• Category Archives Literatura
  • O Romance de 30 no Nordeste

    O Romance de 30 no Nordeste (€15.00)

    Eduardo Portella, Fernando Cristóvão, Gilberto Mendonça Teles, Josué Montello, Lúcia Lippi Oliveira, Luis Costa Lima, Paulo Elpidio de Menezes Neto & Pedro Paulo Montenegro – O Romance de 30 no Nordeste (Seminário Sobre o Romance de 30 no Nordeste Realizado de 23 a 27 de Novembro de 1981, na Universidade Federal do Ceará) – Edições Universidade Federal do Ceará . PROED – Fortaleza – 1983.Desc.(209)Pág.Br.


  • Poemas e Canções

    Poemas e Canções(€13.00)

    Nuno Fradique – Poemas e Canções – Tip. Alcoa – Amadora – 196.?. Desc.(78)Pág.Br

     

     

     

    Nuno Fradique

    Nuno Fradique, nascido a 12 de março de 1929 em Lisboa. Com o nome de Nuno Fradique de Veiga Santos, herdou do pai, Feliciano Santos, o gosto pela música, pelo teatro, pela leitura e pela escrita. Com 18 anos de idade concorreu para locutor da Emissora Nacional, mantendo-se nessa função até ao início da RTP nas emissões experimentais da antiga Feira Popular. Licenciou-se em Economia e Finanças ao 22 anos, mas foi na Rádio que manteve uma grande atividade criativa, quer na escrita, quer na música e no teatro. Nuno Fradique esteve na RTP desde o seu início, onde trabalhou nos Estúdios do Lumiar, na Alameda das Linhas de Torres. A estação portuguesa optou por enviar vários profissionais para fazerem estágios de adaptação ao meio televisivo em várias estações televisivas europeias como a BBC (Inglaterra), RAI (Itália) ou a ORTF (França). Neste âmbito, Nuno Fradique frequentou um curso de realização na BBC, sendo depois admitido na RTP com essa mesma função. Tal como todos os pioneiros da televisão, dedicou-se de alma e coração ao seu trabalho, quer como realizador, entrevistador ou apresentador de programas sendo muito versátil. Foi um dos maiores realizadores da RTP à época, tendo-se destacado também na realização de peças de teatro como por exemplo O Alfageme de Santarém ou A Dama das Camélias (1962), com Eunice Muñoz e Ruy de Carvalho. O seu gosto pela escrita fez com que tenha assinado algumas peças de teatro, para além da poesia que escrevia. Aí fez a letra do tema Balada das Palavras Perdidas, com música de António de Almeida Garrett e interpretação de Madalena Iglésias, no Festival da Canção 1964, o primeiro de sempre, a partir dos Estúdios do Lumiar, tendo-se classificado em 5º lugar. Em agosto de 1964 ficou doente, tendo falecido no mesmo ano a 10 de dezembro, tendo sido uma grande perda para o meio televisivo e das artes. O Auditório da antiga sede da Avenida 5 de Outubro, em Lisboa, tinha a designação de Auditório Nuno Fradique. Infelizmente com a mudança de instalações perdeu-se qualquer referência a este grande pioneiro da televisão.

     

     

     

     

     

     


  • Mar de Cristo (Poema)

    Mar de Cristo (Poema) (€15.00)

    Mário Beirão – Mar de Cristo (Poema) – Portugália Editora – Lisboa – 1957.Desc.(128).Br.”1Edição

     

     

     

    Mário Beirão

    Mário Pires Gomes Beirão (Beja, 1 de Maio de 1890 – Lisboa, Fevereiro de 1965) foi um poeta português. Licenciou-se em Direito na Universidade de Lisboa, onde teve como colegas os poetas Florbela Espanca e Américo Durão. Foi um dos colaboradores da revista Águia. Grande saudosista do seu tempo. Considerado por Hernâni Cidade como “o maior de todos depois Pascoaes, o grande revelador da alma nostálgica” (Portugal Histórico-Cultural 1973: p. 380). Apoiante do Estado Novo salazarista, foi o autor do Hino da Mocidade Portuguesa (“Lá vamos, cantando e rindo…”) e da Marcha da Mocidade Portuguesa O seu nome consta da lista de colaboradores da Revista de turismo iniciada em 1916.

     

     

     

     


  • Lírica Amorosa Alemã Moderna

    Lírica Amorosa Alemã Moderna(€12.00)

    Paulo Quintela – Lírica Amorosa Alemã Moderna(versão Portuguesa) – Cancioneiro Vértice Antologia – Atlântida Editora – Coimbra – 1978.Desc.(80)Pág.Br.

     

    Paulo Quintela

    Paulo Quintela Professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e tradutor literário (Bragança, 24.12.1905 – Coimbra, 09.03.1987). Nascido de uma família transmontana de origem humilde, origem essa que sempre assumiu com manifesto orgulho, estudou Filologia Germânica, entre 1922 e 1927, na Universidade de Coimbra e, de abril de 1927 ao verão de 1929, como bolseiro da Fundação de Alexandre de Humboldt, frequentou a Universidade de Frederico Guilherme (atual Universidade de Humboldt) em Berlim, onde, entre outros, foram seus mestres os germanistas Julius Petersen e Max Herrmann, o anglista Alois Brand e o filósofo Max Dessoir.cVeio concluir a licenciatura a Coimbra em outubro de 1929, apresentando uma dissertação intitulada Do Elemento Social no Drama Alemão a partir de Lessing. Como bolseiro da Junta de Educação Nacional voltou nesse mesmo ano à universidade berlinense, na qual prosseguiu os estudos de Germanística e Filosofia e exerceu, de 1931 a 1933, as funções de leitor de Português no Seminário de Línguas Românicas. Em outubro de 1933, já regressado a Portugal, tomou posse, na Faculdade de Letras de Coimbra, do lugar de professor auxiliar de Filologia Germânica, tendo sido encarregado de cursos de Literatura Inglesa e de Literatura Alemã. Em fevereiro de 1942 foi contratado como professor extraordinário (vindo o contrato a ser renovado sucessivamente até abril de 1969), e em maio de 1947 submeteu-se a provas de doutoramento, tendo apresentado a dissertação A Vida e a Poesia de Hölderlin (2.ª edição em 1971, sob o título Hölderlin). Entretanto iniciara, desde 1938 – ano em que deu a lume nas páginas da Revista de Portugal, dirigida pelo seu antigo colega e amigo Vitorino Nemésio, as primeiras versões portuguesas de poemas de Rainer Maria Rilke –, uma intensa atividade como tradutor e divulgador de importantes obras literárias em língua alemã, da qual destacamos como principais marcos as seguintes traduções: R. M. Rilke, Poemas (1942) e A Balada do Amor e da Morte do Alferes Cristóvão Rilke (1943), Gerhart Hauptmann, A Ascensão de Joaninha. Sonho Dramático em Dois Atos (1944), Friedrich Hölderlin, Poemas (1945), Johann Wolfgang Goethe, Poemas (1949), Rainer Maria Rilke, Os Cadernos de Malte Laurids Brigge (1955), Friedrich Nietzsche, Poemas (1960), Bertolt Brecht, Poemas e Fragmentos. Sep. da Vértice (1962), R. M. Rilke, Poemas II. Dispersos e Inéditos de 1906 a 1926 (1967), Nelly Sachs, Poemas (1967), R. M. Rilke, As “Elegias de Duíno” e “Sonetos a Orfeu” (1969), B. Brecht, Poemas e Canções (1975) e Georg Trakl, Poemas (1981). “Almocreve da cultura”, era com este topos modestiae que Paulo Quintela gostava de designar a ação notável que desenvolveu ao longo da vida como mediador entre culturas, muito particularmente entre a cultura alemã e a portuguesa, ação essa que lhe valeu o reconhecimento não só do Instituto Goethe de Munique, o qual lhe atribuiu em 1960 a Medalha de Goethe em prata e, em 1973, a Medalha de Goethe em ouro, mas também da Fundação F.V.S. de Hamburgo, que lhe concedeu em 1985 o Prémio Europeu de Tradutores. Plenas de rigor e ao mesmo tempo de criatividade poética, as traduções acima referidas deram um impulso decisivo à divulgação em Portugal da literatura e da cultura alemãs, contribuindo muito para dinamizar e europeizar o meio literário da época. Menção especial é devida às versões admiráveis que nos deixou de poemas de Goethe, Hölderlin e sobretudo de Rainer Maria Rilke, as quais foram objeto de intensa receção na lírica portuguesa da segunda metade do século XX.cCidadão empenhado e defensor convicto da liberdade de pensamento e expressão, colocou-se abertamente ao lado dos estudantes nas crises académicas de 1962 e 1969, tendo sido eleito em 1964 sócio honorário da Associação Académica de Coimbra. Em abril de 1969, tomou posse de professor contratado além do quadro da Faculdade de Letras de Coimbra e, em outubro de 1970, foi contratado como professor além do quadro, equiparado a catedrático. A 19 de abril de 1975, a poucos meses da jubilação, veio finalmente a obter a nomeação definitiva, tão longa e justamente ansiada, de professor catedrático por distinção. Dada a sua conhecida posição de discordância crítica, quando não de declarada rebeldia, em relação ao sistema ditatorial vigente no país até à Revolução de abril, não é de estranhar que os governos de Salazar e de Caetano se houvessem recusado de forma obstinada a conceder-lhe uma nomeação que fora prática universitária relativamente frequente no tempo do Antigo Regime.cSócio Correspondente da Classe de Letras da Academia das Ciências desde 1971, foi laureado com o título de Grande Oficial da Ordem de Instrução Pública em 1982, com o grau de Comendador da Ordem da Liberdade em 1983, e, no ano de 1986, com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.

     


  • O Meu Coração é Árabe(A Poesia Luso-Árabe)

    O Meu Coração é Árabe(A Poesia Luso-Árabe) (€20.00)

    Adalberto Alves – O Meu Coração é Árabe (A Poesia Luso-Árabe) – Assírio & Alvim – Lisboa – 1987.Desc.(190)Pág.Br.”Autografado

     

     

     

    José Adalberto Coelho Alves

    José Adalberto Coelho Alves  (Lisboa, 18 de Julho de 1939) é um poeta, pensador, escritor, ensaísta, arabista, historiador, conferencista e jurista português. Foi agraciado com o Prémio UNESCO Sharjah para a Cultura Árabe de 2008. Antes do 25 de Abril de 1974 fez activa oposição ao regime salazarista, ao advogar no Tribunal Plenário em defesa de presos políticos, tendo-lhe sido vedado, até ao 25 de Abril, o acesso à Função Pública, pelo que viria a ser reconhecido com o grau de Comendador da Ordem da Libe Adalberto Alves nasceu e foi criado em Lisboa, apesar das ligações afectivas ao Minho (S. Miguel de Fontoura), terra de seu pai, e ao Alentejo (Beja), terra de sua mãe, lugares onde passava férias na juventude. Embora de origens modestas, seus pais António Alves e Ana das Dores Coelho Alves proporcionaram-lhe os meios de, após os estudos secundários no Liceu Nacional de Camões, ingressar na Universidade Clássica de Lisboa, onde se licenciou em Direito. Em 1967 casa com Maria Adelaide de Freitas Barroso, também ela advogada, tendo nascido desse casamento, as filhas Ana e Inês, das quais tem quatro netos: João, Vera, Carolina e Vicente. Desde muito cedo, os seus interesses centraram-se em áreas diversas como, por exemplo, a Música, as Ciências Naturais, a Poesia, o Cinema e a Filosofia, onde procurou abrir caminho com desiguais resultados. Na Música, depois de breve iniciação nos estudos de violino, com Adolf Clandé, no Conservatório Nacional, passou à Guitarra clássica, com António Vinagre na Escola de Guitarra de Duarte Costa. Mais tarde foi tenor-solista em vários coros, nomeadamente no da Academia de Amadores de Música, sob a direcção de Fernando Lopes-Graça, para quem escreveu o libreto de uma ópera, “D. Sebastião”, que este deixou apenas esboçada. Escreveu também as letras para um projectado último disco de Amália, sobre música de Alain Oulman que, por doença da artista, já não chegou a ser gravado. Na Poesia e Dramaturgia começou cedo: naquela aos treze anos, e nesta aos dezasseis, influenciado pela estética dos Angry Young Men de que era líder principal John Osborne. A inquietação espiritual leva-o a embrenhar-se profundamente nas sagezas do Extremo-Oriente. Depois de outras ocupações, passa a viver exclusivamente da Advocacia. Retoma a escrita e publica, em 1979, o seu primeiro livro de poesia, na colecção Unicórnio da Editora Arcádia. Nunca deixando de escrever poesia, começa a dedicar-se, em princípios dos anos 1980, ao estudo da Civilização Árabe na Universidade Nova de Lisboa, e a aprender os rudimentos da respectiva língua, não mais deixando de estudar e investigar nesse campo. Vive, desde sempre, em Lisboa, embora tenha os seus refúgios no Alentejo, em Sintra e na região de Ansião, lugares onde ganhou raízes e afectos.

     

     

     

     


  • O Processo Arquivado e Outras Novelas (Prémio Fialho de Almeida)

    O Processo Arquivado e Outras Novelas(€12.00)

    Olavo D’Eça Leal – O Processo Arquivado e Outras Novelas (Prémio Fialho de Almeida) – Editorial Ibérica – Porto – 1948.Desc.(271)Pág.Br

     

     

     

    Olavo Correia Leite d’Eça Leal

    Olavo Correia Leite d’Eça Leal (Lisboa, Coração de Jesus, 31 de julho de 1908 — Oxford, 17 de setembro de 1976) foi um escritor, artista gráfico, professor de desenho, ator de cinema e teatro, assistente de realização, realizador de anúncios televisivos e locutor português Filho da dramaturga e poetisa Flávia Correia Leite d’Eça Leal, natural da freguesia do Sacramento, concelho de Lisboa, e do poeta Thomaz d’Aquino Pereira d’Eça e Albuquerque Leal, natural da freguesia dos Anjos, concelho de Lisboa. Foi educado em Paris e frequentou o Colégio Militar. Na sua obra inclui a poesia a ficção, as artes plásticas, o teatro radiofónico e o cinema. Colaborou na revista Contemporânea (1915-1926) e na revista Litoral (1944-1945). Morreu a 17 de setembro de 1976, em Oxford, no Reino Unido. A Câmara Municipal de Lisboa prestou-lhe homenagem ao atribuir o seu nome a um arruamento de Lisboa, situado na freguesia de São Domingos de Benfica. Casou primeira vez em Lisboa, na casa da noiva, área da 7.ª Conservatória do Registo Civil, a 24 de dezembro de 1931, com Luísa Maria Dúlio Ribeiro, natural da freguesia da Conceição Nova, concelho de Lisboa, divorciada de Jaime Crisóstomo da Caridade Higino Dias Ribeiro por sentença de 18 de julho de 1928 e filha ilegítima de Francisco António Dúlio Ribeiro, proprietário, e de Maria dos Prazeres Franco, doméstica, natural da freguesia de Dois Portos, concelho de Torres Vedras. O casamento foi celebrado em “inteira, completa e absoluta separação de bens” e foi dissolvido por divórcio, decretado por sentença de 13 de dezembro de 1962, com fundamento em “separação de facto, livremente consentida, por dez anos consecutivos” (cf. n.º 8 do artigo 4.º da Lei do Divórcio – decreto de 3 de novembro de 1910). Do casamento nasceu um filho, Paulo Guilherme Tomáz Dúlio Ribeiro d’Eça Leal (1932-2010). Teve uma relação com Clara Oliveira Amaral, de quem teve um filho, Olavo Oliveira Amaral d’Eça Leal. Casou segunda vez em Lisboa, na 2.ª Conservatória do Registo Civil, a 14 de abril de 1963, com Emília de Abreu Pinto, natural da freguesia de Alcântara, concelho de Lisboa, filha de Jaime Humberto Pinto e de Maria Augusta de Abreu, de quem teve dois filhos, o arquiteto Tomaz Olavo Pinto d’Eça Leal (1955) e Flávia Abreu Pinto d’Eça Leal (1952). Era irmão da locutora Maria Helena d’ Eça Leal.

     


  • A Gata e a Fábula

    A Gata e a Fábula (€12.00)

    Fernanda Botelho – A Gata e a Fábula – Livraria Bertrand – Lisboa – 1960.Desc.(327).Br.

     

     

     

     

     

     

    Maria Fernanda Botelho de Faria

    Maria Fernanda Botelho de Faria (Porto, 1 de dezembro de 1926 – Lisboa, 11 de dezembro de 2007) foi uma escritora e tradutora portuguesa Era parente afastada do escritor Camilo Castelo Branco e sobrinha-neta de Abel Botelho. Estudou Filologia Clássica nas Universidades de Coimbra e Lisboa, viria a fixar-se em Lisboa para ocupar a direção do departamento belga de turismo entre 1973 e 1983. Foi co-fundadora da revista Távola Redonda, tendo ainda colaborado ainda em outras publicações periódicas, como as revistas Europa, Panorama, Tempo Presente, Graal e o jornal Diário de Notícias. Foi colaboradora do programa Convergências da RTP. Em termos literários deu início à sua carreira literária com o livro Coordenadas Líricas (1951). Viveu na Vermelha, concelho de Cadaval, onde se pretende construir uma casa-museu dedicada à sua vida e obra. A Câmara Municipal de Lisboa prestou uma homenagem póstuma à escritora através da transladação das suas ossadas para o Cemitério dos Prazeres e atribuindo o seu nome a um arruamento transversal à Estrada de Benfica. A 4 de fevereiro de 1989, foi agraciada com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Mérito.

     


  • Versos

    Versos (€15.00)

    Isidoro Manuel Pires – Versos (Prefácio do Dr.Júlio Dantas) – Tipografia “Povo Algarvio” – Tavira – 1961.Desc.(264)Pág.Br.Ilust

     

     

     

     

    ISIDORO Manuel PIRES,

    ISIDORO Manuel PIRES, Poeta e Politico, natural de Tavira, nasceu a 23-01-1894 e faleceu a 22-07-1958. Filho de um modesto barbeiro, nasceu na Rua da Asseca, actual Rua João Vaz Corte Real. Cedo revelou capacidade para a escrita, tanto em prosa como em verso. Começou por ser Secretário da redacção do semanário republicano O Povo do Algarve. Após a interrupção de sete meses, surge a II série a 08 de Agosto, tendo Isidoro Pires assumido pouco depois a direcção do periódico, que teve relevantes colaboradores, entre eles Júlio Dantas, Afonso Lopes Vieira e Raul Pousão Ramos. Isidoro Pires retira de O Povo do Algarve, a tónica de republicano, torna-o o chamado jornal independente. O Povo Algarvio, semanário de cariz nacionalista, é o 2º jornal que dirige, o que fará até ao fim da vida. Afecto à política do Estado Novo, homem de confiança, é nomeado, por duas vezes, presidente da Câmara Municipal de Tavira. Como Poeta, publicou, em 1932, Quadras, com uma carta-prefácio de Júlio Dantas. Em 1941 dá à estampa Ecos do Coração, também de quadras de sabor popular.

     


  • Torre Cinzenta (Poemas da Prisão)

    Torre Cinzenta (Poemas da Prisão) (€13.00)

    José Magro – Torre Cinzenta (Poemas da Prisão) / Colecção”Resistência” – Edições Avante – Lisboa – 1980.Desc.(63)Pág.Br.Ilus

     

     

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    José Alves Tavares Magro (Alcântara, Lisboa, 27 de Março de 1920 — Lisboa, 2 de Fevereiro de 1980) foi um político revolucionário antifascista e escritor português, deputado e vice-presidente da Assembleia Constituinte da III República Portuguesa  e deputado à Assembleia da República Portuguesa pelo Partido Comunista Português, do qual foi um dirigente histórico. Foi mantido preso pela ditadura do Estado Novo por razões políticas um total de 21 anos, e forçado por esta a viver 29 anos na clandestinidadeNasce em 1920 numa família da classe média de sentimentos democráticos. Frequenta a Faculdade de Medicina de Lisboa, da qual desiste dois anos depois para trabalhar como empregado de escritório. Torna-se escriturário da Federação Nacional dos Produtores de TrigoParticipa activamente nas lutas estudantis de 1937 a 1942, no contexto das quais adere em 1940 à Federação das Juventudes Comunistas e ao Partido Comunista Português. Em 1945 torna-se funcionário clandestino deste partido. Em 1946, está entre os militantes que participam no histórico IV Congresso do PCP. É-lhe atribuída a tarefa de funcionário do Movimento de Unidade Nacional Antifascista, que exerce por três anos enquanto faz o Serviço Militar. Nesse contexto, assegura o contacto regular com o General José Norton de Matos, presidente do Conselho Nacional deste Movimento, deslocando-se para esse efeito regularmente a Ponte de Lima onde este residiaOs pseudónimos de José Magro na clandestinidade seriam «Artur», e numa segunda fase, «Victor». Foi responsável pela edição de jornais ilegais destinados às Forças Armadas, entre eles A Voz do Sargento, A Voz do Soldado e A Voz do Oficial Miliciano, publicados pela Libertação Nacional, órgão do Conselho Nacional de Unidade Antifascista. José Magro é preso pela primeira vez em Janeiro de 1951. Julgado e condenado a três anos de prisão maior celular e suspensão de direitos políticos por 15 anos, é submetido regularmente a tortura violenta pelos funcionários da PIDE, sem nunca ceder a prestar declarações. Preso no Forte de Peniche, é um dos autores de uma tentativa de fuga através de um túnel, descoberta a 20 de Janeiro de 1954, que tem como consequência novos castigos É libertado em Fevereiro de 1957. Regressa à clandestinidade, sendo eleito no V Congresso Clandestino do PCP membro pleno do Comité Central. Viajando de Norte a Sul do país preparando as Eleições Presidenciais de 1958. É preso pela segunda vez em 1959 e uma vez mais sujeito a sucessivas torturas violentas às quais resiste sem fazer qualquer confissão. É condenado ao cúmulo jurídico de 10 anos de prisão, suspensão de direitos políticos por 15 anos, e medidas de segurança de seis meses a três anos prorrogáveis. Preso no Forte de Caxias, organiza a histórica fuga de Caxias de Dezembro de 1961na qual foi um dos oito militantes do PCP evadidos pela via de um carro Chrisler blindado de pertencente ao ditador António de Oliveira Salazar. De novo em liberdade, organiza clandestinamente as actividades anti-fascistas do dia 1º de Maio de 1962. Detido pela terceira vez a 24 de Maio de 1962 em São Domingos de Rana, só viria a ser libertado após a Revolução dos Cravos, no dia 27 de Abril de 1974, já com 54 anos, 21 dos quais passou na prisão . Retomando a sua posição como membro da Direcção da Organização Regional de Lisboa do PCP, é eleito deputado à Assembleia Constituinte e à Assembleia da República Portuguesa. Foi também responsável pela Direcção do PCP para as regiões autónomas dos Açores e da Madeira. Seria reeleito membro o Comité Central do PCP em todos os Congressos deste partido até 1980, ano em que faleceu, com a saúde deteriorada pelas privações vividas na prisão e na clandestinidade.