Hirondino Fernandes e António Cabral – Verde Pino – Antologia de Autores Portugueses – Porto Editora – Porto – 1974. Desc. 499 pág /23 cm x 16,5 cm / Encadernação de Origem em Br.
Camilo Castello Branco «Prefacio de Ricardo Jorge »- De Como me Casei – Empresa Literária Fluminense, Lda – Lisboa – 1925. Desc. 67 pág / 30 cm x 21,5 cm /Encadernação de Origem «Edição Limitada de 500 Exemplares Rubricados por Ricardo Jorge – «Exemplar N.º 6»
Filipe Viegas Aleixo – Lições de Filosofia dos Mais Variados Ramos da Actividade Humana a Luz da Ciência – Edição de Autor – Loulé – 2000. Desc. 319 pág /21 cm x 15 cm / Br.
Manuel Neto dos Santos – Subsidio Para a História da Poesia do Algarve (Séc. XI -XX) – Edição Voz de Silves» e «Gazeta de Lagoa» – Silves/Lagoa – 2000. Desc. 1151 Pág / 24 cm x 16 cm / Br.
Miguel Torga – Pedras Lavradas (Contos) – Coimbra Editora,Lda – Coimbra – Desc. 197 pág /19 cm x 13,5 cm / Br. «1 Edição»
Miguel Torga, pseudónimo de Adolfo Correia da Rocha, (São Martinho de Anta, 12 de Agosto de 1907 — Coimbra, 17 de Janeiro de 1995) foi um dos mais importantes poetas e escritoresportugueses do século XX. Destacou-se como poeta, contista e memorialista, mas escreveu também romances, peças de teatro e ensaios. Oriundo de uma família humilde de Sabrosa, era filho de Francisco Correia Rocha e Maria da Conceição Barros. Em 1917, aos dez anos, foi para uma casa apalaçada do Porto, habitada por parentes. Fardado de branco, servia de porteiro, moço de recados, regava o jardim, limpava o pó, polia os metais da escadaria nobre e atendia campainhas. Foi despedido um ano depois, devido à constante insubmissão. Em1918, foi mandado para o seminário de Lamego, onde viveu um dos anos cruciais da sua vida. Estudou Português, Geografia e História, aprendeu latim e ganhou familiaridade com os textos sagrados. Pouco depois comunicou ao pai que não seria padre. Emigrou para o Brasil em 1920, ainda com doze anos, para trabalhar na fazenda do tio, proprietário de uma fazenda de café. Ao fim de quatro anos, o tio apercebe-se da sua inteligência e patrocina-lhe os estudos liceais, em Leopoldina. Distingue-se como um aluno dotado. Em 1925, convicto de que ele viria a ser doutor em Coimbra, o tio propôs-se pagar-lhe os estudos como recompensa dos cinco anos de serviço, o que o levou a regressar a Portugal e concluir os estudos liceais. Em 1928, entra para a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e publica o seu primeiro livro de poemas, Ansiedade. Em 1929, com vinte e dois anos, deu início à colaboração na revista Presença, folha de arte e crítica, com o poema Altitudes. A revista, fundada em1927 pelo grupo literário avançado de José Régio, Gaspar Simões e Branquinho da Fonseca era bandeira literária do grupo modernista e bandeira libertária da revolução modernista. Em 1930, rompe definitivamente com a revista Presença, por «razões de discordância estética e razões de liberdade humana», assumindo uma posição independente. A obra de Torga traduz sua rebeldia contra as injustiças e seu inconformismo diante dos abusos de poder. Reflecte sua origem aldeã, a experiência médica em contacto com a gente pobre e ainda os cinco anos que passou no Brasil (dos 13 aos 18 anos de idade), período que deixou impresso em Traço de União (impressões de viagem, 1955) e em um personagem que lhe servia de alter-ego em A criação do mundo, obra de ficção em vários volumes, publicada entre 1937 e 1939. As críticas que fez aí ao franquismo resultaram em sua prisão (1940). Casou-se com Andrée Crabbé em 1940, uma estudante belga que, enquanto aluna de Estudos Portugueses, com Vitorino Nemésio em Bruxelas, viera a Portugal fazer um curso de verão na Universidade de Coimbra. O casal teve uma filha, Clara Rocha, nascida a 3 de Outubro de 1955, e divorciada de Vasco Graça Moura. Crítico da praxe e das restantes tradições académicas, chama de preciativamente «farda» à capa e batina. Ama a cidade de Coimbra, onde exerce a sua profissão de médico a partir de1939 e onde escreve a maioria dos seus livros. Em 1933 concluiu a licenciatura em Medicina pela Universidade de Coimbra. Começou a exercer a profissão nas terras agrestes transmontanas, pano de fundo de grande parte da sua obra. Dividiu seu tempo entre a clínica de otorrinolaringologia e a literatura. Após a Revolução dos Cravos que derrubou o regime fascista em 1974, Torga surge na política para apoiar a candidatura de Ramalho Eanes à presidência da República (1979). Era, porém, avesso à agitação e à publicidade e manteve-se distante de movimentos políticos e literários. Autor prolífico, publicou mais de cinquenta livros ao longo de seis décadas e foi várias vezes indicado para o Prémio Nobel da Literatura. Torga, sofrendo de cancro, publicou o seu último trabalho em 1993, vindo a falecer em Janeiro de 1995. A sua campa rasa em São Martinho de Anta tem uma torga plantada a seu lado, em honra ao poeta.
José Cardoso Pires – Alexandra Alpha – Publicações Dom Quixote – Lisboa – 1987. Desc.447 paginas de 21cm x 13,5cm com Capa e Encadernação de Origem « 1 Edição»
José Augusto Neves Cardoso Pires, (São João do Peso, 2 de Outubro de 1925 — Lisboa, 26 de Outubro de 1998) foi um escritor português. Nascido em São João do Peso, no concelho de Vila de Rei, foi muito cedo para Lisboa com pais, ele oficial da Marinha, ela dona de casa. Entre 1935 e 1944 frequentou o Liceu Camões, onde foi aluno de Rómulo de Carvalho, iniciando, de seguida, uma nunca terminada licenciatura em Matemáticas Superiores, na Faculdade de Ciências. Em 1945 alista-se na Marinha Mercante, como praticante de piloto sem curso, actividade que abandona compulsivamente, «suspeito de indisciplina e detido em viagem do navio Niassa» (c.f. auto da Capitania do Porto de Lisboa, de 02–02–1946). Tendo optado pelo jornalismo, veio a assumir a direcção das Edições Artísticas Fólio, onde Aquilino Ribeiro publicou O Retrato de Camilo. Na mesma editora a colecção Teatro de Vanguarda contribui para a revelação de obras de Samuel Beckett, William Faulkner eVladimir Maiakovski. Em 1959 estagiou na revista Época, de [[Milão], com vista à publicação de um semanário que a censura impediu. Entretanto lança a revista Almanaque, cuja redacção integra Luís Sttau Monteiro, Alexandre O’Neill, Vasco Pulido Valente, Augusto Abelaira e José Cutileiro. Foi ainda cronista do Diário de Lisboa, da Gazeta Musical e de Todas as Artes e da Afinidades. Unanimemente considerado um dos maiores escritores portugueses do século XX, numa galeria onde podemos encontrar nomes como José Saramago ou António Lobo Antunes, a sua carreira literária está marcada pela pela inquietação e pela deambulação. Autor de dezoito livros, publicados entre 1949 e 1997, não se identifica com nenhum grupo, nem se fixa em nenhum género literário, apesar de ser considerado sobretudo como um romancista. A sua relação mais duradoura no campo literário deu-se com o movimento neo-realista português, até ao 25 de Abril de 1974, justificada com a oposição ao regime autoritário português. A inserção da sua obra no neo-realismo é, por essas razões, contraditória. Frequentou também os grupos surrealistas, no início da década de 1940. Foi influenciado pela estética de Hemingway, pela narrativa cinematográfica, o que resulta em discursos curtos e diálogos concisos. O Delfim, de 1968, é geralmente considerado a sua obra-prima, em que o narrador assume uma condição de forasteiro, aparentemente descomprometido com uma realidade anacrónica. A Gafeira, aldeia inexistente, simboliza o Portugal marcelista, com um crime no centro da história. Tendo sido recebido, até 1974, como romance neo-realista, tem despertado um interesse crescente como narrativa pós-modernista. Pode efectivamente ser lido como o primeiro romance português no qual confluem as principais linguagens estéticas norte-adoras do futuro pós-modernismo português devido à mistura de géneros, à polifonia, à fragmentação narrativa e à meta-ficção. Foi sepultado em 1998 no Cemitério dos Prazeres em Lisboa. No âmbito do programa que evocou o 10º aniversário da morte de José Cardoso Pires, a Video-teca da Câmara Municipal de Lisboa produziu uma curta-metragem intitulada Fotogramas Soltos das Lisboas de Cardoso Pires, realizada por António Cunha
Armando Ferreira – Sorte Grande (30 Contos por 10$00) Livraria Editora Guimarães & C.ª – Lisboa – 1942 .Desc. 216 pág / 19 cm x 12,5 cm / Br. «1 Edição»
Armando Ferreira Escritor 1893-1968 Armando da Silva Ferreira, escritor, jornalista, engenheiro e professor do ensino técnico nasceu em Lisboa a 25 de Fevereiro de 1893. Frequentou o Instituto Superior Técnico, onde obteve o diploma de engenheiro, em 1918. Foi assistente neste Instituto e nesse mesmo ano, foi nomeado engenheiro do Ministério da Agricultura. No ano seguinte foi convidado a ocupar o cargo de secretário da «Anglo Portuguese Telephone (vulgarmente conhecida por Companhia dos Telefones) onde esteve durante longos anos. Foi também professor do Instituto Industrial de Lisboa e director da revista técnica Indústria e Ciência. Mas o exercício destes cargos não perturbou o gosto que manifestou, desde muito cedo, pela literatura e pelo jornalismo. No ano da sua licenciatura entrou como redactor para o jornal A Capital, onde esteve durante sete anos, até 1925, tendo chegado a chefe de redacção. Colaborou no folhetim das terças-feiras do Comércio do Porto e manteve outras colaborações assíduas em diversas publicações, tais como ABC, Século Ilustrado, Risota, Civilização, Dominó, Gazeta dos Caminhos-de-ferro, Ilustração Portuguesa, Jornal da Europa, Zé (1914-1915), entre outros. Considerado um digno continuador do estilo de Gervásio Lobato 1 e André Brun 2, que chegou a ser seu colega de redacção, a sua numerosa obra literário estendeu-se aos mais diversos géneros literários, tendo alcançado fama de humorista dos mais populares. Escreveu artigos, crónicas, folhetins, contos e versos entre os quais se contam: Pirilampos (versos), 1911; Rosário (versos), 1912; Era uma vez (contos), 1915; À la minute… (contos), 1916; Guida (romance), 1916; Contos do Vigário, 1917; Do amor à loucura (novela), 1917; A menina dos olhos castanhos (novela), 1917; Os humildes (contos), 1917; Da vida que passa (contos), 1918; Contos maduros, 1918; Crónicas de Viagem, 1922; O meu crime (folhetins de A Capital), 1923; Tito e Tátá, no país da fantasia (literatura infantil), 1928; Branco e Negro (contos), 1929; Contos escuros, 1931; Nau Catrineta (literatura infantil), 1931; Contos alegres, 1932; A Casa do Diabo (policial), 1933. Dentro do género humorístico, onde obteve grandes triunfos, Armando Ferreira foi autor de várias obras: Amor de Perdigão, 1938; A Família Piranga, 1939; As Aventuras de D. Martinho de Aguilar em Lisboa, 1939; A Barata Loira, 1941; Glória, 1941; Um livro de Graça, 1942; Sorte Grande, 1942, Os meus fantoches (contos), 1943, Coisas da Maria Rita, 1944, Remédio das Caldas (romance humorístico), 1944, prefácio à organização da Antologia de Humoristas Portugueses, Falecidos até 1945; Caixinha de Rapé (Filosofia dos que riem, 1946; Fortuna (Romance Alegre de Costumes Populares), 1947; Antologia de Humoristas Franceses, Italianos, Húngaros e Portugueses Contemporâneos, 1948. Como autor, Armando Ferreira legou-nos uma obra em que revisita sobretudo temas camilianos. Até nos títulos escolhidos se encontra a influência de Camilo. Nomeadamente, as Aventuras de D. Martinho de Aguilar em Lisboa um (quase) trocadilho das «Aventuras de Basílio Fernandes Enxertado» e o Amor de Perdigão. Escreveu Lisboa sem camisa, uma popularíssima e sensacional série publicada a partir dos anos 30 onde fazia um retrato caricaturado de figuras e costumes lisboetas. Pegando na história do personagem Moisés Antunes, cujo nascimento e baptizado tinham sido descritos na obra “Lisboa em Camisa”, de Gervásio Lobato, Armando Ferreira desenvolveu a sua vida na trilogia Lisboa sem camisa composta por O Casamento de Fifi Antunes, 1935; O baile dos Bastinhos, 1936 e o Galã de Alcântara, 1937. 3 Beco do Alegrete, ou Crónicas Alegres Lisboetas publicado em 1957 reúne algumas crónicas escritas no Diário Popular. No prefácio, ou como o autor lhe chama Conferência de Imprensa, refere que “este livro editado por Guimarães Editores, com 208 páginas, capa em boa cartolina, desenho do artista Stuart Carvalhais, e que se venderá por uma ninharia, coloca-se na obra do autor como novidade entre os géneros literários que… aflorou. Não é, como anteriormente, romance alegre ou ramalhete de contos humorísticos, nem livros de máximas piadéticas, mas repositório de crónicas citadinas, que entronca o caso de hoje no interesse de sempre, enlaça o efémero de um acontecimento real na perenidade dos tipos imaginados, de forma que qualquer semelhança entre as figuras do texto e pessoas conhecidas… foi de propósito que se procurou sugerir ou insinuar. O autor que se encontrava roendo a sua reforma literária foi solicitado, devido à falta no mercado de comentadores alegres entre as aves de pena, a regressar às lides do jornalismo, e este livro, como diria um critico de há cem anos, é o «escrínio onde o Futuro encontrará conservados os frutos de uma observação irónica e… semanal à vida do nosso tempo, e que, doutra forma, o vento do esquecimento levaria para sempre.» Armando Ferreira explica ainda a razão do livro se chamar Beco do Alegrete: “Titulo subjectivo e simbólico. O autor nasceu lá mesmo, entre os refolhos apertados do olhinho da alface, e, como alfacinha da gema, ama esses tipos, lugares, costumes entre os quais poetizou e viveu a sua vida. O Beco pode ser mal iluminado e exalar cheiros ; gosta dele como se gosta de queijo gruyère, embora também cheio de buracos. Fica situado… no extremo do bairro; é recolhido, pitoresco, e, nos últimos tempos, tem sido muito visitado por curiosos estrangeiros para tirarem fotografias às inovações típicas que à pressa se põem em prática para lhe quebrar o encanto do seu isolamento, da sua sinceridade e poesia.” Algumas das suas obras têm como cenário a cidade de Lisboa, que Armando Ferreira descreve com bastante humor e graça. Nas Aventuras de D. Martinho de Aguilar, da Livraria Editora Guimarães, por exemplo, faz referencia às diversas colinas da cidade: “À esquerda, avançado sobre o horizonte, o 4 maciço onde o Castelo de S. Jorge assentava suas largas bases. As casas pobres marinhavam pelas encostas, mal deixando lugar às árvores, como musgo nas pedras históricas. Ao longe, o rio, e velas pandas andavam lentas parecendo paradas. Mas a atracção maior era o mar de telhados, em ondulação caprichosa pela natureza do terreno, labirinto de vidas ricas e vidas , iguais na amálgama que faz o povoado. Um ou outro bloco isolado, enorme quartel, hospital ou fábrica, e no limite do horizonte a silhueta recortada de uma basílica em curvas equilibradas a contrastar com as linhas rectas das empenas, dos telhados e dos terraços. D. Martinho dizia: As sete colinas afinal devem ser dezoito ou mais… Mas é o que dá graça a este panorama.” Numa carta que D. Mariquinhas escreve a seu pai Mateus Vicente a contar os seus passeios com o se padrinho, D. Martinho, em Lisboa, descreve esta cidade, as pessoas e os seus costumes e compara-as com a sua aldeia: “Há também grandes lagos com repuxos, na praça grande, o Rossio cá da terra, mas também por causa das economias, nunca deitam água. (…) Há jardins bonitos onde brincam os meninos, alguns em carrinhos; o padrinho descobriu que eram todos estrangeiros, porque os nascidos cá, são criados com todos os cuidados, em casa, para não se constiparem. (…) No entanto, o maior e o mais bonito, é o Campo Grande; como é muito grande não vai para lá ninguém, com medo de se perderem. Preferem todos acotovelar-se nas ruas estreitas e sem árvores cá do centro da cidade” campo do Teatro, escreveu várias peças de teatro, Nuvem que passa, em 1914, Avalanche, no teatro da Trindade, em 1922 e As três pancadas, em colaboração com Abreu e Sousa, em 1933. Fez parte do júri de peças de teatro do S. N. I. (Secretariado Nacional de Informação) e de peças para a Emissora Nacional. Foi ainda crítico teatral em várias publicações como A Capital, o Notícias Ilustrado, o Jornal do Comércio e o Diário Popular. Em 1958, passou a ser administrador da Companhia Amélia Rey Colaço – Robles Monteiro. 5 “Espírito culto, vivo, saltitante, sempre com sorriso nos lábio, um lampejo no olhar, um trocadilho na ponta da língua, um livro em perspectiva” 3 Armando Ferreira faleceu a 3 de Dezembro de 1968. Deixou uma obra ímpar, tendo alcançado as mais altas tiragens do mercado livreiro português. Até ao fim da sua vida conservou a frescura, a vivacidade, o interesse, o gosto pela boémia. Como costumava dizer “Na vida o mais difícil de fazer, é não fazer nada”. Por isso trabalhou sempre, até ao fim.
Fidelino de Figueiredo – Estudos de Literatura – Portugalia – Lisboa – 1924. Desc .245 /Características da Literatura Portuguesa – Livraria Clássica Editora – Lisboa – 1923. Desc. 58 paginas de 20cm x 14cm Encadernado em Tela «”2 Livros Encadernados num livro”
Garcia de Resende – Florilégio do Cancioneiro de Resende «Selecção de Rodrigues Lapa» – Lisboa – 1944 – Desc.102 paginas de 18,5cm x 12cm com Encadernação de Pele
Fidelino de Figueiredo – História da Literatura Clássica «1 Época 1502 – 1580»«2 Época 1580 -1756»«3 Época 1756 – 1825» 3 Volumes – Editora Anchieta S. A. – São Paulo/ Brasil – 1946 . Desc . 331+ 377 + 312 paginas de 20,5cm x 14cm com Capas e Encadernação em Pele «3 Edição Revista»
Fidelino de Figueiredo notabilizou-se como professor, historiador e crítico literário, tal como na faceta de ensaísta e de intelectual cosmopolita (Lisboa, 20.VII.1889 – 20.III.1967). Licenciou-se em Ciências Histórico-Geográficas na Faculdade de Letras, em 1910, iniciando a sua vida profissional por se dedicar ao ensino e à vida política nos conturbados tempos que se seguiram à implantação da República. Exerceu vários cargos públicos: funções no Ministério da Educação, director da Biblioteca Nacional e deputado. Fundou e dirigiu a Sociedade Portuguesa de Estudos Históricos e a Revista de História (1912-1928). Exilando-se em Madrid em finais da década de 20, por razões políticas, é contratado como professor de Literatura pela Universidade Central. Já na década de 30, depois de regressado a Portugal, celebrizou-se nas actividades de conferencista e professor convidado de Literatura em várias universidades europeias e americanas. Contratado pela recém-criada Universidade de S. Paulo (1938-1951), funda aí e, lodo de seguida, também na Faculdade Nacional de Filosofia do Rio de Janeiro, os Estudos de Literatura Portuguesa, de cujo magistério nasce um dinâmico grupo de discípulos, de entre os quais se contam prestigiados docentes e investigadores (António Soares Amora, Cleonice Berardinelli, Segismundo Spina, Carlos de Assis Pereira, Massaud Moisés, etc.). Além dos vários cursos de graduação e pós-gradução, dirigiu e colaborou activamente na revista de Letras (1938-1954), publicação da referida Univ. de São Paulo. Atingido por incurável e progressiva doença, deixou as funções docentes em S. Paulo, regressando definitivamente a Portugal, à sua casa de Alvalade. Na área dosEstudos Literários, deixou uma vasta, fecunda e influente obra, nos campos da Crítica Literária e do Ensaio, da História e da Literatura Comparada, bem como da Teoria Literária. O seu grande contributo reside no propósito de contribuir para a profunda modernização teórico-metodológica das disciplinas que integram esta área de conhecimento. Neste domínio, criticou frontalmente os pressupostos teorético e os resultados da historiografia de Teófilo Braga, de matriz romântico-positivista. Neste esforço renovador, entre as suas grandes matrizes teóricas, destacam-se três: 1ª) a crítica “científica” francesa de finais do séc. XIX e inícios do séc. XX; 2ª) o influente pensamento hispanista de Miguel de Una muno M. Menéndez y Pelayo); 3ª) a filosofia estética do italiano Benedetto Croce. Foi ainda pioneiro na nova área da Literatura Comparada em Portugal, quer no domínio da sua conceptualização teórica, quer na elaboração de sugestivos estudos de crítica comparativista. Ao mesmo tempo, patenteando um agudo sentido cívico e manifestas preocupações existenciais, dedicou-se a uma contínua reflexão ensaísmo, de natureza cultural e filosófica, mais acentuada no final da sua vida.
Alexandre Herculano – O Monge de Cistér «Ou a Epocha de D.João I» Tomo I e II Livraria Bertrand e Livraria Francisco Alves – Portugal/Brasil -Desc 310 + 386 paginas de 18cm x 12cm Encadernação de Luxo Inteira de pela «15 Edição»
Augusto Gil – Sombras de Fumo – Livraria Editora Guimarães – Lisboa – 1915. Desc.134 paginas de 18,5cm 13,5cm com Encadernação em Pele «1 Edição»
Augusto César Ferreira Gil (Lordelo do Ouro, 31 de julho de 1873 – Guarda, 26 de fevereiro de 1929) advogado e poeta português, viveu praticamente toda a sua vida na Cidade daGuarda onde colaborou e dirigiu alguns jornais locais. Estudou inicialmente na Guarda, a “sagrada Beira”, de cuja paisagem encontramos reflexos em muitos dos seus poemas e de onde os pais eram oriundos, e formou-se em Direito na Universidade de Coimbra. Começou a exercer advocacia em Lisboa, tornando-se mais tarde director-geral das Belas-Artes. Na sua poesia notam-se influências do Parnasianismo e do Simbolismo. Influenciado por Guerra Junqueiro, João de Deus e pelo lirismo de António Nobre, a sua poesia insere-se numa perspectiva neo-romântica nacionalista.
Henrique Lopes de Mendonça – Sangue Português – Portugal- Brasil, Limitada – Lisboa – 1922. Desc. 222 paginas de 19cm x 13cm com Encadernação em Pele «1 Edição»