Poemas Lusitanos

Poemas Lusitanos
Poemas Lusitanos «€40.00»

António Ferreira – Poemas Lusitanos – Vol. I e II – «Com Prefácio e Notas dom Prof. Marques Braga» – Livraria Sá da Costa – Lisboa – 1939/1940. Desc. XXIII + 263 + 310 pág / 20 cm x 13 cm / Br.

Ficheiro:António Ferreira.jpgAntónio Ferreira (Lisboa, 1528 – 29 de Novembro de 1569) foi um escritor e humanista português. É considerado um dos maiores poetas do classicismo renascentista de língua portuguesa, conhecido  como “o Horácio português”.  Era filho de Martim Ferreira, escrivão de Fazenda de D. Jorge de Lencastre, duque de Coimbra, e de Mexia Fróis Varela. Em sua  educação  conviveu com  os  filhos do duque e com pessoas de grande relevância nobiliárquica, administrativa e literária. Frequentou o curso de Humanidades e Leis na Universidade de Coimbra, onde se doutorou em Cânones. Foi temporariamente professor na mesma Universidade. A frequência da Universidade ocorreu no período áureo do Humanismo Bordalês, em que pontificaram nomes como os Gouveia (André, Marcial, Diogo Júlio), Diogo de Teive, João da Costa, António Mendes, Jorge Buchanan, Arnaldo Fabrício, Guilherme de Guérente,Nicolau Grouchy e Elias Vinet. Parece ter-se enamorado, em Coimbra, de uma senhora de família nobre, de apelido Serra, que evoca veladamente em algumas de suas poesias. Desposou, em 1556 D. Maria Pimentel, senhora de Torres Novas, que veio a falecer no terceiro ano de casamento. Desposou, em segunda núpcias, em 1564, D. Maria Leite, natural de Lamas de Orelhão, no concelho de Mirandela, local onde recolheu as informações para a sua “História de Santa Comba dos Valles”, sobre a Lenda de Santa Comba dos Vales. Em 1567 foi nomeado desembargador do Tribunal da Relação de Lisboa. Faleceu na mesma cidade, vitima de peste, deixando dois filhos. Como discípulo mais destacado do poeta Sá de Miranda, destacou-se na elegia, na epístola, nas odes e no teatro. O seu filho, Miguel Leite Ferreira, publicou postumamente os seus poemas sob o título de Poemas lusitanos em Lisboa (1598) e as suas comédias apareceram em 1621 junto com as de Francisco Sá de Miranda. A sua obra mais conhecida é uma tragédia, “A Castro” ou “Tragédia de Inês de Castro”, de inspiração clássica em cinco actos, na qual aparece um coro grego, tendo sido escrita em verso poli-métrico. O tema, os amores do príncipe D. Pedro de Portugal pela nobre Inês de Castro e o assassinato desta em 1355 por razão de estado, por ordem do pai do príncipe, o rei Afonso IV de Portugal, será depois um dos mais tratados pelos dramaturgos europeus. Esta tragédia só foi impressa em 1587. Muita da sua obra está incluída na colecção “Poemas Lusitanos”, espécie de colectânea de “obra completa”. Foi ainda autor de “História de Santa Comba dos Vales”, primeiro registo da lenda de Santa Comba dos Vales.