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Drummond Mais Seis Poetas e Um Problema
Drummond Mais Seis Poetas e Um Problema (€15.00) António Houaiss – Drummond Mais Seis Poetas e Um Problema – Imago Editora, Ltda – Rio de Janeiro – 1976.Desc.(259)Pág.Br.”Autografado”
Antônio Houaiss Antônio Houaiss (Rio de Janeiro, 15 de outubro de 1915 – Rio de Janeiro, 7 de março de 1999) foi um destacado intelectual brasileiro — filólogo, crítico literário, tradutor, diplomata, enciclopedista e ministro da cultura do Brasil no governo Itamar Franco. Houaiss era o quinto de sete filhos de um casal de imigrantes libaneses, Habib Assad Houaiss e Malvina Farjalla, radicados no Rio de Janeiro. Com dezesseis anos, começou a leccionar português, atividade que exerceu durante toda sua vida.Autor de dezenove livros, Houaiss organizou e elaborou duas das enciclopédias mais importantes já feitas no Brasil, a Delta-Larousse e a Mirador Internacional. Publicou dois dicionários bilíngues inglês-português, organizou a primeira edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), da Academia Brasileira de Letras. Entre seus trabalhos de tradução está o romance Ulisses, de James Joyce. Ocupou diversos cargos importantes como presidente da Academia Brasileira de Letras, ministro da Cultura no governo do presidente Itamar Franco e membro da Academia das Ciências de Lisboa. A revista Veja chegou a defini-lo como o “maior estudioso das palavras da língua portuguesa nos tempos modernos”. Em fevereiro de 1986, iniciou o projeto do Grande dicionário Houaiss da língua portuguesa, seu magnum opus. Houve uma interrupção de cinco anos, por falta de recursos financeiros, de 1992 até março de 1997, quando então fundou o Instituto Antônio Houaiss de Lexicografia e Banco de Dados da Língua Portuguesa S/C Ltda., com Francisco Manoel de Mello Franco e Mauro de Salles Villar. Antônio Houaiss faleceu em 7 de março de 1999, sendo os trabalhos lexicográficos concluídos pelo Instituto, em dezembro de 2000. O Grande Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa veio a lume em 2001.
Carlos Drummond de Andrade Carlos Drummond de Andrade (Itabira, 31 de outubro de 1902 – Rio de Janeiro, 17 de agosto de 1987) foi um poeta, farmacêutico, contista e cronista brasileiro, considerado por muitos o mais influente poeta brasileiro do século XX. Drummond foi um dos principais poetas da segunda geração do modernismo brasileiro, embora sua obra não se restrinja a formas e temáticas de movimentos específicos. Os temas de sua obra são vastos e empreendem desde questões existenciais, como o sentido da vida e da morte, passando por questões cotidianas, familiares e políticas, como o socialismo, dialogando sempre com correntes tradicionais e contemporâneas de sua época. As características formais e estilísticas de sua obra também são vastas, destacando-se, por vezes, o dialeto mineiro. Drummond nasceu na cidade de Itabira, em Minas Gerais. Sua memória dessa cidade viria a permear parte de sua obra. Seus antepassados, tanto do lado materno como paterno, pertencem a famílias de origem escoto-madeirense há muito tempo estabelecidas no Brasil. Posteriormente, foi estudar no Colégio Arnaldo, em Belo Horizonte, e no Colégio Anchieta, dos jesuítas, em Nova Friburgo. Formado em farmácia pela Universidade Federal de Minas Gerais, com Emílio Moura e outros companheiros, fundou “A Revista”, para divulgar o modernismo no Brasil. No mesmo ano em que publica a primeira obra poética, “Alguma poesia” (1930), o seu poema Sentimental é declamado na conferência “Poesia Moderníssima do Brasil”,. feita no curso de férias da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, pelo professor da Cadeira de Estudos Brasileiros, Dr. Manoel de Souza Pinto, no contexto da política de difusão da literatura brasileira nas Universidades Portuguesas. Nos anos 1940, Drummond ingressou nas fileiras do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e chegou a dirigir um jornal do Partido no Rio de Janeiro, onde realizou uma entrevista com o dirigente do partido Luis Carlos Prestes ainda na cadeia.Existe colaboração de sua autoria no semanário Mundo Literário (1946–1948) e na revista luso-brasileira Atlântico. Durante a maior parte da vida, Drummond foi funcionário público, embora tenha começado a escrever cedo e prosseguisse escrevendo até seu falecimento, que se deu em 1987 no Rio de Janeiro, doze dias após a morte de sua filha. Além de poesia, produziu livros infantis, contos e crônicas. Sua morte ocorreu por infarto do miocárdio e insuficiência respiratória. Drummond, como os modernistas, segue a libertação proposta por Mário de Andrade e Oswald de Andrade; com a instituição do verso livre, mostrando que este não depende de um metro fixo. Se dividirmos o modernismo numa corrente mais lírica e subjetiva e outra mais objetiva e concreta, Drummond faria parte da segunda, ao lado do próprio Oswald de Andrade. Quando se diz que Drummond foi o primeiro grande poeta a se afirmar depois das estreias modernistas, não se está querendo dizer que Drummond seja um modernista. De fato, herda a liberdade linguística, o verso livre, o metro livre, as temáticas cotidianas.Sobre a poesia política, algo incipiente até então, deve-se notar o contexto em que Drummond escreve. A civilização que se forma a partir da Guerra Fria está fortemente amarrada ao neocapitalismo, à tecnocracia, às ditaduras de toda sorte, e ressoou dura e secamente no eu artístico do último Drummond, que volta, com frequência, à aridez desenganada dos primeiros versos: A poesia é incomunicável / Fique quieto no seu canto. / Não ame. Muito a propósito da sua posição política, Drummond diz, curiosamente, na página 82 da sua obra “O Observador no Escritório”, Rio de Janeiro, Editora Record, 1985, que “Mietta Santiago, a escritora, expõe-me sua posição filosófica: Do pescoço para baixo sou marxista, porém do pescoço para cima sou espiritualista e creio em Deus.” No final da década de 1980, o erotismo ganha espaço na sua poesia até seu último livro.
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Higiene e Terapia Alimentar e Profilaxia das Doenças de Origem Artrítica
Higiene e Terapia Alimentar e Profilaxia das Doenças de Origem Artrítica (€15.00) Dr.Indiveri Colucci – Higiene e Terapia Alimentar e Profilaxia das Doenças de Origem Artrítica – Oficinas da Sograsul – Montijo – Lisboa – 1984.Desc.(329)Pág.Br
Pedro Indíveri Colucci (8 de Dezembro de 1879 — 1987) foi um médiconaturopata de origem italiana radicado em Portugal. Juntamente com Amílcar de Sousa, João Bentes Castel-Branco, Luciano Silva, Lyon de Castro e Fred Vasques Homem, foi um dos principais introdutores da Naturopatia e da Medicina alternativa em Portugal. O Dr. Pietro Indíveri Colucci foi director e proprietário da revista Natura: revista mensal de Saúde pela terapêutica natural e alimentação racional, educação física, campismo e cultura social. Publicou alguns livros de curas naturais com grande sucesso. O seu livro Higiene e Terapia Alimentares e Profilaxia das Doenças de Origem Artrítica em 1986 já tinha 18 edições! No seu instituto de Paço de Arcos, curou através da Medicina natural milhares de doentes, inclusive médicos, muitos deles considerados como perdidos pela medicina convencional.A maioria dos doentes que recorriam ao Dr. Colucci eram pessoas já desesperadas que, depois de terem recorrido a inúmeros médicos cotados, gastando grandes quantidades de dinheiro durante vários anos, e tendo-se submetido aos mais diversos tratamentos, tinham sido, finalmente classificados de «incuráveis». Recorrendo então ao Instituto do Dr. Colucci, depois de terem ouvido falar das curas «milagrosas» que aí se realizavam, estes doentes, muitas vezes às portas da morte, curavam-se radicalmente em poucos meses, por meio dos métodos naturais (sem medicamentos de espécie alguma e seguindo sempre um regime vegetariano adaptado a cada caso especifico), escapando assim à morte prematura e, em muitos casos, a operações dadas, pela medicina oficial, como «inevitáveis». Ele prescrevia um regime vegetariano, com exclusão de todas as espécies de carne (branca e vermelha) e produtos derivados da carne, assim como de peixes, mariscos, moluscos e crustáceos, que considerava “altamente tóxicos” O Dr. Colucci foi condecorado pelo governo francês com as medalhas «Grande Prémio Humanitário de França» e «Mérito e Devoção». A revista Vida Sã, editada pela Sociedade Portuguesa de Naturalogia informou que Colucci ainda trabalhava no seu instituto aos 103 anos.
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Conto Candango
Conto Candango (€12.00) Salomão Sousa (Coordenação) – Conto Candango – Coordenada – Editora Brasilia – Brasilia – 1980.Desc.(156)Pág.Br
Candango Candango é o termo pelo qual ficaram conhecidos os operários que trabalharam na obra de construção da nova capital, Brasília, e em toda a infraestrutura necessária para sustentar essa atividade. Com o passar dos anos, passou a ser considerado um gentílico alternativo para os moradores da cidade, se tornando sinônimo de brasiliense. Segundo Edwardes Cabral, carpinteiro da Construtora Rabelo, que construiu o Palácio da Alvorada, o Presidente Juscelino Kubistchek, sempre sorridente e afável com os operários, abraçava-os e dizia: “Eu sou o candango número 1. Você é o número 2”. Os primeiros trabalhadores que chegaram em Brasília em meados de outubro de 1956 vieram de Belo Horizonte por ordem do engenheiro Roberto Pena para trabalhar na construção do Catetinho. Aqui eles se abrigavam das fortes chuvas do cerrado em barracas cedidas pelo Exército. No Plano Piloto, as primeiras obras foram a Igreja Nossa Senhora de Fátima, o Brasília Palace Hotel e o Palácio da Alvorada, o que demandou mais mão-de-obra e, por conta disso, todos os dias chegavam caminhões pau de arara apinhados de pessoas para desempenhar essa função; eram os homo faber (expressão para designar os homens realizadores, fazedores), em sua maioria vinham do Norte e Nordeste do país, sempre buscando melhores condições de vida e trabalho. Para acolher esse fluxo migratório, surgiram os acampamentos pioneiros, em geral, montados pelas construtoras para receber seus funcionários. A Novacap, assim que se instalou na região da atual Candangolândia com seus galpões, montou alojamentos para os trabalhadores solteiros e “barracos” para os casados, que ficaram conhecidos como Lonalândia, por serem cobertos com lonas. Apesar disso, na região havia também algumas casas de bom padrão, que atendiam aos engenheiros e funcionários técnicos e administrativos da companhia. Para a época, a infraestrutura geral deste acampamento era considerada boa. Por estar próximo da sede da Novacap, o acampamento se beneficiava da energia elétrica dos geradores da empresa, da rede de água, da escola que foi construída, do hospital e posto de saúde, do posto policial e do Serviço de Alimentação Popular (SAPS) que mantinha um restaurante na região e outras melhorias. Além do acampamento da Novacap, outro que surgiu logo no início da construção da capital foi o da Vila Planalto ou Acampamento da Rabelo, nas imediações do Hotel e do Palácio da Alvorada. À medida que as obras prioritárias, como a Praça dos Três Poderes, o Congresso Nacional, a Esplanada dos Ministérios, eram realizadas, surgiam acampamentos ao redor delas para facilitar o deslocamento dos operários já que ainda não havia sistema de transporte público. A própria Novacap se mudou para mais perto do Plano Piloto, o que levou o antigo alojamento a receber um novo apelido: Velhacap. Perto desses acampamentos, proliferaram mais locais de residência e comércio para dar suporte ao contingente crescente populacional do Distrito Federal. A Cidade Livre foi a maior e mais representativa desse período; era o centro comercial pulsante de Brasília. Nos planos da Administração Pública estava claro o caráter temporário tanto dos acampamentos quando da contratação dos trabalhadores, que ao finalizar a obra, voltariam para suas cidades. Isso era tão certo, que não houve venda de lotes além do planejamento inicial. As casas e barracos eram todos de madeiras e as edificações em alvenaria eram proibidas, reforçando o cunho transitório destas moradias. O planejamento para quem desejasse permanecer em Brasília após a inauguração já constava no Relatório de Lúcio Costa sobre seu plano piloto: “Devemos impedir a enquistação de favelas tanto na periferia urbana quanto rural. Cabe à Companhia Urbanizadora prover dentro do esquema proposto acomodações decentes e econômicas para a totalidade da população”. Assim, surgiram as cidades-satélites, áreas mais distantes do centro, como Ceilândia, Taguatinga e Samambaia, para onde muitos candangos foram removidos e fixaram residência na capital; enquanto outros permaneceram nas antigas áreas dos acampamentos como os casos da Vila Planalto, Núcleo Bandeirante e Candangolândia. Em 17 de julho de 2020, o governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha sancionou uma lei de autoria do deputado distrital Fernando Fernandes estabelecendo o dia 12 de setembro como o Dia do Candango. Segundo o deputado, o objetivo é homenagear os construtores da cidade.
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Rapsódia em Rimas Desusadas
Rapsódia em Rimas Desusadas (€20.00) António Henrique Balté – Rapsódia em Rimas Desusadas – Edição de Autor / Tip.União – Faro – 1958.Desc.(93)Pág.Br.”Autografado”
António Henrique Balté António Balté formou-se na Faculdade de Medicina de Lisboa, em 1931. Especializou-se em Cirurgia Ginecológica. Na década de quarenta do século passado frequentou durante dois anos o Chicago Tumour Institute, nos Estados Unidos da América. A partir de 1948 passou a exercer clínica em Faro até 1969, desempenhou a posição de diretor clínico no Hospital Distrital de Faro. Desde 1953, também ocupou a posição de Cirurgião-Chefe dos Serviços de Cirurgia do Hospital de Vila Real de Santo António. Exerceu, igualmente, a posição de médico das Caixas de Previdência, tendo cumprido, durante alguns anos, as funções de diretor distrital e de inspetor nesta instituição. Representou, por três vezes, os Serviços Médico-Sociais Portugueses no Conselho da Europa em Estrasburgo, e participou num programa da NATO, no qual viajou a vários centros médicos nos Estados Unidos da América e ao Canadá para estudar os sistemas utilizados. Autor de obras especializadas na área da medicina, colaborou ainda, em várias revistas médicas, e fez comunicações em diversos congressos. Como poeta, publicava com frequência em diversas publicações do Algarve, especialmente na revista Costa d’ Oiro, e no semanário Correio do Sul. Foi por diversas vezes premiado em torneios públicos, tendo obtido por exemplo o 1.º Prémio do Soneto nos Jogos Florais de Férias da Zona Sul, em 1950.
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Pensamentos de Camilo
Pensamentos de Camilo (€15.00) Nuno Catarina Cardoso – Pensamentos de Camilo – Portugal-Brasil Companhia Editora – Lisboa – 1923.Desc.(63)Pág.Br
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Confissões
Confissões (€25.00) João Jaques Rousseau – Confissões (Vol.º1 & 2) (Tradução: Fernando Lopes Graça) – Portugália Editora – Lisboa – S/D.Desc.(412) + (377)Pág.E.
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Apontamentos de Literatura Alemã
Apontamentos de Literatura Alemã (€20.00) Elviro Rocha Gomes – Apontamentos de Literatura Alemã – Edição de Autor / Oficina da Empresa Litografia da Sul, Lda – Faro / Vila Real de Santo António – 1966.Desc.(377)Pág.Br.
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As Populações Urbanas e a Guerra
As Populações Urbanas e a Guerra (€15.00) Antero Nobre – As Populações Urbanas e a Guerra (O Que Toda a Gente Deve Saber de Defesa Passiva) – Edição de Autor – Faro – 1942.Desc.(52)Pág.Br
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Entre Corais e Tubarões (Aventuras no Mar das Caraíbas)
Entre Corais e Tubarões (Aventuras no Mar das Caraíbas) (€15.00) Hans Hass – Entre Corais e Tubarões (Aventuras no Mar das Caraíbas) – Editorial Aviz – Lisboa – 1944.Desc.(206)Pág.Ilust
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História e Utopia – Estudos Sobre Vieira
História e Utopia – Estudos Sobre Vieira (€15.00) António José Saraiva – História e Utopia – Estudos Sobre Vieira – Ministério da Educação / Instituto de Cultura e Língua Portuguesa – Lisboa – 1992.Desc.(109)Pág.Br
António José Saraiva António José Saraiva (Leiria, Leiria, 31 de dezembro de 1917 – Lapa, Lisboa, 17 de março de 1993) foi um Professor ‘Emeritus’ e Historiador de literatura portuguesa. Nasceu a 31 de dezembro de 1917 na Calçada de Santo Estêvão, na cidade, freguesia e concelho de Leiria. Era o segundo de sete filhos de José Saraiva (1881–1962), um professor do ensino liceal, agnóstico e de formação positivista, e de sua mulher (casados em Lisboa, em 8 de novembro de 1913) Maria da Ressurreição Baptista (Donas, Fundão, 9 de março de 1883 — Mercês, Lisboa, 18 de agosto de 1961), uma católica devota. Era irmão mais velho do historiador José Hermano Saraiva, de quem sempre foi muito próximo. A sua família transferiu-se de Leiria para Lisboa, tinha António José Saraiva 15 anos. Finalizou os estudos liceais no Liceu Gil Vicente. Estudou na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa onde se doutorou em Filologia Românica, em 1942, com a tese Gil Vicente e o Fim do Teatro Medieval. A 16 de outubro de 1943, casou na igreja paroquial de Santa Maria de Belém (igreja do Mosteiro dos Jerónimos), em Lisboa, com Maria Isabel da Silva Granate Lopes de Paula (Santa Maria de Belém, Lisboa, 4 de setembro de 1920 – Alcântara, Lisboa, 4 de dezembro de 2014), professora do ensino secundário, filha de Virgílio Marques Lopes de Paula (Santa Catarina, Lisboa, 3 de setembro de 1890 – 9 de junho de 1951), médico da Presidência da República, fundador e treinador do Clube de Futebol Os Belenenses e dirigente da Federação Portuguesa de Futebol, e de Alda Hortense Guimarães Granate Lopes de Paula, natural de Lisboa (freguesia de Santo André, posteriormente freguesia da Graça). Do casamento nasceram três filhos: António Manuel, José António (mais tarde jornalista) e Pedro António Saraiva. Os dois divorciaram-se por sentença transitada em julgado a 10 de novembro de 1975, no entanto, já viriam separados desde 1958. Em Lisboa conhece Óscar Lopes, com quem escreverá, em coautoria, a História da Literatura Portuguesa, publicada pela 1.ª vez em 1955. Opositor ao salazarismo, foi militante do Partido Comunista Português. A sua posição política levou à sua expulsão do ensino universitário, passando a lecionar no liceu onde o pai era reitor, o liceu Passos Manoel. No entanto, em 1949, é demitido por apoiar a candidatura de Norton de Matos e por pertencer ao PCP. Apoiou a candidatura do general Norton de Matos à Presidência da República, em 1949. Nesse ano foi preso e impedido de ensinar. Durante os anos seguintes, viveu exclusivamente das suas publicações e da colaboração em jornais e revistas, nomeadamente no semanário Mundo Literário (1946-1948) e na revista Litoral (1944-1945). Exilou-se na França em 1961, tendo em 1970 ido viver para os Países Baixos, onde, por empenho do seu antigo aluno e escritor José Rentes de Carvalho, leccionou na Universidade de Amsterdão. Regressado a Portugal, após o 25 de Abril, tornou-se professor catedrático da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e depois da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Em 1978, apresentou na RTP1 o programa de História de Portugal Este Portugal Que Somos. António José Saraiva publicou uma vastíssima e importante obra, considerada uma referência nos domínios da história da literatura e da história da cultura portuguesas, amadurecida quer na edição de obras e no estudo de autores individualizados (Camões, Correia Garção, Cristóvão Falcão, Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Fernão Lopes, Fernão Mendes Pinto, Gil Vicente, Eça de Queirós, Oliveira Martins), quer através da publicação de obras de grande fôlego como a História da Cultura em Portugal ou, de parceria com Óscar Lopes, a História da Literatura Portuguesa. Foi também sobrinho, pelo lado da mãe, de José Maria Hermano Baptista, militar centenário (1895-2002, viveu até aos 107 anos)., o último veterano português sobrevivente que combateu na Primeira Guerra Mundial. Morreu a 17 de março de 1993, na sede da Associação Portuguesa de Escritores, na freguesia da Lapa, em Lisboa, a meio do discurso de agradecimento do Prémio Ensaio do Penclube Português, pela sua obra “A Tertúlia Ocidental”, em frente da plateia que o escutava, não tendo resistido à emoção sentida ao falar do seu pai.
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Em Louvor do IV Centenário da Cidade de Ponta Delgada – Poeiras do Passado – (1546-2 de Abril-1946)-1946
Em Louvor do IV Centenário da Cidade de Ponta Delgada – Poeiras do Passado – (1546-2 de Abril-1946) (€15.00) Hannibal de Bittencourt B. Bicudo e Castro – Em Louvor do IV Centenário da Cidade de Ponta Delgada – Poeiras do Passado – (1546-2 de Abril-1946) – Edição da Câmara Municipal de Ponta Delgado – Of. do Diário dos Açores – Ponta Delgada – 1946.Desc.(93)Pág.Br.Ilust
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Mértola Vila Museu
Mértola Vila Museu (€15.00) Cláudio Torres & Luís Alves da Silva – Mértola Vila Museu – Edição do Campo Arqueologia de Mértola Com o Apoio da Câmara Municipal de Mértola e da Associação de Defesa do Património de Mértola – Mértola – 1989.Desc.(155)Pág + (1)Mapa. Br.Ilust
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A Revolução Comercial da Idade Média (950-1350)-1350
A Revolução Comercial da Idade Média (950-1350) (€12.00) Robert S. Lopez – A Revolução Comercial da Idade Média (950-1350) (Biblioteca de Texto Universitários) – Editorial Presença – 1980.Desc.(190)Pág.Br,
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A Campanha Eleitoral de 1961 (Documentos Políticos)
A Campanha Eleitoral de 1961 (Documentos Políticos) (€15.00) A Campanha Eleitoral de 1961 – António Oliveira Salazar – Mensagem do Senhor Presidente do Conselho da Comissão Central d U.N / Dr. Henrique Veiga de Macedo – Discurso Proferido em Lisboa pelo Presidente da Comissão Executiva da U.N / Eng.ºbDomingos Rosado Vitória Pires – Discurso Proferido em Lisboa Pelo Vogal da Comissão Executiva da U.N / Dr. João Cerveira Pinto – Discurso Proferido em Lisboa Pelo Vogal da Comissão Executiva da U.N / Dr. José Fernando Nunes Barata – Discurso Proferido em Lisboa Pelo Vogal da Comissão Executiva da U.N (Documentos Políticos) – União Nacional – Nacional Editora – Lisboa – 1961.Desc.(239)Pág.Br.
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O Edifício Chiado em Coimbra (1910) – Actas
O Edifício Chiado em Coimbra (1910) – Actas (€15.00) O Edifício Chiado em Coimbra (1910) – Actas (Caminho e Identidade da Modernidade) – Rui Jorge Garcia Ramos – Ser Moderno em 1900: A Arquiectura de Ventura Terra e Raul Lino / Raquel Henriques da Silva – A Pintura em Portugal na Década de 1910 / Julien bastões – La “Patrisianité” des grands Magasins, Conbribution a I’ étude de son interprétions Architecturale / Paulo Peixoto – A Cidade e a Cultura do Consumo: Dos Grandes Armazéns aos Centros Comerciais / Maria Calado – Os Grandes Armazéns no Contexto da Herança Cultural do Século XX: Os Exemplos Lisboetas – processo e Intervenientes / Ana Cardoso de matos, Paulo Simões Rodrigues & João Marca Pereira – O Edifício dos Armazéns do Chiado de Évora: Da Afirmação da Modernidade ao Regresso a Tradição / José Amado Mendes – Coimbra Rumo a Industrialização, 1888-1926 / Regina Anacleto – Coimbra Entre os Séculos XIX e XX – Ruptura Urbana e Inovação Arquitectónica / Raquel Magalhães – edifício Chiado: Uma das Curiosidades de Coimbra / Teresa Freitas & Teresa Quinta – Edifício Chiado – Obra de Conservação e Reabilitação – Edição Câmara Municipal de Coimbra – Coimbra – 2010.Desc.(245)Pág.Br.Ilust
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Vitória Contra a Seca
Vitória Contra a Seca (€12.00) António Lopes dos Santos – Vitória Contra a Seca (Exposição ao Conselho Legislativo de Cabo Verde Feito Pelo Governador da Província, Brigadeiro António Lopes dos Santos, em sessão de 17 de Novembro de 1971) – Agência -Geral do Ultramar – Lisboa – 1972.Desc.(89)Pág.Br
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Teia (Poemas)
Teia (Poemas) (€25.00) Fernando Reis Luis (Poemas) & António Carmo -(Desenhos) – Teia (Poemas) – Ediçõa dos Autores – 1978.Desc.(87)Pág.Br.Ilust “1.ª Edição” Autografado”
Fernando Reis Luís (Monchique, 22 de Janeiro de 1945 – 19 de Setembro de 2021), foi um político, professor, escritor e bancário português. Nasceu na vila de Monchique, em 22 de Janeiro de 1945. Licenciou-se em gestão bancária. A sua profissão principal era como bancário, tendo igualmente trabalhado como professor e dirigente associativo, tendo sido responsável pela fundação de várias instituições no concelho, nos campos do desporto, da cultura, bombeiros e política. Era igualmente o representante da Confraria do Medronho de Monchique. Também foi delegado distrital da Protecção Civil, e fez parte da equipa do Governo Civil. Destacou-se igualmente como escritor, tendo começado a publicar contos e poemas ainda durante a juventude, no Juvenilsuplemento do Diário de Lisboa. Também colaborou noutros jornais e revistas, como o jornal Barlavento e as revistas Florestas, Prevenir e Protecção Civil, tendo também sido correspondente do Diário de Notícias. Também desenvolveu várias iniciativas para a promoção dos escritores de poesia, como a Confraria dos Poetas Algarvios. As suas obras contaram com a colaboração de vários pintores e outros artistas, incluindo António Carmo, Leandro Lamas, José Maria Oliveira e Igor Nunes Silva.Trabalhos seus foram reunidos na antologia poética O Trabalho, e nas colectâneas Terra Luz, Palavras de Liberdade, Mesturas, Homenagem a Manuel Maria e O Cancro: El, Eu e Nós e na Antologia de Contos do Algarve. Exerceu como presidente da Assembleia Municipal de Monchique durante cerca de 31 anos, desde 1982 até 2013. Também foi deputado à Assembleia da República, durante a primeira e segunda legislaturas, tendo sido eleito pelo círculo de Faro. Durante a sua carreira política, foi sempre membro do Partido Socialista. Faleceu em 19 de Setembro de 2021, aos 76 anos de idade, devido a uma doença prolongada. O funeral teve lugar no dia seguinte, na Igreja Matriz. Na sequência da sua morte, a autarquia decretou dois dias de luto municipal, tendo sido recordado pelo presidente da Câmara Municipal, Rui André, como «um cidadão com forte intervenção ao longo da sua vida no concelho de Monchique».
António Carmo
António Carmo nasceu em 1949 no Bairro da Madragoa em Lisboa, filho de gente ligada ao mar, mas foi criado pela madrinha de baptismo, tendo vivido sempre na capital. Dada a sua apetência para o desenho e a conselho do seu professor, na adolescência, ingressa na Escola de Artes Decorativas António Arroio, onde cursou Pintura Decorativa. Ainda como estudante começa a frequentar as tertúlias de Lisboa, nomeadamente na Brasileira do Chiado, Café Tarantela, Café Vává, Leitaria Garrett, etc. Na Brasileira, conheceu e conviveu com algumas das figuras conhecidas da cultura nacional, tais como Almada Negreiros, Abel Manta, Jorge Barradas e João Hogan que, em 1970 apadrinhou a sua exposição na Galeria Diário de Notícias, e outros que ainda hoje fazem parte do seu convívio diário, entre estes, Virgílio Domingues, Alberto Gordillo e Luís LobatoDada a diversidade de interesses culturais que sempre manifestou, teve o privilégio de conviver com grandes vultos do mundo das artes, nomeadamente do bailado, cinema e literatura. Amigo pessoal de alguns dos nossos cantores e compositores, tais como Adriano Correia de Oliveira (que homenageou com um painel de azulejos em Avintes), Carlos do Carmo (executou a capa do LP O HOMEM NO PAÍS), Paulo de Carvalho, etc. Em 1968 faz a sua primeira exposição individual, na Galeria Nacional de Arte em Lisboa. Nesse mesmo ano, ingressa no Grupo de Bailados Portugueses Verde Gaio, aí permanecendo por dezoito anos e onde conheceu alguns grandes nomes do bailado internacional. Nesse período, para além de participar como bailarino, fez ainda os figurinos e cenários para alguns bailados do Grupo. Em 1970 é mobilizado para a Guiné (Guerra Colonial) e durante os 2 anos em que ali permanece, organiza algumas exposições e executa alguns murais; colabora no jornal A Voz da Guiné e faz uma pesquisa sobre a Arte Nalu. Regressa a Lisboa em 1972 e no ano seguinte promove na Galeria Opinião, uma exposição de reflexão e denúncia dessa mesma Guerra Colonial. Depois de 25 de Abril de 1974, executa grandes murais nas Festas do Avante em conjunto com outros nomes da pintura, tais como: Rogério Ribeiro, Cipriano Dourado, Querubim Lapa, Jorge Vieira e Rogério do Amaral. A partir de então inicia uma carreira internacional sendo a sua primeira exposição na Galeria Solidair em Roterdão/Holanda, vindo a fixar-se temporariamente em Bruxelas onde há cerca de 25 anos mantém uma permanência constante nalgumas galerias, tais como: Galerie L’Oeil, Racines e, mais recentemente a Galerie Albert I. Em Bruxelas, executa ainda dois murais de grandes dimensões para a ABEP (Associação de Portugueses Emigrados na Bélgica) que foram, recentemente, doados à Câmara de S. Gilles/Bruxelas. Dentro do espírito de divulgação cultural que está sempre presente na sua postura social, ilustrou durante alguns anos o “Suplemento Cultural” do matutino O Diário bem como outros jornais. Formou ainda o Grupo Paralelo, na Primavera de 1974, juntamente com alguns pintores e escultores: Adão Rodrigues, Alberto Gordillo, Álvaro Perdigão, António Trindade, Cipriano Dourado, Estevão Soares, Guilherme Casquilho, Teixeira Lopes, Ribeiro Farinha, Rogério Amaral e Virgílio Domingues. A ele aderiram posteriormente vários outros artistas plásticos, entre os quais Boavida Amaro, João Duarte, João Hogan, Jorge Vieira, José António Flores, Lurdes Freitas, Maurício Penha, Noémia Cruz e Querubim Lapa. Nascido numa época ímpar da nossa História, o Paralelo foi também produto do sonho partilhado por quase todos os Portugueses de então, de construir um Portugal melhor, onde até a Cultura e a Arte tivessem a sua oportunidade. Os seus fundadores propunham-se sobretudo promover a divulgação das corrente estéticas das artes plásticas portuguesas, mirando o território virgem que a província representava e, se possível, projectando o voo além fronteiras. O veículo de propaganda eram, naturalmente, as exposições.
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Administração Senhorial e Relações de Poder no Concelho do Vimieiro (1750-1801)-1801
Administração Senhorial e Relações de Poder no Concelho do Vimieiro (1750-1801) (€12.00) Teresa Fonseca – Administração Senhorial e Relações de Poder no Concelho do Vimieiro (1750-1801) – Câmara Municipal de Arraiolos -Arraiolos – 1998.Desc.(67)Pág.Br.Ilust
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Formações Portuguesas Com Haloisite, Caulinite ou Montmorilonite
Formações Portuguesas Com Haloisite, Caulinite ou Montmorilonite (€15.00) Judite dos Santos Pereira – Formações Portuguesas Com Haloisite, Caulinite ou Montmorilonite (Dissertação Para Doutoramento em Ciências Geológicas Apresentadas a Faculdade de Ciências do Porto) – Tipografia Alcobacense – 1944.Desc.(124)Pág + (XIII)Estampas.Br.Ilust