Dr.Francisco de Avillez (Secretariado Nacional da Informação) Prof Escultor Joaquim Correia (Instituto de Alta Cultura) Prof.Dr. Reynaldo dos Santos (Academia Nacional de Bela-Artes) Pintor Marcelino Vespeira (Sociedade Nacional de Belas-Artes) – Catalogo Bernardo Marques (Obras de 1950 a 1960) – Galeria Provisória da Fundação Calouste Gulbenkian – Lisboa – 1966.Desc.(95)Pág.Ilust.Br
Vila de Entrada Breves Notas de História e Antologia(€13.00)
P.ªJoão Rodrigues Lobato & Joaquim de Brito Nobre – Vila de Entrada Breves Notas de História e Antologia – Edição da Câmara Municipal de Castro Verde – Castro Verde – 1987.Desc.(158)Pág.Br.Ilust
Ecos Das Primeiras Jornadas Luso-Brasileiras de Engenharia Civil(€15.00)
Eng.Augusto Lindenberg & Eng Alberto Prado Guimarães – Ecos Das Primeiras Jornadas Luso-Brasileiras de Engenharia Civil (Realizada em Portugal e Províncias Ultramarinas em 1960) – Palestra e Artigos Publicados na Revista “Engenharia” Órgão do Instituto deEngenharia de São Paulo – São Paulo – 1961.Desc.(80)Pág.Br
Quatro Notáveis Peças Arqueológicas do Baixo Alentejo(€10.00)
Abel Viana – Quatro Notáveis Peças Arqueológicas do Baixo Alentejo (Comunicação Apresentada a 7.ªSecção do XXIII Congresso Luso-Espanhol – Coimbra, 1956) – Associação Portuguesa Para o Progresso das Ciências – Coimbra – 1957.Desc.(9)Pág + (1)Estampa.Br.Ilust
Raúl da Costa Couvreur – Ensaio de Estudo de Uma Balança Romana – Separata de Arqueologia e História, 8.ª Série – Associação dos Arqueólogos Portugueses – Lisboa – 1958.Desc.(113-129)Pág. + (1)Estampa.Br.Ilust
Duas Cidades (Antologia Sobre O Porto e Coimbra)(€15.00)
Eugénio de Andrade (Selecção e Prefácio) – Duas Cidades (Antologia Sobre O Porto e Coimbra) – Colecção Duas Horas de Leitura (3) – Editorial Inova, Lda – Porto – 1971.Desc.(73)Pág. Br.
Mosteiro Beneditino e Santa Maria de Semide(€15.00)
Maria Teresa Osório de Melo – Mosteiro Beneditino e Santa Maria de Semide – Livraria Minerva – Coimbra – 1992.Desc.(172)Pág.Br.Ilust
O Convento ou Mosteiro de Santa Maria de Semide, ou Mosteiro de Nossa Senhora da Assunção, localiza-se em Semide, na freguesia de Semide e Rio Vide, município de Miranda do Corvo. Actualmente o mosteiro alberga o CEARTE, escola de formação profissional e um lar de jovens da Cáritas. A igreja do mosteiro é igualmente a igreja paroquial de Semide. Todos os anos este templo é palco do Encontro de Coros de Miranda do Corvo. O Mosteiro de Santa Maria de Semide está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1993. O Mosteiro de Santa Maria de Semide foi fundado em 1154 por Martim Anaia. Inicialmente era ocupado por monges beneditinos. Mais tarde, em 1183, tornou-se num convento de freiraspara receber as descendentes do seu fundador. A última freira morreu em 1896. A parte mais antiga ainda existente data do século XVI. Em 1664 um incêndio devorou a maior parte do edifício que foi reconstruído e inaugurado, com a actual igreja, em 1697. Em 1964 o mosteiro sofre novo incêndio tendo sido devorada a ala poente. Em 1990, um novo incêndio destruiu o claustro velho, a casa do capítulo e a sacristia. Do conjunto ainda existente salienta-se a Igreja, com um retábulo e cadeiral em madeira, dos finais do séc. XVII, azulejos do séc. XVIII, esculturas do séc. XVII e séc. XVIII e altar-mor também do séc. XVII. O órgão de tubos, do séc. XVIII, foi recuperado em 2007 e voltou a ser tocado. No Mosteiro houve sempre uma longa tradição musical. Em 1931 o Mosteiro que entretanto havia sido cedido à Junta Geral do Distrito de Coimbra, presidida pelo Professor Bissaya Barreto, passou a funcionar como Escola Profissional de Agricultura e Asilo.
Augusto Cerveira Baptista (Gabriello de Altamira) – Roteiro Sentimental de Malanje (Poesias) – Agência-Geral do Ultramar – Lisboa – 1970.Desc.(147)Pág.Br.”Autografado”
Relatório da Gerência do Município da Figueira da Foz do Ano de 1942 (€25.00)
Dr.Ruy Manuel Nogueira Ramos(Presidente) Dr.Alberto Bastos da Costa e Silva (Vice-Presidente) – Relatório da Gerência do Município da Figueira da Foz do Ano de 1942 (Plano de Actividade Para 1943 / Relatório da Gerência de 1942 / Mapas, Contas e Exposição) – Edição da Câmara Municipal Figueira da Foz /Escola Gráfica Figueirense – Figueira da Foz – 1945.Desc.(95)Pág + (3)Estampas.Br.Ilust
Fernando Assis Pacheco – Walt ou o Frio e o Quente (Noveleta) – Livraria Bertrand – Amadora – 1978.Desc.(120)Pág.Br
Fernando Assis Pacheco
Fernando Santiago Mendes de Assis Pacheco (Coimbra, 1 de fevereirode 1937 — Lisboa, 30 de novembro de 1995) foi um jornalista, crítico, tradutor e escritor português. Licenciado em Filologia Germânica pela Universidade de Coimbra, viveu nesta cidade até iniciar o serviço militar, em 1961. Filho de José Maria Assis Pacheco, médico em Coimbra, o seu avô materno era um galego e seu avô paterno era roceiro em São Tomé. Enquanto jovem, foi ator de teatro, no TEUC e no CITAC, e redator da revista Vértice, o que lhe permitiu privar de perto com o poeta neo-realista Joaquim Namorado e com poetas da sua geração, como Manuel Alegre, bem como com o futuro jornalista José Carlos de Vasconcelos. Foi membro do Orfeão Académico de Coimbra, onde terá conhecido o cantautor português José Afonso. Cumpriu parte do serviço militar em Portugal entre 1961 e 1963, tendo seguido como expedicionário para Angola, onde esteve até 1965 e onde nasceu a sua filha Rita. Inicialmente integrado num batalhão de cavalaria, viria a ser reciclado nos serviços auxiliares e colocado no Quartel-General da Região Militar de Angola. Casou a 4 de fevereiro de 1963 com Maria do Rosário Pinto de Ruela Ramos (27 de Julho de 1941), filha de João Ruella Ramos e de sua mulher Germana Marques Vieira Pinto, de quem teve cinco filhas e um filho. Em 1977 participou no concurso televisivo «A visita da Cornélia», o que lhe granjeou maior popularidade no palco nacional. Faleceu subitamente a 30 de Novembro de 1995, à porta da «Livraria Buchholz». Publicou a primeira obra em Coimbra, com o patrocínio paterno, não obstante se encontrar, na altura, em África. «Cuidar dos Vivos» é o título do livro de estreia, poemas de protesto político e cívico, com afloramento dos temas da morte e do amor. Em apêndice, dois poemas sobre a guerra em Angola, que terão sido dos primeiros publicados sobre este conflito. O tema da guerra em África voltaria a impor-se na obra poética «Câu Kiên: Um Resumo» (1972), ainda que sob “camuflagem vietnamita”, livro que em 1976 conheceria a sua versão definitiva com o título «Catalabanza, Quilolo e Volta» Na obra «Memória do Contencioso e Outros poemas»(1980) reúne folhetos publicados entre 1972 e 1980, e em «Variações em Sousa» (1987) constitui um regresso aos temas da infância e da adolescência, com Coimbra como cenário, e refinando uma veia jocosa e satírica já visível nos poemas inaugurais. A novela Walt (1978) comprova-o exuberantemente. Era notável em Assis Pacheco a sua larga cultura galega, aliás sobejamente explanada em alguns dos seus textos jornalísticos e no seu romance «Trabalhos e Paixões de Benito Prada». Em A Musa Irregular (1991) reuniu toda a sua produção poética. Traduziu para português obras de Pablo Neruda e Gabriel García Márquez. Nunca conheceu outra profissão que não fosse o jornalismo: deixou a sua marca de grande repórter no Diário de Lisboa, na República, no JL – Jornal de Letras, Artes e Ideias, no Musicalíssimo e no Se7e, onde foi director-adjunto. Foi também redactor e chefe de Redacção de O Jornal, semanário onde durante dez anos exerceu crítica literária, e colaborador da RTP.
António Ferreira – As Mais Belas Poesias de António Ferreira (Escolhidas Por José Régio Com Ilustrações de Alice Jorge, João Abel Manta, Júlio Pomar e Lima de Freitas) (8) – Artis / Editora Gráfica Portuguesa – Lisboa – 1971.Desc.(45)Pág. + (4) Gravura.EIlust
António Ferreira
Antonio Ferreira (Lisboa, 1528 — Lisboa, 29 de novembro de 1569) foi um escritore humanista português. É considerado um dos maiores poetas do classicismorenascentista de língua portuguesa, conhecido como “o Horácio Português”. Era filho de Martim Ferreira Escrivão da Fazenda de D. Jorge de Lancastre, 2.° Duque de Coimbra, e de sua mulher Mécia Fróis Varela. Em sua educação, conviveu com os filhos do Duque e com pessoas de grande relevância nobiliárquica, administrativa e literária. Frequentou os cursos de Humanidades e Leis respetivamente na Faculdade de Letras e na Faculdade de Leis da Universidade de Coimbra, onde se doutorou em Cânones na Faculdade de Cânones. Foi temporariamente professor na mesma Universidade. A frequência da Universidade ocorreu no período áureo do Humanismo Bordalês, em que pontificaram nomes como os de Gouveia (André, Marcial, Diogo e Júlio), Diogo de Teive, João da Costa, António Mendes, Jorge Buchanan, Arnaldo Fabrício, Guilherme de Guérente, Nicolau Grouchy e Elias Vinet. Parece ter-se enamorado, em Coimbra, duma senhora de família nobre, de apelido Serra, que evoca veladamente em algumas das suas poesias. Desposou, em primeiras núpcias, em 1556, Maria Pimentel, natural de Torres Novas, que veio a falecer no terceiro ano de casamento, em 1559, sem descendência. Desposou, em segundas núpcias, em 1564, Maria Leite, natural de Lamas de Orelhão (atualmente freguesia do concelho de Mirandela). Em 1567, foi nomeado Juiz Desembargador do Tribunal da Relação de Lisboa. Faleceu na mesma cidade dois anos depois, em 1569, vítima da epidemia de peste que assolava a cidade, deixando dois filhos. Como discípulo mais destacado do poeta Francisco de Sá de Miranda, destacou-se na elegia, na epístola, nas odes e no teatro. A vila do nascimento da sua segunda mulher, Lamas de Orelhão, foi o local onde recolheu as informações para a sua “História de Santa Comba dos Valles”, primeiro registo sobre a Lenda de Santa Comba dos Vales. A sua obra mais conhecida é uma tragédia, “A Castro” ou “Tragédia de Inês de Castro”, de inspiração clássica, em cinco actos, na qual aparece um coro grego, tendo sido escrita em verso polimétrico. O tema, os amores do príncipe D. Pedro de Portugal pela nobre D. Inês de Castro e o assassinato desta em 1355 por razão de estado, por ordem do pai do príncipe, o rei D. Afonso IV de Portugal, será, depois, um dos mais tratados pelos dramaturgos europeus. Esta tragédia só foi impressa em 1587. O seu filho, Miguel Leite Ferreira, publicou postumamente os seus poemas sob o título de Poemas Lusitanos, espécie de coletânea de “obra completa”, coleção onde está incluída muita da sua obra, em Lisboa, em 1598, e as suas comédias apareceram em 1621, juntamente com as de Francisco de Sá de Miranda.
As Mais Belas Poesias de Bernardim Ribeiro(€20.00)
Bernardim Ribeiro – As Mais Belas Poesias de Bernardim Ribeiro (Escolhidas Por José Régio Com Ilustrações de Manuel Lapa, Maria Keil, Rogério Ribeiro e Sá Nogueira) (19) – Artis / Editora Gráfica Portuguesa – Lisboa – 1977.Desc.(49)Pág. + (1)Gravura.EIlust
Bernardim Ribeiro
Bernardim Ribeiro (Torrão, 1482? — 1552?) foi um escritor e poeta portuguêsrenascentista. A sua principal obra é a novela Saudades, mais conhecida porém como Menina e Moça (da primeira frase da novela, que se tornou um tópico da literatura portuguesa: Menina e moça me levaram de casa de minha mãe para muito longe…). Teria frequentado a corte de Lisboa, colaborou no Cancioneiro Geral de Garcia de Resende, que assim como Bernardim pertenceu à roda dos poetas palacianos juntamente com Sá de Miranda, Gil Vicente e outros. Foi o introdutor do bucolismo em Portugal. Praticamente nada se sabe ao certo da vida de Bernardim Ribeiro. Presume-se que nasceu por volta de 1482. Não se conseguiu ainda provar que este poeta Bernardim Ribeiro e um seu homónimo que frequentou, entre 1507 e 1511, a Universidade de Lisboa, e que em 1524 foi nomeado escrivão da câmara, fossem a mesma pessoa. Pensa-se que tenha estudado em Coimbra, onde se formou em leis. Teria frequentado a corte de Lisboa, colaborou no Cancioneiro Geral de Resende, que assim como Bernardim pertenceu à roda dos poetas palacianos juntamente com Sá de Miranda, Gil Vicente e outros. Esteve algum tempo na Itália, onde tomou conhecimento inovações literárias. Tão misterioso quanto o nascimento é a morte do escritor. Alguns autores datam-na como 1552. Porém, pela leitura da écloga Basto, de Sá de Miranda e escrita antes de 1544, verificamos que este autor se refere ao seu “bom Ribeiro amigo” como já falecido. Considerando especulativas todas as referências sobre as datas e locais de nascimento, período de vida e morte de Bernardim Ribeiro, algumas alusões autobiográficas à “aldeia que chamam Torrão” e a um “monte” podem levar-nos a considerar que o autor era oriundo da vila do Torrão, Baixo Alentejo. Na vila encontra-se atualmente uma estátua em homenagem ao escritor. Outro monumento ao autor pode ser encontrado no Museu de Évora onde existe uma estátua de António Alberto Nunes (1838 – 1912).
“Menina e moça me levaram de casa de minha mãe para muito longe. Que causa fosse então a daquela minha levada, era ainda pequena, não a soube. Agora não lhe ponho outra, senão que parece que já então havia de ser o que depois foi. Vivi ali tanto tempo quanto foi necessário para não poder viver em outra parte. Muito contente fui em aquela terra, mas, coitada de mim, que em breve espaço se mudou tudo aquilo que em longo tempo se buscou e para longo tempo se buscava. Grande desaventura foi a que me fez ser triste ou, per aventura, a que me fez ser leda. Depois que eu vi tantas cousas trocadas por outras, e o prazer feito mágoa maior, a tanta tristeza cheguei que mais me pesava do bem que tive, que do mal que tinha.”
As suas obras resumem-se a doze composições insertas no Cancioneiro Geral, cinco éclogas, a sextina Ontem pôs-se o Sol, a novela Menina e Moça e o romance Ao longo de uma ribeira, única composição portuguesa inserida no Cancioneiro Castelhano de 1550 (segundo Carolina Michaelis), só apareceu publicado com as obras completas do poeta na edição de 1645. Sob o título Trovas de dous pastores, foi feita, em 1536, a primeira impressão de uma écloga (a de Silvestre e Amador). Em 1554, na oficina do hebreu exilado Abraão Usque, em Ferrara (Itália), são editadas as suas obras. Menina e Moça é editada sob o título de História de Menina e Moça. Na segunda edição, de 1557-58, em Évora, com o título de Saudades e a terceira realizada em Colónia a partir da primeira edição. A segunda edição possui um prolongamento que se costuma aceitar como sendo do autor até ao cap. XXIV. Segundo o investigador Teixeira Rego, não é de recusar liminarmente a hipótese de que Bernardim Ribeiro fosse de origem hebraica. Na verdade, e ainda segundo o referido investigador, o estilo de queixume e lamentoso, mesmo algo bíblico, que encontramos nos primeiros capítulos da Menina e Moça, alguns termos utilizados pelo autor na obra referida, nomeadamente “transmutação” ou “transmigração” e algumas alusões a perseguições e cisões do povo hebraico, implícitas nas falas de uma personagem, podem ser indicadores positivos e atestantes desta hipótese. Soma-se a essas circunstâncias o fato do primeiro editor de Menina e Moça ter sido um judeu português exilado em Itália. Por outro lado, e de acordo com a afirmação de Helder Macedo, os textos benardinianos encerram “uma meditação mística pessimista… em torno do amor humano e da saudade”. Analisando o seu conteúdo, podemos considerar que a Menina e Moça tem um fundo autobiográfico e é, em certa medida, um “roman à clef”, definições sugeridas pela recorrência de anagramas (palavras ou frases formadas com a transposição das letras de outras. Ex.: “Natércia” é anagrama de “Caterina”), tais como: Binmarder (Bernardim), Aónia (Joana), Avalor (Álvaro), Arima (Maria), Donanfer (Fernando), etc.
João Grave – A Dor e a Ternura (Novela) – Livraria Chardon, de Lello & Irmão, Lda – Editores – Porto – 1930.Desc.(211)Pág.Br.
João José Grave
João José Grave (Vagos, 11 de julho de 1872 — Porto, 11 de janeiro de 1934) foi um escritor e jornalista português. Autor de obras de ficção, crónica, ensaio e poesia. Como jornalista chefiou a redacção do Diário da Tarde e colaborou nos jornais Província, Século e Diário de Notícias e em vários órgãos da imprensa brasileira. Foi director da Biblioteca Municipal do Porto, dirigiu o dicionário enciclopédico Lello Universal e colaborou nas revistas Brasil-Portugal (1899-1914), Revista nova (1901-1902) e Serões (1901-1911). Nasceu na localidade de Vagos, em 1 de Junho de 1872. Concluiu os estudos liceais em Aveiro, e no Porto formou-se em Farmácia. Exerceu como jornalista, tendo trabalhado para vários jornais, incluindo o Diário da Tarde, onde foi director. Também colaborou na Livraria Lello e foi director da Biblioteca Municipal do Porto. Também foi escritor, tendo estado inicialmente ligado aos naturalistas, principalmente Emile Zola, mas posteriormente começou a escrever mais na linha dos romances de costumes. A sua primeira obra publicada foi Livro de Sonhos, tendo em seguida escrito o livro Macieiras em Flor. Faleceu no Porto, em 11 de Janeiro de 1934, tendo o funeral sido realizado no dia seguinte, com um cortejo fúnebre desde a Igreja da Trindade até ao Cemitério do Prado do Repouso, acompanhado por centenas de pessoas, incluindo representantes da Universidade do Porto e da casa Lello. João Grave estava casado com a pintora Luciana Aranha Grave, e era cunhado da escritora Aurora Jardim Aranha.
Manifestação das Falsidades Conteudas em Hum Folheto, Que Tem Por Titulo, Exposição Dorogida ao Público Sobre as Mercês Ob, e Subrepticias, Que ao Medico Vieira se Fizeram, dos Acrescidos no Mouchão dos Coelhos(€150.00)
Lucas Antônio Monteiro de Barros – Manifestação das Falsidades Conteudas em Hum Folheto, Que Tem Por Titulo, Exposição Dorogida ao Público Sobre as Mercês Ob, e Subrepticias, Que ao Medico Vieira se Fizeram, dos Acrescidos no Mouchão dos Coelhos – na Impressão de João Nunes Esteves – Lisboa – 1822.Desc.(54)Pág + ((1)Mapa Lezirias do Tejo.Br.Ilust
Lucas Antônio Monteiro de Barros
Lucas Antônio Monteiro de Barros, primeiro barão e visconde com grandeza de Congonhas do Campo (Congonhas do Campo, 15 de outubrode 1767 — Rio de Janeiro, 10 de outubro de 1851), foi um magistrado e político brasileiro. Foi juiz de fora, desembargador, presidente do Supremo Tribunal de Justiça, deputado geral e senador do Império do Brasil de 1826 a 1851. Era irmão do senador Marcos Antônio Monteiro de Barros e do Coronel Romualdo José Monteiro de Barros, Barão de Paraopeba e pai do senador Antônio Augusto Monteiro de Barros. Lucas Antônio era filho do Guarda-Mor Manuel José Monteiro de Barros e de Margarida Eufrásia da Cunha Mattos, neto paterno de João Vieira Repincho e Mariana Monteiro de Barros, neto materno do Guarda-Mor Alexandre da Cunha Mattos e de Antônia de Negreiros. Casou-se com sua prima em terceiro grau, Maria Theresa Joaquina de Sauvan Monteiro de Barros, filha de Manuel Monteiro de Barros, Fidalgo da Casa Real e médico de câmara da rainha Maria I de Portugal e de Marie Joaquine de Sauvan, neta paterna de Manuel Monteiro de Barros (irmão da Mariana acima citada) e Maria Pereira de Barcelos, neta materna de André de Sauvan d’Aramon, engenheiro francês, e de Theresa dos Anjos Lauzier.
Extrato do Mappa das Lezírias do TejoPlanta do Tejo Sobre Mouchão dos Coelhos
Mouchão dos Coelhos foi uma propriedade que existiu no leito do Tejo, entre o Pombalinho e Vale de Cavalos. Limitava-a, um braço do Rio que ao entrar na sua margem esquerda circundava esta pequena parcela de terreno em forma de ilha e a separava do restante território. Mouchão dos Coelhos pertenceu juridicamente ao Pombalinho até finais do século dezanove. Um porto existente permitia às populações, de ambas as margens do Tejo, fazer as travessias de barco sempre que fosse necessário para o transporte de bens e pessoas.A 2 de Dezembro de 1886 e ao abrigo de um projecto nacional de divisão paroquial, Mouchão dos Coelhos foi desanexada da antiga freguesia de Santa Cruz do Pombalinho e incorporada na de Espírito Santo de Vale de Cavalos no concelho da Chamusca. A Comissão Concelhia, então criada para o efeito, fundamentou as razões da desanexação devido às dificuldades dos habitantes do Mouchão dos Coelhos de poderem assistir aos actos religiosos na igreja do Pombalinho, por ocasião das inundações do Tejo, assim como também na impossibilidade de lhes serem administrados prontamente os devidos socorros em consequência das suas necessidades espirituais. Como nota final, a justificação conclusiva que presidiu à sustentação do deferimento do decreto, assinado pelo ministro e secretário de estado dos negócios eclesiásticos e de justiça:
“atendendo às informações havidas, pelas quais se mostra que a providencia reclamada é de toda a conveniência, e que a pretendida desanexação não obstará a que a freguesia de Santa Cruz do Pombalinho possa subsistir como paróquia independente.”
Guerra Junqueira – Prometheu Libertado (Esboço do Poema) (Prefácio de Luiz de Magalhães) – Livraria Chardron, de Lello & Irmão, Lda – Editores – Porto – 1926.Desc.(48)Pág.Br.
Abílio Manuel Guerra Junqueiro
Abílio Manuel Guerra Junqueiro Poeta e político português, nascido em 1850, em Freixo de Espada à Cinta (Trás-os-Montes), e falecido em 1923, em Lisboa, Guerra Junqueiro é entre nós o mais vivo representante de um romantismo social panfletário, influenciado por Vítor Hugo e Voltaire. Oriundo de uma família de lavradores abastados, tradicionalista e clerical, é destinado à vida eclesiástica, chegando a frequentar o curso de Teologia entre 1866 e 1868. Licenciou-se em Direito em Coimbra, em 1873, durante um período que coincidiu com o movimento de agitação ideológica em que eclodiu a Questão Coimbrã. Nessa cidade convive de perto com o poeta João Penha, em cuja revista literária, A Folha, faz a sua estreia literária. Durante a sua vida, combina as carreiras administrativa (exercendo a função de secretário dos governos civis de Angra do Heroísmo e de Viana do Castelo) e política (sendo eleito por mais de uma vez deputado pelo partido progressista) com a lavoura nas suas terras de Barca de Alva, no Douro. Nos anos oitenta, participa nas reuniões dos Vencidos da Vida, juntamente com Oliveira Martins, Ramalho Ortigão, Eça de Queirós e António Cândido, entre outros. Reage ao Ultimato inglês de 1890, com o livro de poesias Finis Patriae, altura em que se afasta ideologicamente de Oliveira Martins, confiando na República como solução para os males da sociedade portuguesa. Entre 1911 e 1914, assume o cargo de Ministro de Portugal na Suíça. Na fase final da sua vida, retira-se para a sua propriedade no Douro, assinalando-se então uma viragem na sua orientação poética, que se volta para a terra e para “os simples”, como atestam as suas últimas obras: Pátria (1896), ainda satírica, mas já de inspiração saudosista e panteísta; Os Simples(1892) – um hino de louvor à terra, de uma poesia que evoca a sua infância, impregnada de saudosismo, de recordações calmas e consoladoras e onde se sente uma grande ternura pela correspondente paisagem social; Oração ao Pão(1903) e Oração à Luz (1904), estas enveredando por trilhos metafísicosO anticlericalismo, que em vida lhe granjeou o escândalo e a fama, o estilo arrebatado, vibrante, apoiado na formulação épica do verso alexandrino de influência huguana, contribuíram para a apreciação do crítico Moniz Barreto: “Quando se procura a fórmula do espírito de Guerra Junqueiro acha-se que ele é muito mais orador que poeta e que tem muito mais eloquência que imaginação.” Poeta panfletário, confidencial, satírico e também religioso, o seu valor foi contestado na década de 20. No entanto, os seus defensores nunca deixaram de acreditar na sua genialidade como satírico e como lírico.
J.M.Monarca Pinheiro – Memória do Liceu – Edição da Comissão Executiva das Comemorações do 150.º Aniversário do Liceu Nacional de Évora / Escola Secundária André de Gouveia – Évora – 1991.Desc.(82)Pág.Br.Ilust