Sonho em Pompeia

Sonho em Pompeia
Sonho em Pompeia «€35.00»

Urbano Rodrigues – Sonho em Pompeia – Parceria António Maria Pereira – Lisboa 1943.Desc.231 pág / 19 cm x 13 cm / Br. «1 Edição»

 

 

Urbano da Palma Rodrigues (Serpa, 1888 — Lisboa, 1971) foi um dramaturgo e romancista português.Nascido em Serpa, passou em Moura a infância e parte da adolescência. Tendo o seu pai emigrado para África e depois para o Brasil, cedo começou a trabalhar como repórter. Aos dezassete anos, idade com que publica a sua primeira peça de teatro, Caminho da Ventura (1905), matricula-se no Curso Superior de Letras, onde se torna amigo de Teófilo Braga. Participa na agitação e propaganda republicana e é eleito Deputado, pelo Círculo de Beja, à Assembleia Constituinte.Como dramaturgo, viu representadas várias das suas obras, que valem, sobretudo Maria da Graça (1910, em colaboração com Vítor Mendes), pela sensibilidade, pela naturalidade do diálogo e pelo pitoresco alentejano, além da intuição que demonstram da carpintaria cénica. Mas foi especialmente no romance que Urbano Rodrigues obteve os melhores resultados, fazendo a sátira do novo-riquismo burguês em A Duquesa da Baeta (1918). Certa influência de escritores franceses então em voga (como Claude Farrère, Pierre Loti,Pierre Louÿs ou Paul Morand) e do esteticismo decadentista de Gabriele D’Annunzio manifestam-se em Coração (novela, 1917), O Ídolo de Carne (1929), Cinco Aventuras Sem Importância (1934) e Viagem Através de Uns Olhos Verdes (1940). O Alentejo, que surgira já nas páginas da novela Novo Paraíso, da colectânea Sonho em Pompeia (1943), torna-se o cenário ao mesmo tempo quieto e exaltante de O Castigo de Dom João (1948), que lhe vale o Prémio Ricardo Malheiros, da Academia das Ciências de Lisboa.Preso na Penitenciária durante o sidonismo, foi secretário e chefe do gabinete de Afonso Costa. Mais tarde, já director de O Mundo, apoiou a campanha do seu amigo Manuel Teixeira Gomes à Presidência da República, e escreveu a seu respeito um curioso livro de memórias próximo da biografia, A Vida Romanesca de Teixeira-Gomes (1946). Após o encerramento d’ O Mundo, em 1926, retirou-se para o seu monte alentejano, perto de Moura. Regressaria ao jornalismo, como redactor principal do Diário de Notícias.Os seus três filhos (Urbano Tavares Rodrigues, Miguel Urbano Rodrigues e Jorge Tavares Rodrigues), todos eles homens de letras, passaram pelo jornalismo, sendo os dois primeiros figuras da resistência antifascista e escritores reconhecidos.