Os Meus Amores – (Contos e Baladas)

Os Meus Amores -(Contos e Baladas) «€30.00»
Os Meus Amores -(Contos e Baladas) «€30.00»

Trindade Coelho -Os Meus Amores -(Contos e Baladas) Portugália Editora – Lisboa 1968 -com 383 pagi / 19 cm x 14 cm /E. Pele – 16ºEdição

 

José Francisco Trindade Coelho (1861-1908)
José Francisco Trindade Coelho (1861-1908)Nascido em Mougadouro, Trás-os-Montes, a 18 de Junho de 1861, José Francisco Trindade Coelho, estudou na sua terra natal e em Travanca até seguir o ensino secundário na cidade do Porto, onde frequentou um colégio e se iniciou na escrita e no jornalismo. Matriculou-se, anos mais tarde, na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, onde se licenciou em 1885. Durante a sua permanência em Coimbra deu explicações e colaborou assiduamente, sob o pseudónimo de ‘Belisário’, em jornais como o ‘Progressista’ e o ‘Imparcial’, entre outros. Após a licenciatura, dedicou-se à advocacia ao mesmo tempo que continuava a colaborar em artigos para jornais. Com as recordações desta época vem a publicar o livro”In Illo Tempore”, um dos mais importantes testemunhos da boémia coimbrã. Ao ingressar na magistratura, e com o apoio do seu amigo Camilo Castelo Branco, foi nomeado delegado do Procurador Régio para a comarca do Sabugal e, posteriormente, transferido para Portalegre. Aí fundou dois jornais, a ‘Gazeta de Portalegre’ e o ‘Comércio de Portalegre’. No ano de 1891, com o objectivo de tornar possível a sua eleição a deputado por Portalegre, foi novamente transferido, desta vez para Ovar. No entanto, recusou o mandato, mudando-se para Lisboa onde trabalhou no tribunal auxiliar do 2º distrito com os conselheiros Neves e Sousa e Francisco Maria da Veiga, com quem, mais tarde, viria a fundar a ‘Revista de Direito e Jurisprudência’. Durante o período do Ultimato inglês, foi Trindade Coelho quem fiscalizou a imprensa de Lisboa e, desgostoso com as críticas de que era alvo acabou por se transferir para Sintra em 1895. Em Novembro, desse ano, foi colocado no 2º distrito de Lisboa, como delegado do procurador régio na 3ª vara, lugar que ocupou até se demitir em 1907 por se recusar a aplicar as ‘leis celeradas’ de João Franco. Sendo republicano e maçon, eram-lhe assacadas pelo juiz Veiga muitas das absolvições que se verificavam nos processos de liberdade de imprensa. Viveu até 9 de Junho de 1908, altura em que decidiu pôr termo à vida. Trindade Coelho publicou, entre outras obras: ‘Recursos Finais em Processo Criminal’, ‘Anotações ao Código e Legislação Penal’, ‘Os Incidente em Processo Civil’, ‘Roteiro dos Processos Familiares’, ‘Os meus Amores’ (1891), ‘Dezoito Anos em África’ (1898), ‘Terra Mater’, ‘In Illo Tempore’ (1902), ‘Primeiras Noções de Educação Cívica’ (1906), ‘Manual Político do Cidadão Português’ (1906), ‘O Senhor Sete’ e uma série de folhetos com o objectivo de ‘educar o povo’, como: ‘Remédio contra a usura’, ‘Pão Nosso’ e ‘ O Meu Livrinho’. Foi também fundador dos jornais, para além dos já referidos: ‘Porta Férrea’ e ‘Panorama Contemporâneo’.