
Alves Redol – A França (Da Resistência a Renascença) – Editorial Inquerito – Lisboa – 19.. – Desc. 575 pág + [Gravuras] / 26 cm x 20 cm / E. Pele
Compra e Venda de Livros, Manuscritos
Alves Redol – A França (Da Resistência a Renascença) – Editorial Inquerito – Lisboa – 19.. – Desc. 575 pág + [Gravuras] / 26 cm x 20 cm / E. Pele
António Simões Rodrigues (Direcção) – História Comparada – Portugal – Europa e o Mundo [Vol. 1] (Uma Visão Cronológica) – Dr. Rui Grilo Capelo – [O Mundo Antes da Formação de Portugal] / Dr. Luís Filipe Torgal e Dr. Francisco Manuel Vitorino – [O Mundo Medieval] / Dr. António Augusto Simões Rodrigues – [Expansão e Colonização Europeia] [O Renascimento, o Humanismo e a Reforma] / Dr. Augusto Rodrigues Monteiro – [O Antigo Regime] / Drª. Regina Anacleto – [Todas as Referencias a História de Arte] / História Comparada – Portugal – Europa e o Mundo [Vol. 2] (Uma Visão Cronológica) – Dr. Luís Filipe Torgal – [A Idade das Revoluções] / Dr. Francisco Manuel Vitorino – [O Tempo dos Impérios] / Dr. João Paulo Avelãs Nunes – [O Mundo Entre as Guerras] [II Guerra Mundial] [O Pós-Guerra (1946-1960) / Dr. Rui Grilo Capelo – [O Pós-Guerra (1961-1973) / Dr. António Augusto Simões Rodrigues – [O Pós-Guerra (1974-1995)] / Dr.ª Regina Anacleto – [Todas as Referências a História de Arte] – Circulo de Leitores – Lisboa – 1996. Desc. 654 + 456 pág / 27 cm x 20 cm /E. Ilust.
Norbert Frei – O Estado de Hitler (O Poder Nacional Socialista de 1933 a 1945) – Noticias Editorial – Lisboa – 2003. Desc. 380 pág / 23 cm x 15 cm / Br.
Daniel Easterman – Juízo Final (Tradução de Paula D´Oliveira) – Edição Livros do Brasil – Lisboa – 2000. Desc. 374 pág / 23 cm x 16 cm / Br.
Traudl Junge – Até ao Fim «Um Relato Verídico da Secretária de Hitler» «Tradução de Cláudia Porto» – Dinalivro e Claassen – Lisboa – 2003. Desc. 241 pág / 23 cm x 15 cm / Br.
Traudl Junge, nascida Gertraud Humps, (Munique, 16 de Março de 1920 — Munique, 11 de Fevereiro de 2002) foi a última secretária pessoal de Adolf Hitler entre 1942 e 1945, tendo fornecido muita informação documentando a vida do “Führer” para fins de registo histórico. Em 1942 foi a uma entrevista de emprego na famosa Wolfsschanze (“Toca do Lobo”), o centro do planejamento militar nazista (localizado na Polónia). Hitler escolheu-a sobretudo por ela ser originária de Munique, sua cidade alemã preferida e em certa forma o seu “lar”. No pós-guerra foi secretária do pai do chefe do governo municipal de Munique (Oberbürgermeister) Christian Ude. Foi co-autora, com Melissa Müller, de Bis zur letzten Stunde (“Até a Última Hora”), publicado no Brasil, pela Ediouro, com o título Até o fim — os últimos dias de Hitler contados por sua secretária, livro em que relata sua vida como secretária do ditador alemão. Traudl Junge, faleceu em 11 de Fevereiro de 2002 em Munique aos 81 anos. Seu corpo encontra-se sepultado em Nordfriedhof Muenchen, Munique, Baviera na Alemanha.
Gitta Sereny – No Mundo das Trevas (O Inferno de Treblinka e o seu Carrasco) «Tradução de Artur Lopes Cardoso« – Âncora Editora – Lisboa – 2000. Desc. 462 pág / 23 cm x 15 cm / Br. Ilust.
Treblinka foi o quarto campo de extermínio alemão onde judeus foram exterminados em câmaras de gás alimentadas pormotores a explosão localizado nos arredores da cidade de Treblinka, em Polónia ocupada por os alemães. Também foi o primeiro campo de morte alemão onde ocorreu a cremação dos cadáveres a fim de ocultar o número de pessoas mortas. Neste campo foi criado um sistema de trabalho (sonderkommando) onde os judeus eram incumbidos de receber os comboios que chegavam, conduzir os deportados para as câmaras de gás, retirar os cadáveres, extrair os dentes de ouro, e proceder a cremação. Este campo foi dividido por os alemães em dois campos menores, onde em um deles os prisioneiros somente se ocupavam do extermínio e recuperação de objectos, e um segundo campo onde os pioneiros só se ocupavam da retirada dos cadáveres e cremação. Para o funcionamento do campo, os prisioneiros foram divididos por os alemães em “castas” que se compunham de um “comandante” judeu do campo, que tinha como função coordenar o trabalho dos outros prisioneiros. Para isso ele contava com a assistência de outros prisioneiros chamados de “kapos” que comandavam pequenos grupos chamados de comandos, cada um com funções distintas, como por exemplo comando da limpeza, que tinha como função manter o campo limpo, comando de lenhadores que tinha como função desbastar os bosques que existiam em torno do campo e assim por diante. Foi em Treblinka que ocorreu, em 1943, uma revolta dos prisioneiros onde sobreviveram aproximadamente 15 pessoas.
Lord Russel Of Liverpool – O Flagelo da Suástica (Uma Pequena História dos Crimes de Guerra Nazis) – Publicações Europa América – Lisboa – 1962. Desc. 304 pág + 48 Ilust / 19,5 cm x 12 cm / Br. Ilust.
Michael J. Bird – O Batalhão Secreto «Tradução de Fernando Pinto Ribeiro» – Edição «Livros do Brasil» – Lisboa – 1964. Desc. 200 pág /22 cm x 125 cm / Br.
Christian Bernadac – Os Medico do Impossível – Editorial Inova Limitada – Porto – 1969. Desc. 502 pág / 19,5 cm x 14 cm / Br
Strategicus – A Guerra Para o Domínio Mundial «Os Grandes Documentos da Actual Guerra» – Editorial Século – Lisboa – 1943. Desc. 269 pág / 22 cm x 15 cm / Br.
Joe J. Heydecker e Jhannes Leeb – O Julgamento de Nuremberga – Editorial Ibis, Lda – Vendas Novas – Amadora – 1962. Desc. 475 pág / 21 cm x 14,5 cm / E. Ilust.
O Julgamento de Nuremberga – O termo jubiley (Oficialmente Tribunal Militar Internacional vs. Hermann Göring et al.) aponta inicialmente para a abertura dos primeiros processos contra os 24 principais criminosos de guerra da Segunda Guerra Mundial, dirigentes do nazismo, ante o Tribunal Militar Internacional (TMI) (International Military Tribunal, IMT), entre 20 de Novembro de 1945 e 1º de Outubro de 1946), na cidade alemã de Nuremberg. Após estes julgamentos, foram realizados os Processos de Guerra de Nuremberg, que também levam em conta os demais processos contra médicos, juristas, pessoas importantes do Governo entre outros, que aconteceram perante o Tribunal Militar Americano e onde foram analisadas 117 acusações contra os criminosos. Em 8 de Agosto de 1945, as quatro potências (Estados Unidos, União Soviética, Grã Bretanha e França) assinavam, em Londres, o acordo sobre o Tribunal Militar Internacional e os Estatutos pelos quais se havia se reger o Tribunal. Estabelecia os direitos e obrigações de todos os que haviam de tomar parte no mesmo, regulamentava a forma de proceder e fixava os fatos e princípios a que tinham de se sujeitar os juízes. O artigo 24º dos estatutos dizia o seguinte:”…O procedimento deve ser o seguinte: a) Será lida a acusação; b) O tribunal interrogará cada um dos acusados sobre se se considera culpado ou inocente; c) O acusador exporá a sua interpretação da acusação; d) O tribunal perguntará à acusação e à defesa sobre as provas que desejem apresentar ao tribunal e decidirá sobre a conveniência da sua apresentação; e) Serão ouvidas as testemunhas de acusação. A seguir as testemunhas de defesa; f) O tribunal poderá dirigir a todo momento perguntas às testemunhas ou acusados; g) A acusação e a defesa interrogarão todas as testemunhas e acusados que apresentem uma prova e estão autorizados a efetuar um contra-interrogatório; h) A defesa tomará a seguir a palavra; i) O acusado dirá a última palavra; k) O tribunal anunciará a sentença…” Três cada falsos foram instalados no presídio de Nurembergue para a execução, na manhã de 16 de Outubro de 1946, de dez penas de morte contra representantes do regime nazista, por enforcamento, usando-se o chamado método da queda padrão, em vez de queda longa.2 3 Posteriormente, o exército dos EUA negou as acusações de que a queda fora curta demais, fazendo com que o condenado morresse lentamente, por estrangulamento, em vez de ter o pescoço quebrado (o que causa paralisia imediata, imobilização e provável inconsciência instantânea). Na execução de Ribbentrop, o historiador Giles MacDonogh registra que: “o carrasco trabalhou mal na execução, e a corda estrangulou o ex-chanceler por 20 minutos antes que ele morresse.” Das 12 penas de morte, apenas 10 foram executadas. Martin Bormann, o assessor mais próximo de Hitler em seu primeiro quartel-general, estava desaparecido, sendo julgado à revelia e condenado à morte. Hermann Göring suicidou-se na véspera do dia 16. Quando os seguranças do presídio perceberam que ele mantinha-se estranhamente imóvel deitado sobre seu banco, chamaram seus superiores e um médico. Este constatou a morte de Göring por envenenamento. Nunca foi esclarecido quem lhe entregou o veneno.
Erich Maria Remarque – A Centelha da Vida – Publicações Europa-América – Lisboa – S/D. Desc. 400 pág / 21 cm x 14 cm / Br.
Erich Maria Remarque, pseudónimo de Erich Paul Remark (Osnabrück, 22 de Junho de 1898 — Locarno, 25 de Setembro de 1970) foi um escritor alemão. Erich Paul Remark nasceu no seio de uma família trabalhadora católica alemã. Com 18 anos partiu para as trincheiras durante a Primeira Guerra Mundial, onde foi ferido várias vezes. Depois da guerra mudou o seu nome para Remarque e teve diversos empregos, incluindo bibliotecário, homem de negócios, professor, e editor. Em 1929, Remarque publicou o seu trabalho mais famoso Im Westen nichts Neues (A oeste nada de novo em Portugal e Nada de novo no front no Brasil), com o pseudónimo Erich Maria Remarque (mudando o seu nome do meio em honra da sua mãe). Escreveu mais alguns livros de conteúdo semelhante, numa linguagem simples e emotiva, que descrevia a guerra e o pós-guerra. Em 1933, os nazis baniram e queimaram os livros de Remarque. A propaganda do partido afirmava que ele era descendente de judeus franceses, e que o seu verdadeiro nome era Kramer (o seu nome original lido de trás para a frente). Há ainda algumas biografias que afirmam isto, apesar da falta de provas. Viajou para a Suíça, em 1931, e em 1939 emigrou para os Estados Unidos, com a sua primeira esposa, Ilsa Jeanne Zamboui, com quem se casou e divorciou duas vezes. Tornaram-se cidadãos estadunidenses em 1947. Por fim, casou com a actriz Paulette Goddard, em 1958, e permaneceram casados até à data da sua morte em 1970, na Suíça.
Jean-Paul Sartre – Cadernos de Guerra (1939-1940) – Difel – Lisboa 1985. Desc. 338 pág / 23 cm x 15 cm /Br.
Jean-Paul Charles Aymard Sartre (Paris, 21 de Junho de 1905 — Paris, 15 de Abril de 1980) foi um filósofo, escritor crítico francês, conhecido como representante do existencialismo. Acreditava que os intelectuais têm de desempenhar um papel ativo na sociedade. Era um artista militante, e apoiou causas políticas de esquerda com a sua vida e a sua obra. Repeliu as distinções e as funções oficiais e, por estes motivos, se recusou a receber o Nobel de Literatura de 1964. Sua filosofia dizia que no caso humano (e só no caso humano) a existência precede a essência, pois o homem primeiro existe, depois se define, enquanto todas as outras coisas são o que são, sem se definir, e por isso sem ter uma “essência” posterior à existência.
Testamento Politico de Mussolini «Ditado, Corrigido E Rubricado pelo Duce em 22 de Abril de 1945» Prefácio de Alfredo Pimenta e Tradução de António Garrido Garcia» – Edições Ressurgimento – Lisboa – 1949. Desc. 41 pags + 11 Gravuras / 19,5 cm x 13 cm / Br.
Benito Amilcare Andrea Mussolini (Predappio, 29 de Julho de 1883 – Mezzegra, 28 de Abril de 1945) foi um político italiano que liderou o Partido Nacional Fascista e é creditado como sendo uma das figuras-chave na criação do Fascismo. Tornou-se o Primeiro-Ministro da Itália em 1922 e começou a usar o título Il Duce desde 1925. Após 1936, seu título oficial era “Sua Excelência Benito Mussolini, Chefe de Governo, Duce do Fascismo e Fundador do Império”. Mussolini também criou e sustentou a patente militar suprema de Primeiro Marechal do Império, junto com o rei Vítor Emanuel III da Itália, quem deu-lhe o título, tendo controle supremo sobre as forças armadas da Itália. Mussolini permaneceu no poder até ser substituído em 1943; por um curto período, até a sua morte, ele foi o líder da República Social Italiana. Mussolini foi um dos fundadores do fascismo, que incluía elementos de nacionalismo, corporativismo, sindicalismo nacional,expansionismo, progresso social e anti-comunismo, combinado com a censura de subversivos e propaganda do Estado. Nos anos seguintes à criação da ideologia fascista, Mussolini conquistou a admiração de uma grande variedade de figuras políticas. Entre suas realizações nacionais de 1924 a 1939, citam-se: seus programas de obras públicas como a drenagem dos Pântanos Pontine e o melhoramento das oportunidades de trabalho e transporte público. Mussolini também resolveu a Questão Romana ao concluir o Tratado de Latrão entre o Reino de Itália e a Santa Sé. Ele também é creditado por garantir o sucesso económico nas colónias italianas e dependências comerciais. Embora inicialmente tenha favorecido o lado da França contra a Alemanha no início da década de 1930, Mussolini tornou-se uma das figuras principais das potências do Eixo e, em 10 de Junho de 1940, inseriu a Itália na Segunda Guerra Mundial ao lado do Eixo. Três anos depois, foi deposto pelo Grande Conselho do Fascismo, motivado pela invasão aliada. Logo depois de preso, Mussolini foi resgatado da prisão em Gran Sasso por forças especiais alemãs. Após seu resgate, Mussolini chefiou a República Social Italiana nas partes da Itália que não haviam sido ocupadas por forças aliadas. Ao final de Abril de 1945, com a derrota total aparente, tentou fugir para a Suíça, porém, foi rapidamente capturado e sumariamente executado próximo ao lago de Como por guerrilheiros italianos. Seu corpo foi então trazido para Milão onde foi pendurado de cabeça para baixo em uma estação petrolífera para exibição pública e a confirmação de sua morte.
Victor Alexandrov – Seis Milhoes de Mortes a Vida de Eichmann – Estudios Cor – Lisboa – 1961. Desc. 227 pág / 20 cm x 14 cm / Br.
Adolf Otto Eichmann (Solingen, 19 de Março de 1906 — Ramla, 1 de Junho de 1962) foi um político da Alemanha Nazi e tenente-coronel da SS. Foi responsabilizado pela logística de extermínio de milhões de pessoas no final da Segunda Guerra Mundial – a chamada de “solução final” (Endlösung) – organizando a identificação e o transporte de pessoas para os diferentes campos de concentração, sendo por isso conhecido freqüentemente como o executor-chefe do Terceiro Reich.Adolf Eichmann nasceu e foi educado em Solingen, na Renânia do Norte-Vestfália, Alemanha. Em 1934 Eichmann serviu como cabo da SS no campo de concentração de Dachau, onde, aos olhos de Reinhard Heydrich, se distinguiu. Em Setembro de 1937, ele foi enviado para a Palestina com o seu superior Herbert Hagen para averiguar as possibilidades da emigração massiva de judeus da Alemanha para aquela região do médio oriente. Eles chegaram a Haifa, mas só puderam obter um visto de trânsito para o Cairo. Ao chegarem à capital do Egipto, eles encontraram-se com um membro da Haganá mas o conteúdo do encontro é alvo de dúvidas. Também tinham planejado encontrar-se com líderes árabes na Palestina, incluindo o mufti de Jerusalém Amin al-Husayni, mas a entrada na Palestina foi-lhes recusada pelas autoridades britânicas. Hagen e Eichmann escreveram um relatório contrário à emigração de judeus em larga escala para a Palestina por razões económicas e também porque contradizia a política alemã de impedir o estabelecimento de um estado judaico ali. Eichmann participou na Conferência de Wannsee, ocorrida em 1942, na qual ele foi o responsável pela determinação de assuntos ligados à ‘solução final da questão judaica’, por ordens de Reinhard Heydrich. Semanas após a conferência, ele recebeu a patente de SS-Obersturmbannführer, tornando-se o chefe do Departamento da Gestapo IV B , órgão responsável por toda a logística relacionada com os estudos e execução do extermínio em curso. No fim da Segunda Guerra Mundial, Eichmann foi capturado por tropas americanas. No entanto, em 1946 ele conseguiu escapar de um campo de prisioneiros. Depois de muitas viagens (sobretudo pela Itália e pelo Médio Oriente), usando um passaporte falsificado, obtido junto à Cruz Vermelha Internacional, foi para a Argentina em 1950, tendo trazido a sua família para o país logo depois. Lá viveu sob o nome de Ricardo Klement. Em 11 de maio de 1960, após meses de observação, Eichmann foi sequestrado na Argentina, por uma equipe de agentes da Mossad (serviços secretos de Israel), liderados por Raphael Eitan. Foi levado para Israel num vôo de avião da El Al em 21 de Maio de 1960. O avião viera para a Argentina trazendo uma comitiva israelense para participar de um evento no país. Adolf Eichmann foi julgado em Israel, num processo que começou a 11 de Abril de 1961. Foi acusado de 15 ofensas criminosas, incluindo a acusação de crimes contra a Humanidade, crimes contra o povo judeu, e de pertencer a uma organização criminosa. O julgamento causou grande controvérsia internacional e, por autorização do governo de Israel, foi transmitido ao vivo por cadeias radiofônicas de todo o mundo. Eichmann ficou sentado atrás de um vidro à prova de balas e de som, enquanto muitos sobreviventes do Holocausto testemunhavam contra ele. Afinal, foi julgado culpado de todas as quinze acusações e condenado à morte em 15 de Dezembro de 1961. Foi enforcado poucos minutos depois da meia-noite de 1° de Junho de 1962, na prisão de Ramla, perto de Telaviv. A pena de morte sempre existiu em Israel, como parte da legislação herdada da época do Mandato Britânico, mas só foi aplicada no caso de Adolf Eichman. Enquanto acompanhava o julgamento de Eichmann, Hannah Arendt escreveu uma série de cinco artigos para a revista The New Yorker, os quais resultaram no livro Eichmann em Jerusalém – Um relato sobre a banalidade do mal.
Samuel B.Griffith II – A Batalha de Guadalcanal – Editorial Início – Lisboa – 1963. Desc. 394 pág / 21 cm x 14,5 cm / Br. Ilust.
A Batalha de Guadalcanal, ou Campanha de Guadalcanal, foi uma batalha terrestre e aero -naval travada de Agosto de 1942 a Fevereiro de 1943 entre norte americanos, australianos e japoneses na ilha de Guadalcanal, no arquipélago das Ilhas Salomão, Oceano Pacífico, durante a II Guerra Mundial. A batalha foi a primeira grande ofensiva realizada pelos Aliados na Guerra do Pacífico após o ataque a Pearl Harbor e à Batalha de Midway, e se tornou significativa por marcar o ponto de virada na guerra, com a primeira vitória terrestre aliada no conflito. Em 7 de Agosto de 1942, tropas aliadas, predominantemente norte-americanas, começaram a desembarcar na ilha de Guadalcanal, Tulagi e Florida, no arquipélago das Salomão, com o objectivo de impedir o uso destas ilhas como base para que os japoneses cortassem as rotas de suprimento entre os Estados Unidos, a Austrália e a Nova Zelândia. Os Aliados também pretendiam usar estas ilhas como suas próprias bases de apoio a uma campanha militar visando a isolar a grande base japonesa do sudoeste do Pacífico em Rabaul, na Nova Guiné. Os japoneses, que haviam ocupado as ilhas em maio, foram surpreendidos pelos desembarques de soldados em grande número , que rapidamente ocuparam as ilhas de Tulagi e Florida e um aeroporto em construção em Guadalcanal, chamado pelos norte-americanos de Henderson Field. Entre Agosto e Novembro de 1942, o exército japonês fez todos os esforços para retomar o aeroporto das mãos dos Aliados. Estas tentativas resultaram em três grandes batalhas terrestres, cinco batalhas navais e contínuas e quase diárias batalhas nos céus das Salomão até Novembro, quando o último esforço japonês para desembarcar mais tropas na ilha foi derrotado pelos Aliados. No mês seguinte, eles abandonaram de vez novas tentativas para retomar o aeroporto e conseguiram evacuar com sucesso a maior parte de suas tropas que ainda lutava em Guadalcanal, deixando definitivamente a ilha em mãos norte-americanas a 7 de fevereiro de 1943. A partir de Guadalcanal, a Guerra do Pacífico, até então toda de iniciativa japonesa, veria a ofensiva militar passar definitivamente às mãos dos Aliados até a rendição do Japão em 1945. Oficialmente, a luta terrestre em Guadalcanal terminou em meados de Fevereiro, embora pequenos grupos de japoneses ainda fossem encontrados muito tempo depois. Na verdade, o último soldado japonês, foi capturado em 27 de Outubro de 1947, quatro anos e meio depois de pacificada a ilha e dois anos depois do fim da guerra. O ilha continuou sendo uma base importante para os aliados até o fim da guerra. O “Campo Henderson” 1 foi usado para incursões de bombardeio de longas distâncias e como área de onde as forças terrestres partiam para ataques. A Guerra nas Ilhas Salomão, só terminou em Agosto de 1945. Depois de Guadalcanal, os japoneses tiveram de ser expulsos sucessivamente das Ilhas Russel, de Choiseul, e da Nova Geórgia, nas Salomão Ocidental. A vitória americana na ilha deu-lhe várias vantagens. Os japoneses haviam demonstrado que eram falíveis, sua marinha embora uma força digna de ser levada em consideração, durante anos não apareceu em formação de combate; os americanos ganharam um trampolim para seus saltos pelo Pacífico, alem disto, os japoneses haviam perdido milhares de homens e muito material, bem como centenas de aviões e pilotos insubstituíveis. Depois de Guadalcanal, os japoneses não tornaram a avançar, continuaram lutando ferozmente, mas sempre recuando.
Dmitri V. Pavlov – Leninegrado – Edição «Livros do Brasil» – Lisboa – 194?. Desc. 231 pág / 22 cm x 15 cm / Br.
Cerco a Leningrado durante a Segunda Guerra Mundial, durou cerca de 900 dias, de 8 de Setembro de 1941, a 27 de Janeiro de 1944. A 27 de Junho de 1941, o Conselho de disputas dos trabalhadores de Leningrado decidiu mobilizar milhões de pessoas para a construção de fortificações. Várias defesas foram construídas. Uma das fortificações percorria desde o rio Luga até Chudovo, Gatchina, Uritsk, Pulkovo e depois através do rio Neva. A outra defesa passava através de Petergof até Gatchina, Pulkovo, Kolpino e Koltushy. Uma outra defesa contra os finlandeses foi construída no norte dos arredores de Leninegrado. Em todos os 190 km de barricadas de madeira, 700 km de trincheiras antitanque, 5 mil km de trincheiras de terra e madeira e de instalações de ferro e betão e 25 mil km de trincheiras abertas foram construídas por civis, sendo inclusive o canhão do cruzador Aurora montado na montanha de Pulkovo no sul de Leninegrado. Contudo, quando as forças soviéticas na frente noroeste no fim de Junho foram derrotadas nas Repúblicas Soviéticas do Báltico, a Wehrmachttinha forçado a sua passagem por Ostrov e Pskov. A 10 de Julho ambas as cidades foram capturadas e os alemães alcançaram Kunda e Kingisepp, de onde avançaram para Leninegrado a partir de Narva, da região Luzhski e a partir do sudoeste e também do norte e sul do Lago Ilmen de modo a isolar Leninegrado do leste e juntar os finlandeses na margem leste do Lago Ladoga. O bombardeamento de Leninegrado começou a 4 de Setembro. O bombardeamento a 8 de Setembro causou 178 incêndios. No início de Outubro os alemães recusaram-se a assaltar a cidade e a directiva de Hitler a 7 de Outubro, assinada por Alfred Jodl, foi uma lembrança para não aceitar uma capitulação por parte dos soviéticos. Por volta de Agosto, os finlandeses tinham reconquistado o Istmo da Carélia, ameaçando Leninegrado a partir do oeste, e estavam a avançar através de Carélia a leste do Lago Ladoga, ameaçando Leninegrado a partir do norte. Ocorreu, contudo, que as forças finlandesas pararam na fronteira de 1939. O quartel-general finlandês recusou o pedido alemão para ataques aéreos contra Leninegrado e não avançou mais a sul do rio Svir na cidade ocupada do leste da Carélia. Em contraste, o progresso alemão foi rápido e por volta de Setembro a Wehrmacht tinha cercado Leninegrado. No norte, as forças finlandesas continuaram o seu avanço até chegarem ao Svir em Dezembro, a 160 km a nordeste de Leningrado. A 4 de Setembro, Jodl tentou persuadir Mannerheim a continuar a ofensiva finlandesa, o que, diz-se, Mannerheim recusou. Após a guerra, o ex-presidente finlandês Ryti disse: «A 24 de Setembro de 1941 visitei o quartel-general do Marshall Mannerheim. Os alemães quiseram dirigir-nos para o cruzamento da antiga fronteira e o prosseguimento da ofensiva contra Leninegrado. Eu disse que a captura de Leningrado não era o nosso objectivo e que nós não faríamos parte da ofensiva. Mannerheim e o ministro da defesa Walden concordaram comigo e recusaram as ofertas dos alemães. O resultado foi uma situação paradoxal: os alemães não puderam se aproximar de Leningrado a partir do norte…». Mais tarde foi declarado que não houve qualquer bombardeamento sistemático a partir do território finlandês. Ao mesmo tempo uma nova redução nas rações teve lugar: os trabalhadores recebiam 500 g de pão, os empregados e crianças 300 g e os dependentes 250 g. A distribuição de carne foi diminuída mas a distribuição do açúcar e das gorduras foi aumentada. O exército e a Frota do Báltico tinham algumas rações de emergência mas não eram suficientes. A frota de Ladoga estava mal equipada e tinha sido bombardeada pela aviação alemã. Várias barcas com milho foram afundadas em Setembro. Contudo uma parte significante foi mais tarde recuperada por mergulhadores. Este milho foi depois utilizado na concepção de pão. A aveia para os cavalos foi também utilizada enquanto os cavalos eram alimentados com folhas de árvores. Durante o cerco foram efectuadas um total de cinco reduções de comida: a 2 de Setembro, 10 de Setembro, 13 de Novembro, 1 de Outubro e a 20 de Novembro. Um nível de desnutrição foi melhorado devido a novos jardins de vegetais que cobriam a maioria da terra na cidade por volta de 1943. Devido à falta do fornecimento de energia várias fábricas foram fechadas e em Novembro já não existia um serviço de eléctricos. A utilização de energia foi proibida em toda a cidade, excepto no quartel-general soviético, nos comités do distrito, nas bases de defesa aérea, e em algumas outras instituições. Pelo final de Setembro, o fornecimento de óleo e de carvão terminou. A utilização de árvores foi a única opção para energia. A 8 de Outubro o comité executivo de Leninegrado e o comité executivo regional decidiram começar a cortar as árvores no distrito de Pargolovo e também no distrito de Vsevolzhskiy no norte da cidade. Por volta de 24 de Outubro, apenas 1% do plano de corte de árvores tinha sido executado.
Pio XII, Papa – Problemas da Guerra e da Paz «Prefácio de D. Manuel Gonçalves Cerejeira» – Livraria Bertrand – Lisboa – 1944. Desc. 445 pág / 19 cm x 12 cm / Br.
Guy Eden – Retrato de Churchill «Tradução de Herbert Dagge» – Atlantida – Coimbra – 1945. Desc. 253 pág / 20 cm x 13,5 cm / Br. Ilust.
Saul Friedländer – Pio XII e a Alemanha Nazi – Livraria Morais Editora – Lisboa – 1967. Desc. 222 pág / 20 cm x 14 cm / Br.
Saul Friedländer ( hebraico : שאול פרידלנדר) (nascido em 11 de outubro de 1932) é um premiado israelense historiador e atualmente é professor de história na UCLA . Saul Friedländer nasceu em Praga em uma família de judeus de língua alemã . Ele cresceu na França e experimentou a ocupação alemã de 1940-1944 . De 1942 até 1944, Friedländer estava escondido em um internato católico em Montlucon, perto de Vichy, posando como um gentio. Enquanto na clandestinidade, ele se converteu ao catolicismo romano e mais tarde começou a se preparar para o sacerdócio católico. Seus pais tentaram fugir para a Suíça , foram presos não por franceses Vichy gendarmes , entregue aos alemães e foram gaseados no campo de concentração de Auschwitz . Não foi até 1946 Friedländer aprender o destino de seus pais. Depois de 1946, Friedländer cresceu mais conscientes de sua identidade judaica e se tornou um sionista . Em 1948, emigrou para Israel Friedländer no Irgun navio Altalena . Após terminar o colegial, ele serviu no exército israelense. De 1953-1955, estudou Ciências Políticas em Paris. Mais tarde, Friedländer serviu como secretário de Nachum Goldman então presidente da Organização Sionista Mundial eo Congresso Mundial Judaico . Em 1959, ele tornou-se assistente de Shimon Peres , então vice-ministro da Defesa. No final de década de 1980, Friedländer deslocado para a esquerda e era ativo na Peace Now grupo. Em 1963, ele recebeu seu PhD do Instituto de Altos Estudos Internacionais em Genebra , onde lecionou até 1988. Friedländer lecionou na Universidade Hebraica de Jerusalém e na Universidade de Tel Aviv . Na década de 1960, ele escreveu biografias de Kurt Gerstein e Papa Pio XII . Desde 1988 ele tem sido Professor de História da Universidade da Califórnia , Los Angeles. Friedländer vê o nazismo como a negação de toda a vida, e como uma espécie de culto à morte. Ele argumentou que o Holocausto é um evento tão horrível que seu horror é quase impossível de colocar em linguagem normal. Friedländer vê o anti-semitismo do Partido Nazista como único na história, uma vez que ele afirma que o anti-semitismo nazista era distinto por ser “redentora anti-semitismo”, ou seja, uma forma de anti-semitismo que poderia explicar tudo no mundo e oferta uma forma de “redenção” para o anti-semita. Friedländer é um intencionalista sobre as origens da questão do Holocausto. No entanto, Friedländer rejeita a visão extrema intencionalista que Adolf Hitler tinha um plano mestre de voltar ao tempo em que ele escreveu Mein Kampf para o genocídio do povo judeu. Friedländer, por meio de sua pesquisa sobre o Terceiro Reich, chegou à conclusão de que não houve intenção de exterminar os judeus da Europa antes de 1941. A posição de Friedländer pode ser melhor considerado intencionalista moderado. Na década de 1980, Friedländer envolvidos em um debate animado com o historiador alemão ocidental Martin Broszat sobre sua chamada para a “historicização” da Alemanha nazista . Na visão de Friedländer, a Alemanha nazista não era e não pode ser visto como um período normal de história. Friedländer argumentou que havia três dilemas, e três problemas envolvidos no “historicização” do Terceiro Reich.O primeiro dilema foi a de periodização histórica, e como as mudanças sociais de longo prazo pode estar relacionado a uma compreensão do nazista período.Friedländer argumentou que o foco em mudanças sociais de longo prazo, tais como o crescimento do Estado de bem-estar do Imperial a Weimar para as eras nazistas até o presente como Broszat sugeriu mudou o foco na pesquisa histórica do particular do nazista era para a longa duração geral da história alemã do século 20. Friedländer sentiu que “relevância relativa” do crescimento do Estado de bem-estar sob o Terceiro Reich, e sua relação com a evolução do pós-guerra faria com que os historiadores a perder a sua atenção à política genocida do Estado nazista. O segundo dilema Friedländer sentiu que, ao tratar do período nazista como um período “normal” da história, e examinando os aspectos de “normalidade” pode correr o perigo de causar historiadores a perder interesse pela “criminalidade” da era nazista. Isto foi especialmente problemático para Friedländer porque ele sustentou que os aspectos da “normalidade” e “criminalidade” muito sobrepostos na vida cotidiana da Alemanha nazista.O terceiro dilema envolvido o que Friedländer considerada a vaga definição de “historicização” implicava, e pode permitir que historiadores para avançar argumentos apologéticos sobre o nacional-socialismo, como os Friedländer acusado Ernst Nolte e Andreas Hillgruber de fazer.No entanto, admitiu que Friedländer Broszat não era uma apologista para a Alemanha nazista como Nolte e Hillgruber. Friedländer observou que embora o conceito de “historicização” era altamente estranho, em parte porque ele abriu a porta para o tipo de argumentos que Nolte e Hillgruber avançaram durante o Historikerstreit , os motivos de Broszat em chamar para a “historicização” foram honrados. O primeiro problema para Friedländer foi que a era nazista era muito recente e fresco na memória popular para os historiadores que lidar com isso como um período “normal”, como, por exemplo, do século 16 na França. O segundo problema foi a “relevância diferencial” de “historicização”. Friedländer argumentou que o estudo do período nazista era “global”, isto é, ela pertence a todos, e que o foco sobre a vida cotidiana era um interesse particular para os historiadores alemães. Friedländer afirmou que para não-alemães, a história da ideologia nazista, na prática, especialmente no que diz respeito à guerra e genocídio eram muito mais importantes do que Alltagsgeschichte . O terceiro problema para Friedländer foi que o período nazista era tão diferente que não poderia ser facilmente instalado em o ponto de vista de longo alcance da história alemã, como defendido por Broszat. Friedländer sustentou que a essência do nacional-socialismo foi que ele “tentou determinar quem deve e não deve habitar o mundo”, e as políticas genocidas do regime nazista resistiu qualquer tentativa de integrá-lo como parte do desenvolvimento “normal” do mundo moderno. Os debates entre Broszat e Friedländer foram realizadas através de uma série de cartas entre 1987 até a morte de Broszat em 1989. Em 1990, as correspondências Broszat-Friedlander foram traduzidos para o Inglês, e publicado no livro Reformulação do passado: Hitler, o Holocausto, e Debate dos Historiadores editado por Peter Baldwin .