
Peter Hebbiethwait e Ludwig Kaufmann – João Paulo II «Uma Biografia Ilustrada» «Tradução: A. B. Pinheiro Lemos – Editora Record – Rio de Janeiro – 1980. Desc. 128 pág / 26 cm x 22 cm / Br. Ilust.
Compra e Venda de Livros, Manuscritos
F. S. Mitchell-Hedges – Combates com Monstros Marinhos «Tradução: Frederico de Carvalho» – Livraria Clássica – Editora – Lisboa – 1939. Desc. 415 pág + 12 Ilust. / 19 cm x 12,5 cm / E.
Mário Domingues – D. Manuel I e a Epopeia dos Descobrimentos – Edição Romano Torres – 1960. Desc. 412 pág / 20 cm x 13 cm / Br.
Fernão Lopes – Crónica de D.Fernando – Livraria Civilização Editora – Porto – 1966. Desc. 527 pág / 22 cm x 15 cm / Br.
General Ferreira Martins – Figuras e Factos da Colonização Portuguesa – Editorial Inquérito – Lisboa – 1944. Desc.246 pág / 19 cm x 12,5 cm / Br.
Álvaro J. da Costa Pimpão – Idade Media – História da Literatura Portuguesa – Atlântida Editora – Coimbra – 1959. Desc. 432 Pág / 26 cm x 19,5 cm / Br.
José Leite de Vasconcellos – Textos Arcaicos – Livraria Clássica Editora – Lisboa – 1959. Desc. 221 pág / 22,5 cm x 15 cm / Br.
José Leite de Vasconcelos Cardoso Pereira de Melo, mais conhecido por Leite de Vasconcelos ( Tarouca, 7 de Julho de 1858 — Lisboa, 17 de maio de 1941), foi um linguista, filólogo, arqueólogo e etnógrafo português. Desde menino Leite de Vasconcelos era atento ao ambiente em que vivia e anotava em pequenos cadernos tudo que lhe chamava a atenção. Aos dezoito anos foi para o Porto continuar seus estudos, licenciado-se em Ciências Naturais (1881) e, em 1886, em Medicina, na Escola Médico-Cirúrgica do Porto. Todavia só exerceu o novo ofício por um ano, em 1887, no Cadaval,distrito de Lisboa. A sua tese de licenciatura, “A evolução da linguagem: ensaio antropológico” (1886), já demonstrava seu grande interesse pelas letras, que por fim viriam a ocupar toda sua longa vida. As ciências exactas deixaram-lhe o estilo investigativo rigoroso e exaustivo, seja na filologia, seja na arqueologia ou na etnografia, disciplinas em que mais tarde tornar-se-ia uma referência. Fundou a Revista Lusitana em 1889, o Arqueólogo Português em 1895 e o Museu Etnológico de Belém em 1893. Doutorou-se na Universidade de Paris, com Esquisse d’une dialectologie portugaise (1901), o primeiro importante compêndio da diatopia do português (depois continuado e melhorado por Manuel de Paiva Boléo e Luís Lindley Cintra). Foi também pioneiro no estudo da onomástico portuguesa com a obra Antroponímia Portuguesa. Tendo leccionado Numismática e Filologia Portuguesa na Biblioteca Nacional, onde era conservador desde 1887, chegou a professor do ensino superior em 1911, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Faleceu aos 82 anos, deixando em testamento ao Museu Nacional de Arqueologia, parte do seu espólio científico e literário, incluindo uma biblioteca com cerca de oito mil títulos, para além de manuscritos, correspondência, gravuras e fotografias.
Óscar Lopes e Júlio Martins – Manual Elementar de Literatura Portuguesa – Livraria Didáctica – Editora – Lisboa – S/D. Desc. 206 pág / 21 cm x 14,5 cm / Br.
Júlio Martins – Contos Escolhidos de Autores Portugueses – Livraria Didáctica Editora – Lisboa – 1966 . Desc. 198 pág / 23 cm x 18 cm / Br. «Autografado»
João Mendes, S. J. – Eça de Queiroz – Tipos, Estilo, Moralidade – Livrolandia – Lisboa – 1945. Desc. 106 pág /19,5 cm x 13,5 cm / Br.
Albertino Alves Pardinhas e Agostinho Manuel da Silva – Língua Portuguesa – Leituras para o Ensino Técnico Profissional – Editora Educação Nacional – Lisboa – 1974. Desc. 322 pág / 21,5 cm x 16 cm / Br.
Lúcio Navarro – Legitima Interpretação da Bíblia – Campanha de Instrução Religiosa – Portugal/Brasil – Recife – 1958. Desc. 609 pág / 23,5 cm x 16,5 cm / Br.
Carminda Cavaco e José Manuel Simões – Água Desenvolvimentos e Bem Estar – Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas – Lisboa – 1998. Desc. 237 pág / 31 cm x 27 cm / Encadernação Original
João Gaspar Simões – Vida e Obra de Eça de Queirós – Livraria Bertrand – Lisboa – 1973. Desc. 746 pág / 22 cm x 16 cm / Br.
João Gaspar Simões – (Figueira da Foz, 25 de Fevereiro de 1903 — Lisboa, 6 de Janeiro de 1987) foi um novelista, dramaturgo, biógrafo, historiador da literatura portuguesa, ensaísta, memorialista, crítico literário, editor e tradutor português. Filho de João Simões, negociante e de Constança Neto Gaspar, doméstica, foi baptizado a 18 de Julho de 1903. Fez a instrução básica na sua terra natal, a Figueira da Foz e a partir dos 11 anos frequentou como interno o Colégio Lyceu Figueirense (1914), terminando o ensino liceal em Coimbra, no Liceu José Falcão. Em 1921 matriculou-se na Faculdade de Direito de Coimbra mas interrompeu por diversas vezes o curso, que só concluiu no ano de 1932. Nunca exerceu profissão na área jurídica, mas tinha o sonho de ser diplomata.1 Durante os seus anos de estudo fundou algumas revistas literárias de grande importância para a cultura portuguesa: de 1924 a 1925 a revista Tríptico, com Branquinho da Fonseca (seu condiscípulo dos tempos do liceu) e Vitorino Nemésio, entre outros; nos seus 9 números colaboraram também Aquilino Ribeiro,José Régio, Alberto de Serpa, Raul Brandão e Teixeira de Pascoaes; e de 1927 a 1940 fundou e dirigiu até ao seu último número (56) a revista Presença, em parceria com José Régio, Adolfo Casais Monteiro e Branquinho da Fonseca, que estaria na origem do movimento literário do mesmo nome, também chamado Segundo Modernismo, que viria a ter enorme influência na literatura portuguesa. Foram colaboradores doutrinários do “presencismo”, entre outros, Delfim Santos, Alberto de Serpa, Luís de Montalvor, Mário Sa, Raul Leal e António Botto. A acção dos ‘presencistas’ foi fundamental para o estudo e valorização do Primeiro Modernismo de Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro e Almada Negreiros. Foi Presidente da Associação Académica de Coimbra em 1930-31. A partir de 1935 foi revisor da Imprensa Nacional passando para a Biblioteca desta instituição em 1940. Entre 1942 e 1945 dirigiu o programa de traduções da casa editora Portugália, em Lisboa. Uma das facetas mais importantes da sua obra de crítico e de editor foi a de ter sido o primeiro biógrafo e também o primeiro editor (com Luís de Montalvor) de Fernando Pessoa, de quem tinha sido amigo e correspondente. No domínio da literatura estrangeira divulgou e traduziu vários autores russos e anglófonos, entre eles Dostoiévski, Liev Tolstói, George Eliot, Jane Austen e Elizabeth Gaskell (novelista também celebrizada por ter sido a biógrafa de Charlotte Brontë e cuja obra foi publicada por sua iniciativa na Portugália), combatendo o “francesismo” então reinante e contribuindo para a ampliação dos horizontes literários e estéticos do mundo lusófono e a europeização da então muito provinciana cultura portuguesa. A partir de 1946 finalizou a sua carreira de romancista para iniciar a sua produção dramatúrgica. A sua obra crítica é respeitada pelo seu vasto espírito enciclopédico e pela pertinência dos seus julgamentos, ainda que por vezes fosse julgada demasiado dependente do historicismo e biografismo. Alguma da sua crítica destinava-se a divulgar e valorizar autores estrangeiros que também traduzia, ou fazia traduzir e publicava nas colecções que dirigia. Ao longo de décadas foi incansável a sua actividade de recensão nas páginas literárias de diversos jornais, entre eles o Diário de Lisboa, o Diário de Notícias, o Diário Popular, O Primeiro de Janeiro e o Mundo Literário. Manteve sempre fortes ligações ao mundo da imprensa, que lhe atribuiu os 3 prémios que o distinguiram em Portugal, e foi o último director do jornal O Século. Proferiu numerosas conferências sobre literatura em Portugal e no Brasil e em várias cidades europeias, tendo participado como orador convidado no First International Symposium on Fernando Pessoa realizado em 1977 na Brown University, Providence, USA, e no Second International Symposium on Fernando Pessoa em 1983, na Vanderbilt University, Nashville, USA. Em 1981 foi-lhe atribuído o grau de Grande Oficial da Ordem de Santiago da Espada. Foi sócio correspondente da Academia Brasileira de Letras e colaborador da Enciclopédia Britânica. Durante vários anos foi sua companheira de vida e de trabalhos literários a escritora Isabel da Nóbrega. Em homenagem à importância da sua obra foi o seu nome atribuído a diversas ruas em Portugal: na Figueira da Foz onde nasceu e em Foros de Amora (Seixal), na Aldeia de Juzo (Cascais), em Leça da Palmeira (Matosinhos) e em Albufeira (Algarve); e no Brasil, no Bairro Diadema, distrito de Jabaquara, cidade de São Paulo
António Ferro – D. Manuel II «O Desventurado» – livraria Bertrand – Lisboa – 1954. Desc. 229 pág / 19 cm x 12,5 cm / Br. «1 edição»
António Joaquim Tavares Ferro (Lisboa, 17 de Agosto de 1895 — 11 de Novembro de 1956), conhecido por António Ferro, foi um escritor, jornalista e político português. Com apenas 19 anos, foi oficialmente o editor da revista Orpheu, para o que foi escolhido pelo seu amigo Mário de Sá Carneiro, precisamente por ser ainda menor. Foi redactor-principal do diário O Jornal 1919 (órgão do Partido Republicano Conservador), jornalista de O Século e do Diário de Lisboa, director durante alguns meses da revista Ilustração Portugueza e repórter internacional do Diário de Notícias, para o qual entrevistou numerosas celebridades nacionais e estrangeiras. Teve colaboração, em verso e em prosa, nas revistas Alma Nova (Faro, 1914), Exílio (1915) e na segunda série de Contemporânea (1922-1924). Em 1921 publicou o manifesto modernista Nós. Em livro, publicou conferências, reportagens, entrevistas, contos, o livro de aforismos e paradoxos Teoria da Indiferença (1920) e o “romance fragmentário” Leviana (1921). Tendo começado como simpatizante do Partido Republicano, António Ferro evoluiu para sidonista, republicano conservador (próximo de Filomeno da Câmara) e simpatizante do fascismo e dos regimes autoritários da época, como também ficou patente na sua colectânea de entrevistas Viagem à Volta das Ditaduras (1927). Foi um admirador, em especial, de Benito Mussolini, que entrevistou três vezes em Roma (na última entrevista, Mussolini ofereceu a Ferro dois retratos seus com dedicatória, um deles destinado a Salazar, que o ditador português colocou emoldurado sobre a sua secretária). Também Hitler concedeu uma breve entrevista a Ferro, bem como o ditador espanhol Primo de Rivera. Sob o Estado Novo, António Ferro abraçou a carreira política, tendo dirigido o Secretariado da Propaganda Nacional (SPN), sob a tutela da presidência do Conselho de Ministros. Foi ele quem sugeriu a Salazar em 1932 a criação de um organismo que fizesse propaganda aos feitos do regime e foi dele, também, a formulação doutrinária, a partir desse ano, da chamada Política do Espírito, nome que teve em Portugal a política de fomento cultural subordinada aos fins políticos do regime. Depois de em Dezembro de 1932 ter publicado no Diário de Notícias uma série de entrevistas com o ditador, reunidas em livro em 1933 (Salazar, o Homem e a Obra), Ferro foi chamado a assumir, como director do SPN, criado em Outubro de 1933, as funções simultâneas de chefe da propaganda e de responsável pela política cultural do Estado Novo. O organismo manteve o nome até final da II Guerra Mundial, quando passou a designar-se Secretariado Nacional de Informação (SNI). Ferro foi o seu director até 1949, quando partiu para a legação portuguesa em Berna. Desenvolveu grande actividade nas áreas da propaganda interna e externa, edição, radiodifusão, cinema, teatro, bailado, jornalismo, turismo e actividades culturais em geral. Foi comissário-geral das exposições internacionais de Paris (1935) e de Nova Iorque (1938), fundador do Museu de Arte Popular, do Grupo de Bailado Verde Gaio e presidente da Emissora Nacional (1941). No plano do turismo, foi por sua iniciativa que foram criadas as Pousadas a partir de 1941-1942. Foi também fundador, em 1941, da revista de arte e turismo Panorama. Como homem de cultura desde sempre muito ligado aos meios artísticos, Ferro serviu-se do organismo que dirigiu para defender e divulgar alguns dos artistas mais arrojados do seu tempo. Travou lutas com os conservadores do regime em defesa da arte moderna, mas pessoalmente renegou o “modernismo” literário da sua juventude. António Ferro foi casado com a poetisa Fernanda de Castro, pai do escritor António Quadros e avô da escritora Rita Ferro.
Urbano Rodrigues – Sonho em Pompeia – Parceria António Maria Pereira – Lisboa 1943.Desc.231 pág / 19 cm x 13 cm / Br. «1 Edição»
Urbano da Palma Rodrigues (Serpa, 1888 — Lisboa, 1971) foi um dramaturgo e romancista português.Nascido em Serpa, passou em Moura a infância e parte da adolescência. Tendo o seu pai emigrado para África e depois para o Brasil, cedo começou a trabalhar como repórter. Aos dezassete anos, idade com que publica a sua primeira peça de teatro, Caminho da Ventura (1905), matricula-se no Curso Superior de Letras, onde se torna amigo de Teófilo Braga. Participa na agitação e propaganda republicana e é eleito Deputado, pelo Círculo de Beja, à Assembleia Constituinte.Como dramaturgo, viu representadas várias das suas obras, que valem, sobretudo Maria da Graça (1910, em colaboração com Vítor Mendes), pela sensibilidade, pela naturalidade do diálogo e pelo pitoresco alentejano, além da intuição que demonstram da carpintaria cénica. Mas foi especialmente no romance que Urbano Rodrigues obteve os melhores resultados, fazendo a sátira do novo-riquismo burguês em A Duquesa da Baeta (1918). Certa influência de escritores franceses então em voga (como Claude Farrère, Pierre Loti,Pierre Louÿs ou Paul Morand) e do esteticismo decadentista de Gabriele D’Annunzio manifestam-se em Coração (novela, 1917), O Ídolo de Carne (1929), Cinco Aventuras Sem Importância (1934) e Viagem Através de Uns Olhos Verdes (1940). O Alentejo, que surgira já nas páginas da novela Novo Paraíso, da colectânea Sonho em Pompeia (1943), torna-se o cenário ao mesmo tempo quieto e exaltante de O Castigo de Dom João (1948), que lhe vale o Prémio Ricardo Malheiros, da Academia das Ciências de Lisboa.Preso na Penitenciária durante o sidonismo, foi secretário e chefe do gabinete de Afonso Costa. Mais tarde, já director de O Mundo, apoiou a campanha do seu amigo Manuel Teixeira Gomes à Presidência da República, e escreveu a seu respeito um curioso livro de memórias próximo da biografia, A Vida Romanesca de Teixeira-Gomes (1946). Após o encerramento d’ O Mundo, em 1926, retirou-se para o seu monte alentejano, perto de Moura. Regressaria ao jornalismo, como redactor principal do Diário de Notícias.Os seus três filhos (Urbano Tavares Rodrigues, Miguel Urbano Rodrigues e Jorge Tavares Rodrigues), todos eles homens de letras, passaram pelo jornalismo, sendo os dois primeiros figuras da resistência antifascista e escritores reconhecidos.
Marizabel Xavier de Fogaça – Katia Cigana ou Princesa? – Edição Bolsa Cultura – Lisboa – S/D.Desc.179 pág / 18 cm x 11,5 cm / Br. «1 Edição»
Marizabel Xavier de Fogaça (1914-1985) – Escritora bastante profícua e extremamente popular durante três décadas, com uma obra que ronda os quarenta títulos, Maria Isabel Xavier Fogaça, de seu nome de baptismo, nasceu na freguesia da Mexilhoeira Grande, concelho de Portimão, a 15 de Novembro de 1914. Fez as primeiras letras na sua aldeia natal e em Portimão e o curso liceal em Faro. Foi seguidamente professora regente do Ensino Primário, onde se manteve pouco tempo, passando depois para funcionária da Caixa de Previdência dos Funcionários do Comércio, até 1956, altura em que se mudou para uma firma comercial de Luanda.Nos anos que viveu na capital angolana, conciliou a sua actividade profissional com a obra que ia escrevendo e publicando, e colaborando em jornais como A Província de Angola e mantendo actividade radiofónica no Rádio Clube de Angola. Regressada à metrópole em 1959, fixou-se em Lisboa. Ao contrário do que se pensa, Marizabel Xavier de Fogaça não foi apenas uma escritora do chamado romance cor-de-rosa, pois repartiu a sua criação literária também pela literatura juvenil, a poesia, a crónica, o ensaio e a colaboração jornalística. O seu romance de estreia, A Plebeia com Alma de Rainha, seria publicado em 1942 pela Livraria «Progredior», do Porto, casa que editaria depois grande parte da sua obra. A este seguiram-se pelo menos mais 26 romances, fruto de um labor incansável e poucas vezes igualado, quase todos eles arrumados na prateleira da literatura folhetinista, que geralmente eram incluídos pelos editores na «Biblioteca Feminina». Era uma literatura de género popular e algo nacionalista, destinada a emocionar e a enternecer as mentes românticas das mulheres do seu tempo, sobretudo das mais jovens. Os temas ia buscá-los aos dramas de todos os tempos e às preocupações do quotidiano do ante e pós-guerra.
José D’ Arriaga – História da Revolução de Setembro – Typ. da Companhia Nacional Editora – Lisboa – 19..? .Desc. 726 + 689 + 547 pág / 25 cm X 19 cm / Encadernados «Completo»
Revolução de Setembro é a designação dada ao golpe de estado ocorrido em Portugal a 9 de Setembro de 1836 que pôs termo ao Devorismo e levou à promulgação da Constituição Portuguesa de 1838.Entre as causas para a Revolução de Setembro encontram-se: a miséria de boa parte do povo operário; a dependência em relação à Inglaterra; a concentração do poder político e económico numa burguesia limitada, predominantemente rural; o cariz fortemente antidemocrático do cartismo e da Carta Constitucional; e a revolução em Espanha de 1836. A administração de Mouzinho da Silveira (1780-1849) tinha organizado uma vasta reforma em matéria económica e financeira, abolindo os morgadios, as capelas, as sisas, as portagens e os forais, extinguindo o monopólio da Companhia das Vinhas do Alto Douro e vendendo, depois da extinção das ordens religiosas (1834), os bens nacionais em hasta pública. Eram mudanças significativas que visavam pôr em prática os princípios do livre-câmbio e do liberalismo económico defendidos pela administração cartista, e que se esperava modificarem o rumo negativo que Portugal seguia desde o virar do século anterior. As reformas cartistas não tiveram, no entanto, o sucesso esperado. A venda dos bens nacionais tinha favorecido somente uma alta burguesia fundiária limitada, que tinha engrandecido e aumentado as suas já extensas propriedades; o povo, esse, continuava muito dele na miséria. A economia do País continuava extremamente dependente da Inglaterra (muito em graças ao tratado de comércio assinado com aquele reino em 1810, favorecendo a entrada de produtos ingleses no reino). Para além disto, ainda se estava para verificar um verdadeiro arranque industrial, que ainda não tinha ocorrido em Portugal, que punha o País numa situação de grande atraso económico em relação ao resto do continente. Outra causa de descontentamento vinha do facto da Carta Constitucional, outorgada por D. Pedro IV em 1826, não ter legitimidade, por não emanar de uma qualquer assembleia legítima. Com aquele documento em vigor, punha-se em causa a própria soberania do povo, um dos princípios em que o liberalismo português estava alicerçado. A revolta ocorrida em Espanha em 1836 veio a exaltar ainda mais os ânimos daqueles que se opunham já por si ao cartismo e planeavam uma revolução. O movimento teve origem em Lisboa, onde em Outubro de 1836 desembarcavam os deputados eleitos no Norte. Por essa altura já tinham sido publicados vários folhetos e jornais a pregar a revolução e a atacar o governo cartista, pelo que a população lisboeta, em geral, já tinha tomado conhecimento do que estava prestes a acontecer e acolheu o movimento de braços abertos. Quando os deputados desembarcaram, uma enorme multidão foi ao seu encontro. Pouco depois, gritava-se pela Revolução, pela Rainha e pela Constituição de 1822 e contra o Governo. Isto ocorreu a 9 de Setembro A Rainha e o Governo, sem meios para combater a revolução (já que a Guarda Nacional apoiava também ela própria o movimento), entregou o poder aos representantes do Setembrismo. Eram eles Vitório de Sousa Coutinho, conde de Linhares, Sá da Bandeira e Passos Manuel. Nenhum deles tinha participado na revolução propriamente dita, mas afiguravam-se como os mais brilhantes e populares defensores das ideias setembristas. A Revolução de 9 de Setembro foi uma das poucas revoluções na História de Portugal que começou como um movimento estritamente civil e popular, e que só depois recebeu adesão militar, por parte da Guarda Nacional.
José Simões Dias – Compendio da Poetica e Estylo – Typ. Do Jornal de Vizeu – Vizeu – 1872.Desc.176 pág / 17 cm x 12 cm / Encadernado
José Simões Dias (Benfeita , Arganil , 05 Fevereiro de 1844 – Lisboa, 3 de Março de 1899) foi um Português poeta , contista e crítico literário , bem como político e pedagogo . Sua poesia é geralmente associada à tarde romântica tradição, às vezes chamado Ultra-Romantismo , embora alguns de seus poemas, popular no tom, pode ser visto a trair uma afinidade com a estética realista que foi, então, começando a florescer em letras portuguesas . Como um deputado à Assembleia Nacional em a monarquia constitucional de Luís I , foi o autor do projecto de lei que iria transformar o aniversário de Camões (10 de Junho) em Dia de Portugal , um importante feriado nacional.