Toadas da Nossa Terra «Trovas Portuguesas ao Gosto Popular»

Toadas da Nossa Terra
Toadas da Nossa Terra «€40.00»

Adolpho Portella «Versos» Thomaz Borba «Musica – Raquel Roque Gameiro «Desenhos» – Toadas da Nossa Terra «Trovas Portuguesas ao Gosto Popular» – José António Rodrigues & C.ª – Lisboa – 1908. Desc. 218 pág / 20 cm x 13 cm / E. Ilust «Autografado por Thomaz Borda»

 

 

Tomás Vaz de Borba, também grafado como Thomaz de Borba ou simplesmente Tomás Borba (Conceição, Angra do Heroísmo, 23 de Novembro de 1867 — Lisboa, 12 de Fevereiro de 1950), foi um sacerdote católico, músico, compositor e professor açoriano. Destacou-se não apenas como erudito mas também como um inovador  na  pedagogia da Música  em Portugal. Filho de António Vaz de Borba,  comerciante  oriundo  da  freguesia  da  Ribeirinha, e de sua segunda esposa, Maria Lúcia da Conceição, da Terra Chã, a sua carreira  iniciou-se  ainda em Angra do Heroísmo e desenvolveu-se em Lisboa. Fez os seus estudos estudos  literários, filosóficos e teológicos  no Seminário Episcopal de Angra, então  funcionando no Convento de São Francisco. No plano artístico, já seminarista, foi aluno de Guilherme Augusto da Costa Martins, músico, organista, violinista e professor de piano na “Aula de Música”, que funcionava no claustro da Sé Catedral. Aluno destacado, obteve a posição de moço-cantor (ant. a 1880), capelão (1884) e Capelão-cantor (1885) daquele templo. Datam deste período as suas primeiras composições. Tendo recebido a tonsura e as ordens menores em 1889, foi ordenado presbítero em 31 de Agosto de 1890 pelo então bispo de Angra, D. Francisco Maria do Prado Lacerda, na capela do Paço Episcopal de Angra do Heroísmo (onde hoje funciona a sede da Secretaria Regional da Educação e Ciência). No ano seguinte partiu para Lisboa para frequentar o Real Conservatório de Lisboa, onde se matriculou nas cadeiras de Piano e Composição uma vez que as suas capacidades musicais se tinham revelado excepcionais. Ao mesmo tempo, frequenta o Curso Superior de Letras onde foi aluno do também açoriano Teófilo Braga, que sempre lhe demonstrou grande estima, estimulando-o nos seus estudos. Terminou os cursos de Música e de Letras com altas classificações. Em 1901 foi nomeado professor da classe de Harmonia do Conservatório de Música de Lisboa, lugar que exerceu com grande proficiência até 1937, altura em que foi aposentado por idade. Para além daquela cadeira, foi o primeiro professor de História da Música naquela instituição, a qual regeu durante alguns anos. Foi ainda professor de Solfejo e Canto Coral na antiga Escola Normal Primária de Lisboa, onde realizou elevada obra pedagógica, considerada revolucionária para o seu tempo tendo introduzido a moderna pedagogia musical no país, sobretudo a nível do solfejo entoado e do canto coral nas escolas. Leccionou também, no Liceu D. Maria Pia ao mesmo tempo que era regente do Orfeão do Liceu da Lapa. Com a implantação da República Portuguesa (1910) foi nomeado como vogal do Conselho Superior de Instrução Pública. Foi também professor e director artístico da Academia de Amadores de Música de Lisboa. Ao longo da sua carreira foi professor de vários vultos da música portuguesa como Fernando Lopes Graça (co-autor, com Tomás de Borba, do “Dicionário de Música”), os irmãos Luís e Pedro de Freitas Branco, Eduardo Libório, Rui Coelho e Ivo Cruz, além de Bento de Jesus Caraça. Foi durante vários anos prior da Igreja dos Mártires em Lisboa e Comissário da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo onde desenvolveu uma obra notável a nível da música religiosa. Faleceu na paróquia do Sacramento, em Lisboa, tendo o seu corpo sido trasladado para o Cemitério do Livramento, em Angra do Heroísmo.

Raquel Roque Gameiro Ottolini (Lisboa, 1889 – 1970) foi uma pintora portuguesa. Raquel Roque Gameiro na Ilustração Portugueza de 27 de Novembro de 1911 Filha do pintor e aguarelista Alfredo Roque Gameiro e irmã da ilustradora Maria Emília (Màmia) Roque Gameiro, passou a infância e juventude na Amadora, onde viveu com a sua família na actual Casa Roque Gameiro. Dedicou-se sobretudo à aguarela e à ilustração, tendo exposto pela primeira vez na Sociedade Nacional de Belas Artes, onde foi várias vezes premiada, tendo também recebido um “Prémio Ex-líbris”, atribuído pela Imprensa Nacional. Vários dos seus trabalhos encontram-se expostos no Museu de Arte Contemporânea e no Museu de Madrid .De entre as várias ilustrações que produziu, são notáveis as imagens criadas para O Livro do Bébé (1917; 3.ª edição, 1925), com versos de Delfim Guimarães e a capa para o livro Água de Neve (1933), de Nuno de Montemor. Também se encontra colaboração artística da sua autoria na revista O domingo ilustrado (1925-1927). Foi mãe da ilustradora Guida Ottolini. O seu nome foi atribuído à Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico/Jardim de Infância Raquel Gameiro, na Freguesia da Venteira.