Fialho de Almeida – Os Gatos – Livraria Classica Editora – Lisboa – 1953 / 1958. Desc. [257] + [350] + [291] + [306] + [284] + [409] pág / 19 cm x 12,5 cm / E. Pele
Fialho de AlmeidaJosé Valentim Fialho de Almeida, mais conhecido apenas como Fialho de Almeida (Vidigueira, Vila de Frades, 7 de Maio de 1857 — Cuba, 4 de Março de 1911), foi um jornalista, escritor e tradutor pós-romântico português. Fialho de Almeida nasceu em Vila de Frades, Vidigueira, no dia 7 de Maio de 1857, filho de um mestre-escola. Realizou os estudos secundário num colégio de Lisboa, entre 1866 e 1871; empregou-se numa farmácia, e formou-se em Medicina, entre 1878 e 1885. Em 1893 voltou à sua terra natal, onde desposou uma senhora abastada, que faleceu logo no ano seguinte e da qual não teve descendência. Fialho de Almeida faleceu a 4 de Março de 1911, na localidade de Cuba, onde foi sepultado. Nunca exerceu medicina, tendo-se dedicado ao jornalismo e à literatura.Tornou-se lavrador em Cuba, mas continuou a publicar artigos para jornais, e a escrever vários contos e crónicas. Entre as suas obras mais notáveis, encontram-se os cadernos periódicos Os Gatos, redigidos entre 1889 e 1894, que seguiram a mesma linha crítica d’ As Farpas, de Ramalho Ortigão. A sua carreira literária foi pautada por um estilo muito irregular, baseado no naturalismo; inspirou-se, principalmente, nas sensações reais, mórbidas e grosseiras, com temas repartidos entre os cenários urbanos e campestres. O seu estilo adoptou, nos finais do Século XIX, um espírito mais decadente, em concordância com os ideais em voga nessa época. Fialho de Almeida colaborou em diversas publicações periódicas, nomeadamente nos jornais humorístico Pontos nos (1885-1891) e A Comédia Portuguesa (fundado em 1888), e também nas revistas: Renascença (1878-1879?), A Mulher (1879), O Pantheon (1880-1881), Ribaltas e Gambiarras (1881), Branco e Negro (1896-1898),Brasil-Portugal (1899-1914), Serões (1901-1911). e, postumamente, na Revista de turismo iniciada em 1916.