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  • Memórias Posturas de Brás Cuba«Dom Casmurro»

    Memórias Posturas de Brás Cuba«Dom Casmurro» «€20.00«
    Memórias Posturas de Brás Cuba«Dom Casmurro» «€12.00»

    Machado de Assis – Memórias Posturas de Brás Cuba«Dom Casmurro» – Editor Victor Civita – São Paulo -1978. Des . 346 pág / 23 cm x 16,5 cm / E.

     

    Ficheiro:Machado-450.jpgJoaquim Maria Machado de Assis (Rio de Janeiro, 21 de Junho de 1839 — Rio de Janeiro, 29 de Setembro de 1908) foi um escritor brasileiro, amplamente considerado como o maior nome da literatura nacional. Escreveu em praticamente todos os géneros literários, sendo poeta, romancista, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista, e crítico literário. Testemunhou a mudança política no país quando a República substituiu o Império e foi um grande comentador e relator dos eventos político-sociais de sua época. Nascido no Morro do LivramentoRio de Janeiro, de uma família pobre, mal estudou em escolas públicas e nunca frequentou universidade. Os biógrafos notam que, interessado pela boémia e pela corte, lutou para subir socialmente abastecendo-se de superioridade intelectual. Para isso, assumiu diversos cargos públicos, passando pelo Ministério da Agricultura, do Comércio e das Obras Públicas, e conseguindo precoce notoriedade em jornais onde publicava suas primeiras poesias e cronicas. Em sua maturidade, reunido a colegas próximos, fundou e foi o primeiro presidente unânime da Academia Brasileira de LetrasSua extensa obra constitui-se de 9 romances e peças teatrais, 200 contos, 5 colectâneas de poemas e sonetos, e mais de 600 crónicas. Machado de Assis é considerado o introdutor do Realismo no Brasil, com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881). Este romance é posto ao lado de todas suas produções posteriores, Quincas BorbaDom CasmurroEsaú e Jacó e Memorial de Aires, ortodoxamente conhecidas como pertencentes a sua segunda fase, em que se notam traços de pessimismo e ironia, embora não haja rompimento de  resíduos românticos. Dessa fase, os críticos destacam que suas melhores obras são as da Trilogia Realista. Sua primeira fase literária é constituída de obras como RessurreiçãoA Mão e a LuvaHelena e Iaiá Garcia, onde notam-se características herdadas do Romantismo, ou “convencionalismo”, como prefere a crítica moderna. Sua obra foi de fundamental importância para as escolas literárias brasileiras do século XIX e do século XX e surge nos dias de hoje como de grande interesse académico e público. Influenciou grandes nomes das letras, como Olavo BilacLima Barreto,Drummond de AndradeJohn BarthDonald Barthelme e outros. Em seu tempo de vida, alcançou relativa fama e prestígio pelo Brasil, contudo não desfrutou de popularidade exterior na época. Hoje em dia, por sua inovação e audácia em temas precoces, é frequentemente visto como o escritor brasileiro de produção sem precedentes, de modo que, recentemente, seu nome e sua obra têm alcançado diversos críticos, estudiosos e admiradores do mundo inteiro. Machado de Assis é considerado um dos grandes gênios da história da literatura, ao lado de autores como DanteShakespeare e Camões.

     


  • O Ameríndio Visto Por Um Português do Século XVIII: Pontes Leme

    O Ameríndio Visto por um Português do Século XVIII: Pontes Leme «€12.00»
    O Ameríndio Visto por um Português do Século XVIII: Pontes Leme «€12.00»

    Fernando Calapez Corrêa – O Ameríndio Visto Por Um Português do Século XVIII: Pontes Leme – Academia Portuguesa de História e Comissão Portuguesa de História Militar – Lisboa – 2002. Desc 39 paginas de 25cmx18,5cm com Capa e Encadernação de Origem

     

     

    Antonio Pires da Silva Paes Leme e Camargo nasceu em Mariana, Minas Gerais, de tradicional família. Estudou em Coimbra, onde se doutorou em matemática. Capitão de fragata pela Marinha Portuguesa, lente da Real Academia de Marinha de Lisboa e sócio da Real Academia de Ciências da mesma cidade, deveu sobretudo sua carreira à amizade com o poderoso D. Rodrigo de Sousa Coutiho, Conde de Linhares. Em 1797 foi nomeado Governador da Capitania do Espírito Santo, então ainda sob domínio administrativo da Bahia. Envolvido em outros encargos cartográficos em Salvador, só assumiu em 1800, permanecendo no lugar até 1804. Faleceu no Rio de Janeiro, em 21 de abril de 1805, e foi sepultado no claustro do Convento de Santo Antônio . Logo que chegou ao Espírito Santo, Silva Pontes se dedicou com vigor e rapidez a demarcar os limites centrais da Capitania, ao sul do Rio Doce. Não se preocupou nem com o sul nemo norte, totalmente coberto de florestas. Seu interesse concentrava-se no Rio Doce.

     

     

     

     


  • Tempo de Caminhar «Esboço do Perfil Biográfico de Monsenhor Josemaria Escriva de Balaguer»

    Tempo de Caminhar «Esboço do Perfil Biográfico de Monsenhor Josemaria Escriva de Balaguer» «€30.00»
    Tempo de Caminhar «Esboço do Perfil Biográfico de Monsenhor Josemaria Escriva de Balaguer» «€30.00»

    Ana Sastre – Tempo de Caminhar «Esboço do Perfil Biográfico de Monsenhor José Maria Escrivá de Balaguer» – Edição Diel – Lisboa – 1994. Desc. 713 pág / 23,5 cm x 16 cm / E.

     

    Jose maría Escrivá de Balaguer (de acordo com o registo de baptizado, o seu nome era José María Escriba) (Barbastro, Aragão, 9 de Janeiro de 1902 — Roma, 26 de Junho de 1975) foi um sacerdote católico espanhol e fundador do Opus Dei, que é uma prelazia pessoal da Igreja Católica. Foi canonizado em 2002 por João Paulo II. Filho de José Escrivá de Balaguer Corzán e de Maria de los Dolores Albás y Blanc, Josemaría era o segundo filho mais velho num total de seis. Passou a sua infância em Barbastro, na província de Aragão, Espanha, onde fez os primeiros estudos no colégio dos Padres Escolápios. Quando tinha doze anos, o negócio do seu pai faliu e, com os seus pais e a sua irmã mais velha, foi viver para Logroño, La Rioja. Inicialmente, José Maria planeava estudar arquitectura. Mas, num dia de inverno, um acontecimento veio a mudar a sua vida: enquanto caminhava, cruzou-se com um carmelita, que andava descalço pela neve. Esse episódio tocou-o muito profundamente, e pouco tempo depois tomou a decisão de abraçar o sacerdócio. As ordens menores de ‘Ostiário” e de “Leitor” lhe foram conferidas pelo Cardeal Soldevila em 17 de Dezembro de 1922. O “subdiaconado” foi-lhe conferido por D. Miguel de los Santos no dia 14 de Junho de 1924, na igreja do Seminário de São Carlos e das mãos do mesmo D. Miguel e na mesma igreja em 20 de Dezembro de 1924 recebeu a Sagrada Ordem do Diaconado. Recebeu a ordenação sacerdotal em Saragoça, na igreja de São Carlos, no sábado de Têmporas, a 28 de Março de 1925, conferiu-lhe D. Miguel de los Santos Díaz de Gómara. A sua primeira missa celebrou-a na “Santa e Angélica Capela do Pilar de Saragoça”, no dia 30 de Março de 1925, às dez e meia da manhã, em sufrágio pela alma de seu pai, José Escrivá Corzán, que havia falecido no dia 27 de Novembro de 1924. Iniciou a sua actividade pastoral em paróquias rurais, continuando-a posteriormente pelos bairros pobres e pelos hospitais de Madrid, onde realizou numerosas obras de misericórdia, e entre os estudantes universitários. Nessa época exerce o cargo de capelão do Patronato de Enfermos. A 2 de Outubro de 1928, então festa dos Santos Anjos da Guarda, durante uns dias de retiro espiritual em Madrid, na Casa Central dos Lazaristas, na rua Garcia de Paredes, vê  o Opus Dei, que pode ser definido como um caminho de santificação no trabalho profissional e no cumprimento dos deveres ordinários do cristão, e, a partir deste momento, dedica grande parte da sua actividade a promover esta procura cristã de identificação com Jesus Cristo, preferencialmente trilhado no mundo, na vida quotidiana, através do exercício do trabalho profissional e do cumprimento dos deveres pessoais para com Deus, a família e a sociedade, por cada indivíduo, actuando assim como um fermento de valores humanos e cristãos em cada ambiente onde estiver inserido. Se, até então, a moeda corrente era a de que “se queres ser santo, entra para um mosteiro ou convento”, Escrivá veio relembrar que a Igreja ensinava que todos os cristãos tinham a obrigação de lutar por serem santos e que o chamamento à santidade é para todos sem distinção: leigos e religiosos. Com efeito, em carta de 6-V-1945, escrevia: Concebia-se o apostolado como uma acção diferente – distinta – das acções normais da vida corrente: métodos, organizações, propagandas, que se incrustavam nas obrigações familiares e profissionais do cristão – às vezes, impedindo-o de as cumprir com perfeição – e que constituíam um mundo à parte, sem se fundirem nem se entretecerem com o resto da sua existência. Monsenhor Escrivá de Balaguer é considerado por muitos como um percursor do Concílio Vaticano II, que teria início mais de trinta anos depois, ao atribuir um papel preponderante ao cristão comum no trabalho de evangelização da sociedade. Durante o período imediato do pós-guerra na Espanha, crescem as incompreensões por parte daqueles que não entendem o “chamamento universal à santidade” pregado pelo Fundador do Opus Dei. Por essa razão, o Opus Dei e o fundador foram várias vezes vítimas de calúnias por parte de pessoas que não compreendiam o espírito da organização, bastante progressista para o seu tempo. Efectivamente, enquanto apresentava os moldes essenciais do Opus Dei na Cúria Romana, um Cardeal disse-lhe que “tinha chegado com um século de antecedência”. A partir de 14 de Fevereiro de 1930, esse apostolado foi estendido às mulheres. Em 1933 é aberto o primeiro centro do Opus Dei, a Academia DYA, destinada principalmente a estudantes de Direito e Arquitectura. A Academia transforma-se numa residência universitária onde S. Josemaria e os primeiros membros vão difundir a mensagem do Opus Dei entre os jovens; simultaneamente realizam catequese e atendimento aos pobres e doentes dos bairros periféricos de Madrid, de tudo é mantido informado o bispo de Madrid-Alcalá D. Leopoldo Eijo y Garay que dá a sua aprovação. Nesta época publica Considerações espirituais, precursor do livro Caminho. Desde de 1931 vinha assistindo aos retiros da “Congregação de São Filipe Neri de leigos servos dos doentes do Santo Hospital Geral de Madrid” e, no domingo anterior ao dia 5 de abril de 1932, fez a profissão na Congregação que foi ratificada em 10 de Junho de 1934, também conhecida como dos Filipenses e que se ocupava de atender aos doentes do Hospital Geral de Madrid (hoje Centro cultural Rainha Sofia). A finalidade da Congregação era a prática da caridade com os doentes, “contemplando em cada um a imagem viva de Cristo, pela reflexão de que Sua Majestade diz que recebe em Si mesmo quanto se faz por eles, e oferece não menor prémio do que o da sua eterna glória.” José Maria vivia e exercia o seu apostolado em Madrid quando rebentou a Guerra Civil Espanhola. Esteve várias vezes prestes a ser capturado por militantes republicanos a anti-clericais. Para escapar à perseguição refugiou-se na Legação de Honduras e em diversos outros lugares. Mesmo durante a guerra, dedicou-se clandestinamente ao trabalho pastoral atendendo seus “filhos”, como costumava chamar aos fiéis do Opus Dei, espalhados por todo o país. Consegue sair de Madrid, atravessa os Pirineus por Andorra até o sul da França e instala-se em Burgos até o término da guerra civil. Com o fim da guerra civil retorna a Madrid e inicia a expansão do seu trabalho apostólico em outras cidades da Espanha. O início da Segunda Guerra Mundial impede o começo do trabalho em outros países. A partir de 14 de Fevereiro de 1943, com a fundação da Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz, o Opus Dei começou também a receber sacerdotes. Quando a Segunda Guerra Mundial terminou, Escrivá mudou-se para Roma, sede da Igreja Católica, deixando claro que o Opus Dei era universal, destinado a todos os homens de todas as nacionalidades de todos os tempos. Além disso, preocupava-o o facto do Opus Dei não ter um enquadramento jurídico adequado à sua realidade laical, pelo que instalar a sede junto da Cúria romana poderia vir a acelerar o processo. No entanto, só nos anos 80, com João Paulo II, já depois da sua morte, é que foi encontrada a forma jurídica desejada pelo fundador. Em 1947, consegue da Santa Sé a primeira aprovação pontifícia para o Opus Dei. Em 1948, funda, em Roma, o Colégio Romano de Santa Cruz, destinado à formação de homens do Opus Dei provenientes de todas as partes do mundo. O Papa Pio XII concede, em 1950, aprovação definitiva ao Opus Dei permitindo, então, o ingresso de pessoas casadas na instituição. Em 1953, funda o Colégio Romano de Santa Maria, centro internacional para a formação espiritual, teológica e apostólica de mulheres do Opus Dei. Durante os mais de 25 anos em que viveu em Villa Tevere, em Roma, nome pelo qual é conhecido o complexo de edifícios que constituem a Sede Central do Opus Dei, Escrivá trabalhou intensamente quer no governo do Opus Dei quer no apostolado junto dos seus membros. Principalmente a partir de 1970, realizou várias viagens à Europa (Portugal e Espanha) e à América do Sul (Brasil, Argentina, México, Chile, Peru, Equador e Venezuela), tendo ficado célebres os encontros (tertúlias) que tinha em grandes auditórios com várias pessoas, membros e não-membros do Opus Dei, onde, em jeito de diálogo, contava histórias, respondia a perguntas e exortava a um contacto pessoal mais íntimo com Deus. Licenciado em Direito pela Universidade de Saragoça e Doutor em Direito Civil pela Universidade de Madrid, foi também Doutor em Teologia pela Universidade de Laterano (Roma), Doutor honoris causa pela Universidade de Saragoça, Grão Chanceler da Universidade de Navarra, (Pamplona, Espanha) e da Universidade de Piura, (Peru). Em 1947, a Câmara Municipal de Barbastro confere-lhe o título de “Filho Predilecto” da cidade. Recebeu ainda os títulos de “Filho Adoptivo” de Barcelona e de Pamplona. A Mãe do Amor Formoso, presente de Escrivá à Universidade de Navarra. João Paulo II disse: “O amor a Nossa Senhora foi uma característica constante da vida de Josemaría Escrivá” Recebeu também as Grã-Cruzes de: São Raimundo de Penhaforte; Afonso X, o Sábio; Ordem de Isabel a Católica; Ordem de Carlos III e a Grâ-Cruz da Ordem da Beneficência. Foi ainda Reitor do Real Patronato de Santa Isabel (Madrid, 1934), Superior do Seminário de São Francisco de Paula, (Saragoça), professor de Ética Geral e Moral Profissional na Escola de Jornalismo de Madrid, além de professor de Direito Canónico e de Direito Romano em Saragoça e em Madrid. Prelado de Honra de Sua Santidade e membro da Pontifícia Academia Romana de Teologia, trabalhou como Consultor da Sagrada Congregação de Seminários e Universidades. Em 1961 foi nomeado pelo Papa João XXIII como consultor da Comissão Pontifícia para a interpretação autêntica do Código de Direito Canónico. Sob o seu impulso foi criada a Universidade de Navarra, em Pamplona, uma das universidades mais prestigiadas da Europa, e reconstruído o Santuário de Nossa Senhora de Torreciudad, em Aragão, onde sua mãe o levara com poucos anos de vida em agradecimento por ele ter sobrevivido a uma doença grave. Entre as suas obras publicadas relacionam-se, além do estudo teológico-jurídico La Abadesa de las Huelgas, trabalhos de orientação e aconselhamento espiritual traduzidos em diversos idiomas como Caminho, Sulco, Santo Rosário, Cristo que passa, Amigos de Deus, Via Sacra. Sob o título Questões actuais do Cristianismo, foram publicadas algumas entrevistas que concedeu à imprensa. Morreu a 26 de Junho de 1975, vítima de Parada cardio respiratória. O seu corpo foi sepultado na Igreja Prelatícia de Santa Maria da Paz, na sede central da Prelazia, em Roma. Após o seu falecimento, 69 cardeais, cerca de 1300 bispos de todo o mundo e 41 superiores de congregações religiosas, de entre outras personalidades, pediram ao Papa o início da causa de sua beatificação e canonização. Em 12 de maio de 1981 foi aberto o processo de beatificação de José Maria Escrivá. A 9 de Abril de 1990 o Papa João Paulo II declarou a heroicidade de suas virtudes cristãs, e a 6 de Julho de 1991 decretou o carácter milagroso de uma cura atribuída à sua intercessão. Foi beatificado em 17 de maio de 1992. Do “Breve Apostólico” da Beatificação se extrai o seguinte texto: O Fundador do Opus Dei recordou que a universalidade do chamamento à plenitude da união com Cristo implica também que qualquer actividade humana se pode converter em lugar de encontro com Deus. (…) Foi um autêntico mestre de vida cristã e soube alcançar o cume da contemplação com a oração contínua, a mortificação constante, o esforço quotidiano de um trabalho realizado com exemplar docilidade às moções do Espírito Santo, a fim de servir a Igreja como a Igreja quer ser servida. Decreto pontifício de 20 de Dezembro de 2001 reconheceu o carácter milagroso de uma segunda cura atribuída à intercessão do Beato José Maria. Em 6 de Outubro de 2002 foi canonizado pelo Papa João Paulo II. Assim, todos os anos desde então, no dia 26 de Junho, a Igreja celebra o dia de S.Jose Maria Escrivá. Em 2005 Bento XVI abençoou uma estátua em mármore de São José Maria Escrivá colocada no exterior da Basílica de São Pedro em Roma.

     


  • S.Gonçalo de Lagos«Subsídios para o Estudo da sua Personalidade e do seu Culto»

    S.Gonçalo de Lagos«Subsídios para o Estudo da sua Personalidade e do seu Culto» «€15.00»
    S.Gonçalo de Lagos«Subsídios para o Estudo da sua Personalidade e do seu Culto» «€15.00»

    J.Fernandes Mascarenhas – S.Gonçalo de Lagos«Subsídios para o Estudo da sua Personalidade e do seu Culto» – Casa do Algarve – Lisboa – 1957.Desc 36 paginas de 23,5cmx17cm com Capa e Encadernação de Origem


  • Revista Al-uluã do Arquivo Histórico Municipal de Loulé Nº1

    Revista Al-uluã do Arquivo Histórico Municipal de Loulé Nº1 «€20.00»
    Revista Al-uluã do Arquivo Histórico Municipal de Loulé Nº1 «€20.00»

     Revista Al-uluã do Arquivo Histórico Municipal de Loulé Nº1 -Colaboração de Bernando Serpa Marques, Francisco Ildefonso Lameira, Helder Raimundo, Helena Catarino, Jacinto Palma Dias, João Coelho Cabanita, João P.Guerreiro, João Saboia, Luísa Fernanda Guerreiro Martins, Maria da Luz R. Ferreira, Vitor Leote. – Edição- Arquivo Histórico Municipal de Loulé – 1992. Desc.154 paginas de 24cmx16,5cm com Capa e Encadernação de Origem com «Autografo»


  • Henrique de Carvalho«Uma Vida ao Serviço da Pátria»

    Henrique de Carvalho«Uma Vida ao Serviço da Pátria» «€30.00»
    Henrique de Carvalho«Uma Vida ao Serviço da Pátria» «€30.00»

    João Augusto de Noronha Dias de Carvalho – Henrique de Carvalho«Uma Vida ao Serviço da Pátria»Composto e Impresso nos Serviços Gráficos da Liga dos Combatentes – Lisboa – 1975 Desc.351 Paginas e 2 Mapas/23cmx16cm Encadernado com Capa de Origem


  • In Momoriam de Ferreira de Castro

    In Momoriam de Ferreira de Castro «€30.00»
    In Momoriam de Ferreira de Castro «€35.00»

    Adelino Vieira Neves – In Momoriam de Ferreira de Castro – Arquivo Bio-Bibliográfico dos Escritores e Homens de Letras de Portugal – Cascais – 1976 Desc. 287  de 25cmx19cm Paginas com Capa de origem e Estampas Incluidas.

    José Maria Ferreira de Castro (Ossela, Oliveira de Azeméis, 24 de Maio de 1898 — Porto, 29 de Junho de 1974) foi um escritor português, que aos doze anos de idade emigrou para o Brasil, onde viria a publicar o seu primeiro romance Criminoso por ambição, em 1916. Durante quatro anos viveu no seringal Paraíso, em plena selva amazónica, junto à margem do rio Madeira. Depois de partir do seringal Paraíso, viveu em precárias condições, tendo de recorrer a trabalhos como, colar cartazes, embarcadiço em navios do Amazonas etc. Mais tarde, em Portugal, foi redactor do jornal O Século e director do jornal O Diabo. Emigrante, homem do jornalismo, mas sobretudo ficcionista, é hoje em dia, ainda, um dos autores com maior obra traduzida em todo o mundo, podendo-se incluir a sua obra na categoria de literatura universal moderna, precursora do neo-realismo, de escrita caracteristicamente identificada com a intervenção social e ideológica. A exemplo da sua ainda grande actualidade pode referir-se a recente adaptação ao cinema, com muito sucesso, da obra A Selva. Ferreira de Castro, um dos maiores vultos de sempre da cultura portuguesa, era um trabalhador incansável, na verdadeira acepção do termo. Não dispondo ou não querendo utilizar máquina de escrever e ainda a uma enorme distância dos nossos computadores, veja-se a montanha de papel que Ferreira de Castro, laboriosamente, escreveu, para produzir uma das suas mais importantes obras: ” As Maravilhas Artísticas do Mundo”.


  • Ibn’Ammar de Silves – Biografia e Antologia – Homenagem ao Maior Poeta Árabe do Algarve

    Ibn'Ammar de Silves - Biografia e Antologia - Homenagem ao Maior Poeta Árabe do Algarve «€10.00»
    Ibn’Ammar de Silves – Biografia e Antologia – Homenagem ao Maior Poeta Árabe do Algarve «€10.00«

    José D. Garcia Domingues – Ibn’Ammar de Silves – Biografia e Antologia – Homenagem ao Maior Poeta Árabe do Algarve no Encerramento do XIº Congresso de Estudos Árabes e Islâmicos – Évora – Faro -Silves- Câmara Municipal de Silves – 1982.  Desc. 15 pág / 21 cm x 15 cm /Br


  • Aníbal Cavaco Silva – Autobiografia Política-2

    Autobiografia Política «€20.00»
    Autobiografia Política «€20.00»

    Aníbal Cavaco Silva – Autobiografia Política – Temas e Debates – Lisboa – 2002. com 253 paginas de 23cmx15cm Encadernado com Capa de Origem

     

    Aníbal Cavaco Silva, nascido a 15 de Julho de 1939, em Boliqueime, Loulé, é o 19º Presidente da República Portuguesa, tendo sido eleito por sufrágio universal em 2006 e reeleito em 2011, com base numa candidatura pessoal e independente. Afirmando que os desafios que Portugal enfrentava exigiam uma magistratura presidencial que favorecesse consensos alargados em torno dos grandes objectivos nacionais, o Prof. Aníbal Cavaco Silva iniciou o seu primeiro mandato assumindo o compromisso de fortalecer os vínculos que unem os Portugueses enquanto cidadãos da mesma República e, bem assim, de exercer o cargo com absoluta imparcialidade e independência face às diversas forças político-partidárias. O Presidente Aníbal Cavaco Silva conquistou duas maiorias absolutas consecutivas em eleições legislativas e exerceu funções como Primeiro-Ministro entre 1985 e 1995. Foi um protagonista activo no processo de construção europeia, assumindo papel central em algumas grandes decisões, influenciando as opções inscritas no Tratado de Maastricht e garantindo a adesão do escudo ao Sistema Monetário Europeu, criando condições para a integração de Portugal no primeiro grupo de países da moeda única europeia. Participou em 29 Conselhos Europeus, onde defendeu com sucesso os interesses de Portugal, como foi o caso da aprovação dos Pacotes Delors I e II, do PEDIP (Programa Específico para o Desenvolvimento da Indústria Portuguesa), da criação de programas específicos de apoio ao desenvolvimento dos Açores e Madeira. No primeiro semestre de 1992, e sob a sua empenhada condução, Portugal assumiu, pela primeira vez e com reconhecido êxito, a presidência rotativa da União Europeia. No plano das relações com o mundo lusófono, Cavaco Silva foi um promotor de mudanças no sentido da estabilização democrática dos regimes africanos, tendo patrocinado as negociações de paz para Angola e apoiado processo idêntico em Moçambique. Foi também sob a sua égide que Portugal esteve no centro da criação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e que foi decidida a realização anual das cimeiras luso-brasileiras. Aníbal Cavaco Silva imprimiu uma nova dinâmica à política externa portuguesa, no reforço do papel pró-activo de Portugal nas suas relações bilaterais e multilaterais, assim como em vários palcos regionais. Através de cimeiras anuais de Chefes de Governo, aprofundou o relacionamento com a Espanha, fomentando os intercâmbios num vasto leque de áreas e o maior desenvolvimento das regiões transfronteiriças. Simultaneamente, ajudou a potenciar o protagonismo das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo nos respectivos países de acolhimento, a maior parte das quais visitou. Em 7 de Setembro de 1995, foi distinguido na Alemanha com o Prémio Carl Bertelsmann que a Fundação Bertelsmann decidiu atribuir a Portugal pelo sucesso das políticas de melhoria do mercado de trabalho e de luta contra o desemprego, enquanto Aníbal Cavaco Silva exerceu o cargo de Primeiro-Ministro. Recebeu ainda o prémio Joseph Bech (1991), no Luxemburgo, e a medalha Robert Schuman (1998), pela sua contribuição para a construção europeia, e o Freedom Prize (1995), na Suíça, concedido pela Fundação Schmidheiny, pela sua acção como político e economista. Distinguido, em Nápoles, com o Prémio Mediterrâneo Instituições (2009), atribuído pela Fundação Mediterrâneo, “em reconhecimento pelo seu empenho e acção no reforço da solidariedade e de uma activa cooperação entre os países mediterrânicos, em favor da promoção do desenvolvimento e da Paz, nessa região”. Da sua vasta obra publicada há a referir os livros O Mercado Financeiro Português em 1966, Economic Effects of Public Debt, Política Orçamental e Estabilização Económica, A Política Económica do Governo de Sá Carneiro, Finanças Públicas e Política Macroeconómica, As Reformas da Década, Portugal e a Moeda Única, União Monetária Europeia, Autobiografia Política, Volumes I e II, e Crónicas de Uma Crise Anunciada. Foi o Director da revista Economia, da Universidade Católica Portuguesa, entre 1977 e 1985. As intervenções mais importantes produzidas como Primeiro-Ministro encontram-se reunidas nos livros Cumprir a Esperança (1987), Construir a Modernidade (1989), Ganhar o Futuro (1991), Afirmar Portugal no Mundo (1993) e Manter o Rumo (1995). Tendo-se afastado da vida política activa entre 1995 e 2005, período durante o qual retomou a sua actividade académica, o Presidente Cavaco Silva manteve, todavia, uma marcante participação cívica, nomeadamente através de intervenções públicas sobre questões nacionais e internacionais. Do primeiro mandato como Presidente da República, as suas principais intervenções estão reunidas em cinco volumes, sob o título genérico Roteiros. Aníbal Cavaco Silva é licenciado em Finanças pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras, Lisboa, e doutorado em Economia pela Universidade de York, Reino Unido. Foi docente do ISCEF, Professor Catedrático da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa e, quando foi eleito Presidente da República pela primeira vez, era Professor Catedrático na Universidade Católica Portuguesa. Foi investigador da Fundação Calouste Gulbenkian e dirigiu o Gabinete de Estudos do Banco de Portugal, instituição na qual viria a exercer funções como consultor. Exerceu o cargo de Ministro das Finanças e do Plano em 1980-81, no Governo do Primeiro-Ministro Francisco Sá Carneiro, e foi Presidente do Conselho Nacional do Plano entre 1981 e 1984. Presidiu ao Partido Social Democrata (PSD) entre Maio de 1985 e Fevereiro de 1995. O Presidente Cavaco Silva é Doutor Honoris Causa pelas Universidades de York (Reino Unido), La Coruña (Espanha), Goa (Índia), León (Espanha) e Heriot-Watt (Edimburgo, Escócia), e membro da Real Academia de Ciências Morais e Políticas de Espanha, do Clube de Madrid para a Transição e Consolidação Democrática e da Global Leadership Foundation. Ao longo da sua vida pública foi agraciado com diversas condecorações nacionais e estrangeiras. Aníbal Cavaco Silva cumpriu o serviço militar como oficial miliciano do Exército, entre 1962 e 1965, em Lourenço Marques (actual Maputo), Moçambique.É casado com Maria Alves da Silva Cavaco Silva, professora universitária. O casal tem dois filhos e cinco netos.


  • Dalí

    Dalí «€25.00»
    Dalí «€25.00»

    Robert Descharnes. Gilles Néret – Dalí «Tradução em Português» -Edições Taschen – Desc. 224 pág   / 31 cm x 25 cm / E. Ilust

    Salvador Domingo Felipe Jacinto Dali i Domènech, 1º Marquês de Dalí de Púbol (Figueres, 11 de Maio de 1904 — Figueres, 23 de Janeiro de 1989), conhecido apenas como Salvador Dalí, foi um importante pintor catalão, conhecido pelo seu trabalho surrealista. O trabalho de Dalí chama a atenção pela incrível combinação de imagens bizarras, oníricas, com excelente qualidade plástica. Dalí foi influenciado pelos mestres do Renascimento. O seu trabalho mais conhecido, A Persistência da Memória, foi concluído em 1931. Salvador Dalí teve também trabalhos artísticos no cinema, escultura, e fotografia. Ele colaborou com a Walt Disney no curta de animação Destino, que foi lançado postumamente em 2003 e, ao lado de Alfred Hitchcock, no filme Spellbound. Também foi autor de poemas dentro da mesma linha surrealista. Dalí insistiu em sua “linhagem árabe”, alegando que os seus antepassados eram descendentes de mouros que ocuparam o sul da Espanha por quase 800 anos (711 a 1492), e atribui a isso o seu amor de tudo o que é excessivo e dourado, sua paixão pelo luxo e seu amor oriental por roupas. Tinha uma reconhecida tendência a atitudes e realizações extravagantes destinadas a chamar a atenção, o que por vezes aborrecia aqueles que apreciavam a sua arte. Ao mesmo tempo que incomodava os seus críticos, já que sua forma de estar teatral e excêntrica tendia a eclipsar o seu trabalho artístico. Em Outubro de 1921, Dalí foi viver para Madrid , onde estudou na Academia de Artes de San Fernando. Já então Dalí chamava a atenção nas ruas como um excêntrico cabelo comprido, um grande laço ao pescoço, calças até ao joelho, meias altas e casacos compridos. O que lhe granjeou maior atenção por parte dos colegas foram os quadros onde fez experiências com o cubismo (embora na época destes primeiros trabalhos ele provavelmente não compreendesse por completo o movimento cubista, dado que tudo o que sabia dessa arte provinha de alguns artigos de revistas e de um catálogo que Ramon Pichot lhe oferecera, visto não haver artistas cubistas, neste tempo, em Madrid) . Fez também experiências com o Dadaísmo, que provavelmente influenciou todo o seu trabalho. Nesta altura, tornou-se amigo íntimo do poeta Federico García Lorca e de Luis Buñuel. Dalí foi expulso da Academia em 1926, pouco tempo depois dos exames finais, em que declarou que ninguém na Academia era suficientemente competente para o avaliar.Seu domínio de competências na pintura está bem documentado, nesse tempo, na sua impecável e realista pintura “Cesto de Pão”, de 1926. Em 1924 o ainda desconhecido Salvador Dalí ilustrava pela primeira vez um livro, o poema grego”Les bruixes de Llers” ( “As bruxas de Llers”) de seu amigo, o poeta Carles Fages de Climent. Nesse mesmo ano fez a sua primeira viagem a Paris, onde se encontrou com Pablo Picasso, que era admirado pelo jovem Dalí. (“Vim vê-lo antes de ir ao Louvre”, disse-lhe Dalí. “Fez você muito bem”, respondeu-lhe Picasso.) Picasso já tinha ouvido falar bem de Dalí através de Juan Miró. Nos anos seguintes, Dali realizou uma série de trabalhos fortemente influenciados por Picasso e Miró, enquanto ia desenvolvendo o seu estilo próprio. Algumas tendências no trabalho de Dalí que iriam permanecer ao longo de toda a sua carreira já eram evidentes na década de 1920, principalmente por Raphael, Bronzino, Francisco de Zurbarán, Vermeer, e Velázquez.As exposições de seus trabalhos em Barcelona despertaram grande atenção e uma mistura de elogios e debates e causando por parte dos críticos. Nesta época, Dalí deixou crescer o bigode, que se tornou emblemático nele, estilo baseado no pintor do século XVII espanhol Diego Velázquez. Em 1929, colaborou com o cineasta espanhol Luis Buñuel no curta-metragem Un Chien Andalou, e conheceu, em agosto, a sua musa e futura mulher, Gala Éluard (cujo nome verdadeiro é Elena Ivanovna Diakonova,  nascida em 7 de Setembro de 1894, em Kazan, Tartária, Rússia), uma imigrante russa dez anos mais velha que Dalí, casada na época com o poeta surrealista Paul Éluard. Juntou-se oficialmente ao grupo surrealista no bairro parisiense de Montparnasse (embora o seu trabalho já estivesse a ser influenciado há dois anos pelo surrealismo).Em 1934 Dalí e Gala, que já viviam juntos desde 1929, casaram-se numa cerimónia civil. A política desempenhou um papel significativo na sua emergência como um artista. Ele foi por vezes retratado como um apoiante do autoritário Francisco Franco. André Breton, líder do movimento surrealista, fez um grande esforço para dissociar o seu nome do surrealismo. A realidade é provavelmente um pouco mais complexa. Em qualquer caso, ele não era um anti-semita, pois era inclusive amigo do famoso arquiteto e designer Paulo László, que era judeu. Ele também proferiu grande admiração por Freud(a quem ele conheceu), e Einstein, ambos judeus. Em sua juventude, Dalí abraçou por um tempo tanto o anarquismo como o comunismo. Em seu livro, Dalí, em 1970, declara-se um anarquista e monarquista. Enquanto na cidade de Nova Iorque em 1942, ele denunciou o seu colega, o cineasta surrealista Luis Buñuel como ateu e comunista, o que levou Buñuel a ser despedido de sua posição no Museu de Arte Moderna e, posteriormente, constar na lista negra da indústria cinematográfica estadunidense. Com a eclosão da Guerra Civil Espanhola, Dalí fugiu e se recusou a alinhar-se a qualquer grupo. Após o seu regresso à Catalunha após a Segunda Guerra Mundial, Dalí se tornou mais próximo ao regime de Franco. Alguns declararam que Dalí apoiou o regime de Franco, felicitando-o por suas acções, em “limpar a Espanha de forças destrutivas”. Dizem que enviou uma mensagem a Franco, “elogiando-lhe por assinar a sentença de morte de presos políticos.” Dalí encontro Franco uma vez nem sequer reuniu-se pessoalmente com ele para pintar um retrato de sua neta. É impossível determinar se suas homenagens a Franco foram sinceras ou caprichosas, uma vez que ele também enviou um telegrama louvando o romeno Nicolae Ceauşescu, líder comunista. O jornal diário romeno “Scînteia” publicou-o, sem suspeitar seu aspecto de troça. Em 1960, Dalí começou a trabalhar no Teatro-Museum Salvador Dalí, na sua terra natal, em Figueres. Foi o projecto de maior vulto de toda a sua carreira e o principal foco de suas energias até 1974, embora continuasse a fazer acrescentos até meados dos de 1980. Gala morreu em Port ligat na madrugada de 10 de Junho de 1982 Desde então, Dalí ficou profundamente deprimido e desorientado, perdendo toda a vontade de viver. Recusava-se a comer, ficando desidratado, teve de ser alimentado por uma sonda nasal. Em 1980, um coquetel de medicamento não prescrito danificou seu sistema nervoso, provocando assim um inoportuno fim a sua capacidade artística. Aos 76 anos, a “cada vez saudável” Dalí sofre tremores terríveis ao seu lado direito, causado pelo Mal de Parkinson. Mudou-se de Figueres para o castelo em Pubol, que comprara para Gala. Em 1984, deflagrou um incêndio no seu quarto em circunstâncias pouco claras — talvez tenha sido uma tentativa de suicídio de Dalí, talvez tenha sido uma tentativa de homicídio de um empregado, ou talvez simples negligência pelo seu pessoal — mas Dalí foi salvo e levado para Figueres, onde um grupo de amigos, patronos e artistas se assegurou de que o pintor vivesse confortavelmente os seus últimos anos no teatro-museu. Em novembro de 1988 Dalí foi levado ao hospital com insuficiência cardíaca e em 5 de Dezembro de 1988 foi visitado pelo rei Juan Carlos da Espanha, que confessou ter sido sempre um devoto de Dalí. Em 23 de Janeiro de 1989, enquanto o seu favorito e recorde de Tristan Isolde jogava, morreu de insuficiência cardíaca em Figueres, com a idade de 84, e, vindo círculo completo, está sepultado na cripta do seu Teatro-Museu Dalí, em Figueres, do outro lado da rua, a partir da igreja de Sant Pere. onde ocorreram seu funeral, primeira comunhão, e de baptismo, a três quarteirões da casa onde nasceu.


  • Poesias Completas(1956-1967)-1967

    Poesias Completas(1956-1967) «€15.00»
    Poesias Completas(1956-1967) «€15.00»

    António Gedeão – Poesias Completas(1956-1967) – Apresentação de Jorge Sena – Portugália Editora – Lisboa -1971.311 paginas de 20cmx14cm com capa Original

     

     

    António Gedeão, (Rómulo Vasco da Gama de Carvalho), nasceu em Lisboa em 1906. Criança precoce, aos 5 anos escreveu os seus primeiros poemas e aos 10 decidiu completar “Os Lusíadas” de Camões. A par desta inclinação para as letras, ao entrar para o liceu Gil Vicente, tomou contacto com as ciências e foi aí que despertou nele um novo interesse.
    Em 1931 licenciou se em Ciências Físico Químicas pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e em 1932 conclui o curso de Ciências Pedagógicas
    na Faculdade de Letras do Porto, prenunciando assim qual seria a sua actividade principal daí para a frente e durante 40 anos: professor e pedagogo. Exigente e comunicador por excelência, para Rómulo de Carvalho ensinar era uma paixão e uma dedicação. E assim, além da colaboração como co director da “Gazeta de Física” a partir de 1946, concentrou durante muitos anos, os seus esforços no ensino, dedicando se, inclusivé, à elaboração de compêndios escolares, inovadores pelo grafismo e forma de abordar matérias tão complexas como a física e a química. Dedicação estendida, a partir de 1952, à difusão científica a um nível mais amplo através da colecção “Ciência Para Gente Nova” e muitos outros títulos, entre os quais “Física para o Povo”, cujas edições acompanham os leigos
    interessados pela ciência até meados da década de 1970.
    Apesar da intensa actividade científica, Rómulo de Carvalho nunca esqueceu a arte das palavras e continuou sempre a escrever poesia. Porém, não a considerando de qualidade e pensando que nunca seria útil a ninguém, nunca tentou publicá la, preferindo destruí la. Só em 1956, após ter participado num concurso de poesia de que tomou conhecimento no jornal, publicou, aos 50 anos, o primeiro livro de poemas “Movimento Perpétuo” com o pseudónimo António Gedeão. Continuou depois a publicar poesia, aventurando se, anos mais tarde, no teatro, no ensaio e na ficção.
    Nos seus poemas há uma simbiose perfeita entre a ciência e a poesia, a vida e o sonho, a lucidez e a esperança. Aí reside a sua originalidade, difícil
    de catalogar, originada por uma vida em que sempre coexistiram esses dois interesses totalmente distintos..
    A poesia de Gedeão é bastante comunicativa e marca toda uma geração que, reprimida por um regime ditatorial e atormentada por uma guerra, cujo fim não se adivinhava, se sentia profundamente tocada pelos valores expressos
    pelo poeta e assim se atrevia a acreditar que, através do sonho, era possível encontrar o caminho para a liberdade. É deste modo que “Pedra Filosofal”, musicada por Manuel Freire, se torna num hino à liberdade e ao sonho. Mais tarde, em 1972, José Nisa compõe doze músicas com base em poemas de Gedeão e produz o álbum “Fala do Homem Nascido”.
    Nos anos seguintes dedicou se por inteiro à investigação, publicando numerosos livros, tanto de divulgação científica, como de história da
    ciência. Gedeão também continuou a sonhar, mas o fim aproximava se e o desejo da morrer determinou, em 1984, a publicação de Poemas Póstumos.
    Em 1990, já com 83 anos, Rómulo de Carvalho assumiu a direcção do Museu Maynense da Academia das Ciências de Lisboa, sete anos depois de se ter tornado sócio correspondente da Academia de Ciências, função que desempenharia até ao fim dos seus dias.
    Quando completou 90 anos de idade, a sua vida foi alvo de uma homenagem a nível nacional. O professor, investigador, pedagogo e historiador da ciência, bem como o poeta, foi reconhecido publicamente por personalidades da política, da ciência, das letras e da música. Faleceu em 1997.