Morte em Campo de Ourique

Morte em Campo de Ourique(€20.00)

Orlando Neves – Morte em Campo de Ourique – Vega – Lisboa – 1987.Desc.(167)Pág.Br

 

 

 

Orlando Loureiro Neves

Orlando Loureiro Neves (Portalegre, 11 de setembro de 1935 — Senhora da Hora, Matosinhos, 24 de janeiro de 2005) foi um escritor, poeta e dramaturgoportuguês. Foi também tradutor, tendo traduzido para português dezenas de obras. Encenou diversas peças de teatro. Orlando Loureiro Neves nasceu em Portalegre, mas fez o ensino primário em Lisboa e nas Caldas da Rainha. O ensino secundário foi feito em várias cidades: Lisboa (Liceu Gil Vicente); Porto (Liceu D. Manuel II); Guimarães (Liceu Nacional de Guimarães) e finalmente no Porto no já referido Liceu D. Manuel II. Ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (onde foi dispensado do exame de admissão), tendo aí terminado a licenciatura em Direito, em Junho de 1958, com 22 anos de idade. Dos tempos da faculdade de direito encontra-se colaboração da sua autoria na publicação académica Quadrante (1958-1962) publicada pela Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa. Orlando Neves exerceu diversas actividades, quase todas ligadas à cultura. Foi Diretor de Publicidade e Relações Públicas da fábrica EFACEC em São Mamede de Infesta, nos arredores do Porto. Colaborou no Teatro Moderno dos Fenianos da cidade do Porto. Foi vice-presidente do Teatro Experimental do Porto. Trabalhou como documentalista no Laboratório Nacional de Engenharia Civil em Lisboa, onde esteve cerca de um ano (1965-1966) e de onde foi obrigado a sair por se recusar um documento em que declarava a não prática de atos contra a ditadura do Estado Novo, regime com que ele não concordava. Trabalhou como jornalista no Jornal República no campo da cultura, tendo aí sido crítico de teatro e de televisão. Em 1971-1972, foi convidado para director literário do Círculo de Leitores, tendo assim de abandonar a redação do jornal “República”. Em Julho de 1974 foi despedido do Círculo de Leitores, se justa causa pela administração alemã por ter colaborado e presidido à Assembleia Geral de Trabalhadores que decretara em Maio desse ano, uma greve por motivos salariais. Em julho de 1974, assumiu a direcção literária da Portugália Editora, de onde saiu por divergências com os proprietários da referida editora. Em Fevereiro de 1975 fundou a Cooperativa Editorial Diabril para a qual leva José Gomes Ferreira e de quem são publicadas e reeditadas várias obras. Foi diretor de Relações Públicas e assessor do Teatro São Luiz, na altura em que este era dirigido por Carlos Wallenstein. Como jornalista foi free-lancer, tendo colaborado nos jornais “A Luta” e “Expresso” com críticas de televisão, teatro e literatura. Trabalhou no jornal de Diário de Notícias também com críticas de rádio e escreve crónicas. Em 1980 foi apresentador do programa cultural semanal “Manta de Retalhos” na RTP1, considerado pela crítica como o melhor programa cultural de televisão feito até então. Foi co-autor da primeira série do programa de rádio “Pão com Manteiga”. Em 1984, encenou no Teatro Nacional D. Maria II, a peça de Vicente Sanches “A birra do Morto”, que obteve o Prémio Revelação em Encenação pela Associação Portuguesa de Crítica de Teatro. Entre 1985 e 1986, encenou na Fundação Calouste Gulbenkian, no ciclo “Retorno à Tragédia”, as peças “À procura da Tragédia” e o “Indesejado” de Jorge de Sena. Em 1992, saiu do Diário de Notícias, dedicando-se em exclusividade à profissão de escritor. Em 1998, foi galardoado com Prémio Literário Cidade de Almada, graças à obra: Torrebriga – Cenas da Vida no Interior, lançada no ano seguinte pela editora Campo das Letras do Porto. Faleceu na cidade do Porto, a 24 de Janeiro de 2005 e como vimos teve uma vida muito multifacetada quase sempre ligada à cultura.