• Category Archives História de Portugal
  • A Architectura Religiosa na Idade Média «Ensaio de História de Arte»

    A Architectura Religiosa na Idade Média «Ensaio de História de Arte»
    A Architectura Religiosa na Idade Média «Ensaio de História de Arte» «€100.00»

    Augusto Fuschini – A Architectura Religiosa na Idade Média «Ensaio de História de Arte» – Imprensa Nacional – Lisboa – 1904. Desc. [XXI] + [288] pág + [23 Estampas] / 26 cm x 17 cm / E. Pele

    Augusto Maria Fuschini (Lisboa, 1843 — Lisboa, 8 de Março de 1911), mais conhecido como Augusto Fuschini, foi um engenheiro civil, vogal do Conselho dos Monumentos Nacionais, ministro de estado honorário e conselheiro de estado efectivo, político e deputado em várias legislaturas. Militando no Partido Regenerador, professava ideias socialistas, defendendo a causa do operariado com grande simpatia e fazendo propaganda para a criação de cooperativas. Foi ministro da Fazenda em 1893, no governo de Ernesto Rudolfo Hintze Ribeiro e, em 1899, eleito deputado pelo círculo de Santiago do Cacém, localidade a que muito ficou ligado.  Nasceu em Lisboa, tendo sido baptizado na freguesia da Encarnação, filho de António Eduardo Maria Fuschini, professor de música e compositor (filho de Arcângelo Fuschini, pintor da Real Câmara, duma família italiana oriunda de Faenza, e de sua mulher Anacleta da Costa e Almeida), e de sua segunda mulher, Maria Isabel Joyce, de ascendência irlandesa. Seu pai casara em primeiras núpcias, na cidade de Ponta Delgada, no ano de 1840, com Maria Ângela Coleta de Meneses e Vasconcelos, natural daquela cidade, mas que falecera no ano imediato. Matriculou-se no curso de Matemática da Faculdade de Ciências e no curso de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, tendo sido um dos estudantes mais laureados do seu tempo. Formou-se seguidamente em engenharia civil e engenharia de minas, concluindo o curso com distinção. Terminado o curso iniciou uma carreira na área da engenharia, à qual aliou um grande interesse pelos monumentos, pela arquitectura e pela história da arte. Iniciou a sua vida profissional nas funções de engenheiro distrital, mas depois ingressou nos quadros da Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses, na qual ascendeu ao cargo de chefe de serviço, podendo-se encontrar colaboraação da sua autoria nas revistas Gazeta dos Caminhos de Ferro de Portugal e Hespanha (1888-1898) e na continuação desta, a Gazeta dos Caminhos de Ferro (1899-1971). Ao mesmo tempo, dedicou-se ao estudo da arquitectura religiosa medieval, tendo projectado e dirigido as obras de restauros de diversos monumento. Entrou na política activa aquando das eleições gerais de 1881, quando foi eleito deputado da Nação às Cortes pelo círculo eleitoral de Belém, vencendo uma renhida disputa eleitoral. Filiou-se então no Partido Regenerador, mas após a morte de António Maria Fontes Pereira de Melo, acompanhou a dissidência de Barjona de Freitas, ingressando no grupo político então criado, a Esquerda Dinástica. Aquele agrupamento foi efémero e com a sua extinção, Augusto Fuschini declarou-se independente, passando a colaborar com a Liga Liberal. Apesar de se professar monárquico, nas suas intervenções parlamentares defendeu o ideário socialista e desenvolveu um conjunto de iniciativas voltadas para a defesa do proletariado, em especial o movimento cooperativista ligado às cooperativas de consumo, algumas das quais chegaram a ostentar o seu nome. Quando em 1893 coube a Ernesto Rodolfo Hintze Ribeiro formar governo, Augusto Fuschini foi convidado a integrar o elenco ministerial, com a pasta de Ministro da Fazenda. Dadas as opiniões avançadas do ministro, especialmente sobre questões sociais e económicas, a sua entrada para o governo causou geral surpresa e muita expectativa. Contudo, a sua passagem pelo poder foi rápida, saindo do ministério em ruptura com Hintze Ribeiro e com o Partido Regenerador que apoiava o governo e de que fora anteriormente militante. Sobre a sua passagem pelo governo escreveu um livro, publicado em 1896. Apesar das fortes dissidências políticas em que se envolveu, manteve o seu assento parlamentar, tomando parte nas discussões mais relevantes, especialmente as que versaram questões económicas e financeiras, matérias que estudou com profundidade e sobre as quais escreveu múltiplos artigos e discursos. Na sequência de conferências públicas realizadas na cidade do Porto e que causaram grande celeuma na imprensa e no parlamento, envolveu-se numa dura disputa parlamentar com João Marcelino Arroio sobre as questões da dívida externa portuguesa e do relacionamento do governo português com os credores externosApós esse incidente, retirou-se da vida parlamentar e dedicou-se à história da arte e à arquitectura religiosa antiga, com destaque para a condução dos trabalhos de reconstrução da Sé de Lisboa. Para além de múltiplos artigos dispersos na imprensa, com destaque para as revistas Jornal do domingo (1881-1888) e Illustração portugueza (1903-1923), e de conferências e discursos, publicou obras sobre economia política e sobre arquitectura religiosa medieval. Foi, ainda, Conselheiro de Sua Majestade Fidelíssima. Casou com sua prima Maria Rita Joyce, natural de Leiria, Leiria, filha de José Joyce e de sua mulher Maria Justina Fernandes Coelho, irmã do Conselheiro António Fernandes Coelho, Ministro do Reino, com descendência.


  • Virginidos ou Vida da Virgem Senhora Nossa Poema Heroica Dedicado a Magestade da Rainha Dona Luiza

    Virginidos ou Vida da Virgem Senhora Nossa Poema Heroica Dedicado a Magestade da Rainha Dona Luiza
    Virginidos ou Vida da Virgem Senhora Nossa Poema Heroica Dedicado a Magestade da Rainha Dona Luiza «€950.00»

    Manuel Mendes de Barbuda & Vafconcelos – Virginidos ou Vida da Virgem Senhora Nossa Poema Heroica Dedicado a Magestade da Rainha Dona Luiza – Na Officina de Diogo Soares de Bulhoens – Lisboa – 1667. Desc. [16] + [8] + [70] + [470] + [20] pág + [1] Estampa / 20 cm x 15 cm / E. Pele da Época [Mutio raro]

     

    Manuel Mendes de Barbuda e Vasconcelos (Aveiro, 15 de Agosto de 1607 – 30 de Março de 1670) foi um poeta português, autor do poema histórico Virginidos (1667). Filho de Manuel Mendes de Barbuda e Vasconcelos e de D. Jerónima Morais de Loureiro, nasceu em Verde-milho, lugar próximo de Aveiro, em 15 (ou 20) de Agosto de 1607. Formou-se em Direito na Univerdade de Coimbra. Deixou três volumes manuscritos completos: Rymas sacras; Rymas humanas; Poemas fúnebres. Os exemplares do seu poema Virginidos (1667) são raros. O autor é descrito como tendo “rica, e ardente imaginação, invenção fértil, muita facilidade de compor, linguagem elegante, e correcta, muito saber, e versificação fácil, corrente, e harmoniosa”. Dá-se como exemplo a sua seguinte metáfora: chamou aos cavalos brancos — “cisnes quadrúpedes”. Morreu a 30 de Março de 1670, aos 67 anos de idade, e foi sepultado na Igreja Paroquial de Nossa Senhora das Aradas.


  • Elogio Historico de Guilherme Luiz Antonio de Valleré

    Elogio Historico de Guilherme Luiz Antonio de Valleré
    Elogio Historico de Guilherme Luiz Antonio de Valleré «€220.00»

    Dª. Maria Luiza de Valleré (Sua Filha) – Elogio Histórico de Guilherme Luiz Antonio de Valleré – (Recitada na Sessão Publica da Academia Real das Sciencias de Lisboa, de 20 de Janeiro de 1798, por Francisco de Borgia Gração STOCKlER, Secretario da Mesma Academia Membro da Sociedade Philosophica de Philadelphia, etc…) / Na Officina de Fermin Didot, Impressor-Livreiro – Paris – 1808. Desc. 283 pág  + 1 [Estampa – Fotografia] / 24 cm x 17 cm / E. Pele [Obra biográfica a alusivo a Guilherme Valleré e Publicação em versão e tradução de Língua Portuguesa / Francesa] E. Pele

    Image00002Guilherme Luiz António de Valleré, Tenente General dos exércitos de S. M. ,Inspector Geral da artilharia, fortificações e do Real corpo- dos Engenheiros, e socio desta Real Academia, nasceu em Ferté-Milon, pequena villa no ducada de Valois aos Iode Março de 1727. Não só a terra, mas até a mesma casa em que nascera o grande Racine, foi também aquela em  que M. de Valleré vio pela primeira vez a luz do dia. Se a natureza, que nas veias de hum e outro misturou o sangue e de uma mesma família. M. de Valleré mostrou desde a mais tenra mocidade pelo modo mais evidente, se não a mais louvável, que a natureza o chamava para a profissão militar. Quatro anos permaneceu ainda na França entretido talvez na ideia de tornar a ser admitido ao serviço da sua pátria em outro algum regimento. E como a morte do marechal de Saxe tivesse aniquilado toda a esperança, que M. de Valleré podia fundar na benevolência e conceito que merecera a este. Grande general, em vez de voltar para França, teve por mais conveniente pedir admissão ao serviço de Portugal, o que efectivamente obteve em o ano de 1757, sendo promovido ao posto de capitão de mineiros do regimento de artilharia de Estremoz.


  • Vida de D. João de Castro Quato Viso-Rey da India

    Vida de D. João de Castro Quato Viso-Rey da India
    Vida de D. João de Castro Quarto Viso-Rey da Índia «€250.00»

    Jacinto Freire de Andrade – Vida de D. João de Castro Quarto Viso-Rey da Índia….(Algumas Notas Autorizadas com Documentos Originais e Inéditos por D. Fr. Francisco de S. Luiz – Na Typografia da Mesma Academia – Lisboa – 1935. Desc. 514 pág + 2 Estampas / 22 cm x 16 cm / E. Pele

    Jacinto Freire de Andrade (Beja, 1597 — Lisboa, 13 de maio de 1657), foi um sacerdote católico, poeta e historiador. A sua obra Vida de Dom João de Castro quarto viso-rei da Índia, publicada em Lisboa no ano de 1651, é considerada a primeira biografia escrita em português, tendo merecido múltiplas reedições e a tradução em várias línguas. Jacinto Freire de Andrade nasceu na cidade de Beja, no antigo Beco da Esperança, hoje Rua Jacinto Freire de Andrade, topónimo em sua homenagem. Destinado à carreira eclesiástica, estudou Humanidades na Universidade de Évora, partindo depois para Coimbra, em cuja Universidade obteve a 18 de Maio de 1618 o grau de bacharel em Cânones.  Revelou-se um poeta de mérito, escrevendo sátiras joco-sérias em que ridicularizava o gosto dos seus contemporâneos, aparentemente dirigidas à sociedade castelhana, já que então Portugal e Espanha estavam em união pessoal. Foi nomeado abade da Matriz de Nossa Senhora da Assunção de Sambade, no termo de Alfândega da Fé, então de padroado real, permanecendo ali entre 1620 e 1625. Foi então transferido para o lugar de abade de Santa Maria de Chaves. Mantinha uma relação cordial com a Casa de Bragança, o que o tornou suspeito aos olhos da monarquia filipina. Foi-lhe dada ordem de prisão, mas refugiou-se na abadia de Chaves durante os anos seguintes, apenas dela saindo a caminho de Lisboa após a aclamação de D. João IV de Portugal. Em Lisboa terá sido muito bem recebido pelo rei e pelo malogrado príncipe herdeiro D. Teodósio de Bragança. Jacinto Freire de Andrade foi então nomeado professor do príncipe D. Afonso, o futuro rei D. Afonso VI de Portugal, mas recusou o lugar por conhecer os problemas mentais do príncipe. Foi-lhe então oferecido o lugar de bispo da diocese de Viseu, que também recusou, dizendo “que não queria gozar de uma dignidade em leite, pois não podia ser em carne”, aparentemente aludindo à falta de reconhecimento pontifício de D. João IV, o que impedia a confirmação da eleição dos bispos. A frase foi considerada uma indecorosa liberdade para com o soberano, que o afastou da corte. Voltou, poucos anos depois, mantendo a atitude rígida que o fizera perder a confiança real, vivendo retirado e entregue aos seus trabalhos literários até morrer.


  • Prince Henry The Navigator (The Hero Of Portugal And Of Modern Discovery 1394-1460-1460

    Prince Henry The Navigtor (The Hero Of Portugal And Of Modern Discovery 1394-1460
    Prince Henry The Navigator (The Hero Of Portugal And Of Modern Discovery 1394-1460 «€100.00»

    C. Raymond Beazley, M.A. F.R.G.S – Prince Henry The Navigator (The Hero Of Portugal And Of Modern Discovery 1394-1460 – G. P. Putnam’S Sons – New Youk / London – 1895. Desc. 336 pág + 27 Estampas / 20 cm x 13,5 cm / E. Original


  • Igreja e Sociedade Portuguesa do Liberalismo a República

    Igreja e Sociedade Portuguesa do Liberalismo a República
    Igreja e Sociedade Portuguesa do Liberalismo a República «€20.00»

    Manuel Clemente – Igreja e Sociedade Portuguesa do Liberalismo a República – Grifo – Editores – Lisboa –  2002. Desc. 496 pág / 23 cm x 23,5 cm / Br.


  • O Rio de Janeiro no Século XVI

    O Rio de Janeiro no Século XVI
    O Rio de Janeiro no Século XVI «€30.00»

    Joaquim Veríssimo Serrão – O Rio de Janeiro no Século XVI (I Estudo Histórico) [Vol. 1] /  O Rio de Janeiro no Século XVI (II Documentos dos Arquivos Portugueses) [Vol. 2] – Edição da Comissão Nacional das Comemorações do IV Centenário do Rio de Janeiro – Lisboa – 1965. Desc. 252 + 167 pág / 25 cm x 18 cm / Br.


  • Boletim da Biblioteca da Universidade de Coimbra

    Boletim da Biblioteca da Universidade de Coimbra
    Boletim da Biblioteca da Universidade de Coimbra «€20.00»

    Maria José Moura – Homenagem a Jorge Peixoto / Luís de Albuquerque – Um Exemplo de «Carta de Serviço» Da Índia / Américo da Costa Ramalho – Alguns Aspectos da Introdução do Humanismo em Portugal /  Aníbal Pinto de Castro – António Nobre, Alberto de Oliveira e o Editor França Amado / Maria Fernanda de Brito – Pedro Nunes na Tipografia e Quinhentos / Heloísa  Liberalli Belloto – O Morgado de Mateus, Governados de São Paulo / Francisco Leite Faria – Livros Impressos em Portugal no Século XVI Existentes na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro … – Publicações da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra – Boletim da Biblioteca da Universidade de Coimbra – Vol. XXXIV – 2.ª Parte – Coimbra – 1978. Desc. 536 pág / 25 cm x 17 cm / Br. Ilust


  • Os Presidentes da República Portuguesa

    Os Presidentes da República Portuguesa
    Os Presidentes da República Portuguesa «€25.00»

    Rui Ramos – Manuel de Arriaga (1911-1915) / Teófilo Braga (1915) / Bernardino Machado (1915-1917 + 1925-1926) / Sidónio Pais (1918) / Canto e Castro (1918-1919) / António José de Almeida (1919-1923) / Manuel Teixeira Gomes (1923-1925) / Óscar Carmona (1926-1951) / Craveiro Lopes (1951-1958) / Américo Tomás (1958-1974) / António de Spínola (1974) / Costa Gomes (1974-1976) / Ramalho Eanes (1976-1986) / Mário Soares (1986.1996) / Jorge Sampaio (1996) – Conjunto de Notas Biográficas – Lisboa – 1999. Desc. 15 Opúsculo / 23 cm x 20 cm / Pasta


  • Memória de Ulrika Mousinho de Albuquerque D’Orey

    Memória de Ulrika Mousinho de Albuquerque D'Orey
    Memória de Ulrika Mousinho de Albuquerque D’Orey «€30.00»

    Lourenço de Albuquerque D’Orey – Memória de Ulrika Mousinho de Albuquerque D’Orey – Fundação Maria Manuela e Vasco Albuquerque D’Orey – Lisboa – 2011. Desc. 109 Folh. / 30 cm x 21 cm / Br. Ilust.


  • Os Restos Mortaes de Pedro Alvares Cabral Descobridor do Brazil

    Os Restos Mortaes de Pedro Alvares Cabral Descobridor do Brazil
    Os Restos Mortaes de Pedro Alvares Cabral Descobridor do Brazil «€25.00»

    Alberto de Carvalho – Os Restos Mortaes de Pedro Alvares Cabral Descobridor do Brazil – Typographia do Commercio – Lisboa – 1903. Desc. 39 pág + 2 Gravuras / 23 cm x 16 cm / Br. Ilust.


  • História Genealógica da Casa Real Portuguesa-2

    História Genealógica da Casa Real Portuguesa
    História Genealógica da Casa Real Portuguesa «€1.000.00»

    D. António Caetano de Sousa – História Genealógica da Casa Real Portuguesa – Tomo – I, II, III, IV, V, IV, VII, VIII, IX, X, XI e (XII- Parte I e II) – Atlântida – livraria – Editora, Lda – Coimbra – 1946/1955. Desc. CXXXIV + 286 + 402 + 416 + 323 + 431 + 415 + 540 + 318(51)  + 422 + 577 + 639 + 480 + 303 pág / 26 cm x 19 cm / Br. 13 Vol. «completo»

    DSCF0082D. António Caetano de Sousa – Provas da História Genealógica da casa Real – Atlântida – Livraria Editora, Lda – Coimbra – 1946/ 1955. Desc. 480 + 408 + 532 + 524 + 553 + 459 + 536 + 527 + 471 + 411 + 420 + 434 + 501 (Índice) Pág /  26 cm x 19 cm / Br. 13 Vol. «completo»

    D. António Caetano de Sousa (Lisboa, 30 de Maio de 1674 — Lisboa, 5 de Julho de 1759) foi um escritor, bibliógrafo e genealogista português que pertenceu ao grupo inicial de académicos da Academia Real de História Portuguesa. Foi clérigo teatino, a ele se devendo a História Genealógica da Casa Real, e o seu Aparato bibliográfico, a continuação do Agiologio Lusitano e um vasto conjunto de obras de carácter histórico e bibliográfico, particularmente ligadas à história eclesiástica de Portugal e seus domínios ultramarinos. Filho de Miguel de Sousa Ferreira, nascido em São Nicolau, Porto, e de sua mulher (casados em Lisboa, Conceição Nova (extinta)) Maria Craesbeck (Lisboa, Conceição Nova (extinta), 25 de Fevereiro de 1637 – Quinta da Ramada, 19 de Maio de 1709), da família Craesbeck deLovaina, desde há muito em Lisboa ligada à impressão e edição de livros. Decidido a enveredar pela vida eclesiástica, em 1690 ingressou no convento de São Caetano de Lisboa, dos teatinos, e nele professou em 1691. Depois de cursar os estudos filosóficos e teológicos necessários à ordenação sacerdotal, Ficheiro:Antonio Caetano de Sousa.jpgenveredou pelo estudo da história eclesiástica. Conhecendo que o Agiologio Lusitano, de Jorge Cardoso, estava incompleto (só fora publicado o III volume, cobrindo o calendário litúrgico apenas até Junho), resolveu continuá-lo. Nesse trabalho deparou-se com graves dificuldades de acesso às fontes reunidas por Jorge Cardoso, as quais estavam parcialmente dispersas e parcialmente na posse de particulares que não permitiam o seu acesso (casa de Arronches). Como forma de sistematização, data desta época a criação do aparato bibliográfico, uma das primeiras listas organizadas de fontes bibliográficas conhecidas em Portugal, introduzindo um método de estudo sistemático das fontes que ainda hoje é considerado relevante. No seu trabalho contou com o apoio do rei D. João V de Portugal, que lhe concedeu uma pensão de 100$000 réis por ano para permitir a contratação de um secretário. Dadas as dificuldades de acesso às fontes, acabou por abandonar os estudos de genealógica para se dedicar a outros estudos, particularmente genealógicos e de história eclesiástica. Da parte genealógica da obra de António Caetano de Sousa resultou o volume que tem o título Agiologio Lusitano dos santos e varões ilustres em virtude do Reino de Portugal e suas conquistas, tomo IV, que comprehende os mezes de Julho e Agosto e com seus commentarios, claramente incompleta, publicado postumamente em Lisboa no ano de 1774. Em 1720 foi fundada em Lisboa a Academia Real de História Portuguesa, tendo D. António Caetano de Sousa sido um dos seus primeiros 50 membros. Nos âmbito dos trabalhos académicos da novel instituição, António Caetano de Sousa, agora voltado para a história eclesiástica, foi encarregado de escrever as memórias eclesiásticas dos bispados ultramarinos portugueses, incluindo os de Ceuta e de Tânger, até ao tempo em que esses territórios deixaram de pertencer ao domínio português. Desta incumbência resultou uma valiosa sequência de trabalhos sobre os bispados ultramarinos que foram sendo publicados nos tomos I e II da Colecção dos Documentos e Memórias da Academia Real de História. Nos debates académicos rapidamente se notabilizou pela sua erudição e pelo cuidado posto no estudo das fontes, sendo um dos membros mais colaborantes da Academia. Dado acervo bibliográfico que tinha obtido no âmbito dos seus estudos de hagiologia, a excelência do seu aparato e o conhecimento das fontes, a ele se deve o fornecimento de numerosas notícias e documentos que depois foram utilizadas por outros académicos. Quando em 1723 foi enviada para parecer da Academia uma árvore genealógica da casa real portuguesa, que fora elaborada pelo bispo de Sarsina, António Caetano de Sousa foi um dos académicos nomeados para a estudar, tendo elaborado um parecer dizendo que achara aquela árvore genealógica tão escassa, que tivera de fazer outra, porque o bispo de Sarsina nem ao menos parecia ter conhecimento da obra de Jacob Guilherme Inchoff, intitulada Stemma regium Lusitanicum seu Historia Genealogica Familiae Regiae Portugalliae, que fora publicada em Amesterdão no ano de 1708. Em todas as sessões dava conta do progresso que fazia nos seus estudos acerca da história das dioceses ultramarinas, mas na sessão de 25 de Janeiro de 1725 informou que parara esse trabalho por lhe faltarem notícias importantes que esperava do ultramar, e que entretanto se aplicara a outro estudo, nomeadamente ao desenvolvimento da árvore genealógica da casa real, por considerar inadequadas as obras existentes sobre a matéria. Desse estudo resultaram 37 mapas genealógicos, que o autor pediu que fossem reduzidos a um pequeno volume para uso dos académicos. Ao conhecer o interesse do rei D. João V nos seus estudos sobre a casa real, abandonou os trabalhos sobre as dioceses ultramarinas, que se encontravam dificultados pela falta de fontes, para se ocupar exclusivamente na elaboração de uma História Genealógica da Casa Real. Partindo de um projecto inicial que previa elaborar 3 volumes de texto e um volume de documentos, graças ao acervo documental que tinha reunido, a obra foi crescendo até atingir, na sua conclusão, 13 volumes de texto, com 14.203 páginas, e 6 volumes de provas documentais, com 4.580 páginas, para além de um índice com 435 páginas. O primeiro volume foi impresso em 1735 e o último em 1749 A obra foi dedicada ao rei D. João V, que a mandou imprimir à sua custa. Apesar do título dar a entender que se trata de uma genealogia da casa real portuguesa, a obra pode ser considerada uma história geral de Portugal, pois que nas suas vastas dimensões abrange múltiplos assuntos, mais ou menos enlaçados com a genealogia e acções da família real, desde o princípio da monarquia. Quanto às Provas, cujos 6 volumes se publicaram de 1739 a 1748 , incluem documentos que são de grande importância para a história política, civil e eclesiástica de Portugal, muitos dos quais se encontram hoje desaparecidos por se terem extraviado ou por terem sido consumidos pelos incêndios subsequentes ao terramoto de 1755. O índice foi impresso em 1749, com o título Índice geral dos appellidos, nomes próprios, e cousas notáveis que se comprehendem nos treze tomos da Historia Genealógica, e dos documentos comprehendidos nos seis volumes das Provas com que se acha autorizada a mesma Historia, constituindo um importante estudo analítico do conteúdo daquelas obras.  A partir dos estudos feitos sobre a casa real, António Caetano de Sousa publicou a obra intitulada Memorias Históricas e genealógicas dos Grandes de Portugal, impressa em 1739. Como seria de esperar, a obra foi tão popular que se fizeram reedições em 1742 e 1755 , a última das quais muito aumentada e corrigida pelo autor. D. João V, além da pensão de 100$000 réis que lhe dera, nomeou António Caetano de Sousa deputado da Junta da Bula da Santa Cruzada e deu o foro de fidalgo a um seu sobrinho. Posteriormente, o monarca aposentou-o no lugar de deputado da Junta da Bula, com o ordenado de 350$000 réis, e deu 100$000 réis de pensão pelas capelas que vagassem a seu sobrinho, para além de 12$000 réis de tensa a um seu segundo sobrinho. Faleceu em Lisboa a 5 de Julho de 1759, deixando numerosos trabalhos por publicar. Os manuscritos foram legados a D. Tomás Caetano do Bem, que publicou uma sua biografia e se encarregou da edição póstuma do Agiologio.


  • Textos Literários

     

  • Ensaios

    Ensaios
    Ensaios «€120.00»

    António Sérgio – Ensaios – [Colecção Completa em 8 Vols.] – Editores Annuarios do Brazil – Seara Nova – Editorial Inquérito Lta – Guimarães Editores – Publicações Europa-América – 1920/1958. Desc. 444 + 285 +289 + 301 + 292 + 342 + 315 + 267 pág / 19 cm x 12,5 cm / E. Tele (Completa)


  • História da Vida Admirável & das Acções Prodigiosas da Venerável Madre Soror Brizida de S. António’

    História da Vida Admirável & das Acções Prodigiosas da Venerável Madre Soror Brizida de S. António'
    História da Vida Admirável & das Acções Prodigiosas da Venerável Madre Soror Brizida de S. António… «€400.00»

    Frei. Agostinho de Santa Maria – História da Vida Admirável & das Acções Prodigiosas da Venerável Madre Soror Brizida de S. António’ Filha Espiritual Singularissima do Venerável Padre António da Conceição Abadeça do Muito Religioso Convento de Santa Brizida das Madres Inglezas, do Sitio do Mocambo em Lisboa Oferecida a Senhora D. Juliana Maria de Santo António – na Officina de António Pedrozo Galram – Lisboa – MDCCI / 1701. Desc. (8) + 292 pág / 21 cm x 15 cm / E. Pele da Época – (Exemplar Raríssimo)

    Frei Agostinho de Santa Maria, chamado no Século Manuel Gomes Freire, Natural de Estremoz  que Nasceu a 28 de Agosto de 1642. Professor a Regra dos Agostinhos Descalços, e Exerceu na Ordem Vários Cargos, Inclusive de Cronista, e Vigário Geral da sua Congregação em Portugal, Faleceu aos 86 anos a 3 de Abril de 1728 no Convento da Boa Hora em Lisboa Publicou varias obras de relevo como o (Santuário Mariano)

    ——————

    Obra Biográfica referente a Vida Admirável & das Acções Prodigiosas da Venerável Madre Soror Brizida de S. António das Madres Inglesas do Sitio do Mocambo em Lisboa hoje o Bairro da Madragoa a onde pode visitar o Museu das Marionetas (Convento das Bernardas)


  • Cadeirais de Portugal-2

    Cadeirais de Portugal
    Cadeirais de Portugal «€150.00»

    Robert C. Smith – Cadeirais de Portugal – Livraria Horizonte – Lisboa – 1968. Desc. 123 pags + 116 paginas Estampadas / 32 cm x 23 cm /com Capa e Encadernação de Origem Imitação de Pele como aqui Mostra na Foto «1 Edição»