes figuras como o diplomata luso-brasileiro Alexandre de Gusmão (1695-1753), o principal conselheiro do rei D. João V. Sua obra teatral inspirava-se no espírito e na linguagem do povo, rompendo com os modelos clássicos e incorporando o canto e a música como elemento do espectáculo. Uma delas foi “Vida do Grande Dom Quixote de La Mancha”, representada em 1733. Oito de suas óperas foram publicadas em 1744 em dois volumes, na série que ostenta o título Theatro comico portuguez, recuperadas em 1940, pelo investigador Luís Freitas Branco. Mais tarde o musicólogo Felipe de Souza confirmou a parceria de António José com o padre Antonio Teixeira, autor das músicas. Escreveu também poemas, um deles publicado por Francisco Adolfo Varnhagen, em 1850, em seu Florilégio da poesia brasileira. Este usa de recursos da poesia barroca, tal como o maneirismo. Em 1737, António foi preso pela Inquisição, juntamente com a mãe e a esposa (Leonor de Carvalho, com quem casara em 1728, que era sua prima e também judia). A mãe e a mulher seriam libertadas posteriormente. António José da Silva foi novamente torturado. Descobriram que era circuncidado. Uma escrava negra testemunhou que ele observava o Shabbat. O processo decorreu com notória má-fé por parte do tribunal e António José da Silva foi condenado, apesar de a leitura da sentença deixar transparecer que ele não seria, de facto, judaizante. Como era regra com os prisioneiros que, condenados, afirmavam desejar morrer na fé católica, António José da Silva foi garrotado antes de ser queimado num Auto-de-Fé em Lisboa em outubro de 1739. Sua mulher, que assistiu à sua morte, morreria pouco depois.

     

     

     

     

     


  • As Vozes da Rádio (1924-1939)-1939

    As Vozes da Rádio (1924-1939) (€15.00)

    Rogério Santos – As Vozes da Rádio (1924-1939) – Editorial – Caminho – Lisboa – 2005.Desc.(366)pág.Br.Ilust

     

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    As Vozes da Rádio

    Fernando Gardelho Medeiros criou, em 1914, a Rádio Hertz, em Lisboa. Apesar de rudimentares, foram as primeiras experiências de Rádio em Portugal. A Hertz foi suspensa pouco depois e ressurgiu em 1929, continuando durante cerca de um ano. Já em finais da década de 30, deu lugar à designação Rádio Continental. Outras estações se seguiram: a Rádio Aliança, no Campo Santana, a Rádio Lisboa, na Rua Serpa Pinto, e a ORSEC, no Porto. Até 1925, as emissões são feitas em circunstâncias muito particulares. Por vezes são transmitidas a partir de um quarto ou de instalações improvisadas. Eram feitas à noite quando o entusiasta tinha disponibilidade. E dependiam do seu investimento particular nos aparelhos destinados à emissão. O início das emissões regulares As primeiras emissões regulares surgem em Lisboa a 25 de Outubro de 1925. A estação chama-se CTI AA e é propriedade de Nunes dos Santos. Mas o ano marco da história da Rádio Portuguesa é 1928: nasce na Parede o Rádio Clube da Costa do Sol, mais tarde convertido no Rádio Clube Português. Fundadores: Major Botelho Moniz e Alberto Lima Bastos. O Estado preocupa-se com a Rádio em 1930 e chama a si o monopólio dos serviços de radiotelegrafia, radiotelefonia, radiodifusão e radiotelevisão. É criada a direção-geral dos Serviços Radioelétricos. Fica na dependência dos CTT. A primeira estação do Norte nasce em 1930 e é a Rádio Sonora. Um par de anos depois surgem a Invicta e o Rádio Clube Lusitânia, também no Porto, a Rádio Luso, a Rádio Amadora e a Rádio Graça, todas em Lisboa. A Rádio Graça, de Américo Santos, manteve-se viva até 1974, tendo sido uma das quatro estações que geraram os populares Emissores Associados de Lisboa. O interesse estatal pela rádio Depois da iniciativa legislativa de 1930, o Estado volta a interessar-se pela Rádio três anos mais tarde. É o ministro das Obras Públicas Duarte Pacheco quem incentiva a criação da Emissora Nacional. A inauguração oficial ocorre a 1 de Agosto de 1935. Tal como noutros países da Europa, também o Estado Novo apercebe-se das potencialidades do novo meio. A Emissora Nacional é, durante décadas, o principal meio de comunicação pública do regime. Ainda em fase experimental, a Rádio Renascença começa a emitir em 1936. Em 1937 têm início as emissões em onda média da emissora católica. Estava assim fechado o triângulo que dominou a oferta nacional de Rádio portuguesa no séc. XX: Rádio Clube Português, Emissora Nacional, Rádio Renascença. Os anos do domínio Foi na década de cinquenta que a Rádio começou a mostrar o potencial das suas capacidades expressivas e tornou-se no meio de comunicação dominante. Em 1950, o teatro na Rádio começou a ganhar contornos mais populares e comerciais com o surgimento do famoso folhetim Tide. Dois anos depois surgiu o Rádio Comédias. A Rádio servia para distrair a população, o principal objetivo da programação era o entretenimento. À primeira fase da rádio – espetáculo, à base de emissões diretas, seguiu-se o ciclo da criação de programas de passagem de discos e de conversa entre dois locutores, assim como de programas de humor. Emissões como a Voz dos Ridículos, a Parada da Paródia e Graça com Todos, estes dos produtores Parodiantes de Lisboa, foram alguns dos programas mais famosos da rádio nacional e o folhetim de maior êxito foi A Força do Destino. Em paralelo nasceram programas de discos pedidos como o omnipresente Quando o Telefone Toca, que difundia emissões diferentes nas várias estações comerciais. O crescente impacto da Televisão, acentuado a partir do final dos anos 60, levou a Rádio a adotar novos formatos e a modernizar-se. A Rádio Universidade, que atraía jovens estudantes, foi o instrumento de formação da generalidade dos novos profissionais e dela emanou um movimento de reforma que se alastrou às principais estações portuguesas. As emissões noturnas das rádios comerciais, que começavam então a emitir 24 horas por dia, foram as primeiras a sinalizar a mudança para formatos mais informais, novas tendências musicais e apresentação de temas de interesse social. Caía o modelo do 2.º locutor. O novo locutor, que era também realizador, falava diretamente com os ouvintes e tendo por fundo o início e o final das faixas musicais que apresentava. O Rádio Clube Português começa emitir em FM Em 1954, o Rádio Clube Português inicia as emissões em Frequência Modulada. A estação separou a emissão de Frequência Modulada, primeiro apenas em Lisboa, e dedicou-a a um público jovem. Nascia o Em Órbita, de culto à música anglo-saxónica, assim como as Produções Espaço 3 P, que levaram o estúdio para a rua e para as praias. Na Rádio Renascença destacava-se o Página 1, criado em 1968, que ligava a música portuguesa de protesto aos temas sociais. Até 1974, a emissão das rádios privadas baseava-se em produções independentes. As estações alugavam a generalidade dos seus horários a produtores que realizavam e exploravam comercialmente os seus próprios programas. Nos últimos anos da década de 60, produtores independentes apostaram em formatos com conteúdos mais informativos. PBX e Tempo ZIP apostavam em vedetas da TV como Carlos Cruz e José Fialho Gouveia e jovens radialistas como Adelino Gomes, Joaquim Furtado, João Paulo Guerra e José Nuno Martins. Ao mesmo tempo, o Rádio Clube Português e a Rádio Renascença apostavam em noticiários de hora a hora, pequenos e com impacto. A rádio no 25 de abril O papel de comando da Rádio nos acontecimentos políticos de 25 de Abril de 1974 atesta exemplarmente o impacto que a mesma então tinha como meio dominante da comunicação pública portuguesa. A breve trecho veio a ser substituída nessa posição pela TV. Os caminhos da especialização Em 1998, a Rádio Comercial implantou um modelo onde a programação da rádio se faz em função do desenvolvimento de uma ideia de negócio. A noção de se fazer rádio apenas por gosto caía por terra e instituía-se o conceito de prestação de um serviço, com níveis de crescimento em termos de faturação para as empresas. A segmentação do público, nomeadamente em função de interesses específicos, fez aumentar a criação de rádios especializadas. As estações emissoras procuram, então, oferecer um produto que satisfaça estes interesses, através da criação de formatos que vão de encontro às necessidades da programação alternativa. Muitas estações de rádio adotam uma postura de especialização. Criada em 1998, a Mega FM, ao contrário da Rádio Comercial, não assume uma especialização musical. Não se pode defini-la como uma rádio com conteúdos especializados, mas antes uma estação dirigida a um determinado público. Já a Mix FM nasceu em 1999, a partir do estudo de mercado que comprovou que existia público para uma rádio de rhythmdance. O rejuvenescimento da Rádio Comercial marcou o mercado da rádio em Portugal. Não só esta estação inovou o formato e a forma de comunicação com os ouvintes, como desenvolveu uma estratégia de conquista de audiências. Com a transferência de Pedro Tojal da RFM (Grupo Renascença), para a direção da Media Capital Rádio, a Rádio Comercial afastava-se do seu projeto inicial. Paralelamente, foi criada, em 2003, a Best Rock FM, para colmatar o espaço antes preenchido pela Comercial. Contrariamente à ideia da simples cópia, da simplicidade dos formatos e da banalidade do discurso, algumas estações de rádio assumem características muito próprias, diferenciando-se das restantes. Um destes exemplos passa pela Marginal, nascida em 1987 com a designação de Rádio Kit. Apesar de algumas semelhanças na programação ao longo do dia, existem outros programas de autor que fazem a diferença e procuram cobrir todo o espectro musical que diz respeito ao rock. Por um lado, a formatação é a garantia da qualidade das emissões. Assim, a grande maioria das estações de rádio aposta num formato que regula toda a emissão, através de uma playlist com temas organizados, frases pré-definidas, jingles e publicidade estruturada. No entanto, ainda existem espaços que deixam expressar o «eu» de cada locutor. Tal como o caso da Voxx, que nasceu em 1998 das cinzas da extinta XFM, cuja programação deixa ao critério de cada autor a personalização do seu próprio programa. Sempre com o objetivo de agradar o público, a emissora dá espaço para que os autores mostrem um pouco da sua personalidade nas escolhas musicais que fazem, à medida que acompanham a evolução e apresentam as novidades. Os programas «de palavra» da Voxx provam que a rádio não se faz apenas de música, e que só a rádio pode cumprir o papel de indutora do pensamento, através da criação de novos conceitos no ouvinte. Integrada no grupo de canais do Estado, a Antena 2 é destacada para cumprir parte do serviço público de radiodifusão. Adicionalmente, e por não ter objetivos comerciais, a estação de rádio distancia-se das demais, assumindo-se como o espaço privilegiado para a cultura na rádio. As iniciativas de cariz mais erudito estão muitas vezes condenadas nas estações privadas, nomeadamente por razões económicas. Contudo, a Rádio Luna é a prova de que a música clássica pode sobreviver num emissor privado. Dirigido aos ouvintes de música clássica e jazz, a emissora, criada em 1999, deixa de fora da sua programação as conferências, o teatro radiofónico, os programas biográficos de grandes artistas, a cultura popular ou o folclore. Um aspeto comum às rádios especializadas é a tendência generalista no que toca ao tratamento editorial da informação. Por exemplo, a Best Rock FM, a Marginal, a Mega FM e a Mix FM apresentam uma componente noticiosa sobre a atualidade, complementada com rubricas e outros espaços informativos orientados em torno da temática da estação. Assim, não podem ser consideradas rádios temáticas, mas sim especializadas. A Rádio Informação A TSF é uma estação temática, de informação, mas ainda não implementou uma conceção estreita de informação, na medida em que a estrutura das suas emissões combina a música e a informação. A especialização dentro da especialização ainda está para chegar Portugal, com rádios temáticas especializadas. Este formato, que concentra a informação num só conteúdo, é muito comum nos Estados Unidos, devido à dimensão da audiência, à sofisticação do mercado e ao elevado investimento publicitário neste meio. Embora possível, ainda não existe uma organização que ofereça ao ouvinte conteúdos informativos dentro de um âmbito por ele determinado, ou serviços de informação que satisfaçam necessidades específicas. A personalização da informação já é comum nas newsletters que os ouvintes/utilizadores subscrevem nos sites de informação. No entanto, a convergência entre o sistema de comunicação analógico e o sistema digital, com o envio de mensagens escritas ou sonoras para o telemóvel, ainda não foi posto em prática em Portugal. Os programas de antena aberta e a interatividade da rádio Nos anos 30, quando foi colocada na mesa a criação da Emissora Nacional, dizia-se que a rádio podia ser o instrumento mais democrático do mundo, por educar as pessoas e por chegar a todo o lado. A verdade é que a rádio procurou a interatividade desde o seu início. Quando comparada com os outros meios, a rádio é um meio mais barato, e portanto, mais livre. Dado o facto dos custos de instalação, produção e manutenção serem menores que os de outros meios de comunicação de massa, a rádio consegue a pluralidade de opiniões e uma representação ideológica mais abrangente. No âmbito da interatividade, a rádio adotou os programas de antena aberta para atingir objetivos diferentes. Os programas de antena aberta são muito comuns no espectro radiofónico dos EUA e abrangem desde as temáticas mais polémicas, aos temas mais conservadores ou excêntricos. Existem três tipos de programas de antena aberta: «the exhibitionist phone-in», «the confessional phone-ins» e «the expressive phone-in». A tradição norte-americana aponta para o tom confessional, onde os ouvintes relatam os seus problemas pessoais e anseios. A Voz do ouvinte Em Portugal, o sucesso passa pelos programas que estabelecem a ligação entre o domínio público e o privado, permitindo a expressão das vozes dissidentes sobre assuntos públicos. O que não se pode ignorar é o facto de que, apesar de os programas de antena aberta permitirem aos ouvintes dar a sua opinião, a situação que lhes é proporcionada pela emissora obedece a regras e a uma temática pré-determinada pela estação. Ainda assim, a rádio, por dar a oportunidade aos convidados e ouvintes de trocarem ideias entre si, consegue ultrapassar os restantes media nacionais, fazendo valer o princípio igualitário da opinião. Além disso, outras experiências e opiniões válidas são confrontadas com a visão do «especialista», permitindo a pluralidade de opiniões de grupo e a manifestação de posições individuais. Torna-se importante perceber como a fórmula do «ouvinte em linha» funciona: o facto de a audiência se manter em contacto, cria a ilusão de que a rádio é um meio bidirecional da comunicação. Numa altura em que a participação da audiência estava limitada aos programas de escolha dos discos pedidos (dos quais se celebrizou o programa «Quando o Telefone Toca», na Renascença), foi «O Passageiro da Noite», na rádio Comercial, que deu início aos programas de linha aberta com tema livre em Portugal. Contudo, é de notar que as formas de participação não se ficam neste esquema da antena aberta. Assiste-se, cada vez mais, à tentativa por parte das estações em implicar os ouvintes na sua comunicação, quer através do telefone quer de mensagens enviadas através da Internet. Posteriormente, é apresentada a música mais pedida, as gravações de ouvintes que elegem «aquela» como a melhor estação, ou ainda, os inúmeros passatempos realizados. O programa «Boa Noite» da Renascença mantém este formato de antena aberta, mas assume uma vertente de companhia, para um público mais solitário. A rádio torna-se, assim, não só um veículo para alargar as possibilidades de participação democrática, mas como um instrumento que permite às pessoas estarem em contacto com outras. Este tipo de programas de antena aberta funcionam tanto como uma tribuna, para as provocações que desafiam as conceções dominantes, tanto como tribunal, para os grupos sub-representados pelos media, que desta forma conseguem dar o seu contributo nos assuntos públicos mais importantes. Na Rádio Renascença, os programas «Fórum TSF» e «Bancada Central» são bons exemplos da passagem para um modelo dialógico de comunicação que ultrapassa o sistema de receção passiva da rádio. De acordo com estudos realizados, está provado que estes programas estimulam a comunicação política e promovem a livre expressão, nomeadamente para assuntos de teor cívico e político. São programas que permitem que o cidadão usufrua de um espaço para discussão, onde o senso comum é qualificado como conhecimento autêntico, na medida em que, ao ser fundado na experiência, se diferencia do conhecimento dos especialistas. Com a finalidade de dar voz às pessoas, a rádio apresenta duas grandes vantagens: é mais ouvida do que os jornais são lidos e torna-se mais fácil pegar no telefone e ligar para a redação do que dar opinião por escrito e enviar para os jornais. Os debates mediatizados na rádio, para além de se apresentarem como um «ponto de encontro» onde o público pode trocar ideias, fornecem uma excelente base de representação social. Assumem-se como espaços de discussão nos quais as pessoas podem defender as suas ideias, constituindo um fator fulcral para a construção de uma identidade cultural.

     


  • Sempre Livre! Poesia Expressamente Escripta Para ser Recitada pelo Autor na Noite de 1.º De Dezembro de 1874 Pela Inauguração do Theatro na Cidade de Faro

    Sempre Livre! Poesia Expressamente Escripta Para ser Recitada pelo Autor na Noite de 1.º De Dezembro de 1874 Pela Inauguração do Theatro na Cidade de Faro (€50.00)

    Domingos Rodrigues Annes Baganha – Sempre Livre! Poesia Expressamente Escripta Para ser Recitada pelo Autor na Noite de 1.º De Dezembro de 1874 Pela Inauguração do Theatro na Cidade de Faro –


  • Laura Alves – A Rainha do Palco

    Laura Alves (€13.00)

    Luciano Reis – Laura Alves – A Rainha do Palco – Sete Caminhos – Lisboa – 2005.Desc.(127)pág.Br.Ilus

     

     

    Laura Alves Nascida em 1921, no número 638 da Rua de São Bento, em Lisboa. Nasceu efetivamente em 8 de setembro de 1921 (e não em 1927 ou 1923, como surge em muitos lados… ao contrário do que atestam o seu registo na escola onde estudou, a sua ficha biográfica no Teatro Nacional Dona Maria II, bem como o artigo “Laura Alves: o sorriso inesquecível”, de Maria João Duarte, na revista N 276, de Junho 2009, da Fundação INATEL). Filha de Celestino Magno (Viseu, Rio de Loba, 18 de junho de 1896 – Lisboa, Socorro, 24 de setembro de 1945) e de sua mulher Mariana Alves (Lisboa, São Miguel, 15 de dezembro de 1895 – Amadora, Reboleira, 23 de maio de 1988), frequentou a Escola Industrial Machado de Castro e a Escola de Dança do Conservatório Nacional. Avós paternos, Alexandre Magno e Encarnação de Jesus e avós maternos, Frederico António Alves e Ana Maria de Jesus Júnior. Antes da estreia profissional, já aos três anos recitava, aos cinco entrava como “o miúdo” de uma peça policial representada na Associação Recreativa Triângulo Vermelho (uma sociedade de recreio da Rua de S. Bento de que o seu pai era sócio) e aos seis representava, como amadora, no Grupo Dramático Lisbonense. Estreou-se profissionalmente em 20 de agosto de 1935, no Teatro Politeama, ainda com 13 anos, a 20 dias de fazer os catorze, contracenando logo na estreia com o grande ator Alves da Cunha, na peça “As duas garotas de Paris”. Tirou a carteira profissional logo depois, aos catorze anos, e passou do Politeama para o Teatro Nacional, onde fez duas épocas, representando ao lado de Palmira Bastos, Álvaro Benamor, Amélia Rey Colaço, Nascimento Fernandes, Maria Lalande, etc. Viu o seu talento reconhecido além-fronteiras, através da participação em diversos géneros (revista, opereta, comédia e drama), sobretudo no Teatro Monumental, onde se fixou em 1951. No cinema, salienta a sua interpretação em O Leão da Estrela, em 1947. Daí até à sua morte somou muitos sucessos. Ao longo da sua carreira interpretou cerca de quatrocentos espetáculos. Faz teatro radiofónico na RCP ao lado de nomes como Rogério Paulo, Álvaro Benamor, Isabel Wolmar, Carmen Dolores, Paulo Renato, Álvaro Benamor e Josefina e António Silva Por tudo isto, seria muito redutor ficar registada a sua passagem pelo cinema, muito mais conhecida do que a sua carreira teatral por todos os nascidos na década de 1960 e posteriores, apenas por não haver na RTP, ou nela não passarem, registos das muitas peças que fez, e só passarem sucessivas repetições dos 3 filmes da década de 1940 em que entrou (O Pai Tirano, O Leão da Estrela, O Pátio das Cantigas). Morreu a 6 de maio de 1986, em Lisboa, vítima de uma embolia cerebral. Foi enterrada no Cemitério dos Prazeres, não longe do jazigo do grande ator António Silva, com quem partillhou rol em O Leão da Estrela.

     

     

     


  • O Que Fiz e o Que Não Fiz

    O Que Fiz e o Que Não Fiz (€25.00)

    Ivo Cruz – O Que Fiz e o Que Não Fiz – Tipografia Guerra(Viseu) – Lisboa – 1985.Desc.(243) + (14) Estampas.Br.Ilus.

     

    Manuel Ivo Cruz

    Manuel Ivo Cruz (Corumbá, 19 de Maio de 1901 — Lisboa, 8 de Setembro de 1985) foi um compositor, músico e professor de música que se destacou como fundador da Orquestra Filarmónica de Lisboa (1937) e reitor do Conservatório Nacional de Lisboa(1938-1971), sucedendo neste cargo a Vianna da Motta. Foi pai do também maestro Manuel Ivo Cruz filho (Lisboa, 18 de Maio de 1935 – Porto, 25 de Dezembro de 2010), maestro-director no Teatro Nacional de São Carlos. Era filho de Manuel Pereira da Cruz e de sua mulher Palmira Machado, um casal português de origem algarvia (Olhão). Partiu ainda criança para Lisboa, cidade onde fez os seus estudos secundários, ingressando na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Direito. Iniciou os seus estudos musicais em Lisboa com António Tomás de Lima e Tomás Borba.  Preferindo a música à advocacia, depois de terminar a licenciatura em Direito, em 1925 partiu para Munique, na Alemanha, onde estuda Composição, Direcção de Orquestra, Estética e História da Música. Regressado a Lisboa, passou a trabalhar como professor do Conservatório Nacional de Lisboa, instituição então dirigida por Vianna da Motta. Nessas funções, e como compositor, cultivou o seu interesse pela música portuguesa pré-clássica, compondo novas obras integradas nesse estilo e fundando a Sociedade Coral Duarte Lobo, em 1931, especialmente voltada para executar tal repertório. Estes esforços levaram a que aquele estilo musical se tornasse conhecido do grande público e tivesse divulgação internacional. Nesse esforço promoveu as primeiras audições modernas e edições de algumas das mais notáveis obras de compositores como Carlos Seixas (1704-1742) e João de Sousa Carvalho (1745-1798). Em 1937 organizou a Orquestra Filarmónica de Lisboa, com a qual divulga o repertório musical português no país e no estrangeiro. No ano seguinte substituiu Vianna da Motta na direcção do Conservatório Nacional, cargo que manteve até 1971. Para além da sua actividade como compositor e músico, Ivo Cruz ao longo da sua vida colaborou regularmente em diversas publicações, tendo publicado uma autobiografia em 1985. Encontra-se colaboração da sua autoria nas revistas Contemporânea(1915-1926) e Música(1924-1925). Entre a sua vasta e diversificada obra musical, num estilo impressionista ao gosto português, incluem-se duas sinfonias, dois concertos para piano e múltiplas canções e peças instrumentais. A sua obra mais conhecida é talvez a Sinfonia de Amadis, estreada em Lisboa em 1953. Reuniu uma importante colecção bibliográfica de temática musical que se encontra integrada na Biblioteca Nacional de Lisboa, onde constitui a Colecção Ivo Cruz, que inclui impressos raríssimos e outros únicos, e o maior conjunto conhecido de autógrafos de João Domingos Bomtempo (1775-1842). Ivo Cruz foi uma das figuras mais relevantes nas relações culturais luso-brasileiras e da difusão da cultura musical de Portugal no Brasil e na Europa.

     


  • 9 de Abril(Teatro em Três Actos)

    9 de Abril(Teatro em Três Actos) (€60.00)

    Antonio Botto – 9 de Abril (Teatro em Três Actos) – Livraria Popular de Francisco Franco – Lisboa – 1937.Desc.(138) pág.B

     

     

    undefined Tomás Botto (Concavada, Alvega, Abrantes, 17 de Agosto de 1897 – Rio de Janeiro, 16 de Março de 1959), poeta, contista e dramaturgo português. A sua obra mais popular, Canções, foi um marco na lírica portuguesa pela sua novidade e ousadia, ao abordar de modo subtil mas explícito o amor homossexual, causando grande escândalo e ultraje entre os meios reaccionários da época. Amigo de Fernando Pessoa, que foi seu editor, defensor crítico e tradutor, conheceu igualmente outras figuras cimeiras das letras e artes portuguesas. Ostracizado em Portugal, radicou-se no Brasil em 1947, onde passou tempos muito difíceis, vindo a morrer de atropelamento.

     


  • Revista – Instituto de Cultura e Língua Portuguesa (ICALP)

    (1) – Revista / Março de 1985 – n.º1 – O Traçar do Rumo – Fernando Cristovão / Homenagem ao Instituto de Alta Cultura – lídio do Amaral /  A Praça do Príncipe Real e os Vários Prédios que o Circundam – Eduardo Martins Bairrada / Para Uma Perspectiva da Cultura Portuguesa – Fernando de Mello Moser / Uma Personalidade, Um Tempo, Uma Obra – Fernando Namora Fala a Maria Alzira Seixo / Inter-Bruxo: Um Analisador Ortográfico Interativo para o Português – Pedro Guerreiro / Homem de saber e de Fé: Padre Manuel Antunes: – A. L. de Sousa Franco / O Tratamento Lexicográfico de Texto africano em Língua Portuguesa. O «Africanismo» – Carlos Alberto Antunes Maciel / a Universidade de Coimbra Acolheu Tancredo Neves / Academia das Ciências de Lisboa / In Memoriam… /  Evocações Pessoanas / Prémios e Condecorações – Instituto de Cultura e Língua Portuguesa (ICALP) – Lisboa – 1985. Desc. 118 pág / 23 cm x 16,5 cm / Br. Ilust «€15.00»

    (2) – Revista / Agosto – Dezembro de 1985 – n.º2 & 3 – Linguagem e Ciência – Harald Weinrich / Gramática Pastrane Um Apontamento Bibliognóstico – Justino Mendes de Almeida / Uma Personalidade, Um Tempo, uma Obra – Luis Archer Fala a Maria de Lurdes Belchior / Questões Sobre a Cultura Portuguesa – Respostas e Prof. Dr. José Sebastião da Silva Dias / Língua e Cultura Portuguesa no Mundo – Fernando Cristóvão / Das Geometrias Labirínticas – Lima de Freitas / Linguagem e Celebração Religiosa – Albino Mamede Cleto / Letra da Lei em Tradução – José Pestana / Sociedade da Língua Portuguesa / Homenagens / Língua e Literatura na  Universidade dos Açores  – Instituto de Cultura e Língua Portuguesa (ICALP) – Lisboa – 1985. Desc. 176 pág / 23 cm x 16,5 cm / Br. Ilust «€15.00»

    (3) – Revista / Julho de 1986 – n.º 5 – Unidade da Língua Portuguesa / Maria Helena Mira Mateus  – Bases Analíticas da Ortografia Simplificada da Língua Portuguesa de 1945, renegociadas em 1975 e consolidadas em 1986  / Unificação ortográfica da Língua Portuguesa – João Malaca Casteleiro / A hora e a vez da Língua Portuguesa – Fernando Cristóvão / Um juízo sobre o novo Acordo Ortográfico – Ivo de Castro /  As origens do novo acordo – Luís F. Lindley Cintra  / O Acordo Ortográfico na praça pública  A Língua dos «Infantes» –  Eduardo Prado Coelho  /  Humortográfico /  Ortografia e Ortografia Portuguesa – José Gonçalo Herculano de Carvalho / Notícia sobre a elaboração da Terminologia Científica e Técnica da Língua Portuguesa / Maria Elisa Macedo Oliveira  – Uma Personalidade, Um Tempo Uma Obra – José de Matos / Cruz fala de Cinema Português  / Fernando Pessoa e os meandros da Solidão – António Mateus Vilhena / O Universo Telúrico de Aquilino Ribeiro (II) –  Antonio Valdemar / UMA INSTITUiÇÃO, UMA HISTÓRIA Os Jardins-Escolas João de Deus – Um Centro Cultural, Um · Método, Uma Cartilha /  Do ensino do Latim na actualidade – Maria Helena da Rocha Pereira / Foi a Espanha quem descobriu o Brasil? – Um depoimento a Espanha quem descobriu o Brasil? – Um depoimento descoberta do Brasil – Luís de Albuquerque / Prémios literários em Portugal – Dulce Matos  / O aniversário do Tratado de Windsor / Baquero Moreno – Instituto de Cultura e Língua Portuguesa (ICALP) – Lisboa – 1986. Desc. 168 pág / 23 cm x 16,5 cm / Br. Ilust «€15.00»


  • Anais II Série – Academia Portuguesa da História

    Anais II Série Volume 2
    Anais II Série [Volume 2] «€50.00»

    ( ) – Anais II Série Volume 2 – Eduardo Brasão – O Tratado de Limites de 1750 e as as Suas Consequências / Conde de São paio (D. Antonio) . a memoria de António Ferreira de Serpa / Carlos Viegas Gago Coutinho – Quirino da Fonseca / Carlos Viegas Gago Coutinho – Discussão Sobre a Rota Seguinte por Vasco da Gama Entre Santiago e S. Brás / Augusto Vieira da Silva – Acção do Castelo de Lisboa nas Guerras em Portugal / Carlos Viegas Gago Coutinho – Abel Fontoura da Costa / Carlos Viegas Gago Coutinho – Dedução Técnica da Rota que, Mais provavelmente, Vasco da Gama seguiu no Atlântico em 1497 / William James Entwistle – Nun’ Álves e a Defesa de Portugal / Carlos Viegas Gago Coutinho – Primeiras Travessias Atlânticas / Augusto da Silva Carvalho – Um Agente de Portugal em França, Francisco Mendes de Góis / Augusto da Silva Carvalho – Gomes Brito, Olisipógrafo / Hans W. Hartmann – Les Relations entre Le Portugal Et La Suisse a Travers les Siècles / Mário Luís de Sampaio Ribeiro – Do Sítio do Restelo e Suas Igrejas de Santa Maria de Belém / Mário Luís de Sampaio Ribeiro – Da Inconsequência Paradoxal de Oliveira Martins / Robert Ricard – Les Places Luso-Marocaines Et Les Iles Portugaises de L’Atlantique / Eduardo do Couto Lupi – A Campanha Contra o Gungunhana – 1º Cinquentenário / José Justino Teixeira Botelho – os Propósitos Colonialistas da Academia Real da História Portuguesa / Eduardo do Couto Lupi – Subsidio Para a História de Moçambique – 1502-1580 / Eduardo do Couto Lupi – D. João II e Cristóvão Colombo – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMXLIX/1949. Desc. [508] pág + [24] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.


    Anais II Série Volume 3
    Anais II Série [Volume 3] «€40.00»

    ( ) – Anais II Série Volume 3 – Augusto da Silva Carvalho – Estudos Relativos a Restauração / José Maria Cordeiro de Sousa – Alguns Documentos da Torre do Tombo Referentes aos Filhos de João de Albuquerque / Domingos Maurício Gomes dos Santos – Vicissitudes da Obra de Cristóvão Borri / António Baião – Cartas Inéditas de D. Jerônimo Osório / Marques de São Paio – Operações Militares na Província de Trás-os-Montes nos reinados de D. Fernando e de d. João I / Luís Pina – pedro Hispano e Arnaldo de Vilamoura no Educação Médica Popular Hispânica – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLI/1951. Desc. [337] pág + [10] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.


     Anais II Série Volume 4
    Anais II Série [Volume 4] «€35.00»

    ( ) – Anais II Série Volume 4 – José Saraiva – Os Painéis Chamados de S. Vicente / Augusto da Silva carvalho – a Rainha D. Amelia e a assistência Pública em Portugal / Joaquim Figanier – Um Possível Governador da índia em 1515 / António Silva Rego – Duarte Catanho, Espião e Embaixador (1538-1542) / Gastão Matos – Sobre o «Regimento de Guerra» Quinhentista / Miguel de Oliveira – Os Próprios Litúrgicos de Portugal / Marcelo Caetano – Lisboa na Crise de 1383 7 António Baião – herculano Inédito – Correspondência de Faustino Xavier de Novais – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLIII/1953. Desc. [290] pág + [2] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.


    Anais II Série Volume 7
    Anais II Série [Volume 7] «€40.00»

    ( ) – Anais II Série Volume 7 – Domingos Maurício Gomes dos Santos – A Última Carta do Infante Santo e a Falência do Seu Resgate / Antonio Baião – Herculano e Gomes Monteiro / António Cruz – a Conquista do Porto em 1809 (Notas Fontes Para a História das Invasões Francesas / Marques de São José – O Testamento do Inquisidor Geral e serenismo Senhor Dom José / António Baião – Alexandre Herculano Como Presidente da Câmara de Belém / António Baião – Alexandre Herculano Como Rendeiro da Horta do Galvão / Artur de Magalhães Bastos – estado actual dos Principais Problemas que a «Cronica de 1419» Tem Levantado / Carlos de Passos – Relações Históricas Luso-Italianas / Augusto Botelho da Costa veiga – Três Temas Históricos (Século XII) – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLVI/1956. Desc. [349] pág + [26] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.


    Anais II Série Volume 8
    Anais II [Série Volume 8] «€35.00

    ( ) – Anais II Série Volume 8 – António Baião – Herculano e Camilo / Afonso do Paço – A Academia Real da História Portuguesa e a Sua Lei de Protecção e Monumentos Arqueológicos / Afonso do Paço – castro de Vila Nova de S. pedro – X-Campanha de Escavação de 1956 (20.ª) / Virgínia Rau – A Embaixada de Tristão de Mendonça Furtado e os arquivos Notariais Holandeses / Joaquim Figaner – Moedas Árabes do Século XII Encontradas no Concelho de Sesimbra / Marques de São Paio – O Tenente General 1.º Marques de São Paio (1762-1841) / I. da Costa Brochado – Tentativas de Canonização de El-Rei D. Afonso Henriques – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLVI/1956. Desc. [368] pág + [9] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.


    Anais II [Série Volume 10]
    Anais II [Série Volume 10] «€35.00

    ( ) – Anais II Série Volume 10 – António Baião – Um Fidalgo Quinhentista e o Seu Curioso Testamento / Conde de Tovar – O Padre António Brásio e as Razões de João das Regras / José maria Cordeiro de Sousa – As Inscrições Lapides do Mosteiro de Odivelas / Eugénio de Andrea da Cunha e Freitas – A Vida e Obra do Dr. Gaspar Dias Fernandes, Médico, Poeta e Filósofo / Conde de Tovar – A Legitimidade dos Filhos de D. Inês de Castro / Torquato de Sousa Soares – O Foral Concedido a Coimbra, Santarém e Lisboa em 1179 / António Brasio – Prisão do Mestre de Avis Por D. Leonor Teles / Raúl da Costa Couvreur – Cronologia das Moedas de D. João III / Vergílio Alves Correia Filho – Elogio do Professor Doutor Francisco José de Oliveira Viana – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLX/1960. Desc. [242] pág + [4] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.


    Anais II [Série Volume 11]
    Anais II [Série Volume 11] «€35.00

    ( ) – Anais II Série Volume 11 – António Meireles Souto – Portugal em Gripsholm / Augusto Cardoso Pinto – Problemas Bibliográficos das «Ordenações Manuelinas» – As variantes da Impressão de 1539 / Conde de Tovar – O Arquivo do Conselho de Estado / Gastão de Melo de Matos – Nota Sobre a Difusão do Teatro espanhol em Portugal / Eugénio Andrea da Cunha e Freitas – Mestres Biscanhos na matriz de Vila do Conde – João de Rianho, Sancho Garcia, Rui Garcia e João de Castilho / António Brásio – A Argumentação de João das Regras nas Cortes de Coimbra de 1385 / António Brásio – Os Casamentos de D. Pedro I e o Auto das Cortes de 1385 / Conde de Campo Belo – Uma Figura da Restauração – João de Melo Feio / Conde de Tovar – A Infante Desconhecida Que Jaz no Sé de Lisboa – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLXI/1961. Desc. [313] pág + [7] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.


    Anais II Série Volume 12 -
    Anais II Série [Volume 12] «€35.00»

    ( ) – Anais II Série Volume 12 – Gastão de Melo de Matos – Considerações tácticas Sobre a Batalha de Aljubarrota / António Brásio – o Problema da Sagração dos Monarcas Portugueses / João Albino Pinto Ferreira – A Amizade Luso-Espanhola no Século XVIII (1746-1760) / Marquês São-Paio – O Conde D. Henrique de Borgonha e o Conde D. Raimundo Seriam Parentes ou Não, e Como? / António Brásio – Duas Notas Marginais ao Problema do Casamento de D. Pedro com D. Inês de Castro / Afonso do Paço – Em Torno de Aljubarrota. I – Problema dos Osso dos Combatentes da Batalha / Alexandre de Lucena e Vale – Príncipe, Titulares do Senhor de Viseu / Eugénio Andrea da Cunha e Freitas – Gerações Medievais Portuguesas – Cavaleiros e Escudeiros do Casal / Alexandre de Lucena e Vale – O Enigma Duma Pedro de Armas / Rui Pinto de Azevedo – Riba Coa Sob o Domínio de Portugal no reinado de Afonso Henriques – o Mosteiro de Santa maria de Aguiar, de Fundação Portuguesa e não Leonesa – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLXII/1962. Desc. [298] pág + [13] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.


    Anais II Série [Volume 14]
    Anais II Série [Volume 14] «€35.00»

    ( ) – Anais II Série Volume 14 – Hélio Viana – Elogio do Dr. Gustavo Barroso / António Meireles do Souto – Vestígios Portugueses em Terras Estrangeiras / José Pedro leite Cordeiro – Elogio do Dr. Alberto Lamego / Eugénio Andrea da Cunha Feitas – Documentos Para a História do Brasil – Uma Carta Inédita de Tomé Joaquim da Costa Corte-Real Para Sebastião José de Carvalho e Melo / Joaquim Veríssimo Serrão – D. Sebastião a Luz dos Seus Itinerários / Armando Nobre de Gusmão – Cantores e Músicos em Évora nos Anos de 1542 a 1533 / Alexandre de Lucena e Vale – Rectificação ao Estudo Príncipes, Titulares do Senhor de Viseu / Afonso do Paço – Castro de Vila Nova de S. Pedro – XIV – Vida Econômica – XV – O Problema Campaniforme – XVI – Metalurgia e Análises Espectográficas / Damião Peres – O  Cabo Dobrado Por Gil Eanes em 1434 Foi o Bojador – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLXIV/1964. Desc. [184] pág + [15] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.


    img_1674
    Anais II Série [Volume 18] «€35.00»

    ( ) – Anais II Série Volume 18 – Eugénio Andrea da Cunha e Freitas – D. António de Azevedo, Comendatário de Bustelo. O Seu Testamento (1596) / José Filipe Mendeiros – O Oliventino Sebastião do Couto, Mestre Insigne da Universidade de Évora e Alma das Alterações de 1637 / António Rodrigues Cavalheiro – Júlio de Castilho Mestre de Príncipes / Joaquim Alberto iria – O Grande Piloto Álvaro Esteves (Novas Achegas Para a Sua Biografia) / Eugénio Andrea da Cunha e Freitas – Documentos para a História do Brasil – II – «Relação do que tem Acontecido na Prasa da Colonia do sacramento Desde no Mez de Setembro de 8 de Dezembro de 1735 / Artur césar Ferreira Reis – Elogio do Eng.º Afonso Taunay / José de Castro – O cardeal D. Miguel da Silva – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLXIX/1969. Desc. [184] pág + [15] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.


    Anais II Série [Volume 19]
    Anais II Série [Volume 19] «€35.00»

    ( ) – Anais II Série Volume 19 –  Fernando Castelo-Branco – Aspectos e Problemas da Crise de 1383 /  Fernando Castelo-Branco – Eugênio de Castro Historiador /  António Meireles de Souto – O Infante Santo e os Jerônimos / José Lopes Dias – Tópicos Ambienciais e Humanos Para a história Cultural e Política da Beira Baixa / Avelino Teixeira da Mota – A Malograda Viagem de Diogo Carreiro a Tombuctu em 1565 / António Meireles do Souto – Artistas Portugueses na Catalunha / Alexandre de Lucena e Vale – No Quarto Centenário de João de Barros – De Como Até Hoje se Não Viu Que o Panegírico da Infanta, na Sua Concepção e Contexto, na Generalidade e Pormenor, e Afirmação Incontestável de Ser Viseu a Terra na Naturalidade de João de Barros / Eugênio da Cunha e Freitas – René de Grenoble – Um Mercador Francês no Porto Seiscentista / Fernando castelo-Branco – Escravatura e o Pretenso Racismo dos Portugueses / António Luís Gomes – a figura Erudita e Benfazeja de d. Teodósio II, Duque de Bragança (Alguns dados Inéditos dos Arquivos da Fundação da Casa de Bragança em Vila Viçosa – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLXX/1970. Desc. [272] pág + [8] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.


    Anais II Série [Volume 20]
    Anais II Série [Volume 20] «€35.00»

    ( ) – Anais II Série Volume 20 – António Meireles Souto – Mestre Português de retábulo Catalães / Marquês de São-Paio – O Conde D.Henrique em Toledo, em 1101 / Fernando Castelo-Branco – Subsídios para a História da «Academia Real da História Portuguesa» / Agostinho Ferreira Gambetta – Regimento Dado Por D. Manuel I a Casa da Moeda de Lisboa, em 1498 / Idalino da Costa Brochado – Rectificação de Um Apelido / Eugênio Andrea da Cunha e Freitas – António de faria de Sousa, o da «Peregrinação» / Isaias da Rosa Pereira – Sínodo Diocesano de Évora de 1534 / Antonio Joaquim Dias Dinís – a Prelazia «Nullius Dioecesis Português Até 1460 – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLXXI/1971. Desc. [270] pág + [11] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.


    Anais II Série [Volume 21]
    Anais II Série [Volume 21] «€50.00»

    ( ) – Anais II Série Volume 21 – Francisco José Caeiro – Reabilitação do Historiador Seis centrista D. Agostinho Manuel e Vasconcelos / José Lopes Dias – Apontamentos Sobre a Vida e Obras do Fundador do Museu de Castelo Branco Francisco Tavares de Proença Júnior / António Meireles do Souto – Xiraz na História de Portugal / Agostinho Ferreira Gambetta – André Pires – Seu Mistério, sua Vida e Obras (1475-1549) / Fernando Castelo-Branco – Portugal Quinhentista Visto Através das Cartilhas Para Ensinar a Ler / Alexandre de Lucena e Vale – Das Ambiguidades do «Numeramento» e do Comento dos Seus Valores Numéricos / Luís de Albuquerque – a «Aula de Esfera» do Colégio de Santo Antão no Século XVII / Agostinho Ferreira Gambetta – D. Isabel de Portugal – História Maravilhosa da Imperatriz – 1503-1539 (1500-1548) / Eugênio Andréa da Cunha e Freitas – Documentos Para a História do Brasil – III – Notícias da Baía, em 1625 / Manuel Faria dos Santos – Moedas Hispânicas Recolhidas na Cabeça de Vaiamonte (Monforte, Alto Alentejo) / Isaías da Rosa Pereira – Estatutos do Cabido da Sé de Évora (1200-1536) / Fernando Castelo-Branco – Tentativa de Criação de Uma Universidade no Brasil, no Século XVII – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLXXII/1972. Desc. [631] pág + [20] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.


    Anais II Série [Volume 22]
    Anais II Série [Volume 22] «€35.00»

    ( ) – Anais II Série Volume 22 – Francisco José Caeiro – Mobéis do Povo Português na Revolução Nacional de 1383-1385 / Fernando Castelo-Branco – Problemática do Tratado de Tordesilhas / Agostinho Ferreira Gambetta – Ceitis de D. Afonso V – Sua Origem e Evolução / Eurico Gama – O Acadêmico Supranumerário Estêvão da Gama de Moura e Azevedo, Governador da Praça de Campo maior (1672-1741) / Eugênio da Cunha e Freitas – A Restauração na Ilha da Madeira – Documentos Inéditos / Manuel Farinha dos Santos – Fíbulas Recolhidas na cabeça de Vaiamonte (Monforte, Alto Alentejo) / Joaquim Veríssimo Serrão – Caminhos Portugueses de Santiago – Séculos XII-XVI / Fernando Castelo-Branco – Directrizes da Metodologia Historiográfica da Academia Real da História Portuguesa / Isaías da Rosa Pereira – A «Pecia» em Manuscritos Universitários – Estudo de Três Códices Alcobacenses dos Séculos XIII e XVI / Domingos Maurício Gomes dos Santos – O «Abbé Platel» Mercenário de Pombal – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLXXIII/1973. Desc. [305] pág + [44] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.


    Anais II Série Volume 23 [Tomo I ]
    Anais II Série Volume 23 [Tomo I ] «€35.00»

    ( ) – Anais II Série Volume 23 [Tomo I ] – Alberto Iria – O Algarve e a Andaluzia no Século XV – Documentos Para a Sua História / José Montalvão Machado – O Advogado Que Introduzio a Medicina Legal em Portugal / Isaías da Rosa Pereira – O Processo de Damião de Góis na Inquisição de Lisboa (4 de Abril de 1571 – 16 de Dezembro de 1572) / António Brásio – O Dr. João das Regras, Prior da Colegiada de Santa Maria da Oliveira, de Guimarães / Eduardo dos Santos – A Questão da Barca «Charles et Georges» / Eurico Gama – o Testamento do Padre Gil Eanes Pereira, de Elvas, Missionário da índia de 1570 a 1614 / Fernando Castelo-Branco – Os Portos da Enseada de S. Martinho e o Seu Tráfego Através das Tempos / Agostinho Ferreira Gambetta – História do Tostão de Ouro, do Meio Tostão de Prata e Outros Sucessos do Ano de 1517 / Luís Bivar Guerra – Processos Crime da Inquisição e os de Habilitação do Santo Ofício Como Fonte Histórica – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLXXIII/1975. Desc. [327] pág + [5] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.


    Anais II Série Volume 24 Tomo II
    Anais II Série Volume [24 Tomo II] «€35.00»

    ( ) – Anais II Série Volume 24 [Tomo II] – Marques de São-Paio – Um Português no Século XIV Que Durante Anos Governou Castela – D. João Afonso de Albuquerque e de Como Ganhamos e Perdemos a Vila de Albuquerque / Fernando de Almeida – As Ruínas Romanas e Visigóticas de Idanha-a-Velha / Luís Ribeiro Soares – O Banco de D. Diogo Preston – Novas Achegas Para a Sua História / Isaías da Rosa Pereira – Processos de Feitiçaria e de Bruxaria na Inquisição de Portugal / José Augusto França – História e Imagem / Idalino da Costa Brochado – O Povo Eleito na História da Civilização / Humberto Baquero Moreno – A Vagabundagem nos Fins da Idade Média Portuguesa / T. Montalvão ‘Machado – Alguns Aspectos da Vida e Obra de Ribeiro Sanches / António da Silva Rego – Macau Entre DUAS Crises (1640-1688) – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLXXVII/1977. Desc. [334] pág + [6] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.


     Anais II Série [Volume 25]
    Anais II Série [Volume 25] «€50.00»

    ( ) – Anais II Série Volume 25 – José Pires Gonçalves – Monsaraz de Reconquista / Luís Bivar Guerra – a investigação Histórica, Suas Dificuldades, seus Problemas e Alguns Exemplos / Luís Ribeiro Gomes – O Insólito Doutoramento de Pedro Margalho em Valhadolide (1517) / António Alberto Banha de Andrade – Conspeto Sócio-Econômico de Uma Vila Alentejana da Renascença / Túlia Espanca – Oficinas e Ciclos de Pintura em Évora no Século XVI / Humberto Baquero Moreno – A Contenda Entre D. Afonso V e os Reis Católicos: Incursões Castelhanas no Solo Português de 1475 a 1478 / Eurico Gama – A Academia dos Aplicados Elvenses / Alberto Iria – Evocação de Júlio Dantas no 1.º Centenário do seu Nascimento. Duas Raridades Bibliográficas do Médico Militar / Conde Campo Belo – A Terra de Gaia-a-Pequena / Armando de Jesus Marques – Conselheiros Portugueses na Universidade de Salamanca (1505-1506) / Manuel Farinha Santos – Oficina Monetária Lusitano-Romana de Mérida e a Sua Representação no Museu de Évora / Roberto Gulbenkian – Os Quatro Evangelhos em Persa da Biblioteca Nacional de Lisboa. O Grão Mogol, os Jesuítas e os Armênios – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLXXIX/1979. Desc. [519] pág + [22] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.


    Anais II Série [Volume 26 Tomo I]
    Anais II Série [Volume 26 Tomo I] «€35.00»

    ( ) – Anais II Série Volume 26 [Tomo I] – D. António Xavier Monteiro – A Acção dos Bispos lamecenses nos Concílios Peninsulares Visigóticos / José Pires Gonçalves – Alguns aspectos das Campanhas de Giraldo Sem Pavor no região do Guadiana / Justino Mendes de Almeida – Testemunhos epigráficos Acerca do Antropônimo «VIRIATVS» / António Garcia y Garcia – En Torno a La Canonistica Portuguesa Medieval / Luís Ribeiro Soares – Pedro Margalho e Francisco de Vitória nas Juntas de Valhadolide Para Apreciação das Obras de Emrasmo 81527) / António Joaquim Dias Dinis – Panorama Histórico de «Monumenta Henricina» / Eduardo dos Santos – Cultura Civilização / Vitor manuel Braga Paixão – Câmara dos Pares / j. T. Montalvão Machado – A Doença que Vitimou Herculano – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLXXIX/1979. Desc. [334] pág + [1] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.


    Anais II Série [Volume 26 Tomo II]
    Anais II Série [Volume 26 Tomo II] «€35.00»

    ( ) – Anais II Série Volume 26 [Tomo II] – António Alberto Banha de Andrade – Subsídios Para a História da Arte no Alentejo – Reconstrução da Matriz e Construção das Igrejas do Hospital Velho e da Misericórdia de Monte-Mor-o-Novo Com o Roteiro da Arte Gótica e Manuelina do Concelho / Virgílio Arruda – Luís Montês Matoso, Historiador e Jornalista (Uma Vida Por Conhecer e Uma Obra Por Publicar) / António Luís Gomes – A Princesa Isabel, a Redentora – Redentora dos Filhos dos Escravos / Stefan Pascu – A Formação dom Povo Romeno e da língua Romena / Mihai Berza – l’IDée Romaine Et Sa Fonction Dans La Société Roumaine Aux XVII-XIX Siecles / António Cruz – Quadros da Vida Social e Econômica da Cidade do Porto no Século Quinze / Peter Russell – Problemas Sócio-Linguísticos Relacionados Com os Descobrimentos Portugueses no Atlântico Africano / Manuel Farinha dos Santos – Estudos de Pré-História em Portugal de 1850 a 1880 / Francisco da Gama Caeiro – Livros e Livreiros Franceses em Lisboa, nos Fins de Setecentos e no Primeiro Quartel do Século XIX / Roberto Gulbenkian – Relações Históricas Entre a Armênia e Portugal na Idade Média Até o Fim do Século XVI / Eduardo Brasão – João XXI o Único Papa Português (1276-1277) – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLXXX/1980. Desc. [403] pág + [6] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.


    ( ) - Anais II Série Volume 27
    Anais II Série [Volume 27] «€35.00»

    ( ) – Anais II Série Volume 27 – José Pires Gonçalves – As «Arrábidas» de Mértola e Juromenha / José de Azevedo Perdigão – A História e o Contemporâneo / Francisco santana – D. Pedro de Alcântara e um Candidato a Agente Secreto / V. M. Braga Paixão – Quatro Presidentes da «Junta da Casa de Bragança» / José Augusto Alegria – mateus D’Aranda Mestre da Capela da Sé de Évora e Lente de Musica dos Estudos Gerais de Coimbra / Manuel Farinha dos Santos – Antropologia Pré-Histórica em Portugal / Francisco Leite de Faria – Os Capuchinhos em Portugal e no Ultramar Português / V. M. Braga Paixão – A Terceira Imperatriz / Isaías da Rosa Pereira – Um Processo Inquisitorial Antes de Haver Inquisição / Juan de Mata Carriazo – La Conquista de Ceuta em la «Cronica de Juan II de Castilla» de Alvar García de Santa Maria / Francisco de Assis de Oliveira Martins – Evocação do Centenário da Primeira Expedição Cientifica Portuguesa a África (De Benguela as Terras de Iacca) / António Alberto Banha de Andrade – Antecedentes da Travessia de África / Virgílio Arruda – Evocação de Sá da Bandeira / Alberto Iria – Evocação do Dr. P. M. Laranjo Coelho Junto a casa Onde Viveu em Castelo de Vide – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLXXXI/1981. Desc. [420] pág + [3] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.


    Anais II Série Volume 28
    Anais II Série [Volume 28] «€35.00»

    ( ) – Anais II Série Volume 28 – J. T. Montalvão Machado – Alguns Acontecimentos Esquecidos do Tempo do Rei D. Fernando / Jorge Segurado – Da Arquitectura da Renascença a do Barroco / Frédéric Mauro – L’Evolution de La Sciense Historique Française / Mário Costa Roque – A «Peste Grande» de 1569 em Lisboa / José Filipe Mendeiros – Cunha Rivana e o Padroado Português no Oriente / V. M. Braga Paixão – Ainda a Presença de Cunha Rivana na Índia Portuguesa / Armando jesus Marques – Retratos Luso-Salmantinos / Francisco Leite Faria – Difusão Extraordinária do Livro de Frei Tomé de Jesus / Salvador Dias Arnaut – O Castelo de Germanelo / Francisco de Sales Loureiro – O Tempo de D. Sebastião – Um Hiato na Historiografia do Séc XVI: A Jornada Régia de 1573 / Isaías da Rosa Pereira – Lucas Giraldi, Mercador Florentino, na inquisição de Lisboa / V. M. Braga Paixão – A Poucos Meses da Subversão / José de Azevedo Perdigão – Calouste Gulbenkian na História Contemporânea de Portugal / José Matoso – S. Martinho de Dume e as Correntes Monásticas da Época / António Brásio – S. Martinho de Dume Missionário e Moralista / Luís Ribeiro Soares – S. Bento Visto de Dume – Academia Portuguesa da História – Lisboa – MCMLXXXI/1981. Desc. [390] pág + [14] Estampas / 25 cm x 19,5 cm / Br. Ilust.

     

     

     

     


     


  • Instantâneos da Minha Vida – Memorias

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    Instantâneos da Minha Vida – Memorias €25.00»

    Luis Piçarra – Instantâneos da Minha Vida – Memorias – Edição de Autor – Lisboa – 1991. Desc. 254 pág / 21 cm x 15 cm / Br . Ilust. «Autografado»

    Luís Raul Janeiro Caeiro de Aguilar Barbosa Piçarra Valdeterazzo y Ribadenayra, mais conhecido como Luís Piçarra ComIH (Santo Agostinho, Moura, 23 de junho de 1917Lisboa, 23 de setembro de 1999), foi um cantor português. Filho de Luís da Costa de Aguilar Barbosa Piçarra e Luísa Maria Caeiro. Seu pai, grande proprietário, possuía terras em Moura, Oeiras e Carcavelos onde se dedicava à produção de vinho. Pelo seu avó materno, Manuel Caeiro Gonzalez, descendia do irmão do 1º Marquês de Valdeterrazo, que foi Presidente do Conselho de Ministros de Espanha (1840-1841). Ficou conhecido principalmente por ter sido autor do segundo e atual hino não oficial do Sport Lisboa e Benfica, “Ser Benfiquista”. Frequentou os dois primeiros anos de Arquitetura da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, curso que interrompeu em 1937 para se dedicar a uma carreira musical sem igual em Portugal. Ainda durante os tempos do Liceu, Luís Piçarra havia atuado nos Coros da Ópera Nacional, tendo sido, na altura aconselhado, pelo maestro italiano Alfredo Podovani a aprofundar os seus estudos na área do canto, conselho idêntico que lhe fez pouco tempo depois o maestro napolitano Francesco Codivila que dirigia os coros do Coliseu dos Recreios. E foi assim que ele chegou aos professores de canto Fernando de Almeida e Hermínia de Alargim, que foram o trampolim para a sua estreia na ópera “O Barbeiro de Sevilha” de Gioachino Rossini, levada a cena na Academia dos Amadores de Música de Lisboa, onde o cantor foi recebido com os maiores louvores da crítica especializada.Foi o ponto de partida de uma carreira de sucesso, que o levaria a cantar pelo mundo inteiro. Interpretou para além de ópera, sobretudo opereta e teatro de revista. Estreou-se no cinema em 1940 no filme “Pão Nosso”, de Armando de Miranda, onde cantou pela primeira vez “O Meu Alentejo”, um dos seus maiores êxitos, tornado-se assim numa estrela emergente no Portugal dos anos 40 do século XX. Em 1945 Luís Piçarra parte para o Brasil, onde inicia uma ascensão magnífica apresentando-se nas mais importantes salas do Rio de Janeiro. Actua igualmente no famoso Teatro Cólon de Buenos Aires. É na Argentina que conhece Tito Schippa, considerado o maior tenor do mundo, tornando-se o único aluno que o mestre ensinou. Ficou durante 2 anos no Brasil, tendo contracenado com Amália Rodrigues em “A Rosa Cantadeira”. Partiu depois numa nova digressão pela América Latina, que culminou no México. Poucos saberão, mas Luís Piçarra foi o criador da famosa “Granada”, que lhe foi oferecida pelo compositor mexicano Agustin Lara. O tenor cometeu então um erro que o privou de reconhecimento mundial ao não salvaguardar os direitos da canção… e a máquina de Hollywood lançou-a na voz de Mario Lanza. Assim, passou a ser conhecida como “a Granada do Lanza” aquela que é, na verdade, “a Granada do Piçarra”. Em 1947 tem um grande sucesso no Egito – é o começo do grande apogeu da sua carreira artística. Luís Piçarra permaneceria mais de um ano como cantor privativo do Rei Faruk, que, em 1948, lhe concedeu o título Bey, correspondente ao de conde nas cortes europeias. Actuou ainda em países como Chipre, Líbano, Síria, Grécia, Turquia e Itália. Segue depois para Paris onde em 1950 e 1951, é cabeça de cartaz da opereta ” Colorado” no principal teatro de opereta da época o Gaité-Lyrique, sob o nome artístico de “Lou Pizarra” sendo, então, muito apreciado pelo próprio General de Gaulle, presidente de França que carinhosamente o tratava como “le petit Portugais.Parte dos anos 50 é passada em Paris, com a família. Actuava duas vezes por dia na Radiodiffusion Française e mais tarde na televisão, também em França. Além de “Colorado” trabalhou em espectáculos como “La Vie en Rose” e “Andalousie”, entre outros. À margem das lides teatrais o tenor português actua também numa série de programas do show “This is Europe” organizados pela ECA, agência encarregada de aplicar o Plano Marshall, onde trabalha ao lado Edith Piaf. Os programas eram difundidos de Paris para os EUA e daí retransmitidos por centenas de Emissoras para o mundo inteiro levando a voz do português a milhões de ouvintes. Chegou ainda a gravar mais de uma vintena de programas para a cadeia norte-americana NBC. Em meados da década “Lou Pizarra” era o cantor europeu com mais discos publicados – 999, segundo dizia em jeito de graça – e era mais conhecido internacionalmente que no seu próprio país, apesar de ter sido, por mais que uma vez, eleito como “artista mais popular de Portugal”. Para além do famoso “Granada” a sua voz estreou outros temas que seriam êxitos mundiais como “Avril au Portugal” ou “Luna Lunera”. Nos anos 60, regressa a casa e divide-se entre Portugal e Angola, dando espectáculos nos mais populares casinos e salas de espectáculos. No dia 23 de abril de 1964 foi homenageado no Pavilhão dos Desportos, em Lisboa, pelos seus 25 anos de carreira. Em 1968, numa altura em que cumpria um contrato em Luanda faleceu a sua primeira esposa e mãe dos seus dois filhos, de doença súbita, apenas com 48 anos. Depois de uma curta estadia em Portugal, Luís “refugia-se” definitivamente em Luanda. Aí desempenha o papel de director do Centro de Preparação de Artistas da Rádio e é professor de canto teatral na Academia de Música durante alguns anos. É também em Angola que perde a voz, em 1969, numa emboscada da guerra colonial, quando actuava para as Forças Armadas Portuguesas. Regressaria a Portugal, definitivamente já depois do 25 de Abril de 1974. A 9 de Novembro de 1985, teve reconhecimento nacional ao ser feito Comendador da Ordem do Infante D. Henrique. No ano de 1987 foi lançado o livro “Luís Piçarra instantâneos da minha vida” em edição de autor. Outros dois livros foram também lançados, mais tarde. Em 1996 foi lançada uma compilação na série “Caravela” com os temas “Granada”, “Avril Au Portugal”, “Canção do Ribatejo”, “Caminho Errado”, “Anda Cá”, “Aninhas”, “Batalha”, “Guitarra da Mouraria”, “Morena da Raia”, “Santa Maria dos Mares”, “Ser Benfiquista” e “O Meu Alentejo”. Faleceu em Lisboa, a 23 de setembro de 1999, na Casa do Artista onde passou os últimos meses de vida. Em 2003 a Câmara Municipal de Lisboa homenageou o cantor dando o seu nome a uma rua no Alto do Lumiar. Tem também nome de rua nos concelhos de Gondomar e Cascais.