• Portugal «O Algarve» Exposição Portuguesa em Sevilha

    Portugal «O Algarve» Exposição Portuguesa em Sevilha «€15.00»
    Portugal «O Algarve» Exposição Portuguesa em Sevilha «€15.00»

    Mário Lyster Franco – Portugal «O Algarve» Exposição Portuguesa em Sevilha- Imprensa Nacional de Lisboa – 1929 com 64 paginas de 25cmx17cm Brochado com Capa Original.

     

    Mário Lyster Franco
    Mário Lyster Franco

    Natural de Faro. Formado em Direito. Enquanto estudante de liceu, fundou e dirigiu o jornal semanário «O Algarvio» e, em cooperação com António do Nascimento, foi autor da revista «Ora Toma!». Na sua estadia em Lisboa escreveu para jornais como «A Pátria», «A Palavra» e «O Tempo». De regresso à sua cidade natal, começou aí a exercer advocacia, foi professor do ensino técnico e iniciou-se na política, sendo por duas vezes eleito Presidente da Câmara Municipal. Durante mais de trinta anos foi redactor regional do «Diário de Notícias» e, durante quarenta anos, foi o director do «Correio do Sul». A sua actividade de escritor ficou marcada por algumas publicações em livro ou opúsculo, que, segundo o autor, ” todas juntas (…) não valem dois caracóis ou dez réis de mel coado !”. A verdade é que foram de extrema importância, valendo- lhe a inserção em grupos como “Grupo Português da História das Ciências”, “Associação dos Arqueólogos Portugueses”, “Instituto Português de Arqueologia, História e Etnografia”, “Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia”, “Academia de Letras do Rio grande do Sul”, “Instituto Arqueológico Alemão de Berlim”, “Academia das Ciências de Lisboa” e “Sociedade Portuguesa de Escritores”. É ainda Oficial da Ordem Militar de Cristo e Comendador da Ordem do Mérito Civil, de Espanha. De destacar também a sua dedicação e trabalho insistentes na publicação do livro a que deu o título de «Algarviana».

     


  • Morgados de Stª Catarina de Estremoz

    Morgados de Stª Catarina de Estremoz  «€30.00»
    Morgados de Stª Catarina de Estremoz «€30.00»

    João Luís Cabral P.Caldeira – Morgados de Stª Catarina de Estremoz -Edições Colibri – Lisboa – 1999 com 471 Paginas de 23cmx16cm Brochado com Capa de Origem

     

     

     

     

    O autor, João Luís Cabral P. Caldeira, nasceu em 9 de Agosto de 1940, no Estoril.
    Além da licenciatura em Direito, tem o Curso Superior de Management e diversas especializações. Foi Técnico Superior Principal do Ministério da Indústria e Assessor Principal do Ministério da Educação. Administrador da INDEP-Indústrias Nacionais de Defesa. Director-Geral do Minitério da Educação, Vice-Presidente do IASEME, Vice-Presidente da Caixa de Previdência do Ministério da Educação. Advogado e Professor Universitário. Autor do livro A Direcção de Empresas e a Gestão na Administração Pública, 1968. Colaborou em revistas e jornais, designadamente: “Democracia 76” com um artigo, Política energética e pesquisa petrolífera. Artigo no Semanário Expresso (25 de Agosto de 1973) com o título Um novo tipo de Administração Pública.

  • Castelo do Giraldo (Évora) I-Trabalho de 1960-1960

    Castelo do Giraldo (Évora) I-Trabalho de 1960 «€10.00»
    Castelo do Giraldo (Évora) I-Trabalho de 1960 «€10.00»

    Afonso do Paço e José Fernandes Ventura – Castelo do Giraldo (Évora) I-Trabalho de 1960(Trabalhos Arqueológicos Subsídiados Pela «Fundação Calouste Gulbenkian») Guimarães – 1961 . 25 Paginas de 23cmx16cm com capa de Origem.


  • 30 Fortechreitende Etüden/Progressive Studies-Etudes Progressives

    30 Fortechreitende Etüden/Progressive Studies-Etudes Progressives «€10.00»
    30 Fortechreitende Etüden/Progressive Studies-Etudes Progressives «€10.00»

    Stephen Heller – 30 Fortechreitende Etüden/Progressive Studies-Etudes Progressives – Opus 46 -Edition Peters – London com 64 paginas de 30cmx23cm com capa Original.

    Livro de Exercicio para Piano


  • Guerra Junqueiro«A Sua Vida e a Sua Obra 1850-1880»-1880

    Guerra Junqueiro«A Sua Vida e a Sua Obra 1850-1880» «€30.00»
    Guerra Junqueiro«A Sua Vida e a Sua Obra 1850-1880» «€30.00«

    José Lopes D’Oliveira – Guerra Junqueiro«A Sua Vida e a Sua Obra 1850-1880»  Parte I e II – Edições Excelsior – Lisboa – 1954. Desc. 219  + 367 pág / 22 cm x 16,5 cm /E.

     

     

    Filho de João Lopes de Oliveira e Maria Adelaide de Jesus, nasceu em Vale de Açores, freguesia e concelho de Mortágua, em 25 de Dezembro de 1881 e faleceu em 1971. Frequentou a Universidade de Coimbra onde se licenciou em Direito. Foi professor de História e Geografia no Liceu de Viseu. Ainda jovem estudante, colaborou em jornais, revistas e panfletos e mais tarde como professor em Viseu publicou alguns artigos em jornais como “A Beira”, “Sol Nascente “ e “ Correio de Mortágua “, estes dois últimos publicados em Mortágua. Assim se tornou um prosador forte, sugestivo e original, com qualidades superiores de escritor. Em 1910 foi professor de História Universal no liceu Passos Manuel, situado em Lisboa, onde terminou a sua vida académica como reitor em 1920. Os seus alunos tratavam-no por “ Pai Lopes “. Numa crónica inserida numa revista antiga (não foi possível determinar a sua data exacta, mas publicada nos anos 60) e assinada por Artur Varatojo, este relata um episódio interessante passado numa aula de História no Liceu Passos Manuel, na altura em que o Dr.José Lopes de Oliveira ali leccionava, que nos ajuda a conhecer alguns traços da sua personalidade. Por esse facto, achámos interessante fazer a sua Integral transcrição (ver no fim). Na referida crónica Artur Varatojo dá uma explicação para a atribuição daquele epíteto, dizendo “Quando um professor de liceu ganhava jus ao epíteto de “pai” era porque a sua atitude, compreensão ou simpática anuência aos irrequietismos da juventude tinha algo de bom, de justo e de paternal autoridade”. Após a proclamação da República foi nomeado director da Escola Normal de Lisboa.  Em 1913 foi presidente da Comissão Revisora de Livros didácticos das escolas primárias. Em 1920 passou a ser reitor do Liceu Passos Manuel, em Lisboa, onde exerceu um parte considerável da docência. Politicamente, fez defesa dos ideais republicanos, tendo sido militante do Partido Republicano Português até 1920. Em 1921 foi Chefe de Gabinete da Presidência do Ministério.  Foi convidado para Ministro do Governo Provisório, convite que recusou. Em 1923 ingressou no partido republicano radical, fazendo parte do seu directório e seu presidente a partir de 1925. Proferiu várias conferências em Mortágua e no país, defendendo os valores da República, Democracia e Cultura. Em finais de 1945 surgiu num dos jornais do regime “Diário da Manhã” um artigo contra a sua pessoa. Embora sujeitos a possíveis penalizações, o Reitor e professores do Liceu Passos Manuel, decidiram manifestar-lhe solidariedade. Como político contra o regime, esteve diversas vezes preso, tendo sido até desterrado para o Tarrafal ( Cabo Verde ).

     

  • Revista General de La Universidade de Puerto Rico

    Revista General de La Universidade de Puerto Rico «€20.00»
    Revista General de La Universidade de Puerto Rico «€20.00»

     La Torre- Revista General de La Universidade de Puerto Rico de Ano I-Num,3 de Julio-Sepbre 1953  com Director: Jaime Benítez . com 201 paginas de 25cmx17cm

    Com Sumari.Karl Jaspers, Carácter de la Actitud Científica.  Norberto Bobbio, Políticas Cultural y Políticas de la Cultuta.


  • Évora «História e Imaginário»

    Évora«História e Imaginário» «€15.00»
    Évora «História e Imaginário» «€15.00»

    Afonso de Carvalho, Alexandre Passos, Ângela Beirante,António Borges Coelho,António Carlos Silva, José Alberto Machado, José Alberto Seabra Carvalho, José Augusto Alegria, José Teixeira, Justino Maciel, Luis Carmelo, Maria José Ferro Tavares, Maria Fernandes, Manuel Calado – Évora «História e Imaginário» – Associação de Produções Culturais – Évora -1997 . Desc. 131 pág /21 cm x 21 cm / Br.


  • A Luta do Ultramar«Palestra Sobre o Ultramar Português»

    A Luta do Ultramar «Palestra Sobre o Ultramar Português» «€10.00»
    A Luta do Ultramar «Palestra Sobre o Ultramar Português» «€10.00»

    Dr.Antero de Seabra – A Luta do Ultramar«Palestra Sobre o Ultramar Português»Impresso na Tipografia de António J.Pedro- Lisboa  S/D  com 120+16 paginas de 21cmx14,5cm Brochado Com Capa de Origem


  • Da Toponímia de Évora

    Da Toponímia de Évora do Século XII a Finas do Século XIV «€35.00»
    Da Toponímia de Évora do Século XII a Finas do Século XIV «€35.00»
    Da Toponímia de Évora  Século XV
    Da Toponímia de Évora Século XV

     Afonso de Carvalho -Da Toponímia de Évora do Século XII a Finas do Século XIV – Volume I- com 374 paginas /Da Toponímia de Évora  Século XV – Volume II – com 305 paginas de 23cmx16cm de capa Mole de Origem

     


  • Newton «Poemas»

    Newton «Poemas» «€60.00»
    Newton «Poemas» «€60.00»

    José Agostinho de Macedo – Newton «Poemas» Typ. de Francisco Pereira D’Azevedo – Porto 1854 com 169 paginas de 20cmx13cm

     

     

     


    José Agostinho de Macedo natural de Beja, onde nasceu no dia 11 de Setembro de 1761, e foi baptizado na Igreja Paroquial do Salvador, no dia 1 de Outubro do mesmo ano, foi o filho primogénito de Francisco José Tegueira, primeiro marido de Angelica dos Serafins Freire, o qual era filho de Pedro Nogueira Sobrinho, e Rosa Maria, naturais da cidade de Beja, a mãe era filha de Manuel Baptista Freire, e Ana Rosa, naturais da cidade de Lisboa. Seu pai, que era ourives, queria que este filho, dando-lhe uma boa educação, não precisasse de seguir a mesma vida, segundo os usos, ou mania em Portugal, e como descobrisse nele uma extraordinária vivacidade, e sinais de talento, procurou dar-lhe os primeiros rudimentos da língua materna, pelo que o entregou a um seu amigo, de apelido Mendes, também ourives, quando José Agostinho já contava onze anos de idade. Os progressos de José Agostinho causaram assombro nos mestres, e nos condiscípulos inveja, não deixando algumas vezes de excitar a indignação dos primeiros, e o ódio dos segundos com suas respostas, e ditos impróprios daquela tenra idade, principalmente um dia, em que se fazia a leitura de Camões, ele, cheio de ousadia, disse — Camões não presta — O seu mestre repreendeu-o, mas como ele insistisse, castigou-o, por tamanha blasfémia literária. Como era usual na altura, a clausura monástica era um seguro asilo, onde a mocidade podia servir a Deus, a si, e aos outros, e facilmente subir ás mais altas dignidades, fosse qual fosse o berço em que o homem nascesse; ou, quando menos, um meio de fugir aos perigos, e incómodos da vida, pensou o pai, que tal vida convinha ao seu filho, cujos talentos cada dia se manifestavam de um modo extraordinário, e por isso, após frequentar em Beja os estudos necessários, para entrar na religião, tomou o habito de Santo Agostinho, dos Eremitas Calçados no Convento de Nossa Senhora da Graça, na cidade de Lisboa. Nesta Ordem professou; e foi sacerdote com o nome de Fr. José de Santo Agostinho. Ali fez admirar os seus talentos, e algumas vezes tirou os padres de certos embaraços, como foi na ocasião da morte do conde de Vila Verde, que era descendente do grande Afonso de Albuquerque, ao determinar que este fosse enterrado na mesma sepultura do seu imortal ascendente, na Igreja do Convento onde este jazia, mas que pela nova forma que se lhe dera em consequência dos danos sofridos pelo terremoto do 1 de Novembro de 1755, tinha-se perdido a sua localização; declarando José Agostinho, onde esta se achava. Pregava na sua Ordem com grande aplauso dos religiosos, e admiração de todos, mas, fazia-se admirar mais pelos seus talentos naturais, do que pelo seu estudo assíduo, também se fazia aborrecer pelo seu desmedido orgulho, e pelas suas leviandades e travessuras, praticadas, tanto no Convento da Graça em Lisboa, como no Colégio de Coimbra. Como em toda a parte, se encontra quem alimente o maledicência, Fr. José encontrou na sua Ordem um companheiro, que se não tinha o seu talento, tinha contudo mais ideias para fomentar os tumultos com que constantemente afligiam a comunidade. Tão indigno confrade, foi Fr. Francisco, natural da Vacariça; porém, como tais excessos não se poderiam tolerar numa casa particular quanto mais numa corporação religiosa, o prelado, que tinha estrita obrigação de os reprimir foi por isso obrigado, por vezes, a aplicar a estes perturbadores da comunidade as penas consignadas no Estatuto da Ordem; mas tais castigos aplicados a um caracter orgulhoso pelo talento como o de Fr. José, levaram este mancebo ao extremo de não poder suportar o jugo daquele sagrado Instituto; infeliz, porque nem mesmo aquelas cadeias, poderam prender o seu génio inquieto, que o levaram ao excesso de deixar a sua Santa Comunidade apostatando. A apostasia não podia livrar Fr. José duma justa perseguição dos seus confrades, a quem faltava um irmão que era preciso conduzir ao seio da família pelos laços da religião, e que poderia ainda corrigir-se, e assim aproveitarem-se os talentos superiores dum mancebo, que poderia ser um dia o emblema da Ordem e da Pátria. Mas melhores conselhos, ou pelo menos mais prudentes, prevaleceram nos conselhos da Comunidade. Deixaram de perseguir Fr. José de Santo Agostinho e deram-lhe a sentença de expulsão perpetua da Sagrada Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho. Quanto a Fr. Francisco não se sabe se foi também expulso, é porem certo que apareceu secularizado e que até o fim da sua vida, foi um homem duma vida muito desregrada. Na vida secular. Fr. José de Santo Agostinho, tomou o nome de Padre José Agostinho de Macedo. Macedo já não sofria a justa perseguição que se fazia ao apostata, mas sofria a perseguição da indigência, com que lutava, indigência que emanava do desprezo publico. Tão severa lição, dada pela Providencia a um indivíduo que conhecia o seu talento, mas que acabava de ser assim levado á humilhação, fê-lo pensar, e mudar de vida; para deste modo, poder entrar na sociabilidade dos homens. Mudou efectivamente de sistema, e começou a ser mais considerado. Durante o período de grande miséria foi socorrido pelas Religiosas Trinas do Rato, que foram quase exclusivamente, quem lhe mataram a fome, pelo que se compreende a razão porque ele tinha tanta afeição por aquela Casa; era em dever de gratidão, e a que só uma alma totalmente pervertida poderia faltar. Mais comedido, Macedo começou a ser aceite no círculo dos homens de letras, e como era dotado de muita finura, e via que para não voltar á indigência, não tinha remédio se não aproveitar o seu engenho, devorou quantos Santorais, e Sermonarios encontrou, leu os Escritores Eclesiásticos, os Concílios, Historia Eclesiástica, Santos Padres, Escritura etc., tornou-se num bom pregador. Mas sobretudo o meio mais eficaz que empregou para adquirir os conhecimentos sólidos com que enriqueceu o seu espírito, foi a amizade, e relações com distintos oradores, poetas, sábios, e literatos do seu tempo, que eram alguns, e com grandes méritos, pois bem sabia que valia mais uma conferencia com tais homens; do que muitos anos de estudo; e como tinha grande memória nada lhe escapava do que eles diziam, e consultava os autores por eles citados, correndo todas as bibliotecas de Lisboa; ouvia os grandes oradores, com muita atenção, com maior desejo de os exceder do que de os imitar.  José Agostinho de Macedo, faleceu em Pedrouços, depois de uma doença prolongada de bexiga, ás 11 horas da manha do dia 2 de Outubro de 1831, tendo sido assistido pelo padre Manuel Barreiros, prior de S. Domingos de Benfica. Jaze na Capela de S. Nicolau de Tolentino, da Igreja do Convento de Nossa Senhora dos Remédios das Religiosas Trinitárias, no sitio do Rato, em Lisboa.


  • A Música das Cantigas de Santa Maria e Outros Ensaios

    A Música das Cantigas de Santa Maria e Outros Ensaios «€15.00»
    A Música das Cantigas de Santa Maria e Outros Ensaios «€15.00»

    Francisco Fernandes Lopes – A Música das Cantigas de Santa Maria e Outros Ensaios- Edição Câmara Municipal de Olhão  – 1985. Desc. 288 pág / 20,5 cm x 14,5 cm / Br.

     

    Nascido no seio de uma família olhanense, Francisco Fernandes Lopes fez a escola primária em Olhão, passando posteriormente a estudar no Liceu de Faro. Logo aí começou a destacar-se, senão pelo seu génio, pelo menos pela sua memória, pois chegou a saber de cor todo o primeiro Canto d’Os Lusíadas, e mais duas centenas e meia de versos de outros episódios. Segue então para Lisboa, para finalizar os estudos que o conduzirão à Universidade, tendo sido aparentemente influenciado por Francisco Pulido Valente para cursar medicina. Francisco Fernandes Lopes também conheceu, ainda em Lisboa, uma plêiade de futuras personalidades ilustres e reconhecidas nas mais diversas áreas: os irmãos Pedro e Luís de Freitas Branco, Ivo Cruz, , Leonardo Rey Colaç de Castro Freire, Câmara Reis, Almada Negreiros, Ruy Coelho e Fernando Pessoa. Ingressou então na Faculdade de Medicina de Lisboa, onde finalizou a licenciatura, em 1911, com uma média de 18 valores. Em 1916 finalmente doutorou-se, com a brilhante média de 19 valores, depois de apresentar uma tese sobre “Drogas e Farmacopeia”. Obteve logo convites para leccionar nesta Faculdade, mas renuncia e regressa à sua vila natal. Resposta negativa semelhante deu a Leonardo Coimbra que o viria a convidar para ser professor de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, e a Fernando Pessoa, que, segundo três cartas datadas de 1919, convidou-o para um projecto de edição de uma revista sobre cultura portuguesa dedicada a estrangeiros. Para Fernando Pessoa, apenas Francisco Fernandes Lopes e mais uns poucos (nunca referidos mas que seriam “[quase] numericamente ninguém”…) teriam os golpes de génio necessários para mostrar no estrangeiro a grandeza intelectual da cultura portuguesa. Mas Francisco Fernandes Lopes preferia ficar em Olhão, vila de pescadores que vivia um momento de prosperidade económica atendendo ao labor das pescas, navegação de cabotagem e, sobretudo, à indústria conserveira. Nessa vila viveu praticamente toda a sua vida, tendo-se retirado pontualmente em algumas ocasiões, sobretudo por motivos de investigação ou de divulgação cultural, retirando-se definitivamente daí para Lisboa apenas alguns anos antes de morrer. Divulgou como poucos o fizeram a cultura e o património de Olhão, sendo também da sua autoria o célebre epíteto de vila cubista. Publicou vários artigos sobre Olhão (em jornais e na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira) e estudou a gesta colonizadora dos marítimos olhanenses no sul de Angola, em finais do séc. XIX. Foi ainda em Olhão que serviu de cicerone de várias figuras intelectuais, políticas e militares nacionais estrangeiras, como o Marechal Carl Gustaf Emil Mannerheim (herói das guerras fino-russas e Presidente da República da Finlândia), a Princesa de Lichtenstein, o Barão Boris vo  Skossyreff (auto-proclamado Rei de Andorra), os escritores Georges Duhamel, Jean-Louis Vaudoyer, Emile Henriot, Daniel Rops e Simone   Beauvoir, o arabista Lévy-Provençal, os pintores Mário Eloy, Fausto Sampaio e Eduardo Viana, o crítico musical austríaco Paul Stefan… Também em Olhão fortaleceu o dinamismo cultural que já existia, organizando entre 1924 e 1928 uns “Serões Musicais”, no Grémio Olhanense, onde executou dezenas de palestras, ilustradas por excertos musicais executados por um grupo ensaiado por ele próprio. Estas palestras adquiririam grande notoriedade nacional, tendo trazido a Olhão nomes importantes da música como Luís de Freitas Branco (director artístico do Teatro de S. Carlos), Ruy Coelho, Francine Benoit, e a musicóloga Ema Romero da Câmara Reis (esposa de Câmara Reis). Esta acaba por convidar Francisco Fernandes Lopes para repetir algumas das suas palestras em Lisboa (integradas num ciclo de conferências chamado Divulgação Musical), e publica-as na sua obra Seis anos de divulgação musical (Lisboa, 1929-1930). Foi no âmbito deste convite que Francisco Fernandes Lopes fez ouvir em Portugal, pela primeira vez, em 25 de Janeiro de 1932, o Pierrot Lunaire, de Schoenberg. Francisco Fernandes Lopes escreve ainda sobre música em vários jornais regionais, nacionais e em revistas francesas da especialidade, continua os seus Serões Musicais em Olhão (1929-30) e é convidado a participar em novas conferências musicais em Lisboa (1934) e em programas radiofónicos na Emissora Nacional , onde fica célebre uma sua palestra, pela polémica – A evolução do Fado, da guitarra à sinfonia(1935). Estudou profundamente a música das Cantigas de Santa Maria da autoria de D. Afonso X de Castela. Estas cantigas tinham um problema de decifração e Francisco Fernandes Lopes recebeu uma bolsa da Junta de Educação Nacional para as decifrar, tendo-se deslocado a Madrid, ao Escorial e a Sevilha. Em 1944, apresentou uma comunicação muito aplaudida sobre o assunto no Congresso Luso-Espanhol em Córdova e, em 1950, no II Congresso Regional Algarvio. Francisco Fernandes Lopes também foi compositor, sendo peças suas o bailado Cristóvão Colombo, e Balada de Fumo (publicada em 1913), assim como várias melodias para poemas de poetas nacionais, como Camões, Antero de Quental, António Sardinha, João de Deus, Cândido Guerreiro, Fernando Pessoa e João Lúcio, terá iniciado a composição de uma ópera com o libreto da Belkiss, a partir de um poema em prosa de Eugénio de Castro, que por manifesta falta de tempo não terá chegado a concluir. O seu amigo Ruy Coelho ter-lhe-á pedido para utilizar esse libreto, tendo escrito uma ópera em três actos que venceu um concurso internacional em Madrid em 1924. Em 1937, presumivelmente a convite de Ivo Cruz, faz a primeira tradução para português da Ode à Alegria, de Schiller, muito apreciada pelos críticos da época. Luís de Freitas Branco no jornal “O Século” escreve: “Lamentamos que o tempo e o espaço nos não permitam fundamentar largamente a nossa admiração pelo trabalho de do dr. Francisco Fernandes Lopes, que traduziu para português a Ode à Alegria de Shiller, que as vozes entoam no final. Não resistimos porém ao impulso de salientar o modo feliz como foi resolvido o difícil problema da entrada do coro sob as duas sílabas de Freude”. Francisco Fernandes Lopes também compõe a música de fundo para o Auto das Rosas de Santa Maria, escrito pelo poeta algarvio Cândido Guerreiro, que é executado em público pela Orquestra Sinfónica da Emissora Nacional (maestro Pedro de Freitas Branco), em Sagres, no ano de 1940 no âmbito das Comemorações da Fundação da Nacionalidade. Interessa-se também por História, sobretudo dos Descobrimentos, escrevendo vários artigos sobre a localização da Vila do Infante, sobre a inexistência da escola de Sagres, sobre a vida de Cristóvão Colombo, sobre os irmãos Corte-Real, sobre Duarte Pacheco Pereira, sobre os castros e fortalezas portuguesas em África e, sobretudo, sobre a vida do Infante D. Henrique, com a publicação em 1960 do livro A Figura e a Obra do Infante D. Henrique, ao qual foi atribuído o único prémio no Concurso das Comemorações Henriquinas desse ano. Dedicou-se ao estudo da Filosofia e Arte (na filosofia, dedicou-se sobretudo a Schelling, e na pintura, era um profundo conhecedor da italiana, especialmente da escola de Giotto). Foi também director da revista Afinidades, de cultura luso-francesa, editada em Faro e Lisboa, de 1942 a 1946, que teve como colaboradores sumidades como Abel Salazar, Adolfo Casais Monteiro, André Malraux, João Gaspar Simões, Saint-Exupéry e Simone de Beauvoir. Foi ainda professor em diversas escolas, como o Liceu Nacional João de Deus em Faro, a Escola Primária Superior de Faro (da qual foi também director durante 7 anos) e a Universidade Popular do Algarve, e de diversas disciplinas totalmente diferentes, desde as línguas – dominava o castelhano, francês, alemão, italiano e russo -, até à Matemática, História e Ciências Naturais, Geografia e Desenho.Uma faceta menos conhecida do seu génio verdadeiramente renascentista é o facto de ter inventado vários artefactos e métodos, como por exemplo:um diafragma especial para melhoria do som numa grafonola lançada no mercado com o nome de Gharbe .O novo sistema de nomenclatura e notação da escala musical dodecafónica e de cifragem de intervalos e acordes de toda a espécie (1952) Como estudioso de quase tudo, Francisco Fernandes Lopes tinha uma atitude categórica para alcançar a verdade: “É preciso ir sempre até ao fundo do fundo do contrafundo de tudo quanto estudamos”. Apesar da sua erudição extraordinária, o Mestre era um homem simples, distraído e até descuidado com ele próprio, quer no vestir, na alimentação, quer mesmo no dormir. Dizia que comia quando tinha fome e dormia onde quer que fosse quando tinha sono. Não renegava a sua origem social pobre e analfabeta – o pai foi comerciante de peixe – e dizia frequentemente que precisava recuperar o que os seus antepassados não puderam aproveitar. Talvez por isso, quando se casou em Olhão com Raquel Pousão do Ó (sobrinha do pintor Henrique Pousão e prima do poeta João Lúcio), em 9 de Junho de 1915, não quis trajar o melhor fato e pôs sebo nos sapatos para estes não brilharem demasiado… Além da actividade de estudo e criação artística foi ainda um cidadão empenhado no desempenho de inúmeros cargos: Médico Municipal , Subdelegado de Saúde , Director Clínico do antigo Hospital de Nossa Senhora da Conceição, representante da Ordem dos Médicos , Ordem dos Advogados e Ordem dos Engenheiros no Conselho Municipal, Juiz de Tutoria de Infância, etc. Em 1924 protagonizou uma agressiva polémica nos jornais regionais contra outro olhanense, Francisco Marques da Luz (escritor da época conhecido pelo pseudónimo Marcos Algarve) por este ter escrito um livro escandaloso, Amor à francesa, onde se insinuavam situações amorosas picantes entre algumas personalidades conhecidas de Olhão, nomeadamente ele próprio e outros como o cónego da vila, o que se revelava insultuoso pela inverdade. Politicamente foi um republicano radical na sua juventude que, por vezes, se assumia como anarquista (agnóstico). Pertenceu ao corpo redactorial de uma revista mensal – a “Mocidade”, publicada em Lisboa entre 1901 e 1905, que congregou jovens estudantes republicanos e libertários. Aquando da instauração da República em 1910, com 26 anos e enquanto terminava o seu curso de Medicina em Lisboa, advogava a instauração da Ditadura Republicana por um período temporário, de forma a ensinar os valores republicanos ao Povo e assim libertá-lo do jugo cultural dos caciques monárquicos da província (ver artigos publicados n’A República Portuguesa)! Após a juventude, nunca revelou grande interesse por se engajar em visões ortodoxas e evitou a participação activa na política, se bem que continuasse sendo um espírito simultaneamente corajoso e demasiado irreverente para a época. Nos anos de 1940, segundo relatos de alguns dos seus contemporâneos ainda hoje vivos, Francisco Fernandes Lopes, tinha em casa, escondidos no meio de revistas diversas, alguns números do Avante – jornal oficial do Partido Comunista Português – e no Arquivo de Olhão encontra-se correspondência do Conselho Nacional de Unidade Anti-Fascista, datada de Agosto de 1944. Sabemos que costumava assumir-se mais como anarquista que como socialista ou comunista. Nunca confiou nas ideias mais ortodoxas do socialismo científico e suas aplicações soviéticas como se pode ver de uma carta sua, datada de 1948, ao Padre Diniz da Luz. Francisco Fernandes Lopes morreu dia 6 de Junho de 1969, não chegando a escrever uma antologia comentada de Bocage, bem como uma História da Filosofia que tinha programada (depois de ter ficado insatisfeito com a leitura da obra homónima de Bertrand Russel).

  • Poemas -Parissina- Mazeppa- O Corsario- O Prisioneiro de Chilon- Lamentação de Tasso

    Poemas -Parissina- Mazeppa- O Corsario- O Prisioneiro de Chilon- Lamentação de Tasso «€25.00»
    Poemas -Parissina- Mazeppa- O Corsario- O Prisioneiro de Chilon- Lamentação de Tasso «€25.00»

    Lord Byron -Poemas -Parissina- Mazeppa- O Corsario- O Prisioneiro de Chilon- Lamentação de Tasso – Traduçaõ de A.S – Typographia Occidental – Porto 1889 com 212 paginas de 20cmx13cm Encadernado

     

     

    George Gordon Byron, 6º Barão Byron (Londres, 22 de janeiro de 1788 — Missolonghi, 19 de abril de 1824), melhor conhecido como Lorde Byron, foi um destacado poeta britânico e uma das figuras mais influentes do Romantismo, célebre por suas obras-primas, como Peregrinação de Child Harold e Don Juan (o último permaneceu inacabado devido à sua morte iminente). Byron é considerado como um dos maiores poetas europeus, é muito lido até os dias de hoje. Toda a obra de Byron, que exprime o pessimismo romântico, com a tendência a se voltar contra os outros e contra a sociedade, pode ser vista como um grande painel autobiográfico. Foram novos, em sua postura, o tom declarado de rebeldia ante as convenções morais e religiosas e o charme cínico de que seu herói demoníaco sempre se revestiu. A fama de Byron não se deve somente aos seus escritos, mas também a sua vida — amplamente considerada extravagante — que inclui numerosas amantes, dívidas, separações e alegações de incesto. Encontrou a morte em Missolonghi, onde estava lutando ao lado dos gregos pela sua independência da opressão turca. Segundo consta, a causa da morte parece ter sido uremia, complicada por febre reumática. Sua filha, Ada Lovelace, colaborou com Charles Babbage para o engenho analítico, um passo importante na história dos computadores. Ameaçado de excomunhão, pelo assassinato de Thomas Becket, o Rei Henrique II prometeu ao Papa fazer penitência e donativos aos mosteiros. Ordenou que árvores fossem tombadas e que se construíssem no local abadias, dedicadas à Virgem, que receberam o nome de Newstead. Os monges que viviam em Newstead obedeciam a regras simples, tais como: não possuir nada, amar a Deus e ao próximo, vencer as tentações carnais e não fazer nada que provocasse escândalos. Além disso, distribuíam aos pobres esmolas anuais em memória de seu Fundador. Os abades sucederam-se durante três séculos, até o reinado de Henrique VIII. Este, com a intenção de se casar com Ana Bolena, pediu ao Papa para que anulasse seu casamento com Catarina de Aragão. O Papa recusou. Foi então, decretado o confisco de todos os conventos religiosos que não dispusessem de renda maior que 200 libras. A abadia de Newstead foi atingida pelo decreto e, os cônegos que ali viviam, foram expulsos com mínimos benefícios concedidos pelo Rei. Os camponeses, frustrados, viram partir os monges. Imaginaram que eles iriam assombrar as celas vazias e que a abadia causaria desgraças a quem ousasse comprá-la. Um ano depois, o Rei Henrique VIII vendeu o mosteiro ao seu fiel súdito Sir John Byron, conhecido como o “Pequeno Sir John da Barba Grande”. Sir John pertencia a uma família que possuía inúmeras terras. Ele transformou a abadia num imenso e belo castelo e seus descendentes apegaram-se àquela casa. Ninguém, exceto os camponeses, imaginava que a influência dos monges viesse a afetar tanto a família Byron. O quarto lorde Byron, que viveu no século XVII, teve dois filhos que iriam marcar pela eternidade as influências negativas dos monges sobre a família: O mais velho, quinto lorde Byron, teve seu destino marcado pelo assassinato que cometeu. Ele estava em uma taverna, conversando sobre caça, quando iniciou uma ignóbil discussão com Mr. Chaworth, que havia debochado do quinto lorde por suas desvantagens de caça. Ambos enfrentaram-se, e Mr. Chaworth foi rasgado pela espada de Byron. O quinto e desgraçado lorde Byron foi julgado e absolvido. Porém carregou consigo o eterno peso de ser encarado como um assassino. Talvez, por isso, tenha desenvolvido um comportamento estranho durante sua vida, o mesmo comportamento que o qualificou com o apelido de “lorde mau”. Durante a noite, ele abria as represas dos rios para destruir as usinas de fiação; esvaziava os lagos dos vizinhos; mandou construir na margem de seu lago dois pequenos fortes de pedra, e mantinha uma frota de barcos de brinquedo, os quais fazia flutuar no lago; organizava sobre seu próprio corpo corridas de grilos que, segundo seus criados, obedeciam-no. Já seu irmão (avô do Byron poeta) não conseguia fugir da semelhante sina. “Jack Mau-Tempo”, como era chamado, era um azarado almirante, que morreu como vice-almirante em 1786. Seu apelido não era ocasional. Diziam que toda vez que Byron preparava o barco e posicionava-se sobre ele, uma forte tempestade armava-se. “Jack Mau-Tempo” teve dois filhos: o mais velho, John, pai do Byron poeta, era soldado. O segundo, Georges Anson, marinheiro.

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    Retiro
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    Rodrigues, Miguel, 1689?-1775 -Retiro Espiritual Para Hum Dia de Cada Mez,Obra Muito Util Para Toda a Forte de Pessoa, e Principal Para Aquelles, que Dezejão fegurar Huma Boa Morte. na Offic. de Miguel Rodrigues, Impreffor do Eminent.S.Card.Patriarca – Lisboa 1773 – com 522 paginas de 18cmx12cm encadernação de Origem em Bom Estado