• Category Archives Poesia
  • Cancioneiro de Luís Franco Correia (1557-1589)-1589

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    Cancioneiro de Luís Franco Correia (1557-1589) «€50.00»

    Luís Franco Correia – Cancioneiro (1557-1589) – (Apresentação de Maria de Lurdes Belchior) – Comissão Executiva do IV Centenário da Publicação de «Os Lusíadas» – Lisboa – 1972 – Desc. [297 Folhas] [594 pág] / 30,5 cm x 21,5 cm / Br. (Edição Fac-Similar)


  • As Grandes Polêmicas Portuguesas

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    As Grandes Polêmicas Portuguesas «€120.00»

    As Grandes Polêmicas Portuguesas «Tomo I »- Hernâni Cidade – A Polemica nos Cancioneiros Medievais / Mário Martins – O «Livro da Corte Imperial» / Hernâni Cidade – A Polemica no «Cancioneiro Geral» / José de Pina Martins – Fr. Antonio de Beja Contra a astrologia Judiciária / Joaquim Verissimo Serrão – Antonio de Gouveia e a Defesa de Aristóteles / David Mourão-Ferreira – Sá de Miranda: Inovação e Polemismo / F. Costa Marques – Antonio Ferreira e a Sua Acção em Favor da Língua Portuguesa / Giacinto Manuppella – Uma Sinfonia Critica Imperfeita: O «Hospital das Letras» de D. Francisco Manuel de Melo / António Alberto de Andrade – A Polêmica Verneiana / Antonio Freire, S. J. – A «Gramática Latina» do Padre Manuel Álvares e seus Impugnadores / João Ameal – D. Frei Fortunato de São Boaventura e a Defesa da Tradição Portuguesa / As Grandes Polêmicas Portuguesas «Tomo II » – Tomas de Figueiredo – José Agostinho de Macedo Contra a «Besta» / Manuel Trindade – Herculano Polemista / Jacinto do Prado Coelho – As Polêmicas de Camilo / Manuel Antunes, S. J. – a Questão Coimbrã / Antonio Quadro – As Conferencias do Casino e o seu Significado no Contexto Português / F. A. oliveira Martins – A Polêmica Sobre «a Idade Média na História da Civilização» / Esther de lemos – Polêmica de Eça de Queiroz / joão Maia – ramalho Ortigão Polemista / Luís Forjaz Tringueiros – Fialho de Almeida ou o Prélio solitário / Moreira das Neves – Guerra Junqueira e o Padre Sena de Freitas / Antonio de Magalhães, S.J. – Miguel Bombarda e Fernandes Santana / Barradas de Oliveira – Homem Cristo: O Dragão de Aveiro / João Bigotte Chorão – A Geração de «Orpheu» / Jaime Nogueira Pinto – Polêmica de Antonio Sergio / Antonio José de Brito – o espirito Polêmico de Alfredo Pimenta – Editorial Verbo – Lisboa – 1964/1967. Desc. 429 + 460 pág / 27 cm x 19 cm / E. pele original e Muito Ilustrado.


  • Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica

    Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica
    Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica «€80.00»

    Natália Correios (Selecção , Prefácio e Notas) Cruzeiro Seixas (Ilustrações) –  Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica « Dos Cancioneiros Medievais a Actualidade» – Martins Soares, D. Tomás de Noronha, João Zorro, António Barbosa Barcelar, José Régio, Fernando Pessoa, António Botto, Pedro Homem de Mello, Luís Pacheco, José Carlos Ary dos Santos, António Nobre, António Ramos Rosa, Eugénio de Andrade, José Almada Negreiros, Augusto Gil, Bocage, Herberto Hélder, Homem Pessoa… Etc – Edições Fernando Ribeiro de Mello / Afrodite – Lisboa – 1965. Desc. 551 pág + 6 Gravuras / 19,5 cm x 12,5 cm / Br. Ilust.

    A edição da Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica, (Ed. Afrodite, Lisboa, Dez. de 1966), foi apreendia e julgada em Tribunal Plenário como «ofensiva do pudor geral, da decência e da moralidade pública e dos bons costumes». Foi «reconhecido o mérito literário da obra», com excepção dos textos de Mário Cesariny de Vasconcelos, cujo mérito literário foi considerado nulo. No plenário criminal da Boa-Hora, em audiência colectiva, sob a presidência do desembargador Fernando António Morgado Florindo e com a presença de Costa Saraiva, adjunto do procurador da República, terminou no dia 21 de Março de 1970 o julgamento por abuso de liberdade de imprensa dos responsáveis pela publicação da Antologia.  Ribedo diro Fernane Mello, editor, e Natália Correia, escritora e organizadora da Antologia, a 90 dias de prisão correccional, substituíveis por igual tempo de multa a 50$00 por dia e mais 15 dias de multa à mesma taxa. A cada um foram aplicados os impostos de justiça de 1500$00 e 500$00 de procuradoria.Luiz Pacheco, escritor, foi condenado a 45 dias de prisão, substituídos por multa, a 25$00 diários e 7 dias de multa à mesma taxa (no entanto devido à sua situação económica, o Tribunal dispensou-o do pagamento da multa diária). Foi ainda condenado a 880$00 de imposto de justiça. Mário Cesariny de Vasconcelos, escritor, foi condenado a 45 dias de prisão substituídos por multa a 30$00 diários e 7 dias de multa à mesma taxa. Condenado em 1 000$00 de imposto de justiça e 500$00 de procuradoria. José Carlos Ary dos Santos, escritor, foi condenado a 45 dias de prisão substituída por igual tempo de multa a 40$00 diários e 7 dias de multa à mesma taxa. Foi condenado em 1 000$00 de imposto de justiça e 500$00 de procuradoria. Ernesto Manuel Geraldes de Melo e Castro, escritor, foi condenado a 45 dias de prisão, substituída por igual tempo de multa, a 50$00 por dia e mais 7 dias de multa àquela taxa. Foi aplicado o imposto de justiça de 1500$00 e 500$00 de procuradoria. A Natália Correia, Mário Cesariny, José Carlos Ary dos Santos e Melo e Castro foram suspensas as penas, pelo espaço de três anos. Os livros apreendidos foram declarados perdidos a favor do Estado para serem destruídos. O acusado Francisco Marques Esteves foi absolvido.

  • Alma Minha Gentil (Antologia da Poesia de Amor Portuguesa)

    Alma Minha Gentil (Antologia da Poesia de Amor Portuguesa)
    Alma Minha Gentil (Antologia da Poesia de Amor Portuguesa) «€40.00»

    José Régio e Alberto de Serpa (Organizada) – Alma Minha Gentil (Antologia da Poesia de Amor Portuguesa) – El – Rei D. Sancho I, Pai Soares de Aaveiros, Pero Gonçalves de Portocarreiro, João Aires, El – Rei D. Dinis, D. Afonso Sanches, Nuno Fernandes Torneol, João Lobeira, Conde do Vimioso, Rui Gonçalves, João Roiz de Castelo-Branco, Diogo Brandão, Romance Popular, Bernardim Ribeiro, Cristóvão Falcão, Luís de Camões, D. Manuel de Portugal, António Ferreira, Pedro de Andrade Caminha, Diogo Bernardes, Francisco Rodrigues Lobo, António Barbosa Bacelar, Soror Violante do Céu, Anónima, D. Francisco Manuel de Melo, Paulino Cabral de Vasconcelos, Pedro António Correia Garção, Domingues Reis Quinta, Filinto Elísio, Tomás António Gonzaga… Etc. – «  Ilustrções de Augusto Gomes » Portugália Editora – Lisboa – 1957. Desc. 345 pág + 6 Ilustrações / 18 cm x 13 cm / Br.


  • Antologia do Humor Português

    Antologia do Humor Português
    Antologia do Humor Português «€135.00»

    Fernando Ribeiro de Mello – Antologia do Humor Português – Selecção e Notas: Vergilio Martinho e Ernesto Sampaio / Prefácio. Ernesto Sampaio / Capa e Paginação: Sena da Silva / Desenhos: Carlos Ferreiro, Eduardo Batarda, João Machado & José Rodrigues – Cantigas D’Escarnho e de Mal Dizer (Século XVIII) Airas Nunes, Clérigo, Aires Pérez Vuitoron, Fernan Soárez de Quinhones, Joan Aires de Santiago & Pero da Ponte, Gil Vicente, Fernão Mendes Pinto, Gonçalo Fernandes Trancoso, Luís de Camões, Diogo do Couto, D. Tomás de Noronha, D, Francisco Manuel de Melo, António Serrão de Castro, Autor Anónimo da Arte de Furtar, Padre Manuel Bernardes, Cavaleiro de Oliveira, António José da Silva, Paulino António Image00002Cabral, Manuel Maria Barbosa do Bocage, António Lobo de Carvalho, Nicolau Tolentino de Almeida, José Augusto Macedo, Almeida Garrett, Camilo Castelo Branco, João de Deus, Ramalho Ortigão, Oliveira Martins, Eça de Queiroz, Gomes Leal, Guerra Junqueira, Gervásio Lobato, Cesário Verde, Fialho de Almeida, Manuel Teixeira Gomes, Trindade Coelho, António Feijó, Raul Brandão, Aquilino Ribeiro, Fernando Pessoa, Mário Sá Carneiro, Almada Negreiros, Vitorino Nemésio, José Rodrigues Miguéis, Branquinho da Fonseca, António Gedeão, José de Lemos, Manuel da Fonseca, Manuel de Lima, Ruben. A, Natália Correia, Mário Henriques Leiria, Mário Cesariny de Vasconcelos, António Domingues, Fernando Luso Soares, Alexandre O’Neill, Ernesto Leal, Luiz Pacheco, Pedro Oom, António Maria Lisboa, Júlio Moreira, Manuel de Castro, Alberto Portela (Filho), José carlos Ary dos Santos, O cadáver Esquisito – Edições Afrodite – Lisboa – 1969. Desc. [XXV] + 1004 pág / 21 cm x 15 cm / E. Pele «Muito Procurado»

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    Fernando Ribeiro Bento de Melo (Porto, 11 de Novembro de 1941 – Coimbra, 27 de Fevereiro de 1992), foi um editor e declamador de poesia português. Oriundo de uma Image00019família tradicional do Porto. De pequena estatura, franzino, claudicante, sempre impecavelmente vestido, o olhar intenso, bigodes revirados à Dalíe uma pera, Ribeiro de Mello destacava-se também por uma personalidade um pouco excêntrica, irreverente e donjuanesca. Em Outubro de 1964 deu brado em Lisboa, com um conturbado recital de poesia na Sociedade Nacional de Belas-Artes, em que o valor dos poemas declamados era pontuado de acordo com a duração cronometrada dos aplausos do público. Amigo de Natália Correia, Mário Cesariny, Luiz Pacheco e outros intelectuais portugueses, foi o enérgico fundador das pequenas e excelentes Edições Afrodite,em 1965, que durante os anos finais do salazarismo causaram escândalo e sensação, com a publicação de obras polémicas e proibidas, que conduziriam a diversos processos judiciais por ultraje aos bons costumes. Citem-se o Kâma-Sûtra – Manual do Erotismo Hindu (1965), a Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica (1966), de Natália Correia ou A Filosofia na Alcova (1966) do Marquês de Sade . Em 1980, teve uma breve exposição televisiva ao ter participado como membro do júri do concurso A Prata da Casa na RTP, juntamente com Alexandre O’Neill, Tomás Branquinho da Fonseca, Beatriz Costa e Maria Elisa. Eram notórias as suas intervenções enquanto jurado, Image00006marcadas pela acutilância das suas opiniões, alguma teatralidade de expressão, frequentemente pontuadas por manifestações de sarcasmo e de indignação, entrando algumas vezes em conflito com o apresentador José Fialho Gouveia. As extintas Edições Afrodite desempenharam, nessas décadas, um papel ímpar na divulgação em língua portuguesa de diversos autores fundamentais da contra-cultura (André Breton, Alfred Jarry, etc.). Ribeiro de Mello teve a inestimável colaboração de grandes tradutores e antologiadores como Ernesto Sampaio, Aníbal Fernandes, Luiza Neto Jorge, Manuel João Gomes, e ilustradores como Eduardo Batarda, Martim Avillez ou Henrique Manuel. As opções editoriais de Fernando Ribeiro de Mello (antecedidas já pela editora Contraponto de Luiz Pacheco) influenciariam outras editoras (do mesmo tipo ou não), nas décadas de 1970 a 1990, como a Editorial Estampa, a Editora Arcádia, a & etc (dirigida por Vitor Silva Tavares), a Assírio & Alvim (de Manuel Hermínio Monteiro), a Hiena Editora (de Rui Martiniano), a Fenda (de Vasco Santos), a Antígona (de Luís de Oliveira) e outras. Morreu em 1992, aos 50 anos, na sequência de uma cirurgia mal sucedida a um aneurisma.


  • Saudades dos Serenissimos Reys de Portugal Dom Pedro I e D. Ignez de Castro

    Saudades dos Serenissimos Reys de Portugal Dom Pedro I e D. Ignez de Castro
    Saudades dos Serenissimos Reys de Portugal Dom Pedro I e D. Ignez de Castro «€175.00»

    D. Maria de Lara Menezes – Saudades dos Serenissimos Reys de Portugal Dom Pedro I e D. Ignez de Castro – Na Officina de Pedro Ferreira – Lisboa – 1762. Desc. [XII] + 102 pág / 20 cm x 14 cm / E. Pele (Raro)


  • Peregrinatio ad Loca Infecto

    Peregrinatio ad Loca Infecto
    Peregrinatio ad Loca Infecto «€25.00»

    Jorge Sena – Peregrinatio ad Loca Infecto (70 Poemas e Um Epilogo) – Portugália – Lisboa – 1969. Desc. 191 pág / 20 cm x 14 cm / Br. «1.ª Edição»

    Jorge Cândido Alves Rodrigues Telles Grilo Raposo de Abreu de Sena (Lisboa, 2 de Novembro de 1919 — Santa Barbara, Califórnia, 4 de Junho de 1978) foi poeta, crítico, ensaísta, ficcionista, dramaturgo, tradutor e professor universitário português. Filho único de Augusto Raposo de Sena, natural de Ponta Delgada e comandante da marinha mercante, e de Maria da Luz Telles Grilo de Sena, natural da Covilhã e dona-de-casa. Ambas as famílias eram da alta burguesia, a paterna de suposta linhagem aristocrática de militares e altos funcionários, e a materna de comerciantes ricos do Porto. Segundo relata no seu conto Homenagem ao Papagaio Verde, teve uma infância recolhida, solitária e infeliz, o que fez com se tornasse introspectivo, observador e imaginativo. Fez a instrução primária e os primeiros anos do liceu no Colégio Vasco da Gama. Concluiu os estudos secundários no Liceu Camões, onde foi aluno de Rómulo de Carvalho. Era um jovem que lia avidamente, tocava piano e escrevia poemas. Na Faculdade de Ciências de Lisboa, fez os exames preparatórios com as notas mais elevadas.Sena nutria a ideia algo romântica de se tornar oficial da marinha, seguindo as pisadas do pai. Em 1938, aos 17 anos, entrou para a Escola Naval como 1º do seu curso. A 2 de Outubro de 1937, iniciou a sua viagem de instrução a bordo do navio-escola Sagres. Visitou os portos de S. Vicente, Santos, Lobito, Luanda, S. Tomé e Dakar, chegando a Lisboa no final de Fevereiro de 1938. O contacto com a imensidão do oceano, a azáfama da vida a bordo e o movimento e mudança constantes agradaram ao jovem Sena, mas nem tudo correu bem. Segundo o relato de um antigo camarada de curso, naquele ano a viagem de instrução foi excepcional e particularmente dura e exigente em termos de preparação e destreza física, copiando o modelo da marinha alemã. Na parte teórica do curso Sena era brilhante, mas em termos atléticos era medíocre e apesar dos muitos esforços que fez não conseguiu satisfazer as elevadas expectativas do comandante do curso, que parecia nutrir um ódio de estimação pelo cadete contemplativo e intelectual. No final da viagem, foi comunicado a Sena que iria ser proposta a sua exclusão da Marinha por lhe faltarem as “necessárias qualidades” para oficial. Sena ficou profundamente frustrado e desgostoso com esta rejeição e o seu afastamento definitivo de um modo de vida que tanto almejava. Apesar da sua inclinação natural para a literatura, o sobredotado Sena decidiu frequentar o curso de Engenharia Civil, iniciando-o em Lisboa e concluindo-o no Porto, em 1944, com a ajuda financeira dos seus amigos Ruy Cinatti e José Blanc de Portugal. O curso pouco o entusiasmou, mas durante todo esse tempo escreveu bastantes poemas, artigos, ensaios e cartas. Desde os 16 anos que escrevia e em 1940, sob o pseudónimo de Teles de Abreu, publicou os seus primeiros poemas na revista Cadernos de Poesia, dirigida por Cinatti, Blanc de Portugal e Tomás Kim. Em 1942, publica o seu primeiro livro de poemas,Perseguição, que não impressiona muito o seu amigo e crítico João Gaspar Simões e Adolfo Casais Monteiro considera-o um livro revelador mas difícil. Em 1947, Sena inicia a sua carreira de engenheiro, que durou 14 anos. Trabalhou como engenheiro civil na Câmara Municipal de Lisboa, na Direcção-Geral dos Serviços de Urbanização e na Junta Autónoma das Estradas (JAE), onde permanecerá até ao seu exílio para o Brasil em 1959. Em 1940, no Porto, Jorge de Sena conhece e torna-se amigo de Maria Mécia de Freitas Lopes (irmã do crítico e historiador literário Óscar Lopes), começando a namorar em 1944 e casando-se em 1949. Jorge de Sena e Mécia de Sena tiveram nove filhos. Mecia, sua incansável companheira e enérgica colaboradora, apoiando o escritor nas inúmeras crises que lhe surgiram ao longo de uma vida por vezes atribulada. Trabalhava incansavelmente, para sustentar a crescente família. Além do seu absorvente trabalho diurno na JAE (que lhe possibilitou viajar e conhecer o Portugal profundo), Sena também se dedicava à direcção literária em editoras, à tradução e revisão de textos, ocupações que lhe roubavam precioso tempo para a investigação literária e a para a sua obra. A banalidade e a pequenez do quotidiano no Portugal de Salazar das décadas de 1940 e 1950 atormentam-no, bem assim como a mediocridade, a mesquinhez e a intriga dos meios literários, a opressão política, a censura literária, resultando num ambiente de trabalho sufocante e absolutamente frustrante, mas que não deixam de o inspirar para o poema É tarde, muito tarde na noite… Durante esses anos publica várias obras: O Dogma da Trindade Poética – Rimbaud (1942), Coroa da Terra, poesia (1946), Páginas de Doutrina Estética de Fernando Pessoa (organização), 1946, Florbela Espanca (1947), Pedra Filosofal poesia (1950), A Poesia de Camões (1951), etc. Colabora na revista Mundo Literário 1 (1946-1948) com contos e poesia e também como crítico artístico na rúbrica cinema. A sua situação como escritor e cidadão estava a tornar-se insustentável. Como escritor, não tinha tempo livre para escrever, apenas o podia fazer de modo insuficiente e limitado à noite e aos domingos. Também o facto de não pertencer a nenhum círculo académico e a falta de apoio institucional lhe frustrava qualquer pretensão de poder vir a editar alguma obra mais ambiciosa. Por outro lado, a sua participação numa tentativa revolucionária abortada em 12 de Março de 1959, colocou-o em posição de prisão iminente, no caso muito provável de algum dos conspiradores presos pela PIDE denunciar os que ainda se encontravam livres. Em Agosto de 1959, viajou até ao Brasil, convidado pela Universidade da Bahia e pelo Governo Brasileiro a participar no IV Colóquio Internacional de Estudos Luso-Brasileiros. Tendo sido convidado como catedrático contratado de Teoria da Literatura, em Assis, no Estado de S. Paulo, aproveitou essa oportunidade e aceitou o lugar, iniciando assim o seu longo exílio. Ele faz amizade com o poeta Jaime Montestrela, que dedicou o seu livro Cidade de lama. Por motivos profissionais teve de adoptar a cidadania brasileira. Não foi contudo um exílio libertador. Sentia saudades da pátria, apesar do rancor perene que nutria pela pequenez, mesquinhez e falta de reconhecimento nacionais que o atormentariam até ao final da vida. Em 1961, Jorge de Sena foi ensinar Literatura Portuguesa na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Araraquara. Em 1964, depois de vencer alguns preconceitos académicos pelo facto de ser licenciado em Engenharia, Jorge de Sena defendeu a sua tese de doutoramento em Letras (Os Sonetos de Camões e o Soneto Quinhentista Peninsular), tendo obtido os títulos académicos “com distinção e louvor”. O período de seis anos que passou no Brasil foi muito produtivo. Finalmente, tinha toda a disponibilidade para se dedicar à sua obra com a devida profundidade e profissionalismo. Poesia, teatro, ficção, ensaísmo e investigação. Parte do romance Sinais de Fogo e a totalidade dos contos Novas Andanças do Demónio foram escritos neste período. A degradação da situação política no Brasil, com a instalação de uma ditadura militar a partir de Março de 1964, fez com que Jorge de Sena, mais do que nunca avesso a prepotências, aceitasse um convite para ensinar Literatura de Língua Portuguesa na Universidade de Wisconsin, para partir para os Estados Unidos em Outubro de 1965. Em 1967 foi nomeado catedrático do Departamento de Espanhol e Português da referida universidade. De 1970 até 1978 foi catedrático efectivo de Literatura Comparada na Universidade da Califórnia, em Santa Barbara. Apesar da satisfação de ensinar e da amizade que os alunos lhe dedicavam, Sena não foi feliz. Queixava-se da “medonha solidão intelectual da América” onde não havia “convívio intelectual algum” e da esterilidade e espírito burguês do meio académico, que não se interessava pela sua obra. Quando se deu o 25 de Abril Jorge de Sena ficou entusiasmado e queria regressar definitivamente a Portugal, ansioso de dar a sua colaboração para a construção da democracia. Sena visitou Portugal, contudo, nenhuma universidade ou instituição cultural portuguesa se dignou convidar o escritor para qualquer cargo que fosse, facto que muito o desiludiu e amargurou, decidindo continuar a viver nos Estados Unidos, onde tinha a sua carreira estabelecida. Jorge de Sena morreu em 4 de Junho de 1978, aos 58 anos, de cancro. Em 11 de Setembro de 2009, os seus restos mortais foram trasladados de Santa Barbara, Califórnia, para o Talhão dos Artistas do Cemitério do Prazeres, em Lisboa, depois duma cerimónia de homenagem na Basílica da Estrela, com a presença de familiares, amigos e entidades oficiais.


  • Virginidos ou Vida da Virgem Senhora Nossa Poema Heroica Dedicado a Magestade da Rainha Dona Luiza

    Virginidos ou Vida da Virgem Senhora Nossa Poema Heroica Dedicado a Magestade da Rainha Dona Luiza
    Virginidos ou Vida da Virgem Senhora Nossa Poema Heroica Dedicado a Magestade da Rainha Dona Luiza «€950.00»

    Manuel Mendes de Barbuda & Vafconcelos – Virginidos ou Vida da Virgem Senhora Nossa Poema Heroica Dedicado a Magestade da Rainha Dona Luiza – Na Officina de Diogo Soares de Bulhoens – Lisboa – 1667. Desc. [16] + [8] + [70] + [470] + [20] pág + [1] Estampa / 20 cm x 15 cm / E. Pele da Época [Mutio raro]

     

    Manuel Mendes de Barbuda e Vasconcelos (Aveiro, 15 de Agosto de 1607 – 30 de Março de 1670) foi um poeta português, autor do poema histórico Virginidos (1667). Filho de Manuel Mendes de Barbuda e Vasconcelos e de D. Jerónima Morais de Loureiro, nasceu em Verde-milho, lugar próximo de Aveiro, em 15 (ou 20) de Agosto de 1607. Formou-se em Direito na Univerdade de Coimbra. Deixou três volumes manuscritos completos: Rymas sacras; Rymas humanas; Poemas fúnebres. Os exemplares do seu poema Virginidos (1667) são raros. O autor é descrito como tendo “rica, e ardente imaginação, invenção fértil, muita facilidade de compor, linguagem elegante, e correcta, muito saber, e versificação fácil, corrente, e harmoniosa”. Dá-se como exemplo a sua seguinte metáfora: chamou aos cavalos brancos — “cisnes quadrúpedes”. Morreu a 30 de Março de 1670, aos 67 anos de idade, e foi sepultado na Igreja Paroquial de Nossa Senhora das Aradas.


  • Poesias Dispersas

    Poesias Dispersas
    Poesias Dispersas «€50.00»

    Guerra Junqueira – Poesias Dispersas – Livraria Chardron de Lello & Irmão. Lda – Porto – 1920. Desc .186 pág / 19 cm x 12,5 cm / E. Pele «1.ª Edição»

    Abílio Manuel Guerra Junqueiro (Freixo de Espada à Cinta, 15 de Setembro de 1850 — Lisboa, 7 de Julho de 1923) foi alto funcionário administrativo, político, deputado, jornalista, escritor e poeta. Foi o poeta mais popular da sua época e o mais típico representante da chamada “Escola Nova”. Poeta panfletário, a sua poesia ajudou a criar o ambiente revolucionário que conduziu à implantação da República. Foi entre 1911 e 1914 o embaixador de Portugal na Suíça (o título era “ministro de Portugal na Suíça”). Guerra Junqueiro formou-se em direito na Universidade de Coimbra. Nasceu em Freixo de Espada à Cinta a 15 de Setembro de 1850, filho do negociante e lavrador abastado José António Junqueiro e de sua mulher D. Ana Guerra. A mãe faleceu quando Guerra Junqueiro contava apenas 3 anos de idade. Estudou os preparatórios em Bragança, matriculando-se em 1866 no curso de Teologia da Universidade de Coimbra. Compreendendo que não tinha vocação para a vida religiosa, dois anos depois transferiu-se para o curso de Direito. Terminou o curso em 1873. Entrando no funcionalismo público da época, foi secretário-geral do Governador Civil dos distritos de Angra do Heroísmo e de Viana do Castelo. Em 1878, foi eleito deputado pelo círculo eleitoral de Macedo de Cavaleiros. Guerra Junqueiro iniciou a sua carreira literária de maneira promissora em Coimbra no jornal literário A folha, dirigido pelo poeta João Penha, do qual mais tarde foi redator. Aqui cria relações de amizade com alguns dos melhores escritores e poetas do seu tempo, grupo geralmente conhecido por Geração de 70. Guerra Junqueiro desde muito novo começou a manifestar notável talento poético, e já em 1868 o seu nome era incluído entre os dos mais esperançosos da nova geração de poetas portugueses. No mesmo ano, no opúsculo intitulado “O Aristarco português”, apreciando-se o livro “Vozes sem eco”, publicado em Coimbra em 1867 por Guerra Junqueiro, já se prognostica um futuro auspicioso ao seu autor. No Porto, na mesma data, aparecia outra obra, “Baptismo de amor”, acompanhada dum preâmbulo escrito por Camilo Castelo Branco; em Coimbra publicara Guerra Junqueiro a “Lira dos catorze anos”, volume de poesias; e em 1867 o poemeto “Mysticae nuptiae”; no Porto a casa Chardron editara-lhe em 1870 a “Vitória da França”, que depois reeditou em Coimbra em 1873. Em 1873, sendo proclamada a República em Espanha, escreveu ainda nesse ano o veemente poemeto “À Espanha livre”. Em 1874 apareceu o poema “A morte de D. João”, edição feita pela casa Moré, do Porto, obra que alcançou grande sucesso. Camilo Castelo Branco consagrou-lhe um artigo nas Noites de insónia, e Oliveira Martins, na revista “Artes e Letras”. Indo residir para Lisboa foi colaborador em prosa e em verso, de jornais políticos e artísticos, como A Lanterna Mágica e O António Maria (1879-1885;1891-1898), com a colaboração de desenhos de Rafael Bordalo Pinheiro. Em 1875 escreveu o “Crime”, poemeto a propósito do assassínio do alferes Palma de Brito; a poesia “Aos Veteranos da Liberdade”; e o volume de “Contos para a infância”. No “Diário de Notícias” também publicou o poemeto Fiel e o conto Na Feira da Ladra. Em 1878 publicou em Lisboa o poemeto Tragédia infantil. Colaborou em diversas publicações periódicas, nomeadamente: Atlantida  (1915-1920), Branco e Negro (1896-1898), A Illustração Portugueza (1884-1890), A Imprensa  (1885-1891), Jornal do domingo (1881-1888), A Leitura (1894-1896), A Mulher  (1879), O Occidente  (1878-1915), Renascença  (1878-1879?), O Pantheon (1880-1881) A Republica Portugueza (1910-1911), Serões (1901-1911) e na Revista de turismo  iniciada em 1916. Uma grande parte das composições poéticas de Guerra Junqueiro está reunida no volume que tem por título A musa em férias, publicado em 1879. Neste ano também saiu o poemeto O Melro, que depois foi incluído na Velhice do Padre Eterno, edição de 1885. Publicou Idílios e Sátiras, e traduziu e colecionou um volume de contos de Hans Christian Andersen e outros. Após uma estada em Paris, aparentemente para tratamento de doença digestiva contraída durante a sua estada nos Açores, publicou em 1885 no Porto A velhice do Padre Eterno, obra que provocou acerbas réplicas por parte da opinião clerical, representada na imprensa, entre outros, pelo cónego José Joaquim de Sena Freitas. Quando se deu o conflito com a Inglaterra sobre o “mapa cor-de-rosa”, que culminou com o ultimato britânico de 11 de Janeiro de 1890, Guerra Junqueiro interessou-se profundamente por esta crise nacional, e escreveu o opúsculo Finis Patriae, e a Canção do Ódio, para a qual Miguel Ângelo Pereira escreveu a música. Posteriormente publicou o poema Pátria. Estas composições tiveram uma imensa repercussão, contribuindo poderosamente para o descrédito das instituições monárquicas.


  • Adivinhas Portuguesas

    Adivinhas Portuguesas
    Adivinhas Portuguesas «€15.00»

    M. Viegas Guerreiro (Selecção e Prefácio) – Adivinhas Portuguesas «Colecção Cultura e Recreio» – Fundação Nacional Para a Alegria do Trabalho / Gabinete de Etnografia – Lisboa – 1957. Desc. 213 pág / 19 cm x 12,5 cm / E.


  • Poesias Completas de João Brito Câmara

    Poesias Completas de João Brito Câmara
    Poesias Completas de João Brito Câmara «€30.00»

    João Brito Câmara – Poesias Completas de João Brito Câmara «Prefácio de Fernando Namora e Desenhos de Arlindo Vicente» – Atlântida Editora – Coimbra – 1967. Desc. 287 pág / 22 cm x 15 cm / Br. Ilust.

    João de Brito Câmara (1909-1969) João de Brito Câmara, nascido em Lisboa (1909-1969), vem viver para a Madeira com quatro anos de idade. Figura proeminente das Letras madeirenses e até nacionais (chega a publicar em livro a entrevista que realizou com Edmundo Bettencourt sobre “O Modernismo em Portugal”, em 1944, hoje um documento de leitura indispensável para a compreensão da evolução da poética na Língua de Camões, reeditado em 1996), era licenciado em Direito e declarado opositor ao regime do Estado Novo, liderado pelo Prof. António de Oliveira Salazar. Em 1967 reuniu os seus livros (alguns deles prefaciados por ilustres escritores, como João Cabral do Nascimento e Fernando Namora) no volume “Poesias Completas”, a que juntou alguns inéditos.

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    Arlindo Augusto Pires Vicente (Troviscal (Oliveira do Bairro), 5 de Março de 1906 — Lisboa, 24 de Novembro de 1977) foi um advogado e pintor português. Personalidade multifacetada, advogado, pintor autodidacta, militante antifascista e declarado opositor ao Regime do Estado Novo, Arlindo Vicente destaca-se de modo particular no panorama político e cultural português entre as décadas de 1930 e 1950. Pertence à segunda geração de pintores modernistas portugueses. Frequenta o ensino secundário em Aveiro. Em 1926 matricula-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, curso que abandona. Frequenta o curso de Direito na Universidade de IMG_0481Lisboa, terminando essa licenciatura em Coimbra (1932). Embora sem formação específica na área, irá dedicar-se ao campo das artes, sendo autor de uma obra significativa de desenho e pintura. Em 1927 participa na organização do 1.º Salão de Arte dos Estudantes da Universidade de Coimbra. Participa no 1º e no 2º Salão dos Independentes (SNBA, Lisboa, 1930 e 1931), na Exposição dos Artistas Modernos Independentes (Casa Quintão, Chiado, Lisboa, 1936), em quase todas as Exposições Gerais de Artes Plásticas (excepto 1954 e 1955), ou em Salões da Sociedade Nacional de Belas Artes (onde desempenha cargos directivos). Colabora nas revistas Presença, Bandarra e Acção. A sua oposição ao regime do Estado Novo coloca-o desde cedo em rota de colisão com o poder político. Ao longo das décadas de 1930 e 1940 dedica-se quase em exclusivo à advocacia, destacando-se na defesa de vários democratas e antifascistas perante os tribunais da ditadura. No período de maior dinamismo do Movimento de Unidade Democrática(MUD), Arlindo Vicente participa na luta antifascista; contribui activamente para a candidatura do professor Ruy Luís Gomes à Presidência da República (1951). Em 1957, integra a lista da Oposição Democrática à Assembleia Nacional e, em 1958, disputa a campanha nas eleições para a Presidência da República, desistindo da candidatura a favor de Humberto Delgado. Em 1961 é detido sob acusação de actos subversivos, sendo condenado a 20 meses de prisão correcional e 5 anos de inibição de direitos políticos. Em 1970, Arlindo Vicente decide trocar a advocacia pela pintura e, nesse mesmo ano, realiza a primeira exposição individual na SNBA; quatro anos mais tarde ali volta a expor 70 obras. Encontra-se representado com a obra “Os Ciganos”, 1974, no Museu da Fundação Dionísio Pinheiro e Alice Cardoso Pinheiro, em Águeda.


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