Ferreira de Castro – A Lã e a Neve (Romance) – Livraria Editora Guimarães & C.ª – Lisboa – 1947 .Desc 372 paginas de 19cmx13cm Encadernado em capa Dura da Época «1 Edição»
Publicado pela primeira vez em 1947, A Lã e a Neve conta a vivência dos portugueses que habitam as regiões frias de Serra da Estrela em plena 2ª Guerra Mundial. Um jovem pastor, Horácio, namora Idalina e sonha ser tecelão, ter uma casa confortável e progredir na sua carreira. Ao conseguir emprego na fábrica de tecelagem, casa-se e ascende a “operário”, mas vê-se obrigado a viver num casebre. Em meio às notícias acerca da conflagração mundial, alguns operários, especialmente Marreta, nutrem esperanças de um mundo melhor para os deserdados da fortuna. Com o término da guerra, a morte de Marreta, a continuação de tudo e a resignação de Horácio, finda o romance.
José Maria Ferreira de Castro (Ossela, Oliveira de Azeméis, 24 de Maio de 1898 — Porto, 29 de Junho de 1974) foi um escritor português, que aos doze anos de idade emigrou para o Brasil, onde viria a publicar o seu primeiro romance Criminoso por ambição, em 1916. Durante quatro anos viveu no seringal Paraíso, em plena selva amazónica, junto à margem do rio Madeira. Depois de partir do seringal Paraíso, viveu em precárias condições, tendo de recorrer a trabalhos como, colar cartazes, embarcadiço em navios do Amazonas etc. Mais tarde, em Portugal, foi redactor do jornal O Século e director do jornal O Diabo. Emigrante, homem do jornalismo, mas sobretudo ficcionista, é hoje em dia, ainda, um dos autores com maior obra traduzida em todo o mundo, podendo-se incluir a sua obra na categoria de literatura universal moderna, precursora do neo-realismo, de escrita caracteristicamente identificada com a intervenção social e ideológica. A exemplo da sua ainda grande actualidade pode referir-se a recente adaptação ao cinema, com muito sucesso, da obra A Selva.