Penacova

Penacova (€35.00)

Varela Pécurto – Penacova – Edição Hilda – Coimbra – 1984.Desc(137)Pág.Ilust – Edição Limitada de 200 Exemplares (N.º075) Autografado

 

 

 

 

Varela Pécurto

Varela Pecurto nasceu em Ervedal do Alentejo, no concelho de Avis, foi o berço. 27 de abril de 1925. Faz, precisamente hoje, 100 anos que nascia o menino Eduardo Varela Pècurto, futuro fotógrafo de renome, apaixonado por Coimbra, cidade onde hoje ainda reside e onde hoje celebra o seu centenário. O seu nome dispensa apresentações. O trabalho de décadas fala por si: Varela Pècurto é um dos mais antigos fotógrafos do país. «Vê e viu Coimbra como mais ninguém, através de prismas que conseguem embelezar ainda mais a nossa cidade», refere, a propósito do fotógrafo, a Câmara Municipal de Coimbra que, em sua homenagem e reconhecendo o seu mérito, instituiu há alguns anos um prémio de fotografia a si dedicado. Voltemos ao início, a Avis, para dizer que a fotografia terá surgido por paixão e gosto porque por herança familiar não tinha qualquer presença. Varela Pècurto era filho do feitor da Quinta o Pinheiro e viveu a sua infância rodeado «de caseiros, ganhões e mateses, num ambiente telúrico, ruralizado do Alentejo profundo, em interação permanente com a natureza». E quem o diz é alguém que bem o conhece, António Can­teiro, o autor do “Inventor de Esquecimentos”, a biografia sobre Varela Pècurto. Os pais mudaram-se para Évora e será nesta cidade, «durante liceais da juventude, que Eduardo se tor­na fotógrafo, ven­dendo retratos aos colegas, a troco de dinheiro». Depois de passar por dois mestres em Évora, casa-se com Gláucia Farracha e, nesse mesmo dia, viaja para Coimbra, para integrar a secção fotográfica da Livraria Atlântida, onde cruza a sua arte com Miguel Torga, Afonso Duarte, José Gomes Ferreira, Fernando Namora e Carlos de Oliveira. Como fotógrafo colaborou com diversos jornais nacionais e estrangeiros, publicou alguns livros e foi convidado a ilustrar outros, fez parte do grupo Câmara e dirigiu durante 50 anos a secção de fotografia da histórica casa Hilda. A par da fotografia teve outra paixão: a câmara de filmar, o que o levou a ser correspondente da RTP durante cerca de 20 anos. A atividade intensa que manteve durante todo o seu percurso profissional valeu-lhe vários prémios nacionais e internacionais (mais de 50 prémios), mas o que verdadeiramente o motivava era a procura do original. Entre tantas conquistas, destaque para o mais importante prémio da fotografia amadora de salão, atribuído internacionalmente, o “Excellence”, da Féderation Internacionale d’Art Photographique, o único algu­ma vez atri­buído a um fotógrafo português. Foi a Varela Pècurto e foi em 1954. Sem dúvida, um mestre da fotografia.