
Número Especial Dedicado à Viagem do Sr. Ministro das Colónias a Moçambique «Boletim Geral das Colónias – Ano VIII – Dezembro – N.º 90 – Agência Geral das Colónias – Lisboa – 1932 Desc. 700 Pagi / 22,5 cm x 16 cm / Br.
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Número Especial Dedicado Comemoração Centenárias da Fundação e da Restauração Nacional, na Metrópole e do Império 1140 – 1640 – 1940 «Exposição Mundo Português»«Boletim Geral das Colónias – Ano XVII – Janeiro – N.º 187 – Agência Geral das Colónias – Lisboa – 1941. Desc. 622 Pagi / 22,5 cm x 16 cm / Brochado
Dedicado à Viagem de S. Ex.ª o Ministro das Colónias a África, em 1945 «Boletim Geral das Colónias – Ano XXII – Janeiro / Fevereiro – N.º 247 / 248 – Agência Geral das Colónias – Lisboa – 1946. Desc. 330 + 506 Pagi/ 22,5 cm x 16 cm / Brochado (Completo em 2 Volumes)
Número Especial Dedicado à Viagem de S. Ex.ª Presidente da Republica (General António Óscar de Fragoso Carmona) a Cabo Verde, Moçambique e União Sul-Africana «Boletim Geral das Colónias – Ano XV – Outubro / Novembro – N.º 172 / 173 – Agência Geral das Colónias – Lisboa – 1939. Desc. 890 + 719 Pagi/ 22,5 cm x 16 cm / Br. (Completo em 2 Volumes)
Prof. Dr. J.M Queiroz Veloso. Mosés Amzalak, Albino Forjaz de Sampaio, Dr. Rodrigues de Carvalho, Dr. Eduardo Brazão, Dr. Luiz Vieira de Castro, Prof. Dr. Marcello Caetano, Adelino Mendes, Diogo Macedo, Paulino Montez, Luiz Reis dos Santos, Padres Moreira das Neves, Luiz Freitas Branco, Nuno Catharino Cardozo, Dr. Jorge Faria, Dr. Pedro Batalha Reis, Óscar Paxeco, Leopoldo Nunes, Ruy de Mello, António de Carvalho, Álvaro Guedes, Amadeu de Freitas, Castelo de Morais, Guedes de Amorim, Ferreira da Costa, Óscar Gouveia, Salvador Saboya, Agostinho Domingues, José Luiz Ribeiro,Humberto Mergulhão – O Século«Numero Extraordinário Comemorativo do Duplo Centenário da Fundação e Restauração de Portugal – O Século«Sociedade Nacional de Tipografia – Lisboa – 1940. Desc. 384 Paginas de 41,5cm x 29cm com Encadernação de Origem.
A Exposição do Mundo Português (23 de Junho — 2 de Dezembro de 1940) foi um evento realizado em Lisboa à época do Estado Novo. Com o propósito de comemorar simultaneamente as datas da Fundação do Estado Português (1140) e da Restauração da Independência(1640), constituiu-se na maior de seu género realizada no país até à Expo 98. A exposição foi inaugurada em 23 de Junho de 1940 pelo Chefe de Estado, Marechal Carmona, acompanhado pelo Presidente do Conselho,Oliveira Salazar e pelo Ministro das Obras Públicas, Duarte Pacheco. Os responsáveis pelo evento foram Augusto de Castro (Comissário-Geral), Sá e Melo (Comissário-Geral-Adjunto), José Leitão de Barros (Secretário-Geral) e Cottinelli Telmo (Arquitecto-Chefe), que incluía pavilhões temáticos relacionados com a história de Portugal, suas actividades económicas, cultura, regiões e territórios ultramarinos. Incluía ainda um pavilhão do Brasil, único país estrangeiro convidado. O evento levou a uma completa renovação urbana da zona ocidental de Lisboa. A sua praça central deu origem à Praça do Império, uma das maiores da Europa. A maioria das edificações da exposição foi demolida ao seu término, restando apenas algumas como o actual Museu de Arte Popular e o Monumento aos Descobrimentos (reconstrução com base no original de madeira). A exposição levou também à construção de outras infraestruturas de apoio, como o Aeroporto da Portela. Situada entre a margem direita do rio Tejo e o Mosteiro dos Jerónimos, ocupava cerca de 560 mil metros quadrados. Centrada no grande quadrilátero da Praça do Império, esta era definida lateralmente por dois grandes pavilhões, longitudinais e perpendiculares ao Mosteiro: o Pavilhão de Honra e de Lisboa (de Luís Cristino da Silva), e do outro lado, o Pavilhão dos Portugueses no Mundo (do próprio Cottinelli Telmo). Perto do rio, atravessando-se a linha férrea através de uma passarela monumental de colossais cruzados (a Porta da Fundação), encontrava-se a Secção Histórica, (Pavilhão da Formação e Conquista, Pav. da Independência, Pav. dos Descobrimentos e a Esfera dos Descobrimentos). Do outro lado, situava-se o Pav. da Fundação, o Pav. do Brasil – país convidado para tal efeito, e o Pav. da Colonização. Atravessando o Bairro Comercial e Industrial, chega-se perto dos Jerónimos, à entrada da Secção Colonial. No canto precisamente oposto, um Parque de Atracções fazia a delícia dos mais novos. Descendo em direcção ao rio, e para além do Pav. dos Portugueses no Mundo, a Secção de Etnografia Metropolitana, com o seu Centro Regional, contendo representações das Aldeias Portuguesas e os Pavilhões da Vida Popular. Por trás deste último pavilhão, encontrava-se o Jardim dos Poetas e o Parque Infantil. À frente do Tejo, com as suas docas, um Espelho de Água com um restaurante abria o caminho para o Padrão dos Descobrimentos e para a Nau Portugal. De todas estas obras, algumas se destacaram e perduram na memória da actualidade. O Pavilhão da Honra e de Lisboa recebeu as melhores opiniões da crítica. Com 150 metros de comprimento por 19 de altura, e com a sua torre de 50 metros, este pavilhão demonstrava perfeitamente o ideal arquitectónico que o Estado Novo tentava impor, tal como os outros regimes totalitários impunham na Europa. Do Pavilhão dos Portugueses no Mundo, com um risco “simples”, destacava-se sobretudo a possante estátua da Soberania, esculpida por Leopoldo de Almeida – a imagem de uma severa mulher couraçada, segurando a esfera armilar e apoiada num litor legendado com as partes do Mundo, em caracteres góticos. O Padrão dos Descobrimentos, vindo dos esforços de Cottinelli e de Leopoldo de Almeida, mostrava a verdadeira importância dos descobrimentos na História portuguesa. Constituído por diversas figuras históricas, o Infante D. Henrique destacava-se na sua proa, como timoneiro de todo o projecto expansionista português. De facto, o padrão original, construído em estafe sobre um esqueleto de madeira, teve um triste fim – que abordaremos mais adiante. É de notar que a figura ficou tão presente no imaginário nacional, que o monumento foi re construído em 1965, mas desta vez em pedra, e ainda hoje se mantém nas margens do Tejo. A Nau Portugal mostrou também ser uma magnífica reconstituição do passado. Um facto curioso é que apelidada de “nau”, esta embarcação era na realidade a réplica de um galeão da carreira da Índia do século XVII. Construída nos estaleiros de Aveiro, saiu a primeira vez com destino a Lisboa em Julho – sendo a sua inauguração solene a 8 de Setembro. No entanto, e por mau manuseamento da mesma, esta rapidamente se afundou minutos após a partida – tombou para o lado. Voltando atrás, com grandes esforços para se repor de pé a nau, acabou por ser pilotada até Lisboa por marinheiros ingleses, sob a direcção do comandante Spencer. Encerrada a 2 de Dezembro, a Exposição recebeu cerca de três milhões de visitantes, constituindo o mais importante facto cultural do regime – regime este que sofreria a sua primeira crise política passados quatro anos, com o fim da Segunda Guerra Mundial e com a derrota dos regimes de Hitler e de Mussolini.
Franco Nogueira – Salazar – Vol -I (A Mocidade e os Princípios – 1889-1928) Estudo Biográfico – Atlântida Editora, S.A.R.L – Coimbra – 1977. Desc. 339 Pág / 22 cm x 15 cm /Salazar – Vol – II (Os Tempos Áureos – 1928-1936) Estudo Biográfico – Atlântida Editora, S.A.R.L – Coimbra – 1977. Desc. 380 Pág / 22 cm x 15 cm /Salazar – Vol – III (O Ataque – 1945-1958) Estudo Biográfico – Atlântida Editora, S.A.R.L – Coimbra – 1980. Desc. 534 Pág / 22 cm x 15 cm /Salazar – Vol -IV (O Ataque – 1945-1958) Estudos Biográficos – Atlântida Editora – Coimbra – 1980. Desc. 534. Pág /22 cm x 15 cm /Salazar – Vol -V (A Resistência – 1958-1964) Livraria Civilização – Porto – 1984. Desc. 609 Pág / 22 cm x 15 cm / Salazar – Vol -VI (O Último Combate – 1964-1970) Livraria Civilização – Porto – 1985. Desc. 511 Pág /22 cm x 15 cm / Br.
Joaquim Veríssimo Serrão – Marcelo Caetano « Confidencias no Exílio» – Edições Verbo – Lisboa – 1985. Desc. 406 pág / 21 cm x 14,4 cm / Br.
Helena Matos – Salazar a Construção do Mito – Temas e Debates – Lisboa – 2004. Desc. 419 pág /24 cm x 15 cm / Br.
Oliveira Salazar – Entrevista 1960-1966 – Coimbra Editora Lda – Coimbra – 1967 . Desc. 243 Pág. /19,5 cm x 14 cm / Br.
António de Oliveira Salazar nasceu no dia 28 de Abril de 1889 em Vimeiro, concelho de Santa Comba Dão, no seio de uma família de pequenos proprietários agrícolas e o seu nome ficará para sempre na História de Portugal como o estadista que mais tempo governou, de forma autoritária e em ditadura, o país. A sua educação sofreu sempre uma fortíssima influência católica, facto que viria a reflectir-se em vários momentos da sua vida, chegando mesmo a frequentar um seminário. No entanto, seria na Universidade de Coimbra, na Faculdade de Direito, que viria a terminar a sua formação académica. Licenciado em direito em 1914, inicia a carreira de professor universitário 3 anos mais tarde e com ela um percurso que o levaria a atingir o grau de professor catedrático. Desde cedo António de Oliveira Salazar se envolveu em política. Em 1921 é eleito deputado, cargo que ocuparia apenas durante 1 dia porque, segundo ele próprio viria depois a justificar, advogava uma renovação de objectivos e de processos de governação que aquela assembleia não viabilizaria. Voltaria ao activo político em 1926, depois da revolução ocorrida em Maio desse mesmo ano, quando aceitou ser Ministro das Finanças, cargo que ocupou durante apenas 13 dias. Seria só em 1928 que a carreira política de Salazar viria a solidificar-se. Nesse ano voltou a aceitar a pasta das Finanças depois de ter garantido junto dos militares que o seu ministério seria o único a poder autorizar despesas. Desde essa altura, nunca mais abandonaria o poder. Em poucos anos conseguiu chegar ao cargo de Presidente do Conselho, posição que manteve até ao dia da sua morte, quase 40 anos depois, em 1968. Durante cerca de 4 décadas Salazar criou e instituiu em Portugal o Estado Novo, um processo de governação autoritário e ditatorial que se estendeu a todos os sectores da vida do país e dos portugueses. Com o Estado Novo chegaram a censura, a Legião Portuguesa, a polícia política (primeiro chamada PVDE, e mais tarde PIDE), a Mocidade Portuguesa e uma forte máquina de propaganda, que era essencialmente a repressão a fim de manter o regime a todo o custo. Numa época em que os regimes ditatoriais de carácter fascista alastravam pela Europa (Mussolini em Itália, Hitler na Alemanha e Franco em Espanha) Salazar soube dar ao seu Estado Novo características muito próprias, capazes de o distinguir dos seus pares com quem, aliás, sempre manteve uma relação próxima e ao mesmo tempo distante. Fruto desta diplomacia, Salazar conseguiria mesmo evitar que Portugal se envolvesse na II Guerra Mundial e fazer um jogo duplo no qual envolveu os alemães e os ingleses, ora piscando o olho a um lado ora a outro. Com uma governação austera, salpicada aqui e ali por traços de grandeza imperialista (a Exposição do Mundo Português em 1940 é um dos melhores exemplos dessa tendência), Salazar manteve as contas do país equilibradas, mas sempre à custa da pobreza de um povo que morria de fome e que, com o rebentar da guerra nas várias colónias africanas, passaria também a morrer às mãos dos guerrilheiros. As pequenas escaramuças do início da década de 60 no norte de Angola depressa escalaram para cenários de guerra aberta na grande maioria das colónias africanas. Acrescia o facto da mudança que se verificou no panorama internacional, com a ONU a exigir a Portugal o início do processo de descolonização. Salazar via-se, cada vez mais, sozinho, mas não desistiu de manter o império ultramarino pela força das armas, ainda que o esforço resultasse num crescente mau estar interno em vários sectores, nomeadamente entre os militares. O seu afastamento do poder aconteceu apenas devido a doença. Em 1968 António de Oliveira Salazar é vítima de um Acidente Vascular Cerebral, a famosa queda da cadeira, que o deixa física e mentalmente diminuído. Por essa altura é substituído na presidência do Concelho por Marcelo Caetano mas Salazar continua convencido que é ele quem governa até ao dia da sua morte, em dia 27 de Julho de 1970.
Veríssimo Serrão – Marcello Mathias/Salazar 1947/ 1966 – Difel – Lisboa – 1984. Desc .675 Pág / 22,5 cm x 15 cm / Br.
António Simões do Paço – Salazar(O Ditador Encoberto) – Bertrand Editora – Lisboa – 2010. Desc.222 Paginas de 23cm x 15cm com capa e Encadernação de Origem
Revista Periódica «Mundo Gráfico» do Nº73 ao Nº101 de 1943/1944 de 33cm x 25cm com Capa e Encadernação em Tela com posto por 18 Revistas – Lisboa – 1943/1944
Terras das Nossas Terras «35.º Aniversário da Posse de Sua Ex.ª o Senhor Professor Doutor Oliveira Salazar Como Presidente do Concelho de Ministros 1932 a 1967» – Tipografia do Carvalho – Lisboa – 1967 . Desc N/numerado – Com capa e Encadernação de Origem «Edição anual»
Henrique Galvão-O Assalto ao«Santa Maria»Pagi-305- 20cmx15cmx2cm Edições Delfos Lisboa- 1973 brochado em original
Henrique Galvão nasceu no Barreiro em 4 de Fevereiro de 1895. Abraçou desde cedo a carreira militar. Foi um dos cadetes que levou Sidónio Pais, professor da Escola do Exército, ao poder. Logo a seguir foi nomeado administrador do concelho de Montemor-o-Novo. Mais tarde, partiu para África, onde se distinguiu na organização de acções de propaganda. Foi nomeado governador de Huíla. Angola despertou-lhe a veia literária – escreveu uma série de livros sobre a vida nas colónias.
No início da década de 50, Henrique Galvão desiludiu-se com o regime de Salazar. Concluiu que o caminho de Portugal era outro. Começou a conspirar com outros militares, mas acabou por ser descoberto. Foi preso e demitido do exército. Em 1959, aproveitou uma ida ao Hospital de Santa Maria para fugir. Refugiou-se na embaixada da Argentina, onde conseguiu que a Venezuela o aceitasse como exilado político. Henrique Galvão era, com Humberto Delgado, uma figura extremamente popular nos meios oposicionistas não afectos ao PCP. Para o Partido Comunista, Portugal ainda não estava pronto para a revolução, enquanto Galvão achava que não havia tempo a perder. Foi durante o exílio que começou a preparar aquela que seria a sua acção mais espectacular: o desvio de um paquete cheio de passageiros. Coordenou esta acção com Humberto Delgado, que estava exilado no Brasil.
O navio escolhido foi o paquete “Santa Maria”, que tinha largado em 9 de Janeiro de 1961 para uma viagem regular até Miami. Galvão embarcou clandestinamente no navio, em Curaçau, Antilhas Holandesas. A bordo já se encontravam os 20 elementos da Direcção Revolucionária Ibérica de Libertação, grupo que assumiria a responsabilidade pelo assalto. O navio levava cerca de 612 passageiros, muitos norte-americanos, e 350 tripulantes. A operação começou na madrugada de 22 de Janeiro, com a ocupação da ponte de comando. Um dos oficiais de bordo ofereceu resistência e foi morto a tiro. O paquete mudou de rumo e partiu em direcção a África. Henrique Galvão queria dirigir-se à ilha espanhola de Fernando Pó, no golfo da Guiné, e a partir daí atacar Luanda, que seria o ponto de partida para o derrube dos governos de Lisboa e Madrid. Um plano ambicioso que tinha tudo para correr mal.
As coisas começaram a azedar quando o navio foi avistado por um cargueiro dinamarquês, que avisou a guarda costeira americana. Daí até à chegada dos navios de guerra foi um tiro. Vendo que já não tinha hipóteses, Henrique Galvão decidiu atracar no Recife e render-se às autoridades brasileiras. Morreu em São Paulo, no dia 25 de Junho de 1970.
Henrique Galvão tirou Portugal do esquecimento. De um dia para o outro, o País foi motivo de conversa em todo o lado. A sua acção não chegou a bom porto, mas aumentou a consciência da opinião pública mundial para a verdadeira natureza da ditadura portuguesa.
Álvaro Garrido-Henrique Tenrreiro(Uma Biografia Política)-pági-402 – 25cmx17cmx2.5cm- Edição- Tema e Debates/Circulo de Leitores Lisboa 2009
Henrique Ernesto Serra dos Santos Tenreiro (1901-1994) Oficial da Armada de mérito a sua obra o fomento das pescas nacionais e assistência social dos pescadores em escolas e Junta da Casa dos Pescadores.