Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica

Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica
Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica «€80.00»

Natália Correios (Selecção , Prefácio e Notas) Cruzeiro Seixas (Ilustrações) –  Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica « Dos Cancioneiros Medievais a Actualidade» – Martins Soares, D. Tomás de Noronha, João Zorro, António Barbosa Barcelar, José Régio, Fernando Pessoa, António Botto, Pedro Homem de Mello, Luís Pacheco, José Carlos Ary dos Santos, António Nobre, António Ramos Rosa, Eugénio de Andrade, José Almada Negreiros, Augusto Gil, Bocage, Herberto Hélder, Homem Pessoa… Etc – Edições Fernando Ribeiro de Mello / Afrodite – Lisboa – 1965. Desc. 551 pág + 6 Gravuras / 19,5 cm x 12,5 cm / Br. Ilust.

A edição da Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica, (Ed. Afrodite, Lisboa, Dez. de 1966), foi apreendia e julgada em Tribunal Plenário como «ofensiva do pudor geral, da decência e da moralidade pública e dos bons costumes». Foi «reconhecido o mérito literário da obra», com excepção dos textos de Mário Cesariny de Vasconcelos, cujo mérito literário foi considerado nulo. No plenário criminal da Boa-Hora, em audiência colectiva, sob a presidência do desembargador Fernando António Morgado Florindo e com a presença de Costa Saraiva, adjunto do procurador da República, terminou no dia 21 de Março de 1970 o julgamento por abuso de liberdade de imprensa dos responsáveis pela publicação da Antologia.  Ribedo diro Fernane Mello, editor, e Natália Correia, escritora e organizadora da Antologia, a 90 dias de prisão correccional, substituíveis por igual tempo de multa a 50$00 por dia e mais 15 dias de multa à mesma taxa. A cada um foram aplicados os impostos de justiça de 1500$00 e 500$00 de procuradoria.Luiz Pacheco, escritor, foi condenado a 45 dias de prisão, substituídos por multa, a 25$00 diários e 7 dias de multa à mesma taxa (no entanto devido à sua situação económica, o Tribunal dispensou-o do pagamento da multa diária). Foi ainda condenado a 880$00 de imposto de justiça. Mário Cesariny de Vasconcelos, escritor, foi condenado a 45 dias de prisão substituídos por multa a 30$00 diários e 7 dias de multa à mesma taxa. Condenado em 1 000$00 de imposto de justiça e 500$00 de procuradoria. José Carlos Ary dos Santos, escritor, foi condenado a 45 dias de prisão substituída por igual tempo de multa a 40$00 diários e 7 dias de multa à mesma taxa. Foi condenado em 1 000$00 de imposto de justiça e 500$00 de procuradoria. Ernesto Manuel Geraldes de Melo e Castro, escritor, foi condenado a 45 dias de prisão, substituída por igual tempo de multa, a 50$00 por dia e mais 7 dias de multa àquela taxa. Foi aplicado o imposto de justiça de 1500$00 e 500$00 de procuradoria. A Natália Correia, Mário Cesariny, José Carlos Ary dos Santos e Melo e Castro foram suspensas as penas, pelo espaço de três anos. Os livros apreendidos foram declarados perdidos a favor do Estado para serem destruídos. O acusado Francisco Marques Esteves foi absolvido.