Carlos Cal Brandão – Funo (Guerra em Timor) – Edições A.O.U. – Porto – 1953. Desc. 208 pág / 20 cm x 14 cm / Br. Ilust.
Carlos Cal Brandão nasceu no Porto, em 5 de Novembro de 1906 e faleceu nesta cidade, a 31 de Janeiro de 1973. Completou o ensino secundário na cidade onde nasceu e em 1922, mudou-se para Coimbra, onde frequentou a Faculdade de Direito. Desde cedo, aderiu às ideias republicanas, tendo sido eleito presidente do Centro Académico Republicano, para o período de 1926-1927. Fundou o jornal Gente Nova, juntamente com Paulo Quintela, Sílvio Lima e Vitorino Nemésio e foi director do jornal Humanidade. Foi preso, em 1931, açudado de estar implicado na tentativa revolucionária de 26 de Agosto de 1931 e foi condenado à deportação para Cabo Verde e dai para Timor. Nesta colónia portuguesa, participou na resistência à invasão japonesa, na Segunda Guerra Mundial, actuando com as forças australianas. Entre 1945 e 1945, viveu na Austrália, integrando o exército daquela país. Amnistiado, voltou a Portugal, em 1946, e abriu banca de advogado no Porto, tendo sido,logo, chamado para participar no julgamento das comissões distritais do Porto do MUD. Em 1949, redigiu, com o seu irmão Mário, os estatutos da União Democrática Portuguesa. Interveio em todas as comissões políticas da oposição no distrito do Porto, nomeadamente, nas candidaturas de Norton de Matos e de Humberto Delgado. Em Novembro de 1958, foi novamente detido, acusado de atentar contra o bom nome de Portugal, porque era um dos advogados de Maria Ângela Vidal Campos que pretendia apresentar queixa nas Nações Unidas contra o Estado Português e contra a PIDE devido às condições em que se encontrava detida. Voltou de novo à cadeia, em 1961, por ser um dos signatários do Programa para a Democratização da Republica. Faleceu em 31 de Janeiro de 1973.