
João Gabriel – Confidencial – A década de Sampaio em Belém – Prime Books – Lisboa – 2007. Desc. 391 pág / 23 cm x 16 cm / Br. Ilust «1 Edição»
Compra e Venda de Livros, Manuscritos
Raul Rego – Diário Político – Edição de Autor – Lisboa – S/D.[1969]. Desc. 142 pág / 21 cm x 15 cm / Br. «1.ª Edição»
Raul de Assunção Pimenta Rêgo (Morais, Macedo de Cavaleiros, 15 de Abril de 1913—Lisboa, 1 de Fevereiro de 2002) foi um jornalista e político português. De 1924 a 1936 frequentou o Seminário das Missões do Espírito Santo, em Viana do Castelo, tendo concluído o curso de Teologia. Acabou, no entanto, por abandonar a carreira eclesiástica, tendo-se mesmo tornado anticlerical. Foi membro do Movimento de Unidade Democrática, o que o levou à prisão em 1945. Dirigiu os serviços de imprensa das candidaturas presidenciais dos generais Norton de Matos (1949) e Humberto Delgado (1958). Enquanto jornalista, colaborou na Seara Nova, no Jornal do Comércio, no Diário de Lisboa e no Jornal República, do qual se tornaria director em 1971. Após o encerramento deste em 1976 fundou A Luta. Em 1974 tornou-se ministro da Comunicação Social do primeiro Governo Provisório. De 1975 a 1999 foi deputado pelo Partido Socialista, primeiro da Assembleia Constituinte e depois na Assembleia da República. Também foi grão-mestre da Maçonaria portuguesa de 1988 a 1990. Em 1976, o Congresso da Federação Internacional dos Editores de Jornais distinguiu-o com a Pena de Ouro da Liberdade. Foi agraciado com o grau de Grande Oficial da Ordem da Liberdade em 1980 e com a Grã-Cruz da Ordem de Sant’Iago da Espada em 1998. Dia 15-04-13 foi homenageado na biblioteca pelo centenário do seu nascimento.
General Humberto Delgado – O General Humberto Delgado Dirige-se ao Sr. Presidente da Republica – Editado pela Comissão Distrital de Faro dos Serviços de Candidatura do General Humberto Delgado- Faro – 1958. Desc. 7 pág. / 22 cm x 15 cm / Br.
Humberto da Silva Delgado (Torres Novas, Brogueira, 15 de Maio de 1906 — Villanueva del Fresno, 13 de Fevereiro de 1965 ) foi um militar português da Força Aérea que corporizou o principal movimento de tentativa de derrube da ditadura Salazarista através de eleições, tendo contudo sido derrotado nas urnas, num processo eleitoral fraudulento que deu a vitória ao candidato do regime ditatorial vigente, Américo Tomás. Humberto da Silva Delgado nasceu a de 15 de Maio de 1906 em São Simão da Brogueira, concelho de Torres Novas, distrito de Santarém. Frequentou o Colégio Militar, onde recebeu o número 156, cujo curso concluiu em 1922. Em 1925 entrou na Escola Prática de Artilharia, de Vendas Novas. Participou no movimento militar de 28 de Maio de 1926, que derrubou a República Parlamentar e implantou a Ditadura Militar que, poucos anos mais tarde, em 1933, iria dar lugar ao Estado Novo liderado por Salazar. Durante muitos anos apoiou as posições oficiais do regime Salazarista, particularmente o seu anti-comunismo. Representou Portugal nos acordos secretos com o Governo Inglês sobre a instalação das Bases Aliadas nos Açores durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1944 foi nomeado Director do Secretariado da Aeronáutica Civil. Entre 1947 e 1950 representou Portugal na Organização da Aviação Civil Internacional, sediada em Montreal, Canadá. Foi Procurador à Câmara Corporativa (V Legislatura)2 entre 1951 e 1952. Em 1952 foi nomeado adido militar na Embaixada de Portugal em Washington e membro do comité dos Representantes Militares da NATO. Promovido a general na sequência da realização do curso de altos comandos, onde obteve a classificação máxima, passa a Chefe da Missão Militar junto da NATO. Regressado a Portugal foi nomeado Director-Geral da Aeronáutica Civil.Os cinco anos que viveu nos Estados Unidos modificam a sua forma de encarar a política portuguesa. Convidado por opositores ao regime de Salazar para se candidatar à Presidência da República, em 1958, contra o candidato do regime, Américo Tomás, aceita, reunindo em torno de si toda a oposição ao Estado Novo. Numa conferência de imprensa da campanha eleitoral, realizada em 10 de Maio de 1958 no café Chave de Ouro, em Lisboa, quando lhe foi perguntado por um jornalista que postura tomaria em relação ao Presidente do Conselho Oliveira Salazar, respondeu com a frase “Obviamente, demito-o!”. Esta frase incendiou os espíritos das pessoas oprimidas pelo regime Salazarista que o apoiaram e o aclamaram durante a campanha com particular destaque para a entusiástica recepção popular na Praça Carlos Alberto no Porto a 14 de Maio de 1958. Devido à coragem que manifestou ao longo da campanha perante a repressão policial foi cognominado «General sem Medo». O resultado eleitoral não lhe foi favorável graças à gigantesca fraude eleitoral montada pelo regime. Em 1959, na sequência da derrota eleitoral, vítima de represálias por parte do regime Salazarista e alvo de ameaças por parte da polícia política, pede asilo político na Embaixada do Brasil, seguindo depois para o exílio neste país. Convencido de que o regime não poderia ser derrubado por meios pacíficos promove a realização de um golpe de estado militar, que vem a ser concretizado em 1962 e que visava tomar o quartel de Beja e outras posições estratégicas importantes de Portugal. O golpe, porém, fracassou. Pensando vir reunir-se com opositores ao regime do Estado Novo, Humberto Delgado dirigiu-se à fronteira espanhola em Villanueva del Fresno, em 13 de Fevereiro de 1965. Ao seu encontro vai um grupo de agentes da PIDE, liderados por Rosa Casaco. O agente Casemiro Monteiro assassina-o, bem como à sua secretária. A Assembleia da República Portuguesa decidiu, a 19 de Julho de 1988, que fosse feita a transladação dos restos mortais de Humberto Delgado, do Cemitério dos Prazeres para o Panteão Nacional da Igreja de Santa Engrácia, em Lisboa. A cerimónia aconteceu a 5 de Outubro de 1990, dia que se assinalava os oitenta anos da Implantação da República Portuguesa. Nesta mesma altura, o General foi elevado, a título póstumo, a Marechal da Força Aérea
Juiz Baltazar Grazón – Um Mundo Sem Medo – Ambar – Porto – 2005. Desc. 348 pág / 23,5 cm x 15,5 cm / Br.
Baltasar Garzón Real (Torres, 26 de outubro de 1955) é um atuante Magistrado-Juiz Central de Instrução do tribunal penal de máxima instância na Espanha, a Audiência Nacional. Garzón é conhecido na Espanha como “super-juiz” ou “juiz-estrela”.É Doctor Honoris Causa pela Universidade de Jaén, Universidade Central do Chile e por mais vinte universidades.Garzón ficou conhecido mundialmente ao emitir uma ordem de prisão em desfavor do ex-presidente do Chile Augusto Pinochet pela morte e tortura de cidadãos espanhóis. Utilizou como base o relatório da Comissão Chilena da Verdade (1990-1991). Reiteradas vezes manifestou seu desejo de investigar o ex-secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger por sua relação com a denominada Operação Condor. Trabalha também em um processo em que se acusa de genocídio diversos militares argentinos pelo desaparecimento de cidadão espanhóis durante a ditadura argentina (1976-1983). Em 2001, solicitou permissão ao Conselho da Europa para processar o Primeiro Ministro italiano Silvio Berlusconi, então membro da Assembléia parlamentar do Conselho. Em dezembro desse mesmo ano, investigou, por suspeitas de lavagem de dinheiro, contas no exterior (off-shore) do conglomerado financeiro BBVA (segundo maior banco da Espanha). Em janeiro de 2003, criticou enfaticamente o governo dos EUA pela detenção ilegal, na base de Guantánamo (Cuba), de suspeitos de pertencerem ao grupo terrorista Al Qaeda. Nesse mesmo ano, participou de campanhas contra a guerra no Iraque. Na Espanha, ainda nos anos 80, atuou em processos contra diversos narcotraficantes, inclusive altos dirigentes das máfias galega, turca e italiana. Comandou investigações sobre lavagem de dinheiro no litoral espanhol (região de Málaga) e falsificação de moeda (derrame de notas de 100 dólares). Foi jurado de morte por diversos traficantes e mafiosos e por isso passou a ser conduzido em carros blindados e a viver com escolta policial. Em 1993, participou da política espanhola, entrando na lista de candidatos à Câmara dos Deputados pelo PSOE. Chegou a comandar o Plano Nacional AntiDrogas, porém renunciou após um ano de trabalho, queixando-se do excesso de corrupção no governo. Ao retornar à magistratura, deu seguimento às investigações do caso GAL (Grupos Antiterroristas de Liberação), grupo de extermínio que, conforme ficou comprovado, foi criado durante o primeiro governo do PSOE, ainda nos anos 1980, com a finalidade de assassinar membros e simpatizantes do ETA. Várias autoridades foram condenadas em virtude do caso, inclusive o ex-Ministro do Interior José Barrionuevo. Posteriormente, todos foram indultados no governo de José María Aznar. Atuou também contra os terroristas bascos do ETA. Em 2002, conseguiu suspender o funcionamento, por 3 anos, do partido Batasuna, ao demonstrar suas relações com o grupo terrorista. Dessa ação resultou também o fechamento dos jornais Egin e Egunkaria, além da rádio Egin Irratia. Angariou com isso o ódio dos nacionalistas bascos, que consideram que atacou a cultura basca e não o terrorismo. Dada a extensão de sua atuação, o PSOE e o PP chegaram a planejar uma reforma do judiciário que limitasse as suas atribuições legais.m março de 2003, Garzón suspendeu as atividades do Partido Comunista de España Reconstituido (PCE-r), em função de suas atividades ilícitas de apoio ao GRAPO, tais como a “fixação da tática e da estratégia da luta armada, escolha de objetivo, montagem de infra-estrutura, provimento de recursos econômicos, seleção dos responsáveis pelas ações armadas e dos membros dos auto-denominados comandos militares”. Formou-se em direito pela Universidade de Sevilha em 1979. Foi aprovado em concurso para o cargo de Juiz em 1981. Inicialmente, foi nomeado para a comarca de Valverde del Camino, província de Huelva (Andaluzia). Posteriormente, foi removido para o Juizado de Primeira Instância e Instrução de Villacarrillo, província de Jaén (Andaluzia). En 1983, foi promovido a Magistrado, sendo destinado ao Juizado de Primeira Instância e Instrução n° 3 de Almería (Andaluzia). Em 11 de março de 1987 foi nomeado pelo Conselho Geral do Poder Judiciário para ocupar o cargo de Inspetor Delegado (Corregedor-Geral) para Andaluzia. Em 29 de janero de 1988, tornou-se Magistrado-Juiz Central de Instrução n° 5 da Audiência Nacional.
Maria de Fátima Mata-Mouros – Sob Escuta – Principia, Publicações – Lisboa . 2003. Desc. 222 pág / 24 cm x 16,5 cm / Br.
Maria de Fátima Mata-Mouros de Aragão Soares Homem, juíza de direito com 25 anos de carreira judicial, actualmente colocada no Tribunal da Relação de Évora. Licenciatura em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa Pós-graduação em Estudos Europeus pela Universidade Católica Portuguesa Doutoramento em Direito na Universidade Católica Portuguesa Autora de diversas publicaçõesjurídicas, nomeadamente d os livros Sob Escuta, Cascais, Principia, 2003 e Direito à Inocência, Cascais, Principia, 2007 Ingressa na magistratura em 1985, depois de completar o estágio de advocacia. Exerceu funções em Loures (Tribunal de Instrução Criminal e Tribunal de Comarca); Lisboa (Juízos Cíveis); Loulé (Tribunal de Comarca); Lisboa (Varas Criminais e Tribunal Central de Instrução Criminal), Tribunal da Relação de Lisboa e Tribunal da Relação de Évora. Fez estágio de contacto nos tribunais criminais de Munique, no âmbito do «Programme Pilote» promovido pelo Rede Europeia de Formação Judiciária, numa iniciativa conjunta do CEJ e ENM (Escola Nacional da Magistratura francesa). Desde 1 de Julho de 2010 nomeada juiz ad-hoc do TEDH. Integra o Conselho de Redacção da Revista jurídica JULGAR, desde a sua criação
Álvaro Cunhal – O Partido com Paredes de Vidro – Edições Avante – Lisboa – 1985. Desc. 271 pág / 20 cm x 14 cm / Br. «1 Edição»
Álvaro Barreirinhas Cunhal (Coimbra, 10 de Novembro de 1913 — Lisboa, 13 de Junho de 2005) foi um político e escritor português, conhecido por ser um resistente ao Estado Novo, e ter dedicado a vida ao ideal comunista e ao seu partido: O Partido Comunista Português. Álvaro Cunhal nasceu em Coimbra, na freguesia da Sé Nova, filho de Avelino Henriques da Costa Cunhal, advogado de profissão, republicano e liberal, e de Mercedes Simões Ferreira Barreirinhas Cunhal, católica fervorosa.Passou a infância em Seia, de onde o pai era natural. O pai retirou-o da escola primária porque não queria que o filho «aprendesse com uma professora primária autoritária e a menina-de-cinco-olhos». Aos onze anos, mudou-se com a família para Lisboa, onde frequentou o Liceu Camões. Daí seguiu para a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde iniciou a sua actividade revolucionária. Em 1931, com dezassete anos, filia-se no Partido Comunista Português e integra a Liga dos Amigos da URSS e o Socorro Vermelho Internacional. Em 1934 é eleito representante dos estudantes no Senado da Universidade de Lisboa. Em 1935 chega a secretário-geral da Federação das Juventudes Comunistas. Em 1936, após uma visita à URSS, é cooptado para o Comité Central do PCP. Ao longo da década de 1930, colaborou com vários jornais e revistas como a Seara Nova e o O Diabo, e nas publicações clandestinas do PCP, o Avante e O Militante, com vários artigos de intervenção. Em 1940, Cunhal é escoltado pela polícia à Faculdade de Direito, onde apresenta a sua tese da licenciatura em Direito, sobre a temática do aborto e a sua despenalização, tema pouco vulgar para a época em questão. A sua tese, apesar do contexto político pouco favorável, foi classificada com dezasseis valores. Do júri fazia parte Marcello Caetano Devido aos seus ideais comunistas e à sua assumida e militante oposição ao Estado Novo, esteve preso em 1937, 1940 e 1949-1960, num total de 15 anos, 8 dos quais em completo isolamento sem nunca, incrivelmente, ter perdido a noção do tempo. Mesmo sob violenta tortura, nunca falou. Na prisão, como forma de passar o tempo, dedicou-se à pintura e à escrita. Uma das suas produções mais notáveis aquando da sua prisão, foi a tradução e ilustração da obra Rei Lear, de William Shakespeare. A 3 de Janeiro de 1960, Cunhal, juntamente com outros camaradas, todos quadros destacados do PCP, protagonizaram a célebre “fuga de Peniche”, possível graças a um planeamento muito rigoroso e a uma grande coordenação entre o exterior e o interior da prisão. Em 1962 é enviado pelo PCP para o estrangeiro, primeiro para Moscovo, depois para Paris. Ocupou o cargo de secretário-geral do Partido Comunista Português, sucedendo a Bento Gonçalves, entre 1961 e 1992, tendo sido substituído por Carlos Carvalhas. Em 1968 Álvaro Cunhal presidiu à Conferência dos Partidos Comunistas da Europa Ocidental, o que é revelador da influência que já nessa altura detinha no movimento comunista internacional. Neste encontro, mostrou-se um dos mais firmes apoiantes da invasão da então Checoslováquia pelos tanques do Pacto de Varsóvia, ocorrida nesse mesmo ano. Entretanto, foi condecorado com a Ordem da Revolução de Outubro. Regressou a Portugal cinco dias depois do 25 de Abril de 1974. Nesse mesmo dia, passeou de braço dado com Mário Soares, por Lisboa, como forma de ambos comemorarem o início da Democracia em Portugal, pois mesmo que divergissem ideologicamente, apoiavam um Portugal livre e democrático. Foi ministro sem pasta no I, II, III e IV governos provisórios e também deputado à Assembleia da República entre 1975 e 1992. Em 1982, tornou-se membro do Conselho de Estado, abandonando estas funções dez anos depois, quando saiu da liderança do PCP. Além das suas funções na direcção partidária, foi romancista e pintor, escrevendo sob o pseudónimo de Manuel Tiago, o que só revelou em 1995. Em 1989 Álvaro Cunhal foi à URSS para ser operado a um aneurisma da aorta, sendo recebido em Moscovo por Mikhail Gorbatchov o qual o agraciou com a Ordem de Lenine. Nos últimos anos da sua vida sofreu de glaucoma, acabando por cegar. Faleceu em 13 de Junho de 2005, em Lisboa, e no seu funeral (a 15 de Junho), participaram mais de 250.000 pessoas[carece de fontes]. Por sua vontade, o corpo foi cremado. Da sua relação com Isaura Maria Moreira, teve uma filha, Ana Maria Moreira Cunhal, nascida a 25 de Dezembro de 1960, a qual casou e tem dois filhos. Álvaro Cunhal ficou na memória como um comunista que nunca abdicou do seu ideal.
Carneiro de Moura – A História Administração, Colonial e Politica de Portugal – «Dissertação Para Concurso e um Lugar de Professor da Faculdade de Estudos Sociais e de Direito da Universidade de Lisboa » – Composta e Impresso na Typ. do Annuario Commercial – Lisboa- 1913. Desc. 356 pág / 22 cm x 16 cm / Br.
Tarrafal – Testemunhos – Coordenado por Franco Sousa – Edições Avante – Lisboa – 1978. Desc. 341 pág / 18 cm x 18 cm / Br. Ilust.
O Tarrafal é um Concelho / Município na ilha de Santiago, em Cabo Verde. Tem cerca de 20.000 habitantes e ocupa uma superfície de 112,4 km². A sede do concelho é a vila do Tarrafal. A própria vila do Tarrafal tem das poucas praias de areia branca da ilha, e certamente das mais paradisíacas do arquipélago, numa baía rodeada de coqueiros.Mas engana-se quem pensa que esta é a única de todo o concelho, pois bastam alguns minutos e estamos noutras praias, estas já menos concorridas pelos turistas mas igualmente lindas, nas aldeias de Chão Bome Ribeira da Prata. Esta zona, da maior ilha de Cabo Verde, é famosa pela chamada Colónia Penal do Tarrafal ou Campo de Concentração do Tarrafal, construída entre as décadas 20 e 30 do século passado, para albergar os opositores ao regime português. É também famosa por ser o concelho de Cabo Verde onde vive a comunidade dos rebelados. Quem chega a este concelho fica deliciado, não só pela sua beleza natural, como pela simpatia do seu povo, que vive principalmente do comércio, construção e serviços para a colectividade, e que conserva os valores tradicionais das suas gentes, destacando-se a olaria, a tecelagem, a utilização da cimboa e a música, uma vez que, ninguém lá passa sem dançar um funaná ou ver alguém a dar ku tornu, numa roda de batuque. O Dia do Município é 15 de Janeiro, data que coincide com a celebração de Santo Amaro. Desde 2008, o município do Tarrafal é governado pelo Movimento para a Democracia.
Fernando Jasmins Pereira – O Destino das Ilhas «Poderão Integrar-se Uns Restos Insulares do que Foi Portugal? – Edições A Rua – Lisboa – 1979. Desc. 276 Pagi /18,5 cm x 13,5 cm/ Br.
Soares Rebelo – Imprensa e Eleições Livres! (Temas de Actualidade Portuguesa) – Minerva Cental – Lourenço Marques – 1974. Desc. 76 Pagi/22,5 cm x 16,5 cm/ Br.
Fernando Luso Soares – O Caso Dias Coelho – Tip.Jornal do Fundão Editora – Lisboa – 1977.Desc.69 Pagi/ 24,5x 17cm/ Brochado
José Dias Coelho (Pinhel, 19 de Junho de 1923 — Lisboa, 19 de Dezembro de 1961) foi
um artista plástico e militante e dirigente do Partido Comunista Português. Natural de Pinhel, próximo da Guarda, foi o quinto de nove irmãos. Ainda muito jovem aderiu à Frente Académica Antifascista, e mais tarde, ao MUD Juvenil, em 1946. Foi aluno da Escola de Belas Artes de Lisboa onde entrou em 1942. Frequentou primeiro o curso de Arquitectura, que abandonou, para frequentar o de Escultura. Participante em várias lutas estudantis em 1947, aderiu de seguida ao Partido Comunista Português e, em 1949, foi detido pela PIDE depois de participar na campanha presidencial de Norton de Matos. Em 1952, expulso da Escola Superior de Belas Artes e impedido de ingressar em qualquer faculdade do país, é também demitido do lugar de professor do Ensino Técnico. José Dias Coelho vai trabalhar, em 1952, como desenhador com os arquitectos Keil do Amaral, Hernâni Gandra e Alberto José Pessoa num atelier na Rua Fernão Álvares do Oriente 8 CV/Esq, no Bairro de São Miguel em Lisboa. Em 1959 entra para a clandestinidade, ao mesmo tempo que exercia funções no PCP, com o objectivo de criar uma oficina de falsificação de documentos para dar cobertura às actividades dos militantes clandestinos. Exercia esta actividade na altura do seu assassinato pela PIDE, em 19 de Dezembro de 1961, na Rua da Creche, que hoje tem o seu nome, junto ao Largo do Calvário, em Lisboa. O assassinato levou o cantor Zeca Afonso a escrever e dedicar-lhe a música A morte saiu à rua. Da sua vida pessoal há ainda a salientar a sua relação com a também artista plástica, Margarida Tengarinha. O casal teve três filhas. Ao optar pela clandestinidade em 1955, põe de parte a sua carreira artística como escultor, que nesse mesmo ano vê os primeiros sinais de reconhecimento público, com duas esculturas para a Escola Primária de Campolide (sessões feminina e masculina) e uma grande escultura para a Escola Primária de Vale Escuro, em Lisboa, e dois baixos relevos, um para o Café Central das Caldas da Rainha, e outro para a fábrica Secil. Já estava na clandestinidade quando, em Junho de 1956, se realizou a 10.ª e última das Exposições Gerais de Artes Plásticas. José Dias Coelho foi um dos organizadores das EGAP’s, desde a sua primeira edição em 1946, e é um dos artista que expõe a partir da segunda. Na décima edição, e por não poder participar abertamente, dado estar na clandestinidade, um grupo de amigos expõe a escultura da cabeça da irmã Maria Emília, que já havia sido exposta, para garantir que o seu nome consta do catálogo. Com uma intensa actividade social e intelectual a par da política, travou e manteve amizade com várias figuras destacadas da sociedade portuguesa de então, tais como os arquitectos Keil do Amaral e João Abel Manta, Fernando Namora, Carlos de Oliveira, José Gomes Ferreira, Eugénio de Andrade, José Cardoso Pires, Abel Manta, Rogério Ribeiro, João Hogan, bem como aqueles que viriam dentro em breve a liderar os movimentos de independência na África, na altura estudantes em Lisboa: Agostinho Neto, Vasco Cabral, Marcelino dos Santos, Amílcar Cabral e Orlando Costa.
Jorge Barros Duarte – Timor um Grito – Edições Impressões e Acabamentos – Lisboa – 1988. Desc. 129 Pagi/21 cm x 15 cm / Br.
Jorge Barros Duarte nasceu em Same (Timor), em 1912, vindo morrer em Portugal, a 6 de Junho de 1995. Era filho de militar português e de mãe timorense, tendo sido enviado, aos 11 anos, à Cidade do Santo Nome de Deus de Macau, onde se formou no curso de Teologia do Seminário de São José. Em 1956 regressou a Timor e, antes de trabalhar na missão, foi visitar a sua mãe e outros familiares. Foi no mesmo ano que começou a sua carreira como professor no seminário de Nossa Senhora de Fátima e no Liceu Dr. Francisco Machado, tendo sido deputado por Timor na Assembleia Nacional do Estado Novo no início dos anos 60 do século XX. Também foi director da revista católica de Timor, Seara – Boletim Eclesiástico da Diocese de Díli, entre 1956 e 1961. Em 1964, no mesmo ano em que publicou alguns ensaios nas páginas dessa revista, aSeara interrompeu a publicação. De acordo com Costa-Gusmão, foi graças ao esforço e sacrifício do Pe. Director Jorge Barros Duarte que a sua edição pôde ser feita até meados de 1964 (Costa-Gusmão, 1999)
Julius Fucik – Testamento Sob Forca «Colecção Resistência» – Edições Avante – Lisboa – 1975. Desc. 90 Pagi/21 cm x 15 cm/ Br.
Julius Fucik é um militante comunista. Nascido em 1903, na cidade de Praga, na actual República Tcheca, com 18 anos entrou para o Partido Comunista. Quando as tropas de Hitler invadiram a Tchecoslováquia, entrou para as fileiras armadas da Resistência Comunista, então clandestina. Fui um grande combatente. Em 1942, foi capturado e enviado para uma prisão da GESTAPO, em Pankrác. Sofreu a tortura nazista. No cárcere, escreveu um livro secretamente. Quando as tropas do Exército Vermelho libertaram os prisioneiros dos campos de concentração, foram encontrados os manuscritos. Não houve tempo de libertar Julius Fucik. Ele foi executado na cidade de Berlim, no dia 08 de Setembro de 1945. Mas seu registo escrito no cárcere não se perdeu. Se tornou um livro que tem o título “Testamento sob a Forca”. Um livro que quando é lido pelos que lutam por uma sociedade justa e fraterna, aí sim, esses entendemos o verdadeiro significado da palavra liberdade e da palavra esperança. Em 1950, assim falou Pablo Neruda, no II Congresso dos Defensores da Paz: “Vivemos na época que amanhã se chamará a época de Fucik, época do heroísmo simples… Em Fucik há o sentido não só de um cantor da liberdade mas de um construtor da liberdade e da paz…”
Gérard Rosenthal – Trotsky – Livraria Bertrand – Lisboa – 1975. Desc. 311 Pagi/ 21,5 cm x 16 cm / E.
Leon Trotsky ( Russo ) ; 07 de Novembro a 26 de Outubro 1879 – 21 Agosto de 1940), nascido Lev Davidovich Bronshtein , era um russo marxista revolucionário e teórico, político soviético, e o líder fundador e primeiro do Exército Vermelho . Trotsky foi inicialmente um defensor da internacionalistas mencheviques facção do Partido Trabalhista Social-Democrata Russo . Ele se juntou aos bolcheviques imediatamente anteriores à 1917 Revolução de Outubro e, finalmente, tornou-se um líder dentro do partido.Durante os primeiros dias da União Soviética, serviu primeiro como Comissário do Povo para Assuntos Estrangeiros e mais tarde como o fundador e comandante do Exército Vermelho, como Comissário do Povo de Assuntos Militares e Naval . Ele foi uma figura importante na vitória bolchevique na Guerra Civil Russa (1918-1920). Ele também foi um dos primeiros membros do Politburo . Depois de liderar uma luta fracassada do Oposição de Esquerda contra as políticas e ascensão de Joseph Stalin nos anos 1920 e do crescente papel da burocracia na União Soviética, Trotsky foi sucessivamente removido do poder, expulso do Partido Comunista , deportado da União Soviética, e assassinado no México por ordem de Stalin. (A maioria de sua família também foi morto.) Um dos primeiros defensores da intervenção do Exército Vermelho contra o fascismo europeu, no final de 1930, Trotsky contra Stalin pacto de não agressão com Adolf Hitler . Conforme o chefe da IV Internacional , Trotsky continuou em exílio no México para se opor à stalinista burocracia na União Soviética.Ele foi assassinado no México, por Ramón Mercader , um agente de origem espanhola Soviética. As idéias de Trotsky formaram a base do trotskismo , uma grande escola de pensamento marxista que se opõe às teorias do stalinismo . Ele era uma das poucas figuras políticas soviéticas que nunca foram reabilitados pelo governo de Nikita Khrushchev . Ele foi finalmente reabilitado em 2001.
J.-J. Servan-Scheriber – América: Desafio ao Futuro – Livraria Bertrand – Lisboa – 1967. Desc.451 Pagi/ 21,5cm x16cm / Encadernação de Origem
Jean-Jacques Servan-Schreiber , muitas vezes referida como JJSS (13 de Fevereiro de 1924, Paris -7 Novembro de 2006, Fécamp ) foi um francês jornalista e político . Ele co-fundou L’Express em 1953 com Françoise Giroud , em seguida, tornou-se presidente do Partido Radical em 1971. Ele supervisionou a transição para a centro-direita, o partido sendo depois conhecido como Parti radical valoisien . Ele tentou fundar em 1972 o Movimento de Reforma com democrata-cristão Jean Lecanuet , com quem ele apoiou Valéry Giscard d’Estaing ‘a candidatura conservadora à eleição presidencial de 1974 .
Jacques de Launay – As Grandes Controvérsias do Tempo Presente «1945-1965» – Livraria Bertrand – Lisboa – 1967. Desc.451 Pagi/ 21,5cm x16cm / Encadernação de Origem
Jacques de Launay é um escritor e historiador Belga, reconhecido especialista em história contemporânea, lidando principalmente período da Segunda Guerra Mundial . Foi Secretário Geral da Comissão Internacional de História da Educação.
Jornal – Povo Livre « Órgão Oficial do Partido Popular Democrático» – Partido Social Democrata – PSD – Ano I Numero 1º de 13 de Agosto 1975 – Director : José Augusto Seabra / Jornal – Povo Livre « Órgão Oficial do Partido Popular Democrático»- Partido Social Democrata – PSD – Ano II Numero 670 de 19 de Agosto 1987 – Director : Vitor Crespo – Desc. 41cm x 31,5 Encadernados em 13 Volumes