Henri Martin e Tradução de Manuel Pinheiro Chagas – História de França Popular e Illustrado Desde os Tempos Mais Remotos Até aos Nossos Dias – Colecção Completa em 7 Volumes – Escritório da Empreza, Travessa da Queimada – Lisboa – 1842 a 1895. Desc. 487 + 486 + 469 + 460 + 412 + 435 + 416 Pág / 28,5 cm x 20 cm /E.Pele em Bom Estado «Colecção Completa e Muito Ilustrado»
Henri Martin ( Saint-Quentin, 20 de Fevereiro de 1810 – Passy, 14 de Dezembro de 1883) foi um historiador, ensaísta, escritor e político francês. Associando-se a Paul Lacroix, imaginou uma história de França composta por extractos dos principais cronistas e historiadores com o objectivo de preencher o vazio em alguns períodos em falta. O primeiro volume, lançado em 1833, encorajou o autor, e o resultado foi o seu Histoire de France em 15 volumes (1833-1836). Esse magnum opus, mais tarde aumentado (4ª ed., 16 vol. mais um índice, 1861-1865), valeu-lhe em 1856o Primeiro Prémio da Academia, e em 1869 valeu-lhe o grande prémio bienal de 20000 francos. Em 1867 foi publicada uma versão em 7 volumes destinada a um público mais alargado. Com o seu seguimento, l’Histoire de France depuis 1789 jusqu’à nos jours (8 vol., 1878-1883), completava a história da França e substituía l’Histoire des Français de Sismondi. Mas o seu trabalho teve alguns defeitos: as descrições das Gálias baseavam-se demasiado em lendas do que na história, sofrendo demasiada influência de Jean Reynaud e a sua filosofia cosmogónica. O seu conhecimento sobre a Idade Média tinha algumas lacunas, e os críticos não foram pertinentes. Livre pensador republicano, tem a ideia de substituir importantes fases da história da França (principalmente dinastias) por heróis acompanhados de seus mitos: Vercingétorix, Jeanne d’Arc, etc. Os seis últimos volumes, consagrados aos séculos XVII e XVIII são superiores aos precedentes. Entre as suas obras menos importantes, temos: De la France, de son génie et de ses destinées (1847), Daniel Manin (1860), La Russie et l’Europe (1866), Études d’archéologie celtique (1872), Les Napoléon et les frontières de la France (1874). Em 1848 Carnot, ministro temporário da Instrução público, encarregou Henri Martin no ensino de história moderna na Sorbonne. Tendo em conta os acontecimentos da época, manteve essa função durante apenas seis meses. Redactor chefe do jornal Siècle, Martin foi também maior em Paris em 1870, e também de 1880 a 1883. Em 1871 esteve na Câmara dos deputados como deputado de Paris. foi eleito membro da Academia de ciências morais e políticas em 1871, e da Académica française a 13 de Junho de 1878. Em 1876 foi senador de Aisne. Apoiou o projecto lei votado na Câmara para eleger o 14 de Julho como festa nacional e pronunciou um discurso frente ao Senado. Contribuiu na fundação da Liga dos patriotas, tendo sido o seu primeiro presidente.