Maria Luisa Raposo de Moura – Influência de Kant em Herculano (Dissertação de Licenciatura na Secção de Ciências Históricas a Faculdade de Letras da universidade de Coimbra) – Coimbra – 1955.Desc.(99)Pág.E.
Immanuel Kant
Immanuel Kant – Königsberg, 22 de abril de 1724 – 12 de fevereiro de 1804) ou Emanuel Kant, foi um filósofo alemão (nativo do Reino da Prússia) e um dos principais pensadores do Iluminismo. Seus abrangentes e sistemáticos trabalhos em epistemologia, metafísica, ética e estética tornaram-no uma das figuras mais influentes da filosofia ocidental moderna. Em sua doutrina do idealismo transcendental, Kant argumentou que o espaço e o tempo são meras “formas de intuição” que estruturam toda a experiência e que os objetos da experiência são meras “aparências”. A natureza das coisas como elas são em si mesmas é incognoscível para nós. Em uma tentativa de contrariar o ceticismo, ele escreveu a Crítica da Razão Pura (1781/1787), sua obra mais conhecida. Kant traçou um paralelo com a revolução copernicana em sua proposta de pensar os objetos dos sentidos em conformidade com nossas formas espaciais e temporais de intuição e as categorias de nosso entendimento, de modo que tenhamos conhecimento a priori desses objetos. Kant acreditava que a razão também é a fonte da moralidade e que a estética surge de uma faculdade de julgamento desinteressado. Ele foi um expoente da ideia de que a paz perpétua poderia ser assegurada por meio da democracia universal e da cooperação internacional, e que talvez este pudesse ser o estágio culminante da história mundial. A natureza das visões religiosas de Kant continua a ser objeto de disputa acadêmica. Também controversos são os pontos de vista de Kant sobre raça. Ele defendeu o racismo científico durante grande parte de sua carreira, mas mudou seus pontos de vista sobre raça na última década de sua vida. Kant também publicou importantes obras sobre ética, religião, direito, estética, astronomia e história durante sua vida. Estes incluem a História Natural Universal(1755), a Crítica da Razão Prática (1788), a Crítica do Poder de Julgamento (1790), a Religião nos Limites da Simples Razão (1793) e a Metafísica dos Costumes(1797).
Introdução a História da Língua Portuguesa dos Factores Externos a Dinâmica do Sistema Linguístico (€15.00)
Jaime Ferreira da Silva & Paulo Osório – Introdução a História da Língua Portuguesa dos Factores Externos a Dinâmica do Sistema Linguístico – Edições Cosmos – Chamusca – 2008.Desc.(230)Pág.Br.
Guedes de Amorim – Jesus Passou Por Aqui – Parceria A.M.Pereira, Lda – Lisboa – 1967.Desc.(516)Pág.Br
António Guedes
António Guedes de Amorim nasceu no lugar de Sá, freguesia de Sedielos, concelho do da Régua, em 26 de Outubro de 1901. «Sou filho e neto de cavadores e tenho séculos de enxadas atrás de mim… Como brasão, honra- me e chega.» – diz numa entrevista a Lopes de Oliveira. É um bom exemplo de escritor que se fez a si mesmo, contando apenas com o seu talento e persistência, pois as condições económicas da família não lhe permitiram levar a escolaridade além do ensino primário, que concluiu na Régua. Aos oito anos, ainda na escola, manifestou-se a sua vocação para a escrita, já que foi nessa altura responsável pelo pequeno jornal de parede da escola. Já então, nesse jornal de parede, defendia os pobres trabalhadores rurais do Douro. Terminado o ensino primário, com onze anos apenas empregou-se num estabelecimento de fazendas, ainda na Régua, frequentando à noite aulas de um professor que lhe ensinou algo mais. Depois de uma breve passagem por Penafiel, mudou-se aos dezasseis anos para o Porto, onde encontrou um emprego no mesmo ramo de comércio. Mas aqui, dando largas à vocação da sua vida, foi desde logo começando a colaborar em algumas publicações e a escrever textos para récitas académicas. Pouco depois vemo-lo a colaborar assiduamente em diversos jornais do Porto (entre eles, A Tribuna e o Jornal de Notícias) e também de Lisboa, África e Brasil. Esta intensa actividade jornalística passou a ser a sua profissão. Até final da vida, publicaria muitas centenas, senão milhares, de crónicas em inúmeras publicações regulares. Chegavam a aparecer diariamente, nos diversos jornais, quatro e cinco artigos de sua autoria. Pelos seus próprios cálculos, escrevia por dia umas cinco mil palavras. Com pouco mais de vinte anos, fixou-se em Lisboa, onde prosseguiu e intensificou a actividade jornalística, a que somava agora a criação literária propriamente dita: romances, novelas e contos. Guedes de Amorim encontra os temas para a sua ficção não apenas no mundo rural, que aliás deixou muito novo, mas também na grande cidade. Em ambos os casos se movimenta com muita desenvoltura, privilegiando os temas sombrios e os dramas e conflitos sociais. Numa primeira fase, a sua literatura mostra influências do naturalismo, sobretudo na escolha de temas e ambientes urbanos mais ou menos mórbidos e nocturnos. A partir de 1939, ano da publicação de Aldeia das Águias, volta-se preferentemente para os temas rurais, aproximando-se então dos cânones do neo-realismo, tal a preocupação com a sorte dos mais pobres e desprotegidos e com os conflitos sociais. Ele próprio estava então próximo, ideologicamente, do marxismo. «Eu não sei falsificar a vida!», diz Guedes de Amorim na entrevista referida. «Depois, os meus livros são espelhos dos que vêm de baixo, dos que carregam hereditariedades de infortúnio e não viram ainda o sol da ventura!… Eu não sei atraiçoar os que sofrem.» Escreve então alternadamente sobre temas urbanos e rurais, mas sempre nessa perspectiva de intervenção social. Mas, a partir de certo momento, após a leitura de uma obra sobre São Francisco de Assis, assumiu uma postura intelectual próxima do cristianismo. Ele próprio conta, no longo preâmbulo à sua biografia de São Francisco, o episódio simbólico de como trocou, num alfarrabista, o seu exemplar de O Capital pelas Florinhas do glorioso São Francisco e seus frades, que nessa mesma noite de insónia leu, e com a leitura encontrou «um novo caminho, que me dava outra, completa e definitiva dimensão do Homem». Iniciou então nova etapa da sua carreira de escritor. Escreveu então duas obras que reflectem a sua nova atitude: Francisco de Assis, Renovador da Humanidade (1960) e Jesus passou por aqui (1963). E a visão do mundo segundo uma óptica franciscana nunca mais o abandonou. Na morte, que ocorreu em Lisboa a 11 de Março de 1979, quis ir amortalhado com o hábito da Ordem de São Francisco. Como obras da ruralidade, são de destacar os livros de contos Os barcos descem o rio (1945), A máscara e o destino (1951) e Caminhos fechados (1952), e os romances Aldeia das Águias (1939) e Casa de Judas (1953). Guedes de Amorim recebeu, entre outras, duas importantes consagrações: a Academia das Ciências de Lisboa conferiu-lhe o Prémio Ricardo Malheiros, em 1939, pelo romance Aldeia das Águias e o Pen Club do Brasil atribuiu-lhe o Prémio Cervantes pela obra Jesus passou por aqui, entregue em 1964 . Em 26 de Outubro de 2001, assinalando o centenário do seu nascimento, foi prestada uma homenagem a Guedes de Amorim, com a colocação de uma lápide na casa onde nasceu e uma sessão cultural, na Régua. O jornalista Guedes de Amorim escreveu um número enorme de crónicas, nas quais certamente haverá alusões mais ou menos detalhadas aos concelhos de Lamego, Santa Marta de Penaguião, Mesão Frio e Vila Real, concelhos que, juntamente com o do Peso da Régua, onde nasceu, constituíam o seu universo da juventude. É um trabalho de investigação que está por fazer e será certamente um desafio estimulante para quem se abalance a aceitá-lo. Nas suas obras de ficção, um pouco ao acaso, foi possível recensear diversas referências interessantes a Vila Real, algumas das quais confirmam aliás certos lugares comuns vila-realenses, que se encontram igualmente presentes na obra de outros escritores. No livro de contos A máscara e o destino, tenha-se em consideração que a figura de Aninhas, no conto homónimo, viera para Vila Real fazer o Curso do Magistério Primário. A presença desde muito cedo de médicos especialistas na sede do distrito é lembrada no conto «Comboio de Vila Real» (sem dúvida, o comboio da Linha do Vale do Corgo), que motiva na personagem principal a evocação das viagens reais naquela mesma linha para as estâncias termais do Alto Tâmega. No romance Casa de Judas, o autor recorda o combate de Parada de Cunhos e a ocupação de Vila Real pelas tropas trauliteiras. No romance Aldeia das Águias, Henrique e Eduardo são alunos do Liceu de Vila Real. Estavam hospedados em casa dos Samardãs, faziam longos passeios na Rua Direita, iam até à estação do caminho-de-ferro à chegada do comboio correio, davam passeios na Avenida Carvalho Araújo, onde um deles, Eduardo, fixava com interesse a casa onde, segundo a tradição, nasceu Diogo Cão. Há também a referência aos capitalistas usurários de Vila Real e uma magnífica descrição do passeio de trás do cemitério.
Carlos Morais – Expectativa e Movimento no Filoctetes / Estudos de Cultura Clássica da Universidade de Coimbra – 4 – Edição Instituto Nacional de Investigação Científica / Distribuição Imprensa Nacional – Casa da Moeda – Coimbra/Lisboa – 1991.Desc.(176)Pág.Br.
Sant’anna Três Séculos de Convento Um Século de Quartel(€15.00)
Jorge Manuel Vieira Alves Ferreira & José Romão Mourato Caldeira – Sant’anna Três Séculos de Convento Um Século de Quartel – Edição Câmara Municipal de Coimbra – Coimbra – 2006.Desc.(187)Pág.Ilust.Br.
Elefante Dundum (Missão, Testemunho e Reconhecimento)(€50.00)
João Luíz Mendes Paulo – Elefante Dundum (Missão, Testemunho e Reconhecimento) – Edição de Autor – Comissão Portuguesa de História Militar – Gráfica Rolo & Filhos – Mafra – 2006.Desc.(260) + (133) Pág.Br.Ilust
História da Aldeia da Fórnea e da Sua Comissão da Melhoramentos (A Saga Dos Povos da Serra do Açor)(€20.00)
Manuel Francisco Pereira – História da Aldeia da Fórnea e da Sua Comissão da Melhoramentos (A Saga Dos Povos da Serra do Açor) – Edição de Autor / Gráfica de Coimbra – Piódão / Arganil – 2006.Desc.(314)Pág.Br.Ilust
Lembranças das Épocas e Acontecimentos Notáveis(€17.00)
Fernando António Machado (da Villa de Cêa na Comarca da Guarda) – Lembranças das Épocas e Acontecimentos Notáveis (Prefácio Pelo Capitão António Dias) – Arquivo histórico Militar – Lisboa – 1946.Desc.(40)Pág.Br.Ilust
José Loureiro Botas – Frente ao Mar (Contos e Novelas) – Portugália Editora – Lisboa – 1943.Desc.(155)Pag.Br.
José Loureiro Botas
José Loureiro Botas (Marinha Grande, Vieira de Leiria, Praia da Vieira, 6 de Julho de 1902 – Lisboa, 18 de Junho de 1963) foi um comerciante, jornalista e escritor português. De família humilde,foram seus pais Joaquim Loureiro Botas e sua mulher Maria Malaquias. O pai de José Loureiro Botas, dono duma companhia de pesca, exercia também funções de banheiro salva-vidas, tendo sido condecorado com a Medalhado Real Instituto de Socorros a Náufragos pela Rainha D. Amélia de Orleães, em 1892, pelo seu mérito nessa tarefa. Quanto à mãe, ocupava-se no comércio de pescado. Frequentou em Vieira de Leiria a Instrução Primária, que concluiu aos 9 anos, com Distinção. Nessa altura, em 1911, “O Século” noticia o facto, advogando um apoio governamental que lhe permitisse prosseguir os estudos. Mas o apoio pedido não surge. Chegando a matricular-se no Liceu de Leiria, Botas não pode contudo, por falta de recursos, frequentar as aulas. Uma possibilidade de ajuda nesse sentido por parte do Padrinho rapidamente desaparece também, devido à súbita morte deste. Logo que fez Exame de Instrução Primária, aos 9 anos, José Loureiro Botas começa, então, a trabalhar no Comércio, primeiro na Marinha Grande, depois, a partir dos 18 anos, empregou-se no Comércio em Lisboa. Aí, trabalhou numa retrosaria e numa loja de roupas do Chiado. Mais tarde, tornou-se proprietário comercial, primeiro duma retrosaria e, depois, com outros Sócios, da Pastelaria Irlandesa, na Rua Alexandre Herculano, a partir de 1938. No princípio dos anos de 1920, frequentou, tendo sido aprovado com elevada classificação, o Curso nocturno de Comérciodo Ateneu Comercial de Lisboa, instituição de que era Sócio desde 1921, e que concluiu com Distinção. Pertenceu aos Corpos Sociais e à Direcção do Ateneu Comercial de Lisboa durante mais de 30 anos, desde 1930 até falecer. Dedicou a esta associação o seu primeiro livro, Litoral a Oeste. José Loureiro Botas relaciona-se com alguns círculos da intelectualidade da época, entre escritores, jornalistas e artistas plásticos. Todos os Verões, regressa à Praia da Vieira, onde mantém igualmente uma extensa rede de contactos. Foi no Boletim e noutras folhas do Ateneu Comercial de Lisboa que publicou os primeiros textos. Como Escritor, revelou-se logo, tendo sido também premiado, nos Jogos Florais do Ateneu Comercial de Lisboa de 1938-1939, ganhando os primeiros prémios em novela desportiva e conto. Ganhou ainda, com a novela Medalha de Oiro, um Prémio Literário associado aos Jogos Desportivos Nacionais de 1937. Em 1940, inicia a publicação em livro dos seus trabalhos, e lançou um livro de contos, com Litoral a Oeste, com que obteve o Prémio Fialho de Almeida, do Secretariado Nacional de Informação, trabalho que a crítica consagrou, e que foi duas vezes reeditado. Em 1944, sai publicado Frente ao Mar, que teve segunda edição, produção que o classifica como um dos melhores contistas contemporâneos Portugueses. O terceiro livro, Maré Alta, é de 1952. Sete anos depois, em 1959, vem a lume Nasci à Beira do Mar (versos), e, em 1963, publica-se Barco sem Âncora. Como é sabido, os contos e novelas de José Loureiro Botas têm por tema principal a vida da população pobre da Praia da Vieira, sobretudo dos pescadores e ocupações adjacentes. Muitas vezes, pintou nos seus escritos personagens e acontecimentos verídicos. Dedicou-se, também, ao Jornalismo, tendo colaborado em muitos jornais e revistas, mas, principalmente, acidentalmente no “Mundo Ilustrador” e n’ “O Século”, “Diário Popular” e “Atlântico”. Também o “Boletim do Ateneu Comercial de Lisboa” continua a publicar contos seus, o mesmo fazendo em 1979, já depois da sua morte, o “Jornal da Marinha Grande“, no qual, entre 25 de Maio de 1978 e 26 de Julho de 1979, é publicado Barco sem Âncora. Em 1959, fora já homenageado em Sessão Solene no Ateneu Comercial de Lisboa. O seu funeral realizou-se no cemitério de Vieira de Leiria. Após a sua morte, o Ateneu Comercial de Lisboa inicia uma subscrição para colocar no túmulo de José Loureiro Botas uma lápide evocativa, que será colocada anos mais tarde. Ainda antes disso, em 1965, a Biblioteca de Instrução Popular dedicou ao autor a sua Sessão Solene de Aniversário, à qual se deslocam representantes do Ateneu Comercial de Lisboa. No ano seguinte, em 1966, a Escola desta última Associação prestou também homenagem ao escritor, atribuindo o seu nome, em sessão solene, a uma Sala de Biblioteca e convívio. Em 1971, o dinamizador da recém-iniciada actividade cultural no Ateneu Comercial de Lisboa coloca essa nova linha de acção associativa sob a evocação de José Loureiro Botas. Em 1977, é dado o seu nome a uma Rua da Praia da Vieira. A Escola do 3.° Ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário da Praia da Vieira recebeu o seu nome. A sua obra foi objecto de análise pela jornalista Leonor Bandarra, em sucessivos números do “Correio do Minho“, tendo o conjunto dessa análise sido publicado em opúsculo em 1974. José Loureiro Botas encontra-se antologiado na Bulgária, numa colectânea de autores portugueses editada naquele país em 1979.
Pedro Namorado Lancha(Director) Padre Augusto Serras (Fotografia) André Carneiro, João Cravinho(Coordenação) Gertrudes Martins, Manuel Fontaínhas(Colaboração – Olhares Guardados – Cabeço de Vide – Caderno Cultural da Câmara Municipal de Fronteira N.º4 – Fronteira – 2001.Desc.(61)Fotogravuras.Br.Ilust
Anti. Duhring ou a Subversão da Ciência Pelo Sr.Eugénio Duhring (Ensaio / Documento) (€20.00)
Frederico Engels – Anti. Duhring ou a Subversão da Ciência Pelo Sr.Eugénio Duhring (Ensaio / Documento) (Tradução: Teresa Adão) – Edições Afrodite/ Fernando Ribeiro de Mello – Lisboa – 1971.Desc.(398)Pág.Br.
Nuno Moniz Pereira – Símbolos da Igreja Cristã (Prefácio do Padre Víctor Feytor Pinto) – Edição Presselivre, Imprensa Livre SA – Lisboa – 2009.Desc.(95)Pág.Br.Ilust
Revisão das Ciperáceas Portuguesas do Herbário de Coimbra(€13.00)
F.de Ascensão Mendonça & Ester Pereira de Sousa – Revisão das Ciperáceas Portuguesas do Herbário de Coimbra – Imprensa da Universidade – Coimbra – 1933.Desc.(30)Pág.Br.