
Augusto de Castro – Sexo 33 ou a Revolução da Mulher(Idílios e Ironias) – Editora – Empresa Nacional de Publicidade – Lisboa – 1933.Desc.(177)Pág.E.
Compra e Venda de Livros, Manuscritos
Augusto de Castro – Sexo 33 ou a Revolução da Mulher(Idílios e Ironias) – Editora – Empresa Nacional de Publicidade – Lisboa – 1933.Desc.(177)Pág.E.
Ribeiro Couto – Uma Noite de Chuva e Outros Contos (Ilustrações de António Dacosta) (Prefácio de Adolfo Cascais Monteiro) – Editorial Inquérito – Lisboa – 1944.Desc.(266).E.Ilust
João Gaspar Simões – Eça de Queirós a Obra e o Homem – Arcádia – Lisboa – 1978.Desc.(165)Pág + (16)Fotogravras.Br.Ilust
Custódio Magueijo, J. Lourenço de Campos & José António Campos(Selecção, Tradução e Notas) José Martins García(Prefácio) Eduardo Batarda, José Lopez-Wernar, Edgar Perdigão & Olga Pianola (ilustração) Henrique Manuel(Capa) – Antologia de Poesia Latina Erótica e Satírica – Fernando Ribeiro de Mello/Edições Afrodite – Lisboa – 1975.Desc.(231)Pág.E.Ilust
Istvàn Rákóczi – Mares Literários Luso-Húngaros – Edições Colibri – Lisboa – 2003.Desc.(229)pág + (11)Gravuras.Br.Ilust
Samuel Maia – Entre a Vida Morte – Portugal-Brasil,LDA.Sociedade Editora. – Lisboa – 19..:Desc.(231)Pág.Br.
Samuel Maia, de seu nome completo Samuel Domingos Maia de Loureiro (Ribafeita, Viseu, 14 de Fevereiro de 1874 — São Sebastião da Pedreira, Lisboa, 11 de Novembro de 1951), foi um médico, jornalista e escritor português Filho de Manuel Domingos Maia de Loureiro (Ribafeita, Viseu, Portugal, 27 de Fevereiro de 1841 – Ribafeita, Viseu, Portugal, 2 de Julho de 1882) e da sua mulher e prima (Ribafeita, Viseu, Portugal, 13 de Janeiro de 1856) Maria do Carmo Maia (Ribafeita, Viseu,Portugal, 28 de Março de 1841 – ?). Casa-se em Lisboa, Socorro) com Maria Teresa de Avelar e é pai de João de Avelar Maia de Loureiro, Francisco de Avelar Maia de Loureiro, Leonor de Avelar Maia de Loureiro (Lisboa, 10 de Janeiro de 1903) e Luís de Avelar Maia de Loureiro (São Sebastião da Pedreira, Lisboa, Portugal, 25 de Março de 1904 – Lisboa, Portugal, 14 de Agosto de 1984). Formado pela Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa e exerceu clínica em Lisboa. Foi Médico dos Hospitais Civis e exerceu o lugar de Director da consulta de crianças do Instituto de Assistência Nacional aos Tuberculosos.a Como Jornalista, desenvolveu uma prodigiosa actividade no jornal “O Século”, principalmente em artigos de fundo, e noutros jornais muito assiduamente, como o “Jornal de Notícias”, a revista “Illustração Portuguesa”, o “Diário Popular”, etc. Em 1943, é sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa, que em 1936 atribui-lhe o Prémio Ricardo Malheiropelo romance Dona sem dono. Foi Director da Companhia de Seguros Sagres. Faleceu em sua casa na Praça do Duque de Saldanha, na freguesia de São Sebastião da Pedreira, Lisboa, no dia 11 de Novembro de 1951, de “septicemia pós-pionefrose”. Foi sepultado no Cemitério do Alto de São João, em Lisboa, em jazigo de família.
Mário Dionísio – Poesia Incompleta (1936-1965) – Publicações Europa-América – Lisboa – 1966.desc.(344)B.
Mário Dionísio de Assis Monteiro (Lisboa, 16 de julho de 1916 — Lisboa, 17 de novembro de 1993) foi um crítico, escritor, pintor e professor português. Personalidade multifacetada – poeta, romancista, ensaísta, crítico, pintor –, Mário Dionísio teve uma ação cívica e cultural marcante no século XX português, com particular incidência nos domínios literário e artístico. Licenciou-se em Filologia Românica, em 1940, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Foi professor do ensino liceal e secundário e docente na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, depois da Revolução do 25 de Abril. Mário Dionísio foi opositor do Estado Novo, tendo estado ligado ao Partido Comunista Português, do qual se afastou na década de 1950. Personalidade multifacetada – poeta, romancista, ensaísta, crítico, pintor –, Mário Dionísio teve uma ação cívica e cultural marcante no século XX português, com particular incidência nos domínios literário e artístico.Foi autor de uma obra literária autónoma (poesia, conto, romance); fez crítica literária e de artes plásticas; realizou conferências, interveio em debates; colaborou em diversas publicações periódicas, entre as quais Seara Nova, Vértice, Diário de Lisboa, Mundo Literário,[6] Ge de todas as Artes e na revista Arte Opinião (1978-1982). Prefaciou obras de autores como Manuel da Fonseca, Carlos de Oliveira, José Cardoso Pires e Alves Redol. Teve uma forte ligação às artes plásticas. Além da actividade como pintor (desde 1941), foi um dos principais impulsionadores das Exposições Gerais de Artes Plásticas; integrou o júri da II Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian; foi autor de inúmeros textos, de diversa ordem, das simples críticas até à publicação de referência que é A Paleta e o Mundo; etc. Enquanto artista plástico usou os pseudónimos de Leandro Gil e José Alfredo Chaves. Participou em diversas exposições colectivas, nomeadamente nas Exposições Gerais de Artes Plásticas de 1947, 48, 49, 50, 51 e 53. Realizou a sua primeira exposição individual de pintura em 1989. Mário Dionísio desempenhou um papel de relevo na teorização do neo-realismo português, “movimento literário que, nos anos de 1940 e 1950, à luz do materialismo histórico, valorizou a dimensão ideológica e social do texto literário, enquanto instrumento de intervenção e de consciencialização”. No contexto das tentativas de reforma cultural encetada pelos intelectuais dessa corrente, através de palestras e outras ações culturais, “participou num esforço conjunto de aproximar a arte e o público, de que resultou, por exemplo, a obra A Paleta e o Mundo, constituída por uma série de lições sobre a arte moderna. Poeta e ficcionista empenhado, fiel ao «novo humanismo», atento à verdade do indivíduo, às suas dolorosas contradições, acolheu, na sua obra, o espírito de modernidade e as revoluções linguísticas e narrativas da arte contemporânea”. Mário Dionísio morreu em 17 de novembro de 1993, em Lisboa, vítima de ataque cardíaco.
Mário Cesariny de Vasconcelos (Texto) – Poesias de António Maria Lisboa (Documenta Poética) – Assírio e Alvim – Lisboa – 1977.Desc.(409)Pág.Br.Ilust
António Maria Lisboa Júnior (Ajuda, Lisboa, 1 de agosto de 1928 — Santa Engrácia, Lisboa, 11 de novembro de 1953) foi um poeta português. Autor empenhado nas primeiras manifestações surrealistas, estando inserido em textos coletivos surrealistas e tendo participado, em 1949, nas sessões realizadas no “Jardim Universitário de Belas Artes”, primeira manifestação pública do chamado grupo Surrealista Dissidente, ao lado de Mário Cesariny, Carlos Eurico da Costa, Henrique Risques Pereira, Pedro Oom e Fernando Alves dos Santos. Recusando a aproximação ao surrealismo pela simples partilha de algumas técnicas que são o seu fio condutor (escrita automática, prática do “cadavre-exquis”, da colagem, do “hasard objectif”), a teorização e prática poética de António Maria Lisboa distingue-se pelo apelo à dimensão mágica e ocultista da poesia surrealista, identificada com uma “Negra Atividade Poética que nos leva a criar entre o Indivíduo e o Cosmos um corredor livre e por ele um movimento incessante de enriquecimento comum.” (Isso Ontem Único). Em 1950, no manifesto Erro Próprio, António Maria Lisboa chama a atenção sobre a tendência do movimento surrealista para se conformar com uma tipificação que resulta do cultivo de alguns denominadores comuns da prática surrealista (“automatismo psíquico, Liberdade, o encontro de um determinado ponto de espírito sintético, oAmor, a transformação da realidade, a recuperação da nossa força psíquica, o Desejo, o Sonho, a POESIA”), mas que não respeita a essência da atitude surrealista enquanto compromisso exclusivo e intrinsecamente livre com o amor e com a linguagem, sendo, à partida, paradoxal tentar conciliar as premissas de grupo e de dialética surrealista. É esta postura de permanente inconformismo diante da transformação do surrealismo numa escola que conduz ao abjeccionismo, termo em que convergem os princípios da estética surrealista e uma postura poética de “insubmissão permanente ante os conceitos, regras e princípios estabelecidos” (Pedro Oom, cit. in MARTINHO, Fernando J. B., Tendências Dominantes da Poesia Portuguesa da Década de 50, 1996, p. 64). Ao coligir, em 1977, a poesia de António Maria Lisboa, Mário Cesariny salienta, não só o facto de a destruição dos manuscritos operada por familiares do poeta constituir uma perda irreparável para a história do surrealismo português, como o facto de a sua morte prematura parecer encimar um itinerário fulgurante ao longo do qual poesia e vida constituíram uma unidade indissolúvel.
Luthgarda Guimarães de Caires – Violeta (Versos) – Imprensa Libanio da Silva – Lisboa – 1925.Desc.(120)Pág.Br
Lutegarda do Livramento Guimarães de Caires (Vila Real de Santo António, 17 de novembro de 1858 — Lisboa, 30 de março de 1935), mais conhecida por Lutegarda Guimarães de Caires, foi uma escritora, poetisa e activistaportuguesa pelos direitos da mulher e da criança. Lutegarda Guimarães, nascida Eduarda Lutegarda do Livramento Guimarães, nasceu em Vila Real de Santo António, a 17 de novembro de 1858, filha de João António Guimarães, natural da mesma cidade e de Maria Teresa de Barros, natural de Lisboa, freguesia da Lapa. O pai, aficcionado da música, rodeou os filhos de arte, ensinando-lhes harpa, violino e cítara. Lutegarda e o irmão, improvasavam, junto de primos, pequenos teatros de peças consagradas, que adaptavam e apresentavam à família. Ainda jovem, Lutegarda deixou o Algarve e fixou residência em Lisboa. Na capital portuguesa, a 10 de fevereiro de 1877, na Igreja de São José, aos 18 anos, casa-se com o tenente de Infantaria Serafim Duarte Soares Coelho, de 24 anos e natural de Soure. Nesta época, o seu pai já havia falecido e a mãe, foi testemunha do consórcio. Por motivos profissionais, o marido vai para Angola, onde falece, em Luanda, a 12 de março de 1889. No mesmo ano, conheceu e veio a casar-se, a 20 de novembro, na mesma igreja onde casara com o primeiro marido, com o advogadomadeirense João de Caires, natural de Câmara de Lobos, um homem de cultura, que, além de juiz municipal em Óbidos, era escritor e fundador da Sociedade de Propaganda de Portugal, organizador, em sua casa, de serões literários muito participados. Logo no início do casamento sofreu a perda de uma filha (e provavelmente ainda de outro filho). Isto marcou-a profundamente e revelou-se na sua poesia, toda ela triste. A partir daí, decidiu dedicar-se a causas sociais, mais conhecida das quais a visita a crianças doentes do Hospital de Dona Estefânia levando-lhes roupas, brinquedos e rebuçados.Durante alguns anos, o casal Caires viveu em Óbidos e Alcobaça, onde o marido foi juiz. Foi nesta última cidade, que, em 1895, nasceria o seu filho Álvaro Guimarães de Caires, que viria a ser médico, professor na Universidade de Sevilha, escritor e investigador. Nesta sua passagem por Alcobaça, Lutegarda declamou num sarau literário junto aos túmulos de Pedro e Inês, no Mosteiro de Santa Maria da Vitória. Por onde passava, Lutegarda deixava uma marca de cultura e filantropia. Mulher atenta aos problemas e injustiças do seu tempo, a partir de 1905, começa a colaborar em jornais com artigos de cariz social. A sua primeira obra intitulou-se Glicínias e foi editada em 1910. Com a Implantação da República em Portugal, o Ministro da Justiça de então, Diogo Leote, propôs à escritora, em 1911, que fizesse um estudo da situação dos presos, principalmente das mulheres detidas, numa época em que as prisões eram mistas. Lutegarda denunciou péssimas condições em que viviam as prisioneiras, que se encontravam em situações críticas, quer a nível físico, quanto psicológico, e os seus artigos conseguiram ter o efeito de abolir a máscara nas prisões, que era forçada em presos com determinadas penas mais duras, bem como a obrigatoriedade da pena de silêncio. Conseguiu ainda que as mulheres tivessem melhores condições higiénicas nas cadeias. De regresso a Lisboa, continua a visitar as crianças doentes e sozinhas do Hospital de Dona Estefânia. Com o sucesso das suas obras, conseguiu angariar mais interessados na sua cruzada em prol dos menores. Durante dez anos, Lutegarda de Caires promoveu o evento denominado “Natal das Crianças dos Hospitais”, e que hoje apenas se chama Natal dos Hospitais, uma festa dedicada a todos os enfermos, independentemente da idade, e que é exibido anualmente poucos dias antes da festa de Natal pela RTP. Em junho de 1913, Lutegarda Guimarães, juntamente com Ana Augusta de Castilho, Beatriz Pinheiro, Maria Veleda e Joana de Almeida Nogueira, representaram a delegação portuguesa na Sétima Conferência da Aliança Internacional de Sufrágio Feminino, em Budapeste. A sua obra é principalmente poética, que dedica a figuras famosas da época, como Guerra Junqueiro, Branca de Gonta Colaço, Virgínia Quaresma, Maria Amália Vaz de Carvalho, entre outros. Em 1923, Lutegarda ganhou o 1.º prémio nos Jogos Florais Hispano-Portugueses de Ceuta, com o soneto Florinha da Rua. A autora, ausente em França naquele momento, fez-se representar pelo seu irmão, João de Deus Guimarães, numa cerimónia no Convento do Carmo, na Associação dos Arqueólogos Portugueses e onde uma delegação espanhola se deslocou propositadamente para fazer a entrega do prémio. Ativista, com os seus artigos publicados em diversos jornais como O Século, Diário de Notícias, A Capital, Brasil-Portugal, Ecos da Avenida e Correio da Manhã, lutou pela igualdade de oportunidades e dignidade para as mulheres. Feministaconvicta, insurgiu-se contra a discriminação de que eram vítimas as mulheres por não poderem dispor dos seus próprios bens, enquanto casadas. Também se encontram algumas colaborações suas na revista Serões (1901-1911). Lutegarda Guimarães faleceu aos 76 anos, na sua residência, o primeiro andar direito do número 53 da Avenida da Liberdade, freguesia de São José, em Lisboa, sendo a sua idade erroneamente declarada como 63 anos, no registo de óbito. A causa de morte é apresentada como cancro da mama e síncope cardíaca. Encontra-se sepultada em jazigo de família, no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa.
Orlando Neves – Morte em Campo de Ourique – Vega – Lisboa – 1987.Desc.(167)Pág.Br
Orlando Loureiro Neves (Portalegre, 11 de setembro de 1935 — Senhora da Hora, Matosinhos, 24 de janeiro de 2005) foi um escritor, poeta e dramaturgoportuguês. Foi também tradutor, tendo traduzido para português dezenas de obras. Encenou diversas peças de teatro. Orlando Loureiro Neves nasceu em Portalegre, mas fez o ensino primário em Lisboa e nas Caldas da Rainha. O ensino secundário foi feito em várias cidades: Lisboa (Liceu Gil Vicente); Porto (Liceu D. Manuel II); Guimarães (Liceu Nacional de Guimarães) e finalmente no Porto no já referido Liceu D. Manuel II. Ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (onde foi dispensado do exame de admissão), tendo aí terminado a licenciatura em Direito, em Junho de 1958, com 22 anos de idade. Dos tempos da faculdade de direito encontra-se colaboração da sua autoria na publicação académica Quadrante (1958-1962) publicada pela Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa. Orlando Neves exerceu diversas actividades, quase todas ligadas à cultura. Foi Diretor de Publicidade e Relações Públicas da fábrica EFACEC em São Mamede de Infesta, nos arredores do Porto. Colaborou no Teatro Moderno dos Fenianos da cidade do Porto. Foi vice-presidente do Teatro Experimental do Porto. Trabalhou como documentalista no Laboratório Nacional de Engenharia Civil em Lisboa, onde esteve cerca de um ano (1965-1966) e de onde foi obrigado a sair por se recusar um documento em que declarava a não prática de atos contra a ditadura do Estado Novo, regime com que ele não concordava. Trabalhou como jornalista no Jornal República no campo da cultura, tendo aí sido crítico de teatro e de televisão. Em 1971-1972, foi convidado para director literário do Círculo de Leitores, tendo assim de abandonar a redação do jornal “República”. Em Julho de 1974 foi despedido do Círculo de Leitores, se justa causa pela administração alemã por ter colaborado e presidido à Assembleia Geral de Trabalhadores que decretara em Maio desse ano, uma greve por motivos salariais. Em julho de 1974, assumiu a direcção literária da Portugália Editora, de onde saiu por divergências com os proprietários da referida editora. Em Fevereiro de 1975 fundou a Cooperativa Editorial Diabril para a qual leva José Gomes Ferreira e de quem são publicadas e reeditadas várias obras. Foi diretor de Relações Públicas e assessor do Teatro São Luiz, na altura em que este era dirigido por Carlos Wallenstein. Como jornalista foi free-lancer, tendo colaborado nos jornais “A Luta” e “Expresso” com críticas de televisão, teatro e literatura. Trabalhou no jornal de Diário de Notícias também com críticas de rádio e escreve crónicas. Em 1980 foi apresentador do programa cultural semanal “Manta de Retalhos” na RTP1, considerado pela crítica como o melhor programa cultural de televisão feito até então. Foi co-autor da primeira série do programa de rádio “Pão com Manteiga”. Em 1984, encenou no Teatro Nacional D. Maria II, a peça de Vicente Sanches “A birra do Morto”, que obteve o Prémio Revelação em Encenação pela Associação Portuguesa de Crítica de Teatro. Entre 1985 e 1986, encenou na Fundação Calouste Gulbenkian, no ciclo “Retorno à Tragédia”, as peças “À procura da Tragédia” e o “Indesejado” de Jorge de Sena. Em 1992, saiu do Diário de Notícias, dedicando-se em exclusividade à profissão de escritor. Em 1998, foi galardoado com Prémio Literário Cidade de Almada, graças à obra: Torrebriga – Cenas da Vida no Interior, lançada no ano seguinte pela editora Campo das Letras do Porto. Faleceu na cidade do Porto, a 24 de Janeiro de 2005 e como vimos teve uma vida muito multifacetada quase sempre ligada à cultura.
Armando Silva Carvalho – A Vingança de Maria de Noronha – VEGA – Gabinete de Edições – Lisboa 1988.Desc.(212)Pág.B
Armando da Silva Carvalho (Olho Marinho, Óbidos, 28 de março de 1938 – Caldas da Rainha, 1 de junho de 2017) foi um poeta e tradutor português. Licenciado em Direito, na Universidade de Lisboa, foi advogado, jornalista, professor do ensino secundário e publicitário. Colaborou na Antologia de Poesia Universitária, em 1959, juntamente com Ruy Belo, Fiama Hasse Pais Brandão, Luiza Neto Jorge, Gastão Cruz, entre outros, e também na Quadrante, revista da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa, iniciada em 1958. Publicou Lírica Consumível em 1965, que marcou o início da sua obra poética e que lhe valeu o Prémio Revelação da Sociedade Portuguesa de Autores. A sua escrita é marcada por um timbre de mordacidade, sarcasmo e figurações da pulsão sexual. Das obras de ficção salienta Portuguex, publicada em 1977. Desde a década de 1960 colaborou em inúmeros jornais e revistas (Diário de Lisboa, Jornal de Letras, O Diário, Poemas Livres, Colóquio-Letras, Hífen, As Escadas Não Têm Degraus, Sílex, Nova, Via Latina, Loreto 13, entre outras). Foi incluido na IV Líricas Portuguesas, em 1969, antologia poética organizada por António Ramos Rosa e desde então tem estado representado na generalidade das antologias de poesia portuguesa. Morreu a 1 de junho de 2017, no Montepio Rainha D. Leonor, nas Caldas da Rainha, aos 79 anos de idade, vítima de cancro.
Francisco de Barros Júnior – Caçando e Pescando Por Todo o Brasil”Mato Grosso e Goiás” – Edições Melhoramentos – São Paulo.S/D.Desc.(350)Pág.Br.
Emiliano da Costa – Rosairinha( Poema) – Gráfica Lisbonense – Lisboa – 1940.Desc.(238)Pág. Br.(1.ªEdição)
Emiliano da Costa – Asas(Poesia) – Tip. União – Faro – 1957.Desc.(99)Pág.Br(Autografo) 1.ªEdição
Conde D´Arnoso – Azulejos)Prefácio de Eça de Queiroz) – Portugal Brasil, LDA/Sociedade de Editores – Lisboa – 19..Desc.(228)Pág.Br.
Carlos Oliveira – O Aprendiz de Feiticeiro – Publicações Dom Quixote – Lisboa – 1971.Desc.(289)Pág.Br(1.ªEdição)
Carlos de Oliveira nasceu em 1921, em Belém do Pará, filho de pais portugueses emigrados no Brasil. Tinha apenas dois anos quando a família regressou a Portugal. Na cidade que o acolheu, Coimbra, participou no grupo do Novo Cancioneiro, na génese do movimento Neorrealista, de que viria a ser uma das maiores vozes. Colaborou nas revistas Altitude e Seara Nova, e dirigiu durante algum tempo a revista Vértice. Começou a destacar-se com os seus livros de poesia – Mãe Pobre (1945), Micropaisagem (1968), Pastoral (1977), entre outros. O seu trabalho distingue-se pela constante depuração da escrita e pelo questionamento do gesto autoral, levando-o a corrigir e reescrever quase todos os seus trabalhos até ao final da vida: são disso exemplo os seus romances Casa na Duna (1943), Pequenos Burgueses (1948), Uma Abelha na Chuva (1953) ou Finisterra (1978). Faleceu em Lisboa a 1 de julho de 1981.
D.Thomas Caetano do Bem -Memoria Historicas Chonologicas da Sagrada Religião das Clerigos Regulares em Portugal e suas Conquistas, na India Oriental. Lisboa, na Reg. Offic. Typ.O Tomo I Impresso em 1792, com VIII(innumeradas)-LVII-507 pag.; o II Impresso em 1794, com XXXII-XXXVIII-416 pag.- No formato de folio, algum tanto maios que o ordinario chamado portugueze.
Imprimiram-se d’esta obra só 500 exemplares. Foi taxado cada um dos tomos para venda em 1:920 réis em papel.o preço dos exemplares tinha decaido com o tempo, a ponto de serem alguns vendidos por 2:400réis, e por menos quantias: porém modernamente têem subido de valor, e sei que alguem ja déra por um 4:500. É provavel que esse augmente ainda de futuro, quando esta obra se ternas mais conhecida do que parece havel-o sido até aqui.De todas as do autor é sem duvida a mais consideravel a todos os respeitos.Posto que estejam muito longe de poderem ser tomadas para modelo, quer no estylo, quer no linguagem, quer ainda na disposição methodica, estas Memorias são todavia curiosas, e instructivas em summo grau, e offerecem copiosos subsidios não só para a historia das artes das letras n’este reino nos seculos XVII e XVIII, mas até para a sua historia politica. Ali se encontram as vidas e acções particulares de alguns varões doutos, que floreceram n’aquella benemerita e laboriosa congregação, taes como D. Raphael Bluteau,D.Manuel Caetano de Sousa, D.José Barbosa, D. Antonio Caetano de Sousa, D.Luis Caetano de Lima,etc.etc. São particularmente interessantes e noticiosas as vidas de D.Manuel Caetano de Sousa e D.Luis Caetano de Lima. Na do primeiro o chronista soube habilmente apriveitar-se da viagem que o seu confrade emprehendeu á Itália, indo assistir ao capitulo geral da ordem, para dar noticia de muitas antiguidades preciosas, de muitos livros e manuscritos raros, existentes nas livrarias d’aquella provincia, então a mais rica da Europa n’este genero de preciosidades.Na vida de D.Luis Caetano de Lima, serviu-lhe o cargo que este exercêra de secretario particular d’embaixador junto ao Marquez de Cascaes, enviado pela nossa côrte á de Paris em 1695, e junto ao Conde de Tarouca, quando ministro plenipotenciario de portugal com D.Luis da Cunha aocongresso de Utrecht, para d’ahi tecer uma larga e circumstanciada exposição do estado da Europa, deste a paz de Riswich até á conclusão d’aquelle notavel congresso: Exposição que não só constitue a historia completa das complicadas negociações que alli puzeram termo á guerra da grande alliança, mas é verdadeiramente a unica até agora impressa, na parte que respeita ao modo por que foram conduzidos e tractados os interesses de Portugal n’aquella universil pacificação.D.Thomás Caetano, que tinha adquirido em seus longos estudos copiosa e variada erudição, quiz ainda aproveital-a, procurando amenisar o assumpto, e realçar o merito das suas Memorias. Inseriu no tomo I em fórma de prologo um extenso e desenvolvido tractado, ácerca do methodo de escrever a historia, com a exposição das suas leis e perceitos, e interssantes applicações criticas, quando ao modo que taes regras haviam sido desempenhadas por muitos notaveis historiadores nacionaes e extranhos.- E no tomo II uma carta em que patentêa profundo conhecimentos da sciencia numeristica; e um tractado sobre methodo de estudar a historia, com immediata applicação á de Portugal. Ahi mesmo expõe com espirito de boa critica varias especies relativas á chronologia nacional,e á genealogia dos nossos primeiros monarchas. A historia das questões concernentes ao padroado da corôa portugueza no oriente, e das desavenças suscitadas em tempo antigo por parte das vigarios apostolicos, em virtude das ordens da congregação romana, adquire muita luz, pelas noticias que o auctor nos dá a esse respeito no tomo II, pag. 15 a 31, e pag.383 a 392, etc.,etc. Por me parecer de conveniencia para alguns leitores, que por curiosidade ou estudo tiverem de consultal-as, deixarei aqui a indicação das viads dos escriptores portugueze pertencentes á congregação theatina, que se comprehendem na obra: poupando-lhe assim o trabalho da busca a que seriam obrigados, por não terem aquelles livros indices seguidos e regulares, e só sim os das materias conteúdas dispostos pela ordem alphabetica.
1.Vida do P.D.Raphael Bluteau.-Tomo I, pag.283 a 317.
2.Vida do P.D.Antonio Ardizonne Spinola.-Tom I, pag.271 a 282.
3.Vida do P.D.Vicente Barbosa.-Tomo I, pag.318 e 319
4.Vida do P.D.Manuel Caetano de Sousa.-Tomo I, pag.321 a 464.
5.Vida do P.André Nunes da Silva(secular).-Tomo I, pag.465 a 492.
6.Vida do P.D.Manuel do Tojal e Silva.-Tomo II, pag.1 a 6
7.Vida do P.D.Luis Caetano de Lima.-Tomo II, pag.34 a 162
8.Vida do P.D.José Barbosa.-Tomo II, pag.163 a 173
9.Vida do P.D.Antonio Caetano de Sousa.-Tomo II, pag.174 a 199.
10.Vida do P.D.Jeronymo Contador d’Argote.-Tomo II, pag.200 a 232
11.Vida do P.D.Francisco Xavier do Rego.-Tomo II,pag.235
12.Vida do P.D.Caetano de Gouvéa Pacheco.-Tomo II,pag.235
D.Thomás Caetano de Bem, Clerigo Regular Theatino, Mestre em Theologia, Chronista da Real Casa de Bragança, Academico da Academia Real das Sciencias de Lisboa,etc.- Foi natural de Lisboa, e filho do jurisconsulto Alexandre de Bem Ferreira, de quem fiz no logar completendo do diccionario.N. a 18 de Septembro de 1718,e M.a 13 de Março de 1797.-Para a sua biographia vej. o Elogio historico que lhe consagrou Stockler, impresso no tomo II das Obras d’este, de pag.1 a 25.
Luiza Neto Jorge – A Lume – Peninsulares / Literaturas (32) – Assírio & Alvim – Lisboa – 1989.Desc.(94) pág.Br
Neto Jorge (nascida Maria Luísa Neto Jorge, Lisboa, 10 de Maio de 1939 — Lisboa, 23 de Fevereiro de 1989) foi uma tradutora e poetisaportuguesa. Maria Luísa Neto Jorge nasceu em São Sebastião da Pedreira, Lisboa, a 10 de Maio de 1939, numa família burguesa. Ainda na infância os pais separaram-se, tendo ido primeiro viver com o pai na antiga freguesia de Anjos, e depois com a mãe, na zona do Chiado. Devido a problemas de saúde, atrasou-se nos estudos, e aos dezoito anos matriculou-se na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, no curso de Filologia Românica, que não chegou a concluir, embora tenha tirado o bacharelato. Durante a sua estadia na universidade, integrou-se no movimento estudantil de ideais de esquerda, e fez parte do Grupo de Teatro de Letras, que ajudou a fundar, e onde conheceu o futuro poeta Gastão Cruz. Esteve na faculdade até aos princípios da década de 1960, quando casou com o escritor António Barahona da Fonseca. O casal mudou-se para o Algarve, onde residiu como hóspede de Gastão Cruz. Em 1960 publicou o seu primeiro livro, Noite Vertebrada. Luísa Neto Jorge começou a sua carreira como professora no ano lectivo de 1961 para 1962, no Liceu de Faro. Naquela cidade, fez parte de um grupo de artistas que se reunia no Café Aliança, e que era frequentado especialmente por escritores e poetas, como José Afonso, Gastão Cruz, Casimiro de Brito e António Ramos Rosa. Nessa altura, publicou a sua primeira obra, A Noite Vertebrada, e colaborava na revista Poesia 61. Foi considerada a personalidade de maior destaque do grupo de poetas que se reuniu em torno do movimento Poesia 61, no âmbito do qual publicou a obra Quarta Dimensão. O casamento com António Barahona só durou cerca de dois anos, tendo este partido para Moçambique e Luísa Neto Jorge para Paris. Na capital francesa, continuou a escrever enquanto trabalhava, tendo algumas das suas obras de poesia sido publicadas em Portugal. Regressou a território nacional durante algumas vezes durante a sua estadia em França, embora só tenha voltado de forma definitiva a Portugal cerca de oito anos depois. Em 1969 publicou a colectânea Dezanove Recantos , que foi principalmente inspirada na cidade de Silves, no Algarve. Passou a viver com Manuel João Gomes (Coimbra, 1948 – 2007), tradutor, escritor, actor e crítico teatral com quem teve o seu único filho, Dinis, nascido em 1973, e com quem se casaria em 1987. Nesse ano publicou a obra Sítios Sitiados. Embora não tenha deixado uma grande obra escrita, foi uma das mais conhecidas autoras portuguesa nas décadas de 1960 a 1980, tendo vários dos seus livros sido traduzidos em vários idiomas, e publicada na maior parte das antologias de poesia portuguesa contemporânea. Salvo poemas avulsos em algumas publicações, como é o caso da revista Colóquio-Letras, não publicou nenhum livro nos últimos dezasseis anos de vida. Após o seu falecimento, a família publicou várias obras em seu nome, baseadas em rascunhos deixados pela autora. Em 1993, foi coligida a obra completa. Começou a trabalhar como tradutora, tendo trabalhado nas obras de Paul Verlaine, Marguerite Yourcenar, Boris Vian, Paul Éluard, Marquês de Sade, Goethe (Fausto]), Jean Genet, Witold Gombrowicz, Apollinaire, Karl Valentin, Garcia Lorca, Ionesco, Oscar Panizza, entre outros. Destacou-se nesta actividade, tendo recebido o prémio de tradução do PEN Clube Português pela sua interpretação da obra Morte a Crédito de Louis-Ferdinand Céline. Também trabalhou na adaptação de textos para o teatro, baseada em obras de vários autores, incluindo Denis Diderot. Auxiliou vários cineastas nacionais na produção de diálogos para filmes, incluindo Paulo Rocha e Solveig Nordlund, elaborou os argumentos de Os Brandos Costumes, de Alberto Seixas Santos, em 1975, e fez assistência literária em Relação Fiel e Verdadeira, de Margarida Gil, em 1989.Destacou-se igualmente como artista plástica em desenho e cerâmica, e especialmente em pintura, tendo feito exposições no Círculo de Artes Plásticas, entidade onde também foi directoraTambém fez várias ilustrações para capas de livros. Luíza Neto Jorge morreu em 23 de Fevereiro de 1989, na cidade de Lisboa, vítima de uma doença pulmonar.
Maria Luísa Guerra – Fado Alma de Um Povo – Temas Portugueses / Imprensa Nacional Casa da Moeda – Lisboa – 2003.Desc.(192)Pág. Br.
Gil Vicente -Autos das Três Barcas – Estúdios Cor – Lisboa – 1967.Desc.(53 a 74)Pág.E.Ilust. Edição Fac-símile)(Exemplar N.400)