O Espantalho da “Praxe” Coimbrã

O Espantalho da “Praxe” Coimbrã (€35.00)

Flávio Vara – O Espantalho da “Praxe” Coimbrã – Editora Salesiana – Oficinas de S.José – Lisboa – 1958.Desc.(103)Pág

 

 

 

Flávio Vara, é natural do nordeste transmontano (Rio Frio, Bragança), onde passou a infância e a adolescência, tendo depois rumado a Coimbra para frequentar a Faculdade de Letras no curso de Filologia Clássica. Abominando as liturgias demenciais e despóticas da chama praxe académica – para despotismo já bastava o salazarista –, escreveu, ainda estudante, o livro “O ESPANTALHO DA PRAXE COIMBRÔ, em que arrasou os dogmas e os rituais da seita que tem por insígnias a moca, a colher e a tesoura. Tal atrevimento provocou grande escândalo no meio académico e levou-o a prosseguir os estudos na Universidade de Lisboa, onde se licenciou com distinção e com a tese “VIRGÍLIO E A ÉCLOGA PORTUGUESA QUINHENTISTA”, que lhe valeu o “Prémio Prof. Simões Neves”. Convidado a integrar o corpo docente da Faculdade, não ocupou o lugar por muito tempo, por ter denunciado, no “Diário de Lisboa”, o copianço generalizado nas provas de exames. Os bonzos salazaristas consideraram tal denúncia desprestigiante para a Faculdade e não estiveram com meias medidas: ou pedia a demissão ou era posto no olho da rua. De então para cá outras peripécias semelhantes aconteceram na sua vida, preço de não vender a alma ao diabo. Mas o correr dos anos não o fez perder o inconformismo juvenil. Continuou a insurgir-se contra outras abusões e paranoias, agora extensivas ao todo nacional. Contra elas tem ejetado as suas raivas em livros como “A BEM SOADA GENTE” (2007); “A NATA DO POVO”, (2018); “SERRAR A VELHA – Por Detrás Dos Montes” (2022). A coletânea de poemas Sacramomentos reflete a sua maneira de estar no âmbito cívico-religioso.