António Navarro – Coração Insone «Poesia» – Agência-Geral do Ultramar – Lisboa – 1971. Desc. 224 pág / 21,5 cm x 15,5 cm /Br. «1.ª Edição»
António de Navarro em «Ode à Manhã»: «Nas grandes manhãs…/Nas grandes manhãs/ que nos acordam para a eternidade/ que se desfaz e recompõe/ no hino transitório e sem fim do nosso sangue…/». António de Albuquerque Labatt Sotto-Mayor Pereira Navarro de Andrade nasceu a 9 de novembro de 1902, no solar materno de Vilar Seco, Nelas. Foi batizado no dia 25 de março de 1903. Fez os estudos liceais em Viseu, que apenas concluiu em Coimbra, onde se matriculou no curso de Direito na Universidade daquela cidade. Em 1922 subscreve uma mensagem enviada a António Sardinha, manifestando com outros companheiros a solidariedade com os ideais do movimento «Integralismo Lusitano». É na “Lusa Atenas” que António de Navarro começa a publicar na revista «Contemporânea» em 1926, onde colabora com os poemas «Cantar d’Amigo» e «Duende». Em 1927, torna-se um dos principais colaboradores da revista «Presença». No ano de 1928, António de Navarro publica «Glauca», «Crânio» e «Ópio». No ano seguinte, publica «Thamar», «Deus», «Canção». Apesar de ter frequentado Direito durante quatro anos, António de Navarro fez a sua licenciatura em Ciências Ultramarinas na Escola Superior Colonial de Lisboa, atual Instituto de Superior de Ciências Sociais e Políticas. O seu primeiro livro publicado foi «Poemas de África» no ano de 1941, dedicado à memória da esposa Maria Eufémia Reis Ferreira, que morreu no ano anterior à publicação da obra e um ano depois de ter casado com António, em 1939. Em 1942 publica o livro «Ave de Silêncio», e Franco Nogueira, em texto depois publicado no «Jornal de Crítica Literária», diz-nos: “Navarro é um poeta originalíssimo. Nenhum poeta hoje vivo tem como o autor de «Ave de Silêncio» capacidade de sentir pormenores mínimos e de extrair deles, por alteração dos seus termos lógicos, conceitos poéticos ou verdades poéticas de validade genérica”. Na coletânea «Poetas Novos de Portugal», editada em 1944 no Rio de Janeiro, pode António de Navarro mostrar-se ao público brasileiro. Já no ano de 1947 publicou «Ode à Manhã», que saiu como separata da revista «Portucale». Em 1951 Eugénio de Andrade, em homenagem à escrita de Navarro, dedica-lhe um poema na revista «Sísifo», intitulado «Para um pássaro». António de Navarro retribui a cortesia publicando em «A Serpente» o texto «Poema». Adolfo Casais Monteiro, crítico da «Presença», no ano de 1952 não deixa de invocar o nome de António de Navarro para a mostra de poesia portuguesa contemporânea inserta na revista belga «Le Journal des Poètes». Em 1957, vem a lume o livro «Poema do Mar» com prefácio de Jorge de Sena. No ano seguinte, Navarro casa com Maria Amélia Gracinda Rodrigues, engenheira de formação, na igreja de Santa Isabel, em Lisboa. Em 1971 publica pela Agência-Geral do Ultramar «Coração Insone». Neste mesmo ano, Adolfo Casais Monteiro, no prefácio que escreve para o livro de ensaios «A Poesia Portuguesa Contemporânea», que a livraria Sá da Costa virá a publicar apenas em 1977, lamenta não poder completar o conjunto (de ensaios) com artigos ou notas sobre os importantes António de Navarro, Sophia Mello Breyner e António Ramos Rosa. Já no ano de 1980 é editado «O Acordar de Bronze», último livro em vida de António de Navarro, publicado pela Editora Pax, de Braga, e prefaciado por João Maia. Neste ano de 1980 faleceu a sua mulher em fevereiro, no dia 5, e a 20 de maio morreu António de Navarro, em Lisboa.
Ugo Nanni – O Que é a Etiopia «Versão de Vasco Cabral e Aldina Cristofanette» – Edição Vasco Cabral – Lisboa – 1935. Desc. 322 pág + 8 Ilust. / 20 cm x 14 cm / Br. Ilust.
A Etiópia é considerada uma das áreas mais antigas de ocupação humana do mundo, senão a maior, de acordo com algumas descobertas científicas. Lucy, descoberta no Vale de Awash da região Afar da Etiópia, é considerado o segundo mais antigo, mais bem preservado e mais completo fóssil adulto Australopithecus. A espécie de Lucy é chamada deAustralopithecus afarensis, que significa ‘macaco do sul de Afar’, região da Etiópia onde a descoberta foi feita. É estimado que Lucy tenha vivido na Etiópia há 3,2 milhões de anos atrás. Houve várias outras descobertas notáveis de fósseis no país, incluindo o fóssil humano mais velho, Ardi. Por volta do século VIII a.C., um reino conhecido como Dʿmt foi estabelecido ao norte da Etiópia e Eritreia, com sua capital em Yeha, norte etíope. Muitos historiadores modernos consideram esta civilização nativa da África, embora influenciada pelos sabeus, por causa de sua tardia hegemonia do Mar Vermelho, enquanto outros consideram os Dʿmt como o resultado de uma mistura dos sabeus e populações indígenas. No entanto, ge’ez, a língua semítica mais antiga da Etiópia, é agora considerada não sendo derivada dos sabeus (também semitas do sul). Há evidências da presença de povos semíticos na Etiópia e na Eritreia pelo menos no início de 2 000 a.C. A influência sabeia é agora considerada por ter sido menor, limitada a poucas localidades, e desaparecendo após poucas décadas ou um século, talvez representando uma colônia comercial ou militar em algum tipo de simbiose ou aliança militar com a civilização etíope de Dʿmt. Após a queda dos Dʿmt no século IV a.C., o planalto veio a ser dominado por reinos sucessores menores, até a ascensão de um desses reinos durante o século I a.C., o Império Aksumite, ancestral da Etiópia moderna e medieval, que era capaz de reunir a área. Eles estabeleceram bases nas terras altas do norte do Planalto Etíope e de lá, expandiram-se em direção ao sul. A figura religiosa persa Maniqueu listou Aksum junto a Roma, Pérsia, e China como um das quatro grandes potências de seu tempo
Os Solos da Ilha de são Nicolau (Arquipálego de Cabo Verde) «€25.00»
Mateus Nunes – Os Solos da Ilha de são Nicolau (Arquipálego de Cabo Verde) – Junta de Investigação de Ultramar – Lisboa – 1962. Desc. 108 pág + 1 Mapa + 4 Tabelas / 24 cm x 17 cm / E. Ilust.
Maria Margarida Pinto de Castro e José Vicente C. Malato Beliz – Gramíneas Novas da Guiné Portuguesa – Junta de Invertigação do Ultramar – Lisboa – 1964. Desc. 160 págs + 47 Figuras / 24 cm x 17 cm / E. Ilust.
Nuno Alves Morgado – Manual de Inquérito Demográficos – Junta de Invergigação do Ultramar / Estudos de Ciências políticas e Sociais – Ministério do Ultramar – Lisboa – 1959. Desc. 77 pág / 25 cm x 20 cm / Br.
Alfredo de Sousa – Ensaio de Análise Económica do Café – Junta de Invergigação do Ultramar / Estudos de Ciências políticas e Sociais – Ministério do Ultramar – Lisboa – 1958. Desc. 109 pág / 25 cm x 20 cm / Br.
João Dias Rosas – A Luta pelos Mercados Africanos – Junta de Invergigação do Ultramar / Estudos de Ciências políticas e Sociais – Ministério do Ultramar – Lisboa – 1958. Desc. 286 pág / 25 cm x 20 cm / Br.
Armand Denis – Safari – Livraria Morais editora – Lisboa – 1965. Desc. 480 + 64 Ilust. / 20 cm x 14 cm / Br. Ilust.
Armand Denis (02 de dezembro de 1896 – 15 de abril 1971) foi um documentarista belga-nascido. Depois de várias décadas de trabalho pioneiro em filmagens e apresentar a etnologia e da vida selvagem de partes remotas da África e da Ásia, tornou-se mais conhecido na Grã-Bretanha como o diretor e co-apresentador de programas de história natural na televisão na década de 1950 e 1960, com a segunda esposa Michaela
Estudos, Notas e Trabalho do Serviço de Fomento Mineiro
(1) – Estudos, Notas e Trabalho do Serviço de Fomento Mineiro – Vol. VII – Fásc. 1/2 – Pesquisas de Petróleo em Portugal – A. Beeby Thompson / Considerações Sobre Depósitos de Zinco do Sul de Portugal – Dr. João Martins da Silva / Contribuição Para o estudo da indústria Siderúrgica em Portugal – Eng. V. Pinto Pinheiro – Republica Portuguesa – Ministério da Economia – Direcção-Geral de Minas e Serviços Geológicos – Lisboa – 1952. Desc.[279] pág + [2] Estampas + [19] Mapa + [3] Tabelas + [2] Desenhos / 25 cm x 17 cm / Br. Ilust. «€40.00»
(2) – Estudos, Notas e Trabalho do Serviço de Fomento Mineiro – Vol. XVII – Fásc. 1/2 – Métodos de Exploração por Desabamento – Eng.º José António Simões Cortez / Utilização dos Sienitos Nefelínicos na industria Cerâmica – Dr. A. Vasconcelos Pinto Coelho – Republica Portuguesa – Ministério da Economia – Direcção-Geral de Minas e Serviços Geológicos – Lisboa – 1965. Desc. 352 pág + 7 Tabelas / 25 cm x 17 cm / Br. Ilust. «€40.00»
Estudos, Notas e Trabalho do Serviço de Fomento Mineiro
(3) – Estudos, Notas e Trabalho do Serviço de Fomento Mineiro – Vol. XIX – Fásc. 1/2 – Prospecção e Estudo de Algumas Areias da Península de Setúbal – Dr. A. M. Galopim de Carvalho / Aspectos Geoquímicos de Pegmatitos e Veios da Área Astano-Volframitica de Amarante – Celorico de Basto – Dr. J. M. santos Oliveira / Minas do Antimónio e Ouro de Gondomar – Ag. Téc. Eng. Adalberto Dias de Carvalho / O Caulino da Telheira (Vila Nova de Gala) – Dr. A. J. R. Lapa – Republica Portuguesa – Ministério da Economia – Direcção-Geral de Minas e Serviços Geológicos – Lisboa – 1965. Desc. [197] pág + [8] Mapas/Tabelas / 25 cm x 17 cm / Br. Ilust. «€25.00»
(4) – Estudos, Notas e Trabalho do Serviço de Fomento Mineiro – Vol. XIX – Fásc. 3/4 – Notes Sur la Stratigraphie et Le Volcanisme de la Province Pyrito-Cuprifere Du Baixo-Alentejo (Portugal) – Dr. Roland Delcey / Geoquímica de Alguns Granitos do Norte de Portugal e Suas Relações cm Mineralização Estaniferas – Dr. J. M. santos Oliveira / Rochas Dolomíticas de Santiago do Cacém – Dr. Giuseppe Menuppella / Sobre a Existencia de Bentonite em Portugal – Dr. A. M. Galopim de Carvalho / Sobre o Prolongamento e Presumível Idade dos «Calcários e Diabases» de Barrancos – Dr. Jacinto Correia Perdigão / Substancias Minerais não Metálicas do Distrito de Faro. Contribuição Para o seu Conhecimento – Dr. Vitor M. Correia Pereira – Republica Portuguesa – Ministério da Economia – Direcção-Geral de Minas e Serviços Geológicos – Lisboa – 1965. Desc.[199] ao [360] pág + [7} Mapas/Tabelas + 10 Estampas / 25 cm x 17 cm / Br. Ilust. «€.30.00»
(5) – Estudos, Notas e Trabalho do Serviço de Fomento Mineiro – Vol. XVI – Fásc. 3/4 – Engenheiro, João Lopes Guimarães dos Santos /
Os minérios do jazigo de Pb-In-Ag I! de Terramonte – Dr. Orlando da Cruz Gaspar / Moagem autogénea – Eng.º Horácio Maia e Costa /
Matérias-primas Minerais não Metálicas – l – As areias Pliocénicas de : Barosa (Leiria) – Dr. A. J. R. Lapa / Relatório· do Sénlço de Fomento Mineiro do ano de 1962 – Eng.º J. L. Guimarães dos Santos – Republica Portuguesa – Ministério da Economia – Direcção-Geral de Minas e Serviços Geológicos – Lisboa – 1967. Desc.[173] ao [293] pág + [1] Quadro + [19] Estampas / 25 cm x 17 cm / Br. Ilus «€25.00»
(6) – Estudos, Notas e Trabalho do Serviço de Fomento Mineiro – Vol. XVI – Fásc. 3/4 – Notes sur la stratigraphie et Ie Volcanisme de la province pyritocuprifère du Baixo – Alentejo (Portugal) – · Dr. Roland. Delcey / Geoquímica de alguns Granitos do Norte de Portugal e suas Relaçoes com Mineralização Estaníferas – Dr.M. Santos Oliveira / Rochas Dolomíticas de Santiago de Cacém – Dr. Giuseppe Manuppella / Sobre a Existencia de Bentonite em Portugal – Dr. A.M. Galopim de Carvalho / Sobre o Prolongamento e Presumivel Idade dos «Calcários e Diabases« de Barrancos – Dr. Jacinto correia Perdigão / Substâncias Minerais não Matélicas do Distrito de Faro. Contribuição Para o seu Conhecimento – Dr. Vitor m. Correia Pereira – Republica Portuguesa / Ministério da Indústria e Energia e Exportação / Direcção-Geral de Geologia e Minas – Lisboa – 1970. Desc.[199] ao [361 ] pág + [11 Estampa] + [2 Mapa/Carta] + [3 Gráfico] + [2 Quadro] / 25 cm x 17 cm / Br. Ilust. «€25.00»
Bacia Carbonífera do Norte de Portugal os Jazigos de S. Pedro da Cova e do,Pejão
(7) – Estudos, Notas e Trabalhos do Serviço de Fomento Minério – Vol. XXIV – Fascs. 1/4 – 1981 – Bacia Carbonífera do Norte de Portugal os Jazigos de S. Pedro da Cova e do,Pejão – Jose Lopes da Silva Freire – Republica Portuguesa / Ministério da Indústria e Energia e Exportação / Direcção-Geral de Geologia e Minas – Lisboa – 1981. Desc.[380] pág + [37 Desenhos] / 25 cm x 17 cm / Br. Ilust. «€50.00»
António Fernandes Descobridor do Monomotapa 1514-1515 «€85.00»
Hugh Tracey – António Fernandes Descobridor do Monomotapa 1514-1515 (Ano dos Centenários da Fundação e Restauração de Portugal) – Edição do Arquivo Histórico de Moçambique – Lourenço Marques – 1940. Desc. 92 pág + 2 Mapas / 29 cm x 24 cm / E. Pele – Ilust.
Boletim da Sociedade de Geographia de Lisboa – 9.ª Série – N.º 1, 2 e 3 – 1890 – O Ultimatum Britânico – Correspondência Expedida e Recebida pela Sociedade de Geographia de Lisboa, Relativamente ao Ultimatum Dirigido ao Governo Português Pelo Inglês, em 11 de Janeiro de 1890 – Imprensa Nacional – Lisboa – 1890. Desc. 206 pág / 25 cm x 16 cm / Br.
O Ultimato Britânico de 1890 foi um ultimato do governo Britânico – chefiado pelo primeiro ministro Lord Salisbury – entregue a 11 de Janeiro de 1890 na forma de um “Memorando” que exigia a Portugal a retirada das forças militares chefiadas pelo major Serpa Pinto do território compreendido entre as colónias de Moçambique e Angola (nos actuais Zimbabwe e Zâmbia), a pretexto de um incidente entre portugueses e Macololos. A zona era reclamada por Portugal, que a havia incluído no famoso Mapa cor-de-rosa, reclamando a partir da Conferência de Berlimuma faixa de território que ia de Angola à contra-costa, ou seja, a Moçambique. A concessão de Portugal às exigências britânicas foi vista como uma humilhação nacional pelos republicanos portugueses, que acusaram o governo e o rei D.Carlos I de serem os seus responsáveis. O governo caiu, e António de Serpa Pimentel foi nomeado primeiro-ministro. O Ultimato britânico inspirou a letra do hino nacional português, “A Portuguesa”. Foi considerado pelos historiadores Portugueses e políticos da época a acção mais escandalosa e infame da Grã-Bretanha contra o seu antigo aliado. Em meados do século XIX, durante a chamada “partilha de África”, Portugal reclamou vastas áreas do continente africano baseado no “direito histórico”, alicerçado na primazia da ocupação, entrando em colisão com as principais potências europeias. A crescente presença inglesa, francesa e alemã no continente ameaçavam a hegemonia portuguesa, como alertou Silva Porto, comerciante sediado no planalto do Bié que, assistindo aos movimentos, solicitou um destacamento português. A partir da década de 1870 ficou claro que o direito histórico não bastava: à intensa exploração científica e geográfica europeia seguia-se muitas vezes o interesse comercial. Entre 1840 e 1872 David Livingstone explorou a África central, onde pouco depois se instalou a Companhia Britânica da África do Sul. Em 1874 Henry Morton Stanley explorou a bacia do rio Congo e foi financiado pelo rei Leopoldo II da Bélgica, que em 1876 criou uma associação para colonizar o Congo ignorando os interesses portugueses na região. Em 1875 setenta e quatro subscritores, entre os quais Luciano Cordeiro, fundaram a Sociedade de Geografia de Lisboa para apoiar a exploração, tal como as congéneres europeias. Foi então criada a Comissão de África que preparou as primeiras grandes expedições de exploração científico-geográfica, financiadas por subscrição nacional, de Hermenegildo Capelo, Roberto Ivens e Serpa Pinto, que entre 1877 e 1885 mapearam o território. Pretendiam fazer o reconhecimento do rio Cuango, das suas relações com o rio Congo e comparar a bacia hidrográfica deste com a do Zambeze, concluindo assim a carta da África centro-austral (o famoso Mapa cor-de-rosa) e mantendo “estações civilizadoras” portuguesas no interior do continente. Entretanto, o ministro dos negócios estrangeiros João de Andrade Corvo procurou reafirmar a tradicional aliança Luso-Britânica, propondo abrir Moçambique e Goa ao comércio e navegação britânicos que em troca reconheciam as suas exigências no Congo. Em 1883 Portugal ocupou a região a norte do rio Congo. Contudo, na Conferência internacional de Berlim (1884–1885) convocada por Bismarck para fixar as zonas de influência de cada potência em África e conflitos – incluindo a oposição Portuguesa e Britânica à expansão de Leopoldo II- a aliança decepcionou. Sob pressão da Alemanha e da França, Portugal perdeu o controlo da foz do Congo para Leopoldo II da Bélgica.6 Do Congo português apenas Cabinda se manteve: em Fevereiro de 1885, os notáveis de Cabinda assinaram o Tratado de Simulambuco, pelo qual aceitavam ser um protectorado da coroa portuguesa. A exigência da «ocupação efectiva» sobre a ocupação histórica, determinada pela Conferência de Berlim 8 obrigou a agir. O estado português diversificou então os contactos internacionais, cedendo à França na Guiné, e à Alemanha no Sul de Angola,9 em troca do reconhecimento às terras interiores entre Angola e Moçambique. Nascia assim o chamado Mapa Cor-de-Rosa, tornado público em 1886, reclamando uma faixa de território que ia de Angola à contra-costa ou seja, a Moçambique. Para sustentar a reclamação de soberania foram desencadeadas diversas campanhas de exploração e avassalamento dos povos do interior e a resistência foi combatida com as chamadas Campanhas de Conquista e Pacificação conduzidas pelas forças armadas. Em 1887, ao saber dos planos portugueses, o primeiro-ministro britânico lord Salisbury recusou reconhecer os territórios que considerou não “ocupados com forças suficientes para manter a ordem, proteger estrangeiros e controlar nativos”. Portugal tentou fechar o Rio Zambeze à navegação, reclamou o vale do Niassa, numa faixa que isolava as colónias britânicas a sul. Em Janeiro de 1890 Paiva Couceiro estacionara com 40 soldados no Bié, em Angola, a caminho do Barotze para tentar obter a “avassalamento” do soba Levanica. Simultaneamente, junto ao lago Niassa, em Moçambique, as forças de Serpa Pinto arreavam as bandeiras inglesas, num espaço cobiçado e monitorizado pelo Reino Unido. A 11 de Janeiro de 1890, a pretexto do «incidente Serpa Pinto», é exigida pelo Reino Unido a imediata retirada das forças militares portuguesas no território compreendido entre Moçambique e Angola, no actual Zimbabwe. Portugal abandonou as suas pretensões que Lord Salisbury considerava baseadas “argumentos arqueológicos” de ocupação:10 a expansão colonial africana terminou. As pretensões portuguesas expressas no mapa cor-de-rosa entravam em conflito com a Companhia Britânica da África do Sul e o méga projecto inglês de criar uma ferrovia que atravessaria o todo o continente africano de norte a sul, ligando o Cairo à Cidade do Cabo. Este projecto promovido por Cecil Rhodes acabaria por nunca se realizar, pelas enormes dificuldades posta pela sua dimensão, os obstáculos do clima e geografia, e a oposição portuguesa com o mapa cor-de-rosa seguindo-se o Incidente de Fachoda entre 1898 e 1899, que colocou a França e Inglaterra à beira de uma guerra. A impossibilidade de resistência levou à imediata queda do governo português, sendo nomeado a 14 de Janeiro um novo ministério presidido por António de Serpa Pimentel. Inicia-se um profundo movimento de descontentamento social, implicando directamente a família reinante, vista como demasiado próxima dos interesses britânicos, na decadência nacional patente no ultimato. Os republicanos capitalizam este descontentamento, iniciando um crescimento e alargamento da sua base social de apoio. Alimentando esse ambiente de quase insurreição, a 23 de Março, António José de Almeida, estudante universitário em Coimbra e futuro presidente da república, publica um artigo com o título Bragança, o último, que será considerado calunioso para o rei e o levará à prisão. A 1 de Abril, no Cuíto, em Angola, o velho explorador Silva Porto imolou-se envolto numa bandeira portuguesa após negociações falhadas com os locais, sob ordens de Paiva Couceiro, que atribuiu ao ultimatum. A morte do que fora um dos rostos da exploração interior africana (chegando ao Barotze) gerou uma onda de comoção nacional e o seu funeral foi seguido por uma multidão no Porto.13 14 . A 11 de Abril é posto à venda o Finis Patriae de Guerra Junqueiro ridicularizando a figura do rei. Formalizando a cedência portuguesa, a 20 de Agosto é assinado o Tratado de Londres entre Portugal e a Grã-Bretanha, definindo os limites territoriais de Angola e Moçambique. O tratado foi publicado no Diário do Governo de 30 de Agosto e apresentado ao parlamento na sessão de 30 de Agosto, o que desencadeia novos protestos e nova queda do governo. Um ano depois, em 11 de Junho de 1891, a Questão do Barotze, referente ao estabelecimento das fronteiras de Angola nos limites ocidentais do território de Barotze foi resolvida entre Portugal e a Grã-Bretanha foi declarado que o reino Barotse estava dentro da esfera de influência britânica com a arbitragem de Vítor Emanuel III da Itália. Em consequência da cedência aos interesses britânicos, aparece em Lisboa a Liga Liberal, movimento de protesto presidido por Augusto Fuschini com a participação de João Crisóstomo contra o Tratado de Londres. A Liga promoveu uma reunião, no Teatro de São Luís, em que participaram cerca de 400 oficiais fardados. Após 28 dias de crise política é nomeado a 14 de Outubro um governo extra-partidário, presidido por João Crisóstomo. O governo é apoiado pela Liga Liberal, retomando-se progressivamente a calma. Estes acontecimentos desencadeados pelo ultimato britânico de 11 de Janeiro de 1890 marcaram de forma indelével a evolução política portuguesa, desencadeando uma cadeia de acontecimentos que levará ao fim da monarquia constitucional e à implantação da república em 5 de Outubro de 1910 e ao reforço na consciência colectiva portuguesa do apego ao império colonial, que depois teve pesadas consequências ao longo do século XX.
Edmundo de Amicis – Marrocos «Tradução de Manuel Pinheiro Chagas» – Casa Editora David Corazzi – Porto – 1889. Desc. 424 pág / 30 cm x 22,5 cm / E. Pele -Com 170 Ilust. E. Ussi e C. Biseo
Edmundo de Amicis – Constantinopla «Tradução de Manuel Pinheiro Chagas» – Companhia Nacional Editora – Lisboa 1889. Desc. 481 pág [200 Ilust] / 30 cm x 22,5 cm / E. Pele –
Edmundo De Amicis (Oneglia, 21 de Outubro de 1846 — Bordighera, 11 de Março de 1908) foi um escritor e militar italiano. Sua obra de maior destaque é “Coração” (em italiano “Cuore”). Cursou a escola militar de Módena, deixando-a em 1865 como oficial. Em 1866 tomou parte da batalha de Custozza. Em 1867, dirigiu o diário La Itália Militare, de Florença. Sua obras, hoje traduzidas em muitas línguas, gozam de um prestígio todo especial em seu país natal. Fez sua estreia literária em 1866, com o livro La Vita Militare .
A. W. Exell, A. Fernandes & H. Wild – Flora Zambesiaca – Vol. I e II – Crown Agents For Oversea Governments and Administrations – London – 1960.Desc. 653 + 2 Mapas / 23,5 cm x 15 cm / Br. Ilust
C.S.Stokes – South African Wild Life in Pictures – Central News Agency Ltd. South Africa – 1954.Desc.Desc.104 pági S/N Gravuras ilustradas / 24cm x 18cm / Br.
Guide Du Voyageur Au Congo Belge & Au Ruanda Urundi «€90.00»
Guide Du Voyageur Au Congo Belge & Au Ruanda Urundi – Edire Par L’Office Du Tourisme Du Congo Belge Et Du Ruanda – Urundi – Bruxelles – 1954 .Desc.766 pági + 5 Mapas / 21 cm x 15 cm / Encadernação Original
The Story Of The Capo to Caire Railway & River Route «€2.100.00»
The Story Of The Capo to Caire Railway & River Route From 1887 to 1922 – Compiled, Illustrated and Edited By Leo Weinthal 1ª Edição – Editora Pioneer. London (1923). Desc .48 pág (Sinopse) + XXXV + 728 pág + XX + 510 pág + XVI + 454 pág + XII +456 + 12 pág (índice) / 28 cm x 22 cm/ – Ilustrações (Completo)
O Cape to Cairo Ferroviária é um projecto incompleto de atravessar a África do sul para o norte pelo trilho . Este plano foi iniciado no final do século 19, durante a época do domínio colonial, em grande parte sob a visão de Cecil Rhodes , na tentativa de conectar possessões africanas adjacentes do Império Britânico através de uma linha contínua a partir de Cidade do Cabo , África do Sul, para Cairo ,Egito . Enquanto a maioria das sessões do Cabo ao Cairo ferroviário estão em operação, uma parte importante que falta entre o norte do Sudão e Uganda . Colonialismo britânico na África está intimamente ligado ao conceito do Cabo ao Cairo Railway. Cecil Rhodes foi fundamental para garantir os estados do sul do continente para o Império Britânico e imaginou uma “linha vermelha” contínuo de domínios britânicos de norte a sul. Uma estrada de ferro seria um elemento fundamental neste esquema para unificar as posses, facilitar a governabilidade, permitir que o militar se mover rapidamente para pontos quentes ou conduzir a guerra, ajudar a liquidação e promover o comércio. A construção deste projecto apresentado um grande desafio tecnológico. França tinha uma estratégia rival em finais de 1890 para ligar as suas colónias de oeste para leste através do continente, Senegal para Djibouti . Sudão do Sul e Etiópia estavam no caminho, mas a França enviou expedições em 1897 para estabelecer um protectorado no sul do Sudão e de encontrar uma rota através Etiópia. O esquema naufragou quando uma frota britânica no rio Nilo confrontou a expedição francesa no ponto de intersecção entre as rotas de franceses e britânicos, levando à Fashoda Incidente e eventual derrota diplomática para a França. As Português tinham ideias semelhantes, e produziu o ” Mapa Rosa “que representa as suas reivindicações à soberania na África.Interesses britânicos tiveram que superar não só os obstáculos formidáveis colocados pela geografia e clima, mas também interferindo ambições por outros poderes, o incidente Fashoda , e a ambição Português de ligação Angola e Moçambique – conhecida como a rosa Mapa . A oposição ao domínio britânico na África do Sul foi colonizada depois das Primeiras e Segundas Guerras Boer. Alemanha tinha garantido uma peça fundamental do território no leste da África , que impediu a conclusão da ligação norte-sul. No entanto, com a derrota da Alemanha em 1918, a maior parte deste território caiu em mãos britânicas e politicamente a ligação foi fechada. Depois de 1918, o Império Britânico possuía o poder político para completar a Cabo-Cairo Railway, mas questões económicas impediram a sua conclusão entre as guerras mundiais . Após a Segunda Guerra Mundial , as lutas nacionaisdos povos africanos e do desaparecimento de colonialismo removidas as bases para a sua conclusão.O Egito tem um sistema ferroviário que já em 1854 conectado Alexandria e Cairo, e que actualmente vai até o sul de Aswan . No Egito, a estrada de ferro é 1.435 milímetros ( 4 pés 8 1 / 2 em ) bitola padrão . Depois de uma balsa ligação em cima da Nilo , a ferrovia continua em Sudão de Wadi Halfa a Cartum para os 1067 milímetros ( 3 pés 6 em ) de bitola estreita ; ver a África do Norte Railroad Development . Esta parte do sistema foi iniciado por Lord Kitchener , em 1897, quando ele subjugou o Mahdist levante. Outras ligações ferroviárias para o sul, o ponto mais meridional sendo Wau .Uma grande parte da rede ferroviária sudanês está actualmente em desuso devido à turbulência política.África Oriental tem uma rede de bitola estreita 1000 milímetros ( 3 pés 3 3 / 8 em ) ferro-vias que, historicamente, cresceu a partir de portos no Oceano Índico e foi para o oeste, construído em paralelo sob o domínio colonial britânico e alemão. A corda mais distante norte foi a Uganda Railway . Eventualmente, essas redes foram ligadas, de modo que hoje há uma ligação ferroviária contínua entre Kampala , Uganda , em Lake Victoria para as cidades costeiras de Mombasa no Quênia e Dar-es-Salaam em Tanzânia . Até a dissolução da Comunidade do Leste Africano , em 1977, essas empresas operado como Ferrovias da África Oriental , mas operam hoje como diferentes empresas nacionais: a Uganda Railways Corporação Uganda ferro-vias activos da corporação foram vendidos mais de 13 anos atrás, quando o governo não conseguiu executar o corporação, como o custo de executá-lo era maior que os retornos. Hoje, o negócio ferroviário em Uganda é executado pelo Vale do Rift Ferro-vias do Quénia, a Kenya Railways Corporação , e a Tanzânia Railways Corporação .De Dar-es-Salaam, um elo separado 1,860 km para Kapiri Mposhi na Zâmbia foi concluída depois de seis anos por trabalhadores das República Popular da Chinaem 1976. Este Tanzânia-Zâmbia-Railway ( TAZARA ) foi construída para conectar sem litoral Zâmbia e sua riqueza mineral para o porto no Oceano Índico , independente de conexões através da África do Sul ou na época território Português controlada. No entanto, enquanto não se destina no grande retrato do Cabo ao Cairo Railway, a TAZARA preenche um elo crítico. Esta ligação é, ao mesmo 1.067 milímetros ( 3 pés 6 em ) de calibre como o sistema na parte sul da África .O trecho sul foi concluída durante o domínio britânico antes da Primeira Guerra Mundial e tem um sistema de interligação das ferro-vias nacionais usando o cabo de bitola de 1.067 milímetros ( 3 pés 6 em ) . A construção começou a partir de Cidade do Cabo e foi paralelo ao Great North Road para Kimberley , através de uma parte de Botsuana para Bulawayo . A partir desta junção passa o link mais ao norte, hoje operado pelos Caminhos de Ferro Nacionais de Zimbabwe , para o Zambezi travessia. A Ponte das Cataratas Victoria foi concluída em 1905. A ligação é captado por Zambia Railways e continua a Kapiri Mposhi que é o ponto de transição para o link TAZARA para a Tanzânia.O conceito do Cabo ao Cairo Railway não está morto. Enquanto a atual turbulência no Sudão é um obstáculo para a sua conclusão, conceitos tangíveis foram encaminhados para completar a ligação entre o Sudão e na África Oriental por razões económicas. Este iria completar um cabo um pouco estranho para a linha Cairo com três medidores (1.067 milímetros duas vezes) e três quebras de bitola .