• Category Archives Poesia
  • O Amor em Camões (Nova Interpretação de Tipo Psicológico)

    O Amor em Camões (Nova Interpretação de Tipo Psicológico) (€15.00)

    Reis Brasil – O Amor em Camões (Nova Interpretação de Tipo Psicológico) – Tip. Jornal do Fundão – Fundão – 1957.Desc.(160)Pág.Br.”Autografado”

     

     

    Reis Brasil (Casegas, 1908 — Dezembro de 2002), pseudónimo de José Gomes Brás, escritor e professor português que se dedicou sobretudo ao estudo da obra de Luís Vaz de Camões.cAinda criança foi para Espanha, onde fez estudos de humanidades no Seminário (Postulado da Província Bética nos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria). Concluído o noviciado, em Jerez de la Frontera, recebeu Ordens Menores na Congregação dos Padres Claretianos (estudo da mística espanhola: Santa Tereza e São João da Cruz).cPassou os anos seguintes ligados ao estudo e ao ensino. Fez Estudos Superiores em Filosofia (Águas Santas e Universidade de Madrid), foi Professor no Colégio de Montanchez (História da Igreja), estudou Ciências Psicológicas, doutorou-se em Filosofia, com classificação final de Muito Bom, por unanimidade.cA sua ligação à religião foi ainda mais aprofundada com os Estudos Superiores em Teologia (Zafra) e posterior Doutoramento. Fez ainda Estudos Superiores em Direito Canónico e Direito Comparado, convivendo com Marañon e Ortega y Gasset. Nesta mesma altura publicou em vários jornais e revistas espanholas.cCom 27 anos, a Guerra Civil de Espanha obriga-o a voltar a Portugal, deixando para trás uma imensa biblioteca e inúmeros manuscritos. Convidado pelo Arcebispo D.Manuel Mendes da Conceição, leccionou no Seminário Maior de Évora. Professor do ensino particular em Lisboa (Latim, Grego, História e Filosofia), deu ainda aulas no Colégio Campos Monteiro, em Torre de Moncorvo, enquanto prestava provas em todas as disciplinas do Curso de Filologia Românica, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, para lhe ser dada equiparação portuguesa à licenciatura que fizera em Espanha. Exerceu a actividade de Conferencista e professor na Escola Técnica Marquês de Pombal, estagiou no Liceu Normal de Pedro Nunes e fez o Exame de Estado para professor do ensino secundário, tendo dado aulas nocturnas na Escola Machado de Castro. Foi professor ainda no Liceu Gil Vicente e no Liceu Nacional de Santarém. Requisitado pelo Instituto de Alta Cultura, ocupou o lugar de Leitor de Português na Faculdade de Letras da Universidade de Toulouse, durante 5 anos, onde reanimou o estudo da Língua e Literatura Portuguesa. De volta a Portugal, regressou ao Liceu de Santarém e leccionou depois nos liceus de São João do Estoril, D. Pedro V e, por fim, no Liceu Passos Manuel, até 1978, altura em que se reformou. Aí organizou o espólio e reservados da Biblioteca.O seu contributo enquanto docente foi reconhecido com a medalha de ouro da cidade de Santarém.

     


  • A Esperança Agredida (Poemas)

    A Esperança Agredida (Poemas) (€15.00)

    José Manuel Mendes  – A Esperança Agredida (Poemas) – Centelha – Promoção do Livro, S.A.R.L – Coimbra – 1973.Desc.(72)pag.Br.

     

     

     

     

    José Manuel Mendes

    Escritor português, José Manuel Mendes nasceu em setembro de 1948, em Luanda. Elegeu a cidade de Braga para viver, onde, desde a adolescência, se destacou como um lutador contra o poder ditatorial instituído pelo Estado Novo, no seio dos movimentos estudantis, associativos e políticos.  Fez o ensino superior em Coimbra, licenciando-se em Direito. Não exercendo a advocacia, dedicou-se à docência, lecionando no ensino secundário entre 1968 e 1980. Finda esta experiência pedagógico/didática, foi eleito deputado à Assembleia da República, onde, durante 11 anos (1980-1991), sempre soube ser um parlamentar convicto na defesa dos ideais democráticos.  Retomando o ensino, ministra o Curso de Comunicação Social da Universidade do Minho. Escritor prestigiado no meio intelectual, com cerca de 30 títulos publicados, desde a poesia ao ensaio, o autor manifestou, desde muito jovem, o seu pendor criativo, tendo publicado o seu primeiro livro de poesia aos 15 anos.  O reconhecimento desta vasta obra saltou as fronteiras do nosso país e muitos dos seus livros foram traduzidos em várias línguas e incluídos em antologias de literatura portuguesa, publicadas na Bulgária, República Checa, Alemanha e Bélgica. É o caso de Presságios do Sul , premiada com o Grande Prémio ITF de Literatura, edição bilingue, publicada na Bélgica. Observador de tudo quanto o rodeia, a obra do autor reflete a vivência quotidiana, o passado e o futuro de um povo anónimo, cujas “dores” não vêm no jornal, no dizer do poeta/cantor brasileiro Chico Buarque de Holanda. Em 1990, o rei de Marrocos atribuiu-lhe o título de “Commandeur du Ouissam Aloui ” e, em 1995, foi condecorado pelo Presidente da República Mário Soares como Grande Oficial da Ordem do Mérito.  Caracterizados por um grande rigor estético e formal, os seus textos deixam transpirar as profundas preocupações sociais de quem, segundo Maria Augusta Silva, in Diário de Notícias de Outubro de 1998, “sonha em cada sonho um mundo mais sonhado. Mais humanizado. “. A sua atividade literária desenvolve-se também através da sua participação em jornais e revistas culturais portuguesas e estrangeiras, programas na RDP e na Rádio Universidade do Minho (RUM), e igualmente na programação cultural da Feira do Livro que se realiza anualmente em Braga, não esquecendo a sua responsabilidade na organização de belos momentos de poesia recitada levados a cabo em vários países, nomeadamente Portugal, Espanha, Brasil, França, Alemanha e Bélgica. Como consequência deste trabalho, foi editado pela RUM, em Novembro de 1998, um CD intitulado Últimos Barcos , com poemas da sua autoria. O Conselho Cultural da Universidade do Minho, consciente do lugar que José Manuel Mendes ocupa no panorama cultural português, promoveu uma homenagem na comemoração do seu 50.º aniversário.

     

     

     

     


  • Os Grandes Escritores Portugueses (Dos Séculos XVIL, XVIII, XIX & XX – Antologia)

    Os Grandes Escritores Portugueses (Dos Séculos XVIL, XVIII, XIX & XX – Antologia) (€30.00)

    Feliciano Ramos & Luís Amaro de Oliveira – Os Grandes Escritores Portugueses (Dos Séculos XVIL, XVIII, XIX & XX – Antologia) – Livraria Cruz – Braga – 1965.Desc.(XI) + (880)Pág.Br.


  • Gastão Cruz (Poemas Reunidos)

    Gastão Cruz (Poemas Reunidos)(€20.00)

    Gastão Cruz – Gastão Cruz (Poemas Reunidos) – Publicações Dom Quixote – Lisboa – 1999.Desc.(393)Pág.Br.

     

     

     

     

    Gastão Santana Franco da Cruz – (Faro, 20 de julho de 1941 — Lisboa, 20 de março de 2022) foi um poeta, crítico literário, escritor, encenador e tradutor português. Licenciou-se em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Foi professor do ensino secundário e leitor de Português no King’s College, pertencente à Universidade de Londres. Como poeta, o seu nome aparece inicialmente ligado à publicação coletiva Poesia 61 (que reuniu Gastão Cruz, Casimiro de Brito, Fiama Hasse Pais Brandão, Luiza Neto Jorge e Maria Teresa Horta), uma das principais contribuições para a renovação da linguagem poética portuguesa na década de 60. Como crítico literário, coordenou a revista Outubro e colaborou em vários jornais e revistas ao longo dos anos sessenta – Seara Nova, O Tempo e o Modoou Os Cadernos do Meio-Dia (publicados sob a direção de Casimiro de Brito e António Ramos Rosa). Essa colaboração foi reunida em volume, com o título A Poesia Portuguesa Hoje (1973), livro que permanece hoje como uma referência para o estudo da poesia portuguesa da década de sessenta. Ligado ao teatro, foi um dos fundadores do Grupo de Teatro Hoje (1976-1977), para o qual encenou peças de Crommelynck, Strindberg, Camus, Tchekov ou uma adaptação sua de Uma Abelha na Chuva (1977), de Carlos de Oliveira. Algumas delas foram, pela primeira vez, traduzidas para português pelo poeta. Foi igualmente um dos fundadores do Grupo de Teatro de Letras, em 1965. O percurso literário de Gastão Cruz inclui a tradução de nomes como William Blake, Jean Cocteau, Jude Stéfan e Shakespeare. As Doze Canções de Blake que traduziu fazem, aliás, parte da sua bibliografia poética. Morreu a 20 de março de 2022, no Hospital de Egas Moniz, em Lisboa, onde se encontrava internado.

     


  • Textos e Canções

    Textos e Canções (€15.00)

     

    José Afonso (Zeca Afonso)  – Textos e Canções (Organização e Notas J.H.Santos Barros) – Assírio & Alvim – Lisboa – 1983.Desc.(345)Pág.Br.Ilust.

     

     

     

    José Afonso (Zeca Afonso)

    José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos (Aveiro, 2 de agosto de 1929 — Setúbal, 23 de fevereiro de 1987), foi um cantor e compositor português. É também conhecido pelo diminutivo familiar de Zeca Afonso, apesar de nunca ter utilizado este nome artístico. É o autor de Grândola, Vila Morena que foi utilizada pelo Movimento das Forças Armadas para confirmar que a Revolução do 25 de Abril estava em marcha. José Afonso, que também ficou conhecido como Zeca Afonso, nasceu no dia 2 de Agosto de 1929, na freguesia da Glória no concelho de Aveiro. De uma família burguesa, era filho do juiz José Nepomuceno Afonso dos Santos, e da sua mulher, Maria das Dores Dantas Cerqueira, professora da instrução primária; ele beirão, natural do Fundão, ela minhota, de Ponte de Lima. Viveu em Aveiro até aos três anos, numa casa do Largo das Cinco Bicas, com a tia Gé e o tio Chico, bem como com seu irmão João Cerqueira Afonso dos Santos (1927), futuro advogado, pai de dois dos seus sobrinhos (João Namora Afonso dos Santos, médico, e Mário Namora Afonso dos Santos, arquitecto). Precisamente, aos três anos de vida foi levado para Angola, onde o pai havia sido colocado como delegado do Procurador da República, em 1930, e onde nasceria, em Silva Porto, a sua irmã Maria Cerqueira Afonso dos Santos, mãe de seus sobrinhos, também músicos: João Afonso Lima e António Afonso Lima. A relação física com a natureza causou-lhe uma profunda ligação ao continente africano, que se reflectirá pela sua vida fora. As trovoadas, as florestas e os grandes rios atravessados em jangadas escondiam-lhe a realidade colonial. Em 1937 regressa a Aveiro, mas parte no mesmo ano para Moçambique, onde se reencontra com os pais e os irmãos em Lourenço Marques. No ano seguinte, volta para Portugal, indo viver em Belmonte, com o tio Filomeno, que ocupava o cargo de presidente da Câmara. Completa a instrução primária nesta localidade, vivendo em pesado ambiente salazarista, em casa do tio, sendo forçado a envergar o traje da Mocidade Portuguesa. Em 1939 os seus pais foram viver para Timor, onde seriam cativos dos ocupantes japoneses durante três anos, entre 1942 e 1945. Durante esse período, Zeca Afonso não teve notícias dos pais. Frequentou o Liceu Nacional D. João III e a Faculdade de Letras de Coimbra, e integrou o Orfeon Académico de Coimbra e a Tuna Académica da Universidade de Coimbra; já nesta altura, se revelou um intérprete especialmente dotado na canção de Coimbra, tendo assimilado o ambiente de mudança que, naquela altura, se estava a começar a manifestar naquela localidade. Em 1948 completa o Curso Geral dos Liceus, após dois chumbos. Conhece Maria Amália de Oliveira, uma costureira de origem humilde, com quem vem a casar em segredo, dada a oposição da família. Continua na vida associativa, fazendo viagens com o Orfeão Académico de Coimbra e com a Tuna Académica da Universidade de Coimbra, ao mesmo tempo que integra a equipa de futebol da Académica. Em 1949 inscreve-se no curso de Ciências Histórico-Filosóficas, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Volta a Angola e Moçambique, integrado numa comitiva do Orfeon Académico de Coimbra. Em Janeiro de 1953 nasce-lhe o primeiro filho, José Manuel. Para sustentar a sua família, Zeca Afonso dá explicações e faz revisão de textos no Diário de Coimbra. Pela mesma altura grava o seu primeiro disco, Fados de Coimbra. Tem grandes dificuldades económicas, como refere em carta enviada aos pais em Moçambique. Ainda antes de terminar o curso, é-lhe permitido leccionar no Ensino Técnico. Cumpriu, de 1953 a 1955, em Mafra e Coimbra, o Serviço Militar Obrigatório; pouco depois, começa a lecionar, passando, sucessivamente, por Mangualde, Alcobaça, Aljustrel, Lagos, e Faro.[3] Iniciou as suas funções como professor em Lagos no dia 29 de Outubro de 1957, na Escola Comercial e Industrial Vitorino Damásio. Em 1956 é colocado em Aljustrel e divorcia-se de Maria Amália. Em 1958 envia os filhos para Moçambique, que ficam ao cuidado dos avós. Entre 1958 e 1959 é professor de Francês e de História, na Escola Comercial e Industrial de Alcobaça. Apesar das exigências da sua profissão, não esqueceu as suas ligações a Coimbra, onde gravou o seu primeiro disco, em 1958.Foi influenciado pelas correntes de mudança que se faziam sentir naquela localidade, e pelo convívio com figuras como António Portugal, Flávio Rodrigues da Silva, Manuel Alegre, Louzâ Henriques, e Adriano Correia de Oliveira, que marcou especialmente a sua obra Coimbra. Participa, frequentemente em festas populares e canta em colectividades, lançando, em 1960, o seu quarto disco, Balada do Outono. Em 1962 segue atentamente a crise académica de Lisboa, convive, em Faro, com Luiza Neto Jorge, António Barahona, António Ramos Rosa e Vítor Silva. Começa a namorar com Zélia, natural da Fuzeta, com quem virá a casar. Segue-se uma nova digressão em Angola, com a Tuna Académica da Universidade de Coimbra, no mesmo ano em que vê editado o álbum Coimbra Orfeon of Portugal. Nesse disco José Afonso rompe com o acompanhamento das guitarras de Coimbra, fazendo-se acompanhar, nas canções Minha Mãe e Balada Aleixo, pelas violas de José Niza e Durval Moreirinhas (1937–2017). Segue-se um período de 6 anos, 1962 a 1968 em que Zeca inicia o seu período musicalmente mais rico, criando as primeiras músicas de intervenção. É nesse período que conhece o seu amigo e guitarrista Rui Pato, um jovem estudante de Medicina, com quem grava 49 temas e percorre todo o país em dezenas de espectáculos em colectividades operárias, associações de estudantes, cineclubes, por toda a parte onde era chamado para utilizar a sua canção como arma contra a ditadura salazarista. Durante esse período, sempre delegou o acompanhamento e os arranjos das suas músicas a Rui Pato. Em 1963 termina a licenciatura em Ciências Histórico-Filosóficas, com uma tese sobre Jean-Paul Sartre, intitulada Implicações substancialistas na filosofia sartriana. No mesmo ano são editados os primeiros temas de carácter vincadamente político, Os Vampiros e Menino do Bairro Negro— o primeiro contra a opressão do capitalismo, o segundo, inspirado na miséria do Bairro do Barredo, no Porto — integravam o disco Baladas de Coimbra, que viria a ser proibido pela Censura.Os Vampiros, juntamente com Trova do Vento que Passa (um poema de Manuel Alegre, musicado por António Portugal e cantado por Adriano Correia de Oliveira) viriam a tornar-se símbolos de resistência antiSalazarista da época. Realiza digressões pela Suíça, Alemanha e Suécia, integrado num grupo de fados e guitarras, na companhia de Adriano Correia de Oliveira, José Niza, Jorge Godinho, Durval Moreirinhas e ainda da fadista lisboeta Esmeralda Amoedo. Em Maio de 1964 José Afonso actua na Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, onde se inspira para fazer a canção Grândola, Vila Morena. A música viria a ser a senha do Movimento das Forças Armadas no golpe de 25 de Abril de 1974, permanecendo como uma das músicas mais significativas do período revolucionário. Ainda naquele ano são lançados os álbuns Cantares de José Afonso e Baladas e Canções. Ainda em 1964, José Afonso estabelece-se em Lourenço Marques, com Zélia, reencontrando os filhos do anterior casamento. Entre 1965 e 1967 é professor no Liceu Pêro de Anaia, na cidade da Beira, e em Lourenço Marques. Colabora com um grupo de teatro local, musicando uma peça de Bertolt Brecht, A Excepção e a Regra. Manifesta-se contra o colonialismo, o que lhe causa problemas com a PIDE, a polícia política do Estado Novo. Em Moçambique nasce a sua filha Joana, em 1965.  Residiu, entre 1964 e 1967, em Moçambique, acompanhado pelos dois filhos e pela sua companheira, Zélia, tendo ensinado na Beira, e em Lourenço Marques. Nesta altura, começa a sua carreira política, em defesa dos ideais de independência, o que lhe valeu a atenção dos agentes do governo colonial.  Quando regressa a Portugal, em 1967, é colocado como professor em Setúbal; no entanto, fica a leccionar pouco tempo, pois acaba por ser expulso do ensino oficial, depois de um período de doença. Para sobreviver, começa a dar explicações. A partir desse ano, torna-se definitivamente um símbolo da resistência democrática. Mantém contactos com a Liga de Unidade e Acção Revolucionária e o Partido Comunista Português, ainda que se mantenha independente de partidos, é preso pela PIDE. Continua a cantar e participa no I Encontro da Chanson Portugaise de Combat, em Paris, em 1969. Grava também Cantares do Andarilho, recebendo o prémio da Casa da Imprensa pelo Melhor Disco do Ano, e o prémio da Melhor Interpretação. Para que o seu nome não seja censurado, Zeca Afonso passa a ser tratado nos jornais pelo anagrama Esoj Osnofa. Em 1971 edita Cantigas do Maio, no qual surge Grândola, Vila Morena, que acaba por interpretar pela primeira vez num concerto celebrado a 10 de Maio de 1972 na residência universitária Burgo das Nações, hoje Auditório da Galiza, em Santiago de Compostela. Zeca participa em vários festivais, sendo também publicado um livro sobre ele e lança o LP Eu vou ser como a toupeira. Em 1973 canta no III Congresso da Oposição Democrática e grava o álbum Venham mais Cinco. Ao mesmo tempo, começa a dedicar-se ao canto, e apoia várias instituições populares, enquanto que continua a sua carreira política na Liga de Unidade e Acção Revolucionária. Entre Abril e Maio de 1973 esteve detido no Forte–prisão de Caxias pela PIDE/DGS. Após a Revolução de 25 de Abril de 1974, acentua a sua defesa da liberdade, tendo realizado várias sessões de apoio a diversos movimentos, em Portugal e no estrangeiro; retoma, igualmente, a sua função de professor. Continuou a cantar, gravando o LP Coro dos Tribunais, ao mesmo tempo que se envolve em numerosas sessões do Canto Livre Perseguido, bem como nas campanhas de alfabetização do MFA. A sua intervenção política não para, tornando-se um admirador do período do PREC. Em 1976 declara o seu apoio à campanha presidencial de Otelo Saraiva de Carvalho. Nesse ano, foi ainda candidato autárquico, em Setúbal, pelos Grupos Dinamizadores de Unidade Popular (GDUP’s), junto com Acácio Barreiros, tendo sido eleito membro da Assembleia Municipal de Setúbal por um mandato de 4 anos. Os seus últimos espectáculos terão lugar nos coliseus de Lisboa e do Porto, em 1983, numa fase avançada da sua doença (esclerose lateral amiotrófica). No final desse mesmo ano é-lhe atribuída a Ordem da Liberdade por Ramalho Eanes, mas o cantor recusa a distinção. Em 1985, é editado o seu último álbum de originais, Galinhas do Mato, no qual, devido ao estado da doença, Zeca não consegue interpretar todas as músicas previstas. O álbum acaba por ser completado por José Mário Branco, Sérgio Godinho, Júlio Pereira, Né Ladeiras, Helena Vieira, Fausto e Luís Represas, entre outros. Em 1986 apoia a candidatura de Maria de Lourdes Pintasilgo a Presidente da República. José Afonso viveu os seus últimos anos de vida em Vila Nogueira de Azeitão, perto de Setúbal, com a sua companheira Zélia. Faleceu em 23 de fevereiro de 1987, no Hospital de São Bernardo, em Setúbal, às três horas da madrugada, vítima de esclerose lateral amiotrófica. Os seus restos mortais descansam no cemitério setubalense de Nossa Senhora da Piedade. O seu funeral, em Setúbal, foi um evento massivo, onde saíram à rua perto de vinte mil pessoas para prestar tributo póstumo a essa grande figura da música portuguesa. Oriundo do fado de Coimbra, foi uma figura central do movimento de renovação da música portuguesa que se desenvolveu na década de 1960 do século XX e se prolongou na década de 70, sendo dele originárias as famosas canções de intervenção, de conteúdo de esquerda, contra o Regime. Zeca Afonso ficou indelevelmente associado ao derrube do Estado Novo, regime de ditadura Salazarista vigente em Portugal entre 1933 e 1974, uma vez que uma das suas composições, “Grândola, Vila Morena”, foi utilizada como senha pelo Movimento das Forças Armadas (MFA), comandados pelos Capitães de Abril, que instaurou a democracia, em 25 de Abril de 1974. Em 1994 seria editado Filhos da Madrugada cantam José Afonso, um CD duplo em homenagem a Zeca Afonso. No final de Junho seguinte, muitas das bandas portuguesas que integraram o projecto, participaram num concerto que teve lugar no então Estádio José Alvalade. Em 24 de Abril de 1994 a CeDeCe estreia no Teatro São Luiz o bailado Dançar Zeca Afonso, com música de Zeca Afonso e coreografia de António Rodrigues, uma encomenda do Município, a propósito da Capital Europeia da Cultura. Muitas das suas canções continuam a ser gravadas por numerosos artistas portugueses e estrangeiros. Calcula-se que existam actualmente mais de 300 versões de canções suas gravadas por mais de uma centena de intérpretes, o que faz de Zeca Afonso um dos compositores portugueses mais divulgados a nível mundial. O seu trabalho é reconhecido e apreciado pelo país inteiro e Zeca Afonso, com a sua incidência política que as suas canções ganharam, representa indiscutivelmente, uma parte muito importante da cultura poética portuguesa. Colaborou na revista Arte Opinião(1978–1982).

     

     


  • Festas Camonianas em Coimbra (Ao Génio)

    Festas Camonianas em Coimbra (Ao Génio)(€15.00)

    Manuel da Silva Gayo – Festas Camonianas em Coimbra (Ao Génio) – Imprensa Literária – Coimbra – 1881.Desc.(15)Pág.Br

     

     

    Manuel da Silva Gaio

    Manuel da Silva Gaio (Coimbra, 6 de Maio de 1860 — Coimbra, 11 de Fevereiro de 1934) foi um poeta, teorizador e ensaísta português. Foi o introdutor do neolusitanismo, um movimento literário com a sua origem na obra de António Nobre que proclamava a criação de uma poesia nacionalista e regionalista em Portugal. Com afinidades ao simbolismo, aquele movimento tinha como objectivos centrais reavivar as tradições e as fórmulas literárias verdadeiramente autóctones, mas, ao mesmo tempo, introduzir-lhes inovações métricas e estilísticas. Na poesia de Silva Gaio, tal como na dos outros poetas da corrente estética em que se inseriu, perpassa a angústia motivada pela passagem do tempo, a inquietação religiosa e o amor enquanto fatalidade e causa de morte. Sem nunca ter atingido a plenitude artística em nenhum dos géneros a que se dedicou, Silva Gaio exerceu grande influência, especialmente a nível ideológico, junto dos poetas e artistas do seu tempo. Manuel da Silva Gaio nasceu em Coimbra, filho de Emília Augusta de Campos Paredes e de António de Oliveira da Silva Gaio, médico e professor de Higiene na Universidade de Coimbra, também escritor de nomeada. Durante mais de trinta anos (1895-1928) exerceu as funções de secretário da Universidade de Coimbra.

     

     

     


  • Discurso Pronunciado na Solenidade Religiosa Manda Celebrar Pela Irmandade do Santissimo Sacramento da Freguezia da Pena

    Discurso Pronunciado na Solenidade Religiosa Manda Celebrar Pela Irmandade do Santissimo Sacramento da Freguezia da Pena(€20.00)

    Francisco da Silva Figueira – Discurso Pronunciado na Solenidade Religiosa manda Celebrar Pela Irmandade do Santissimo Sacramento da Freguezia da Pena….Por Ocasião do Tricentenário do Grande Epica Luiz de Camões – Imprensa de J.G. de Sousa Neves – Lisboa – 1880.Desc.(24)Pág.Br.


  • Bailam Flores (Poemas)

    Bailam Flores (Poemas)(€12.00)

    Alberto Bastos – Bailam Flores (Poemas) Ilustrações de Honório Rodrigues e Joana Rodrigues – Edição Câmara Municipal Vale de Cambra – Vale de Cambra – 1999.Desc.(151)Pág.Br.Ilus

    Alberto Bastos Poeta português, Alberto Tavares Bastos nasceu em 1948, na freguesia de Castelões, em Vale de Cambra. Começando por tirar o bacharelato em Educação Física pelo ISEF (Instituo Superior de Educação Física), fez, mais tarde, um curso de Publicidade e Marketing, tornando-se responsável pela área de publicidade e marketing numa metalúrgica de Vale de Cambra. Reparte a sua atividade profissional com as coisas lúdicas, como a escrita e o teatro. O gosto pela escrita atingiu-o desde muito novo, tendo começado por publicar alguns dos seus poemas em jornais, boletins e revistas. Homem ligado à comunidade, é muitas vezes solicitado para animar encontros de poesia, juntamente com outros poetas populares da terra. O “bichinho” do teatro tem-no ele também agarrado, escrevendo pequenos textos dramáticos (não editados) que são representados, sob a sua orientação, como encenador e autor, por “gente” que consegue cativar. Assim, é conhecida a sua participação nos “antigos Carnavais de Castelões”, no Externato Cambrense, no Colégio dos Carvalhos, na Queima das Fitas, no Teatro de Gavião, na A.C.R. (Associação Cultural e Recreativa) e na A.P.D.C. (Associação Para o Desenvolvimento de Castelões). Atualmente, dirige um grupo de teatro associativo ligado à A.P.D.C. Tendo o grau de bacharel, na área de Educação Física, é adepto do atletismo e usa a corrida como forma de manter a saúde do corpo e da alma. Em 1999, publicou, em edição da Câmara Municipal de Vale de Cambra, o livro de poemas Bailam Flores, ilustrado por Honório Rodrigues e Joana Rodrigues. Coletânea de toda a sua poesia desde os anos 60, nela encontramos uma temática variada que constrói, contudo, uma unidade, através de um leit-motiv comum – a liberdade. A ditadura, a guerra colonial, o 25 de abril, o amor contra as desigualdades sociais e as injustiças, o amor ao Vale são, de facto, temas recorrentes que projetam as emoções e os conflitos interiores de um sujeito poético profundamente relacionado com os elementos determinantes da condução humana. Conhecido e reconhecido no meio cultural da região, Alberto Bastos é um dos poetas antologiados no volume de poesia intitulado Poesia da Nossa Terra e editado pela Junta de Freguesia de S. Pedro de Castelões. Em 2000, em edição do autor, patrocinada, edita o segundo livro de poesia – Um Grito na Noite dos Tempos. Com ilustrações de José Santos, este livro é dedicado “Às vítimas da guerra e a todos os que suportaram a dor e os traumas em defesa do seu ideal de verdade, humanismo e liberdade”. Reflexo do “sentir” vivenciado do “eu”, num espaço que não é o da passividade, mas antes o da revolta, o título, Um Grito na Noite dos Tempos, comporta em si mesmo a totalidade da mensagem.

     

     

     

     


  • Vazio (Poesia)

    Vazio (Poesia)(€12.00)

    Prof.Herrero – Vazio (Poesia) – Edição Barlavento – Portimão – 2003.Desc.(93)Pág.Br.Ilust

     

    Dagoberto Cabrita Campos ” Professor Herrero”

    Dagoberto Cabrita Campos, mais conhecido como Professor Herrero(Silves, 25 de Julho de 1953 – Faro, 12 de Junho de 2024) foi um artista português, que se destacou principalmente como ilusionista. Nasceu em 25 de Julho de 1953, na vila de Silves. A sua carreira como artista iniciou-se em meados dos anos 60, tendo durado cerca de 55 anos, como ilusionista e hipnotizador. Fez um grande número de espectáculos em diversos pontos do território nacional, na África do Sul e em Moçambique. Participou em cerca de três centenas de programas televisivos, tanto em Portugal como na Espanha e na Alemanha. Destaca-se a sua participação em vários programas de televisão e da rádio apresentados por Herman José. Praticou igualmente o faquirismo, após ter sido treinado por um cidadão indiano, que lhe ensinou as técnicas de ioga. O seu pseudónimo de artista era Professor Herrero, que alegadamente surgiu durante um espectáculo em Espanha, onde um dos membros da assistência o teria chamado de herrero (ferreiro), devido a um truque com uma cama de pregos.Durante a maior parte da sua carreira, a assistente nos espectáculos foi a sua esposa Rosinda, que actuava sob o nome de Rosy. Outro elemento frequente era a arara Houdini, que tinha como principal truque o atravessamento de um espelho. Também foi parapsicólogo, e praticou a hipnoterapia, que tinha como finalidade curar traumas e vícios, tendo por exemplo ajudado a tranquilizar um homem que não conseguia dormir, e curado um outro que era viciado em jogos de casino.Exerceu igualmente como escritor, poeta e colunista, tendo colaborado durante vários anos para o jornal Barlavento.Escreveu os livros Os Mortos não Falam, Um Cagalhão na Tola, A Masoquista, Faquirismo e Vida e Curso de Hipnotismo.Destaca-se a sua obra Os Mortos não Falam, lançada em 2001, e que foi a que teve mais sucesso, tendo como tema a desmistificação do espiritismo.Com efeito, nas suas obras criticava frequentemente aqueles que se aproveitavam das crenças populares, tendo sido igualmente o fundador do evento humorístico Jantares dos 13 na década de 1990, onde eram satirizadas várias facetas do oculto, como as superstições, casas assombradas e videntes. Foi homenageado pela Câmara Municipal de Lagoa em Setembro de 2021, no âmbito do Festival Internacional de Magia, no Auditório Carlos do Carmo, tendo sido considerado pelo organizador do evento, Paulo Cabrita, como «a grande referência do ilusionismo português». Em Maio de 2022 voltou a ser alvo de uma homenagem por parte do Município de Lagoa, por ocasião dos 55 anos de carreira. Também recebeu diversos prémios, incluindo o Carreira da Câmara Municipal de Loulé em 1998, de Personalidade do Ano duas vezes seguidas, e Sons e Vozes, além de ter ficado registado no Guinness World Records, no estatuto de Mais versátil do mundo. Faleceu em 12 de Junho de 2024, no hospital de Faro, aos 70 anos de idade] O funeral teve lugar no dia 17 de Junho, na Igreja da Misericórdia de Lagoa, tendo o corpo sido depois conduzido para o crematório de Albufeira. Aquando da sua morte, a autarquia de Lagoa emitiu uma nota de pesar, onde o recordou como «uma figura ilustre e respeitada no nosso concelho», que «ao longo dos anos, dedicou a sua vida à magia, a sua grande paixão, deixando um legado inestimável que continuará a inspirar muitas gerações».