
George W.Mixter – Primer os Navigation «With Problems In Practical work» – D. Van Nostrand Company, Inc – New York – 1943.Desc.508 pági / 23,5cm x 16cm / Encadernação Original
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George W.Mixter – Primer os Navigation «With Problems In Practical work» – D. Van Nostrand Company, Inc – New York – 1943.Desc.508 pági / 23,5cm x 16cm / Encadernação Original
Jorge Dias e Margos Dias – Os Macondes de Moçambique « Aspectos Históricos e Económicos» « Cultura Material» – Junta de Investigação do Ultramar -Centro de Estudos de Antropologia cultural – Lisboa – 1964 .Desc. 178 + 189 pági + 261 + 109 figuras / 29 cm x 21 cm / Encadernação Original
Macondes são um grupo étnico bantu que vive no sudeste da Tanzânia e no nordeste de Moçambique, principalmente no planalto de Mueda, tendo uma pequena presença no Quénia. A população maconde na Tanzânia foi estimada em 2001 em cerca de 1 140 000 habitantes e no censo de 1997 em Moçambique, em 233 258, dando um total de 1 373 358 macondes. Os macondes resistiram sempre a serem conquistados por outros povos africanos, por árabes e por traficantes de escravos. Não foram subjugados pelo poder colonial até aos anos 20 do século XX. São exímios escultores em pau-preto, sendo a sua arte conhecida mundialmente.
Julio Dinis – Obras de Julio Dinis – Vol.1 e 2 – As Pupilas do Senhor Reitor – A Morgadinha dos Canaviais – Uma Familia Inglesa – Os Fidalgos da Casa Mourisca – Serões da Provincia – Poesisas – Inéditos e Esparsos – Teatro – Lello & Irmão – Editores – Porto – S/D .Desc.1232 + 1338 + 11 Gravuras / 19,5cm x 13cm / Encadernação Original de Pele
Joaquim Guilherme Gomes Coelho (Porto, 14 de novembro de 1839 — Porto, 12 de setembro de 1871) foi um médico eescritor português. Joaquim Guilherme Gomes Coelho, que no período mais brilhante da sua carreira literária usou o pseudónimo de Júlio Dinis, nasceu no Porto, na antiga Rua do Reguinho, a 14 de novembro de 1839, e faleceu na mesma cidade, na Rua Costa Cabral, numa casa que já não existe, a 12 de setembro de 1871. Júlio Dinis era filho de José Joaquim Gomes Coelho, cirurgião, natural de Ovar, e de Ana Constança Potter Pereira Gomes Coelho, de ascendência anglo-irlandesa, e vitimada pela tuberculose quando Júlio Dinis contava apenas seis anos de idade. Frequentou a escola primária em Miragaia. Aos catorze anos de idade (1853), concluiu o curso preparatório do liceu. Matriculou-se na Escola Politécnica, tendo, em seguida, transitado para a Escola Médico-Cirúrgica do Porto, cujo curso completou a 27 de julho de 1861, com alta classificação. Posteriormente a sua saúde foi-se agravando, pelo que foi obrigado a recolher-se em Ovar e depois para a Madeira e a interromper a possibilidade de exercer a sua profissão.Durante esses tempos dedica-se à literatura. Mais tarde (1867), foi incluído como demonstrador e lente substituto no corpo docente desta mesma Escola. Já então sofria da doença da tuberculose pelo que, esperançado em encontrar cura no ambiente mais salutar da província, se transferiu temporariamente para Grijó e posteriormente para Ovar, para casa de uma sua tia, Rosa Zagalo Gomes Coelho, que vivia no Largo dos Campos. E foi ainda esperançado numa cura de ares, que esteve duas vezes na ilha da Madeira, além de outras peregrinações que terá feito através do país. Simplesmente, o mal de Júlio Dinis não tinha cura. E com quase trinta e dois anos apenas, morria aquele que foi o mais «suave e terno romancista português, cronista de afectos puros, paixões simples, prosa limpa». De resto, essa terrível doença, que já havia vitimado a mãe, em 1845, foi a causa da morte de todos os seus oito irmãos. O romance «As Pupilas do Senhor Reitor» foi publicado em 1869, tendo sido representado, cinematizado e publicado em folhetins do Jornal do Porto. Um ano antes, tinha sido dado a público «Uma Família Inglesa» e, em 1870, veio a público «Serões da Província». No ano do seu falecimento, 1871 (com apenas 32 anos de idade), publicou-se o romance «Os Fidalgos da Casa Mourisca». Só depois da sua morte se publicaram «Inéditos» e «Esparsos», em dois volumes, assim como as suas «Poesias», dadas à estampa entre 1873 e 1874. Encontra-se sepultado num jazigo de família com o n.º 58, no cemitério privado da Ordem Terceira de S. Francisco, em Agramonte. Foi o criador do romance campesino e as suas personagens, tiradas, na sua maioria, de pessoas com quem viveu ou contactou na vida real, estão imbuídas de tanta naturalidade que muitas delas nos são ainda hoje familiares. É o caso da tia Doroteia, de «A Morgadinha dos Canaviais», inspirada por sua tia, em casa de quem viveu, quando se refugiou em Ovar, ou de Jenny, para a qual recebeu inspiração da sua prima e madrinha, Rita de Cássia Pinto Coelho. Júlio Dinis viu sempre o mundo pelo prisma da fraternidade, do optimismo, dos sentimentos sadios do amor e da esperança. Quanto à forma, é considerado um escritor de transição entre o romantismo e o realismo. Além deste pseudónimo, Júlio Dinis usou também o de Diana de Aveleda, com que assinou pequenas narrativas ingénuas como «Os Novelos da Tia Filomena» e o «Espólio do Senhor Cipriano», publicados em 1862 e 1863, respectivamente. Foi com este pseudónimo que se iniciou nas andanças das letras, tendo, com ele, assinado também pequenas crónicas no Diário do Porto. A casa onde Júlio Dinis nasceu, foi demolida com a abertura da Rua Nova da Alfândega, e aquela onde morreu, deu lugar à construção de uma casa de espectáculos cinematográficos.
Dr.Keizo Kojima, Dr. Massao Hayashi – Insect’ Life in Japan – Hoikusha Publising, Lda – Japan – 1969. Desc. 295 pági / 22 cm x 15 cm / Encadernação Original
Ministério da Marinha / República Portuguesa – Código Internacinal de Sinais para Sinais, Visuais e Radiotelegráficos – Edição Oficial – Lisboa – 1934.Desc.8 pági«Bandeiras e Marcas» + 23 +13 + 609 + pági«Código internacional de Sinais» ilust./ 32cm x 22cm / Encadernação Original um Pouco Desgastado nas Margens
Carvalho Brandão (Capitão Fragata) – Complementos de Navegação (4ª Parte) – Tipografia Fenix – Lisboa – 1924.Desc.149 pági + 4 Mapas / 22cm x 16cm / Brochado
José Maria Pereira – Curso Pratico de Navegação – Livraria Editora de Francisco Romeiro – Lisboa – 1910. Desc. 559 pág / 24 cm x 15 cm / E.Tela
Ambar Pitta – Tabela de Distâncias Entre Portos do Império Português – Lisboa – 1951. Desc. 122 pág /26 cm x 19,5 cm / Br.
Jean Paul Mestas – Reflexos da Poesia Contemporânea do Brasil, França, Itália e Portugal – Universitária Editora – Lisboa – 2000. Desc. 504 pági / 24 cm x 17 cm / E.
Jacques Vernier – A Batalha do Meio Ambiente «O que é a Poluição» – Editorial Futuro – Lisboa – 1973. Desc. 321 pág / 18,5 cm x 12,5 cm / Br.
António de Sousa, António Camões Gouveia, Francisco António Colaço Rosario, J. M. Monarca Pinheiro, Fundação Eugénio de Almeida, José Maria Matins, José Luís Tirapicos Nunes, Maria Amélia Murteira Rosada, João Gomes Esteves, João Torres Vaz Freire, Maria Clara Roque do Vale, A.Pedro Belchior, Luís Ramos Lopes, Alfredo Saramago, Joaquim Pulga, Delmar Barreiros, João Alves Pimenta, Maria João Liberal, Luís Sáragga Leal, José Manuel Martins, José Manuel Pestana de vasconcelos, Joaquim Manuel Gomes Madeira, Manuel Fialho, João Mota Barroso, Óscar M. Morgado Gato, Luís Mariano Ucha – A Talha e a Sertã «Beber e Comer no Alentejo» – Alva «Associação de alimentação e Vinhos – Évora – 2000. Desc. 168 pági / 28 cm x 22 cm / Encadernação Original
Ápio Garcia – Um Homem Chamado Salazar – António Francisco Barata – Editor – Lisboa – 1968. Desc. 133 pág / 19 cm x 12 cm / E.
Júlio Dantas – Eles e Elas «Na Vida – Na Arte – Na História» – Livraria Chadron – Porto – 1918.Desc.254 pági / 18cm x 12cm / Brochado «1 Edição»
The Story Of The Capo to Caire Railway & River Route From 1887 to 1922 – Compiled, Illustrated and Edited By Leo Weinthal 1ª Edição – Editora Pioneer. London (1923). Desc .48 pág (Sinopse) + XXXV + 728 pág + XX + 510 pág + XVI + 454 pág + XII +456 + 12 pág (índice) / 28 cm x 22 cm/ – Ilustrações (Completo)
O Cape to Cairo Ferroviária é um projecto incompleto de atravessar a África do sul para o norte pelo trilho . Este plano foi iniciado no final do século 19, durante a época do domínio colonial, em grande parte sob a visão de Cecil Rhodes , na tentativa de conectar possessões africanas adjacentes do Império Britânico através de uma linha contínua a partir de Cidade do Cabo , África do Sul, para Cairo ,Egito . Enquanto a maioria das sessões do Cabo ao Cairo ferroviário estão em operação, uma parte importante que falta entre o norte do Sudão e Uganda . Colonialismo britânico na África está intimamente ligado ao conceito do Cabo ao Cairo Railway. Cecil Rhodes foi fundamental para garantir os estados do sul do continente para o Império Britânico e imaginou uma “linha vermelha” contínuo de domínios britânicos de norte a sul. Uma estrada de ferro seria um elemento fundamental neste esquema para unificar as posses, facilitar a governabilidade, permitir que o militar se mover rapidamente para pontos quentes ou conduzir a guerra, ajudar a liquidação e promover o comércio. A construção deste projecto apresentado um grande desafio tecnológico. França tinha uma estratégia rival em finais de 1890 para ligar as suas colónias de oeste para leste através do continente, Senegal para Djibouti . Sudão do Sul e Etiópia estavam no caminho, mas a França enviou expedições em 1897 para estabelecer um protectorado no sul do Sudão e de encontrar uma rota através Etiópia. O esquema naufragou quando uma frota britânica no rio Nilo confrontou a expedição francesa no ponto de intersecção entre as rotas de franceses e britânicos, levando à Fashoda Incidente e eventual derrota diplomática para a França. As Português tinham ideias semelhantes, e produziu o ” Mapa Rosa “que representa as suas reivindicações à soberania na África.Interesses britânicos tiveram que superar não só os obstáculos formidáveis colocados pela geografia e clima, mas também interferindo ambições por outros poderes, o incidente Fashoda , e a ambição Português de ligação Angola e Moçambique – conhecida como a rosa Mapa . A oposição ao domínio britânico na África do Sul foi colonizada depois das Primeiras e Segundas Guerras Boer. Alemanha tinha garantido uma peça fundamental do território no leste da África , que impediu a conclusão da ligação norte-sul. No entanto, com a derrota da Alemanha em 1918, a maior parte deste território caiu em mãos britânicas e politicamente a ligação foi fechada. Depois de 1918, o Império Britânico possuía o poder político para completar a Cabo-Cairo Railway, mas questões económicas impediram a sua conclusão entre as guerras mundiais . Após a Segunda Guerra Mundial , as lutas nacionaisdos povos africanos e do desaparecimento de colonialismo removidas as bases para a sua conclusão.O Egito tem um sistema ferroviário que já em 1854 conectado Alexandria e Cairo, e que actualmente vai até o sul de Aswan . No Egito, a estrada de ferro é 1.435 milímetros ( 4 pés 8 1 / 2 em ) bitola padrão . Depois de uma balsa ligação em cima da Nilo , a ferrovia continua em Sudão de Wadi Halfa a Cartum para os 1067 milímetros ( 3 pés 6 em ) de bitola estreita ; ver a África do Norte Railroad Development . Esta parte do sistema foi iniciado por Lord Kitchener , em 1897, quando ele subjugou o Mahdist levante. Outras ligações ferroviárias para o sul, o ponto mais meridional sendo Wau .Uma grande parte da rede ferroviária sudanês está actualmente em desuso devido à turbulência política.África Oriental tem uma rede de bitola estreita 1000 milímetros ( 3 pés 3 3 / 8 em ) ferro-vias que, historicamente, cresceu a partir de portos no Oceano Índico e foi para o oeste, construído em paralelo sob o domínio colonial britânico e alemão. A corda mais distante norte foi a Uganda Railway . Eventualmente, essas redes foram ligadas, de modo que hoje há uma ligação ferroviária contínua entre Kampala , Uganda , em Lake Victoria para as cidades costeiras de Mombasa no Quênia e Dar-es-Salaam em Tanzânia . Até a dissolução da Comunidade do Leste Africano , em 1977, essas empresas operado como Ferrovias da África Oriental , mas operam hoje como diferentes empresas nacionais: a Uganda Railways Corporação Uganda ferro-vias activos da corporação foram vendidos mais de 13 anos atrás, quando o governo não conseguiu executar o corporação, como o custo de executá-lo era maior que os retornos. Hoje, o negócio ferroviário em Uganda é executado pelo Vale do Rift Ferro-vias do Quénia, a Kenya Railways Corporação , e a Tanzânia Railways Corporação .De Dar-es-Salaam, um elo separado 1,860 km para Kapiri Mposhi na Zâmbia foi concluída depois de seis anos por trabalhadores das República Popular da Chinaem 1976. Este Tanzânia-Zâmbia-Railway ( TAZARA ) foi construída para conectar sem litoral Zâmbia e sua riqueza mineral para o porto no Oceano Índico , independente de conexões através da África do Sul ou na época território Português controlada. No entanto, enquanto não se destina no grande retrato do Cabo ao Cairo Railway, a TAZARA preenche um elo crítico. Esta ligação é, ao mesmo 1.067 milímetros ( 3 pés 6 em ) de calibre como o sistema na parte sul da África .O trecho sul foi concluída durante o domínio britânico antes da Primeira Guerra Mundial e tem um sistema de interligação das ferro-vias nacionais usando o cabo de bitola de 1.067 milímetros ( 3 pés 6 em ) . A construção começou a partir de Cidade do Cabo e foi paralelo ao Great North Road para Kimberley , através de uma parte de Botsuana para Bulawayo . A partir desta junção passa o link mais ao norte, hoje operado pelos Caminhos de Ferro Nacionais de Zimbabwe , para o Zambezi travessia. A Ponte das Cataratas Victoria foi concluída em 1905. A ligação é captado por Zambia Railways e continua a Kapiri Mposhi que é o ponto de transição para o link TAZARA para a Tanzânia.O conceito do Cabo ao Cairo Railway não está morto. Enquanto a atual turbulência no Sudão é um obstáculo para a sua conclusão, conceitos tangíveis foram encaminhados para completar a ligação entre o Sudão e na África Oriental por razões económicas. Este iria completar um cabo um pouco estranho para a linha Cairo com três medidores (1.067 milímetros duas vezes) e três quebras de bitola .
Mariano Feio – Clima e Agricultura «Exigências Climáticas das Principais Culturas e Potencialidades Agrículas do Nosso Clima» – Ministério da Agricultura, Pescas e Alimentação – Lisboa – 1991.Desc.266 pági /23cm x 16cm / Brochado
Mariano Joaquim de Oliveira Feio nasceu a 3 de Junho de 1914, em Beja, do enlace matrimonial entre Pedro Sequeira Feio e Maria Margarida da Fonseca Acciaioli de Avillez Oliveira que se realizou em 1913. Por morte prematura da sua mãe que falece vitimada pela pneumónica a 3 de Maio de 1923 e depois do seu pai ainda no mesmo ano, o seu avô materno, médico de profissão, Joaquim Alberto de Carvalho e Oliveira, torna-se seu tutor aos 9 anos de idade. A preocupação em dar uma boa educação ao neto leva-o a interná-lo no Colégio Portugal, no Dafundo (Lisboa), de onde só sai com 16 anos. Vem a casa só nas férias, que passa em Beja, na sua casa sita na actual rua Dr. Augusto Barreto nº 3, na companhia do seu avô e tias1 ou em Idanha a Nova e S. Vicente da Beira (Castelo Branco), terra de origem de sua mãe e do seu avô materno. Cheio de vida e saúde, Mariano gosta de atirar pedras e fazer pontaria aos cântaros de água que as mulheres carregam quando vão buscar água as fontes. É rara a vez que não acerta. Aos 18 anos ingressa no Instituto Superior Técnico de Lisboa e licencia-se em Engenharia Civil no ano de 1936.
R.J.Labuschagne – The Kruger Park And Other National – da Gama Publishers , Lda – Johannesburg – S/D .Desc. 168 pági / 32 cm x 24,5 cm / Encadernação de Origem
Luis Vaz de Camões – Os Lusíadas (Prefácio de Hernani Cidade, Vinhetas e Ilustrações de Lima de Freitas) – Artis – Lisboa – 1956.Desc. XXXIX + 429 pági + V Estampas + 28 Estampas / 32cm x 25cm / Encadernação Original de Pele
João Augusto Silva – Gorongosa «Experiências de Um Caçador de Imagens» ( Fotografias do Autor) – Lourenço Marques – 1964.Desc. 92 pág + 118 Fotografias / 29 cm x 21,5 cm / E. Original
Manuel Maria Barbosa do Bocage – Obras de Bocage – Sonetos – Odes – Canções – Cantos – Elegias e Epicédios – Idílios e Cantatas – Epístolas e Sátiras – Poemetos – Odes Anadreônticas – Cançonetas – Endechagas – Alegorias – Glosas – Apólogos – Epigramas – Versões Líricas – Episódios Traduzidos – Metamorfoses – Poemas e Dramas Traduzidos – Lello & Irmão – Editores – Porto – 1968. Desc. 2050 pági / 19,5 cm x 12,5 cm / Encadernação Original de Pele
Nascido em Setúbal às três horas da tarde de 15 de Setembro de 1765, falecido em Lisboa na manhã de 21 de Dezembro de 1805, era filho do bacharel José Luís Soares de Barbosa, juiz de fora, ouvidor, e depois advogado, e de D. Mariana Joaquina Xavier l’Hedois Lustoff du Bocage, cujo pai era o Almirante francês Gil He dois du Bocage, que chegara a Lisboa em 1704, para reorganizar a Marinha de Guerra Portuguesa.Teve cinco irmãos. O pai do poeta, José Luís Soares de Barbosa, nasceu em Setúbal, em 1728. Bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra, foi juiz de fora em Castanheira e Povos, cargo que exercia durante o Sismo de Lisboa de 1755, que arrasou aquelas povoações.Em 1765, foi nomeado ouvidor em Beja.Acusado de ter desviado a décima enquanto ouvidor, possivelmente uma armadilha para o prejudicar, visto ser próximo de pessoas que foram vítimas de Pombal, o pai de Bocage foi preso para o Limoeiro em 1771, nunca chegando a fazer defesa das suas acusações. Com a morte do rei D. José I, em 1777, dá-se a “viradeira”, que valeu a liberdade ao pai do poeta, que voltou para Setúbal, onde foi advogado.A sua mãe era segunda sobrinha da célebre poetisa francesa, madame Anne-Marie Le Page du Bocage, tradutora do “Paraíso” de Milton, imitadora da “Morte de Abel”, de Gessner, e autora da tragédia “As Amazonas” e do poema épico em dez cantos “A Columbiada”, que lhe mereceu a coroa de louros de Voltaire e o primeiro prémio da academia de Rouen. Apesar das numerosas biografias publicadas após a sua morte, boa parte da sua vida permanece um mistério. Não se sabe que estudos fez, embora se deduza da sua obra que estudou os clássicos e as mitologias grega e latina, que estudou francês e também latim. A identificação das mulheres que amou é duvidosa e discutível. A sua infância foi infeliz. O pai foi preso , quando ele tinha seis anos e permaneceu na cadeia seis anos. A sua mãe faleceu quando tinha dez anos. Possivelmente ferido por um amor não correspondido, assentou praça como voluntário em 22 de Setembro de 1781 e permaneceu no Exército até 15 de Setembro de 1783. Nessa data, foi admitido na Escola da Marinha Real, onde fez estudos regulares para guarda-marinha. No final do curso desertou, mas, ainda assim, surge nomeado guarda-marinha por D. Maria I. Nessa altura, já a sua fama de poeta e versejador corria por Lisboa. Em 14 de Abril de 1786, embarcou como oficial de marinha para a Índia, na nau “Nossa Senhora da Vida, Santo António e Madalena”, que chegou ao Rio de Janeiro em finais de Junho.Na cidade, viveu na actual Rua Teófilo Otoni, e diz o “Dicionário de Curiosidades do Rio de Janeiro” de A. Campos – Da Costa e Silva, pg 48, que “gostou tanto da cidade que, pretendendo permanecer definitivamente, dedicou ao vice-rei algumas poesias-canção cheias de bajulações, visando atingir seus objectivos. Sendo porém o vice-rei avesso a elogios,e admoestado com algumas rimas de baixo calão, que originaram a famosa frase: “quem tem c… tem medo, e eu também posso errar”, fê-lo prosseguir viagem para as Índias”. Fez escala na Ilha de Moçambique (início de Setembro) e chegou à Índia em 28 de Outubro de 1786. Em Pangim, frequentou de novo estudos regulares de oficial de marinha. Foi depois colocado em Damão, mas desertou em 1789, embarcando para Macau. Foi preso pela inquisição, e na cadeia traduziu poetas franceses e latinos. A década seguinte é a da sua maior produção literária e também o período de maior boémia e vida de aventuras. Ainda em 1790 foi convidado e aderiu à Academia das Belas Letras ou Nova Arcádia, onde adoptou o pseudónimo Elmano Sadino. Mas passado pouco tempo escrevia já ferozes sátiras contra os confrades. Em 1791, foi publicada a 1.ª edição das De 1799 a 1801 trabalhou sobretudo com Frei José Mariano da Conceição Veloso, um frade brasileiro, politicamente bem situado e nas boas graças de Pina Manique, que lhe deu muitos trabalhos para traduzir.Dominava então Lisboa o Intendente da Polícia Pina Manique que decidiu pôr ordem na cidade, tendo em 7 de Agosto de 1797 dado ordem de prisão a Bocage por ser“desordenado nos costumes”. Ficou preso no Limoeiro até 14 de Novembro de 1797, tendo depois dado entrada no calabouço da Inquisição, no Rossio. Ficou até 17 de Fevereiro de 1798, tendo ido depois para o Real Hospício das Necessidades, dirigido pelos Padres Oratorianos de São Filipe Neri, depois de uma breve passagem pelo Convento dos Beneditinos. Durante este longo período de detenção, Bocage mudou o seu comportamento e começou a trabalhar seriamente como redactor e tradutor. Só saiu em liberdade no último dia de 1798. A partir de 1801, até à morte por aneurisma, viveu em casa por ele arrendada no Bairro Alto, naquela que é hoje o n.º 25 da travessa André Valente. A 15 de Setembro, data de nascimento do poeta, é feriado municipal em Setúbal.